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Conheça o Palácio Nacional de Mafra, uma obra de arte em Lisboa

14 de julho de 2017

O turista em Lisboa cujo interesse está voltado para a cultura vai encontrar, no Palácio Nacional de Mafra, um edifício, cuja magnificência só foi possível graças ao ouro oriundo do Brasil. Ocupa uma área de 37.790 m², possui mais de 1.200 divisões, mais de 4.700 portas e janelas, 156 escadarias e 29 pátios e saguões.

Foto por José Paulo Ruas/ DGPC

Foto por José Paulo Ruas/ Palácio Nacional de Mafra

Grandes mestres das artes, portugueses e italianos, entre escultores e pintores assinam a maioria das obras do Palácio. Os dois carrilhões, com 92 sinos – o maior conjunto histórico do mundo –, foram encomendados em Flandres, na Bélgica. Mais tarde, já no final do século XVIII, D. João VI, encomendou, nomeadamente, um novo conjunto de seis órgãos para a Basílica.

Ainda que nunca tivesse sido residência permanente da família real, o Palácio Nacional de Mafra foi até ao fim da Monarquia frequentemente visitado pelos monarcas, que ali celebravam festas religiosas, passando parte do verão caçando. Foi também em Mafra que o último rei de Portugal, D. Manuel II, passou a última noite no país antes de partir para o exílio, quando da implantação da República, em 5 de outubro de 1910.

Mas a destacar-se no conjunto arquitetônico de Mafra é, sem dúvida, a Biblioteca com 36.000 volumes compreendidos entre os séculos XV e XIX. A Biblioteca tem 85m de comprimento por 9,5m de largura, é pavimentada em pedra lioz de várias cores e tem no centro uma abóboda apoiada em quatro arcos, fechada por uma pedra-mármore na qual está esculpido um rosto humano representando o sol.

Foto por Istock/ Jorisvo

Foto por Istock/ Jorisvo

O número de visitantes tem aumentado todos os anos e em 2016 subiu para mais de 326.000, sendo que em alguns dias se esgota a capacidade para se receber mais visitantes. O interesse pelo monumento vem ganhando cada vez mais expressão e os concertos de órgão são uma das razões. Realizam-se no primeiro domingo de cada mês. São oferecidas visitas segmentadas, ou seja, à Biblioteca, ou a Basílica, por exemplo, uma vez que implicam menos tempo do que uma visita à totalidade do monumento. Este tipo de visita temática pretende, assim, ir ao encontro do turista mais apressado.

Foto por Istock/ AlbertoNovo

Foto por Istock/ AlbertoNovo

O livro Memorial do Convento, de José Saramago, tem como pano de fundo a construção do Palácio Nacional de Mafra, também conhecido como Convento. Brilhante reinvenção do romance histórico, consagrou Saramago internacionalmente e o tornou um dos nomes fundamentais das letras contemporâneas. O monarca absolutista D. João V, cumprindo uma promessa, ordenou que o edifício fosse erguido no início do século XVIII, em pleno processo colonial, à custa de uma imensa quantidade de ouro e diamantes vindos do Brasil.

Texto por: Agência com edição Eliria Buso

Foto destaque por IStock/ prosiaczeq

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