Para quem está buscando opções de lazer para aproveitar o Dia Nacional do Turismo, comemorado em 08 de maio, a Fundação Florestal separou algumas sugestões de passeios em meio à natureza no estado de São Paulo. Entre as opções estão atrativos para aqueles que procuram ecoturismo, aventura, cenários deslumbrantes ou roteiros tranquilos para os que só querem fugir para uma praia paradisíaca.
A FF alerta aos turistas que existem normas para visitação desses espaços protegidos e o respeito a elas é fundamental para garantir tanto a preservação dos locais quanto o sucesso do passeio. Não é permitida a entrada de animais domésticos e é proibido fazer fogueiras, churrasco, queima de fogos ou qualquer ato que possa provocar incêndio no interior da Unidade de Conservação. A instituição orienta também que os visitantes não retirem espécies vegetais, animais ou qualquer outro item da natureza. Apenas os resíduos gerados devem ser coletados e levados de volta para descarte adequado.
Nas Unidades de Conservação que cobram entrada, o ingresso custa R$ 19,00 para brasileiros, R$ 28,00 para viajantes do Mercosul e R$ 37,00 para estrangeiros, com meia-entrada para estudantes brasileiros e estrangeiros e profissionais de educação das escolas da rede pública estadual e municipal. Para alguns atrativos, é necessária a contratação de monitoria à parte.
Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR)
Foto por Divulgação / Fundação Florestal / RicardoMartinelli
Criado em 1958, com seus mais 35.750 hectares, localiza-se no sul do estado de São Paulo e abrange parte dos municípios de Iporanga e Apiaí. A Unidade de Conservação possui sistemas de cavernas que abrigam paisagens subterrâneas únicas, com grande variedade morfológica de espeleotemas e sítios paleontológicos. Pela quantidade (mais de 400), beleza e complexidade das suas cavernas, o PETAR é um parque internacionalmente reconhecido.
Devido ao alto nível de preservação da região, ele abriga espécies da Mata Atlântica típicas de matas primárias, com árvores entre 25 e 30 metros de altura, como canela, cedro e palmito-juçara. Além dessa importante matriz geológica, o PETAR apresenta espécies de animais de amplo território, como a onça-pintada e o mono-carvoeiro ou muriqui, maior primata das Américas.
Mais informações em: ingressosparquespaulistas.com.br
Parque Estadual Xixová-Japuí
O Parque Estadual Xixová-Japuí abriga importante porção de Mata Atlântica conservada e destacada da Serra do Mar. São 600 hectares em área terrestre e 301 em área marinha. Localizado em meio à Região Metropolitana da Baixada Santista, com território densamente urbanizado, o parque preserva biomas diversos, como ecossistema marinho, costão rochoso, praia arenosa, mata de restinga e mata de encosta.
Seus principais atrativos são a Praia de Itaquitanduva, a Praia de Paranapuã, a Praia do Canto do Forte, as trilhas do Curtume e dos Surfistas, o antigo Curtume Cardamone, datado de 1914 e que operou durante 60 anos na cidade de São Vicente, o Forte Duque de Caxias de Itaipu, conhecido como a Fortaleza de Itaipu, a Pedreira, as Bicas e a Área Marinha. Em sua fauna, podem ser encontrados borboletas, bichos-preguiças, tartarugas marinhas, jacus, morcegos e trinta-réis, e, na flora, podem ser vistas embaúbas, bromélias, figueiras e ainda espécies ameaçadas, como palmitos-juçara, caxetas, paus-brasil e canelas.
Mais informações em: xixovajapui.ingressosparquespaulistas.com.br
Parque Estadual Vassununga
Foto por Divulgação / Fundação Florestal
Em Santa Rita do Passa Quatro, o parque foi criado para preservar importantes remanescentes dos biomas Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual) e Cerrado e seus respectivos ambientes ripários e abriga uma grande concentração de jequitibás-rosa (Cariniana legalis) ainda existente em São Paulo, tendo duas das maiores árvores do estado.
O Patriarca é o mais conhecido pela população pois é o principal atrativo da Unidade, tem cerca de 42 m de altura e 12,40 m de circunferência. A Matriarca, descoberta em 2018, se encontra no interior de um dos fragmentos, tem cerca de 44 m de altura e 11,88 m de circunferência, mas sem acesso ao uso público. Esta é uma Unidade de Conservação que melhor reflete a situação de cobertura florestal do interior de São Paulo por seu território ser constituído de fragmentos separados entre si.
O Pé-de-Gigante, nome dado devido à sua formação geológica que vista do alto remete a uma forma de pegada de um gigante, é seu maior fragmento, sendo representado pelo bioma Cerrado.
Mais informações em: vassununga.ingressosparquespaulistas.com.br
Monumento Natural Estadual da Pedra Grande
Foto por Divulgação / Fundação Florestal
O MoNa Pedra Grande, criado em 2010, fica na Serra do Itapetinga e abrange os municípios de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Nazaré Paulista e Mairiporã. Sua importância está na preservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e do corredor Cantareira-Mantiqueira, mantendo a conectividade dos fragmentos florestais.
O principal atrativo da Unidade é a própria Pedra Branca, um afloramento rochoso, com 1.418 m de altitude e idade pré-cambriana, ou seja, surgida há mais de 600 milhões de anos. Além da beleza cênica, o monumento abriga “Refúgios Montanos”, áreas mais sensíveis e importantes para conservação, com micro-habitats ricos em diversidade biológica e endemismo.
Nesse cenário, há espécies de beleza singular, como bromélias, orquídeas, musgos e outras ameaçadas como a amarílis (Hippeastrum psittacinum) e a endêmica rhipsalis (Rhipsalis spinescens). Na fauna, destaca-se a rãzona-de-corredeira (Megaelosia boticariana), espécie pouco conhecida e estudada, que ocorre no interior do Parque Municipal da Grota Funda, parque inserido no MoNa Pedra Grande e gerenciado por Atibaia.
Mais informações em: monapedragrande.ingressosparquespaulistas.com.br
Mais informações em: guiadeareasprotegidas.sp.gov.br / ingressosparquespaulistas.com.br
Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin
Foto destaque por: Divulgação / Fundação Florestal / ClecioMayrink