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Rota 40, na Argentina, reabre ao turismo

Viajar depois do confinamento da pandemia, para cada vez mais gente, significa pôr o pé na estrada – seja de carro, de moto ou de motor home, tendências que já estavam em alta antes do isolamento e agora só voltaram com mais força. O desejo de voltar a ter contato direto com a natureza, interagir com paisagens deslumbrantes e fazer desvios para apreciar cenários de cartão postal aumentou com a quarentena forçada.

Por isso mesmo, as buscas no Google Brasil por “Rota 40”, a mítica estrada Argentina, atingiram o nível mais alto dos últimos 12 meses entre o final de outubro e o início de novembro, com a flexibilização das regras para entrada dos brasileiros no país vizinho.

O interesse pela estrada é facilmente explicável. “Ruta Nacional 40”, seu nome oficial em espanhol, é uma das maiores estradas do mundo, e vai do Cabo Virgenes, no Sul, em plena Patagônia – à beira do Estreito de Magalhães – até o extremo norte da Argentina, em La Quiaca, Provincia de Jujuy, próximo à Bolívia, correndo paralela à Cordilheira dos Andes. Ao longo de cerca de 5.200 km, a estrada é vizinha de glaciares ao Sul e desertos ao Norte.

Em seu caminho encontra 20 Parques Nacionais e Monumentos Naturais, cruza 236 rios e 27 postos de fronteira com o Chile. Das 7 Maravilhas Naturais da Argentina, eleitas pelo voto popular, quatro ficam em seu caminho – o Glaciar Perito Moreno, o deserto de Salinas Grandes, o Parque Nacional de Talampaya e o Parque Nacional de Nahuel Huapi, em torno do lago que banha a cidade de Bariloche.

A rodovia começa próxima ao nível do mar, no Sul, no farol do Cabo Vírgenes. Chega a 4.895 metros de altitude, no trecho rodoviário mais alto do continente americano, ao passar por Abra del Acay, na Província de Salta, ao Norte.

Famosa mundialmente, presente em diversas listas das estradas mais cênicas do mundo, ela é acessível de diversas maneiras pelos brasileiros. Para quem mora no sul do país, é possível chegar lá de automóvel ou moto. Para quem mora mais longe, é possível chegar de avião em alguma das cidades maiores ao longo do caminho, como Mendoza, Salta ou Bariloche, e de lá alugar um veículo.

Como seu percurso é imenso – maior que a distância entre Madri e Moscou, por exemplo – a grande maioria dos viajantes prefere escolher um determinado trecho para sua viagem. Por exemplo, na região da Patagônia, que tem invernos rigorosos, os motoqueiros consideram que a melhor época para viajar é justamente no verão, de dezembro a março.

A Argentina reabriu suas fronteiras com o Brasil no início de outubro, para viajantes com todas as doses da vacina aplicadas a pelo menos 14 dias antes do embarque. Como o país já atingiu mais da metade da população imunizada, passou a exigir dos visitantes apenas um exame de PCR feito até 72 horas antes da viagem e um seguro saúde com cobertura para Covid.

Mais informações no site: argentina.travel

Texto por: Agência com edição Eliria Buso

Foto: Divulgação

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