Conhecer duas culturas diferentes numa mesma região turística – o Caribe –, mas com muita coisa em comum: praias belíssimas, montanhas exuberantes, povo acolhedor, sol na maioria dos dias do ano e uma diversidade de belezas naturais. Adivinhou? Sim, são duas ilhas formadas por culturas europeias distintas. Uma é holandesa, St. Maarten e a outra francesa St. Martin.
Durante muitos anos, a Espanha, França, Grã-Bretanha e Holanda reclamaram a soberania sobre a ilha de 88 quilômetros quadrados localizada no mar do Caribe. Com localização estratégica e a natureza privilegiada, fizeram com que fosse disputada desde sua descoberta por Cristóvão Colombo, em 1493. Em 1648, um tratado colocou fim à discussão. A solução encontrada foi dividir a ilha em duas partes: Saint Maarten (ao Sul) ficou para os holandeses e Saint Martin (ao Norte) com os franceses.
Foto por: Divulgação MSC
A maneira mais rápida para conhecê-las é voando Copa Airlines, que oferece voos para St. Maarten saindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e outros destinos do Brasil, com conexão no Panamá – Cidade do Panamá. Outra possibilidade é voar com uma das companhias aéreas dos EUA e fazer conexão em Miami (2h45 de voo). Nesse caso é necessário ter o visto americano. A outra possibilidade é contratar os serviços da MSC, que oferece de novembro a abril um fretamento com voo direto pela Gol Linhas Aéreas, que parte de Guarulhos com destino à Matinica, de onde parte um cruzeiro que explora as Antilhas e, numa das escalas, aporta na cidade de Phillipsburg. A cidade praiana e portuária é capital de Saint Maarten. Phillipsburg foi fundada no ano de 1763 por John Phillips, um capitão escocês na marinha holandesa; o povoado logo se tornou um vibrante centro de comércio internacional.
Escolha entre cavalgar ou andar de quadriciclo, mergulhar, praticar kitesurfing, fazer snorkel, realizar trilhas, fazer tour de bike, nadar com tubarões, saltar de paraquedas entre muitas outras opções.
St. Maarten é a porta de entrada dos cruzeiros
Foto por: Cláudio Lacerda Oliva
O lado holandês é a porta de entrada e faz parte das Antilhas dos Países. É também a metade da laranja mais agitada. Além da diversificada oferta de atividades esportivas e praias deslumbrantes, há vários hotéis e resorts renomados, spas, cassinos e badalada vida noturna. A intensa atividade turística é reforçada com os navios de cruzeiros marítimos que atracam em grande número. Somente no dia em que estávamos por lá foram seis cruzeiros, tornando o acesso de saída e entrada ao porto insuportável.
Com muito sol o ano inteiro e cercada por quase 40 praias, St. Maarten é o paraíso para os amantes do mar. Com areia fina e palmeiras ao vento, elas conquistam à primeira vista. Muitas delas também ostentam grandes conjuntos de pedras lapidadas pela força das águas turquesas do mar do Caribe. É quase impossível resistir a um mergulho para apreciar a beleza dos coloridos recifes de corais. O melhor lugar para mergulhar é na praia de Little Bay, onde as águas claras permitem excelente visualização da vida marinha. A verdade é que tem praias para todos os gostos e capazes de provocar vários tipos de emoções simultaneamente.
Foto por: Cláudio Lacerda Oliva
As praias mais procuradas são Maho – conhecida como “Praia do Avião” por estar em frente à pista do aeroporto -, ideal para banhos de mar; Guana Bay para bodyboarding e oferece panorama para St. Barths; Mullet Bay para nadar e snorkel; Dawn para snorkel, windsurfe e para assistir ao nascer do sol; e Simpson Bay para nadar e caminhar. Já Capecoy tem um visual incrível e é uma das mais fotografadas. Ela é cercada por penhascos e grutas.
Outro concorrido ponto turístico é Oyster Pond. Corre na ilha a lenda de que é o ponto onde um francês e um holandês ficaram de costas um para o outro e começaram a caminhar em direções opostos em torno da ilha para determinarem os limites das duas partes. A Oyster Bay continua dividida entre os dois governos, mas a fronteira é tão sutil que é possível nadar de um país para outro sem notar.
