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São Pedro-SP: do sorvete na praça ao parapente

17 de maio de 2017

Localizada na região central do Estado de São Paulo, a menos de 200 km da capital, a cidade de São Pedro está desenvolvendo com o passar dos anos o potencial para se tornar referência na prática de esportes de aventura. Eu e o também jornalista Alexandre Koda (meu namorado, colaborador o blog e editor do canal Fugindo da Rotina) viajamos a convite da Prefeitura para conhecer o município.

Partindo da capital, pegamos a Rodovia dos Bandeirantes até Piracicaba e de lá seguimos até São Pedro pela Rodovia Geraldo de Barros. Na ida, tudo bem. Na volta, pegamos um vendaval terrível, no trecho entre São Pedro e Piracicaba, com folhas e areia voando e exigindo do Ale um esforço considerável para manter a estabilidade do carro.

São Pedro é uma típica cidade do interior: tem muito verde e paisagens belíssimas nas áreas mais afastadas e no centro algumas lojas, um mercado grande e, claro, uma pracinha em volta da igreja, com coreto e tudo, onde você se sente mais do que convidado a tomar sorvete (na Sorveteria Oasis o quilo sai por R$36,90 e são mais de 50 sabores) sentado nos banquinhos.

Ali ao lado da igreja também está a Feirinha de Artesanato. São diversos artigos produzidos e vendidos pelos moradores, como bijuterias, cosméticos e geleias. Vá de manhã ou de tarde nos finais de semana.

Hospedagem

Ficamos hospedados no Hotel Colina Verde, um típico hotel fazenda que oferece tudo o que os pais precisam para descansar enquanto os filhos se divertem: há programação de atividades o dia inteiro, sempre monitoradas por funcionários. A piscina mais concorrida é a do toboágua, que é aquecida. Além dessa, há outras oito a disposição dos hóspedes, entre elas duas cobertas e aquecidas. Ao longo dos mais de 200m de área construída, há também quadras esportivas, pista de bocha, mini zoológico, horta, academia e salão de jogos.

O nosso quarto era da categoria “Superior” e correspondeu muito bem as nossas necessidades: eram dois ambientes, um com duas camas de solteiro e o outro com uma cama de casal, duas TVs, escrivaninha, frigobar e uma varanda com rede e vista para um terreno arborizado frequentemente visitado por maritacas e outros pássaros. Essa acomodação sai por R$1500 o fim de semana para o casal. Os quartos da categoria “Standard” custam R$1400 e os da categoria “Luxo”, R$1600.

O hotel opera no sistema “pensão completa” e cada refeição tem uma grande variedade de pratos. Destaque para o jantar de sábado, em que havia filé à parmegiana com crispy de batata. Estava divino.

Rancho da Tirolesa

A menos de 10 minutos do centro da cidade, no caminho para as cachoeiras, um pouco adiante da entrada para a rampa de voo livre, está o Rancho da Tirolesa. Mesmo que você não seja minimamente radical, vale a pena a visita do mesmo jeito: a vista do lugar é espetacular! Além disso, eles servem refeições e você não pode sair de lá sem provar o cuscuz goiano da dona Cida Boaventura.

Se você for da turma da adrenalina, a tirolesa é uma boa pedida. Por R$35 reais você faz o circuito que inclui dois trechos de tirolesa, com mais ou menos 800m de distância – uma de 600m e outra de 200m. Tudo autorizado pelos órgãos responsáveis, com os certificados à vista, e a instrução do Rafael Godoi, que trabalha no Rancho desde a inauguração, antes mesmo do Rogério Boaventura, atual proprietário, assumir a administração do local.

Agora, se a Tirolesa for pouco para o seu nível de adrenalina, bem pertinho do rancho está um dos grandes atrativos de São Pedro para os aventureiros radicais: a rampa de voo livre, onde é possível saltar de parapente, paraglider e asa delta. O local é administrado pelo Clube São Pedro de Voo Livre (CSPVL), que faz a manutenção das duas rampas e tem mais de 120 pilotos cadastrados. Você pode contratar e ter mais informações sobre o salto no Aventurando. O voo duplo (com o instrutor) de parapente sai por R$250/pessoa.

Outras atrações

Além de se jogar nos esportes radicais, descansar nos hotéis fazenda e namorar na praça, em São Pedro também tem turismo religioso: há na cidade uma réplica do Cristo Redentor, localizada em um parque com um bonito mirante e um restaurante. Próxima dali, a Igreja de Santo Antônio abriga um pedaço da pele do patrono, vinda diretamente de Pádua, na Itália, doada pelo Vaticano.

Texto e fotos: Bruna Moraes, do blog Viajar Transforma

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