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Jubileu, romaria, museu e quitandas em Congonhas, Minas Gerais

Foto por Eliane Pires Gouvea

A cidade histórica de Congonhas, localizada a 80 quilômetros de Belo Horizonte, realiza anualmente uma das maiores manifestações artísticas e religiosas do Brasil, e talvez uma das maiores do mundo.

Foto por Wilson Franzin

No período de 7 a 14 setembro, a  “Cidade dos Profetas”, como é carinhosamente chamada, recebe os festejos do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.

ROMARIA: UM CENÁRIO REAL PRESERVADO

Uma enorme construção histórica, denominada Romaria servia de abrigo aos pobres que, desde 1770, vêm a Congonhas todos os anos nesse período. Construída no início da década de 30, e localizada bem no final da Alameda das Palmeiras, a Romaria é uma pousada constituída de um conjunto de casas baixas, fechando um círculo ao redor de um imenso pátio. Para ocupar esse abrigo, cada família pagava na época cerca de cinco mil réis, por todo o período do Jubileu, quantia considerada na época, acessível a qualquer um.

Foto por Eliane Pires Gouvea

Desativada no início da década de 60 pela administração do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, foi vendida a um grupo empresarial do Rio de Janeiro, que pretendia construir ali um hotel, obra jamais realizada. Da obra original, demolida em 1968, só restaram as duas torres ligadas por um arco que compõem o seu pórtico de entrada.

Em 1993, a Prefeitura Municipal de Congonhas recuperou o terreno com os remanescentes da velha Romaria. O pórtico começou a ser restaurado em 1994, e com uma área de 53 mil metros quadrados, o lugar foi reconstruído, mantendo as mesmas características arquitetônicas da antiga pousada, que foi inspirada na arquitetura das capelas dos Passos da Paixão, construídas no século XVIII, sendo inaugurada em 30 de julho de 1995.

A partir de sua inauguração, a Romaria passou a abrigar uma grande estrutura destinada à preservação da história, da cultura, das artes, do lazer e do turismo em Congonhas, onde estão sediadas a Oficina de Arte, que também serve de Sala de Exposições. – Sede da FUMCULT, Auditório com 60 lugares – e uma sala dedicada à cidade portuguesa de Matosinhos. Ali também é sede de importantes acontecimentos culturais da cidade e abriga um dos mais respeitados corais de Minas Gerais, que toda as terças-feiras realiza ensaios abertos ao público. Numa das torres originais, logo na entrada, encontra-se um posto de informações turísticas.

Divulgação/ Prefeitura Municipal de Congonhas

A Romaria vem se tornando ponto de encontro e de realização de shows, como o Luar na Romaria e é lá também que acontece em Maio a Festa da Quitanda, que chega a receber mais de 20 mil pessoas. Esse evento é o maior resgate das tradições culinárias mineiras, tendo a cidade de Congonhas o cenário perfeito para turistas e visitantes provarem e se deliciar com os famosos quitutes produzidos nos municípios do interior de Minas Gerais.

Foto por Wilson Franzin

MUSEU VIVO E INTERATIVO

A cidade de Congonhas – Patrimônio Mundial da Humanidade – oferece várias surpresas, uma delas é o Museu de Congonhas, um dos mais bem estruturados do país coordenado pelo jornalista e artista plástico Sérgio Rodrigo Reis. O Museu oferece as mais ricas técnicas de áudio e vídeo.

Foto por Ana Lúcia Guimarães/Unesco/Divulgação

Além de ser interativo e acessível, traduz em suas salas e exposições a riqueza natural, histórica e humana dessa que é uma das mais belas cidades do país. As quartas-feiras a entrada é gratuita e nos outros dias da semana paga-se R$ 10,00 por pessoa, com meia entrada para idosos e estudantes.

Foto por Wilson Franzin

Atualmente a cidade de Congonhas prova que pode existir seriedade nos recursos. São mais de duas dezenas de obras, algumas já executadas utilizando de maneira racional e real recursos do PAC – Turismo.

A cidade já entregou a restauração de igrejas, a restauração e nova adequação da Alameda das Palmeiras, atualmente está sendo realizada de maneira criteriosa o restauro da Basílica de Matosinhos, e o município consegue aplicar com muita propriedade e seriedade recursos da ordem de 60 milhões em obras de restauro e conservação do Patrimônio Histórico.

Mais informações: portal.iphan.gov.br e museudecongonhas.org.br

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva, enviado especial a Congonhas. Jornalista e fotógrafo viajaram a convite do Museu de Congonhas.

Foto destaque por Rodrigo Gouvea

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