Foto por: Cláudio Lacerda Oliva
Na capital, Phillipsburg, especialmente no distrito comercial onde ficam as ruas Front e Back, há oferta de joias com preços competitivos, eletrônicos, bebidas, perfumes, cosméticos e roupas de grifes internacionais. Em Frontstreet também estão várias lojas com produtos diversos. O tradicional licor local, o guavaberry, pode ser adquirido – e provado – no Emporium Guavaberry. A bebida é feita a partir de uma frutinha avermelhada do tamanho de uma cereja, que só existe lá. A mistura dela ao rum confere um sabor amadeirado, frutado, picante e doce-amargo.
Foto por: Cláudio Lacerda Oliva
Também em St. Maarten está concentrado todo o entretenimento noturno da ilha, que conta com 14 cassinos. Jogadores habituais ou eventuais têm à disposição diversas opções para tentar a sorte, seja na roleta, bacará, blackjack ou nas viciantes máquinas caça-níqueis. As casas noturnas com música ao vivo são um convite para quem gosta de dançar.
Uma das atividades mais procuradas na ilha é o St. Maarten 12-metre Challenge. Nele os turistas têm a oportunidade de participar de uma simulação da America’s Cup – competição mundial que reúne os maiores velejadores do mundo. Não é preciso ter nenhuma experiência anterior para participar – basta uma pequena aulinha. O passeio é pura adrenalina. As saídas acontecem na Bobby’s Marina, em Phillipsburg. Mas é possível contratar esse serviço no Bureau de Excursão dos navios da MSC.
Foto por: Cláudio Lacerda Oliva
St. Martin tem casas coloridas e praias quase desertas
Embora não tenha dado tempo de conhecer a outra metade da ilha, muitos turistas elogiam. Com cenários que mais parecem uma maquete de tão perfeitos, as casinhas coloridas dão um charme todo especial à arquitetura local. Há uma feira de artesanato, praias calmas e restaurantes refinados. Quem não resiste às compras, pode visitar o West Indies Mall.
St. Martin é conhecida como Ilha Acolhedora – o desenvolvimento aconteceu de maneira mais lenta, ganhando maior impulso somente na década de 1980, quando a legislação francesa passou a permitir investimentos em condições vantajosas em seus territórios além-mar aos cidadãos franceses. O pedaço da ilha, que tem Marigot como sua capital, é uma subdivisão de Guadalupe, também um território administrado pela França.
São muitas praias no lado francês. Anse Marcel está entre as mais bonitas e procuradas para atividades aquáticas. Protegida dos ventos e das ressacas marítimas é ideal para quem busca tranquilidade. Além disso, tem bons bares e restaurantes. Já o naturismo legalizado pode ser praticado em Orient Beach, conhecida como Saint Tropez caribenha.
No alto do morro, o Fort St. Louis vale uma visita – de preferência no final da tarde para apreciar o pôr do sol. Construído em 1789 para proteger St. Martin de invasões, cumpriu esse papel até 1820. Atualmente, tem um mirante que possibilita um visual incrível de Marigot e da lagoa Simpson Bay. Um dos edifícios mais antigos da capital é a igreja de Marigot, que conserva sua arquitetura de época. Além de servir de local de recolhimento espiritual, também funciona como abrigo no período de ciclones, que são comuns de maio a setembro. Saint Martin reserva boas oportunidades para atividades junto à natureza. A reserva natural Loterie Farm tem uma tirolesa de tirar o fôlego. No local funcionou uma antiga refinaria de açúcar construída em 1773. Tem vários quilômetros de trilhas bem conservadas e um percurso composto por pontes, toras de madeira e tirolesas.
O lado ruim do cruzeiro é que é praticamente impossível visitar Holanda e França num mesmo dia. Mas com certeza, realizar esse roteiro náutico, além de ter preços competitivos, permite ao turista do Brasil viajar de maneira rápida à Matinica e de lá conhecer e explorar ilhas caribenhas dos sonhos, tendo a garantia de dormir num navio de alta qualidade gastronômica, excelente entretenimento e gastronomia diversificada. Além de tudo isso, o navio oferece shows diários, tem spa, academia, cassino, lojas com marcas internacionais, 10 opções de restaurantes, jacuzzis, área kids com piscina, solarium e um serviço impecável. Vale conferir!
Mais informações: msccruzeiros.com
Texto por: Cláudio Lacerda Oliva. O jornalista viajou a convite da MSC Cruzeiros.
Foto destaque por: Divulgação MSC