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Cachoeiras, paredões e trilhas pela Chapada dos Guimarães

6 de fevereiro de 2023

A Chapada dos Guimarães é um oásis de natureza e formações rochosas, que fica bem no coração do estado do Mato Grosso. Os paredões alaranjados a perder de vista fazem contraste com o verde da flora típica do cerrado, e não é de se admirar que as araras vermelhas tenham escolhido o destino para fazer sua morada. As chapadas são imperdíveis para os amantes de turismo de aventura e proporcionam uma experiência de conexão com a natureza singular.

Possui uma sequência de mais de 150 quilômetros ininterruptos de paredões de arenito que abraçam a região em forma de muralhas imponentes. A cidade, que se desenvolveu sobre uma área de proteção ambiental, ganhou destaque como um destino de aventura após a criação do Parque Nacional, que protege amostras dos ecossistemas locais e assegura a preservação dos recursos naturais e sítios arqueológicos do destino.

No interior do parque estão os principais atrativos da região, além de algumas nascentes dos rios formadores do Pantanal. O destino está localizado a 64 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso. O acesso é feito pela Rodovia Emanuel Pinheiro – MT 251, que margeia e corta o parque em grande extensão. Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada do Parque Nacional está a 11 km de distância.

Ou seja, ir de carro é a forma mais confortável de chegar até o destino, garantindo mais autonomia para conhecer cada uma das belas paisagens. Porém, também passam por ali rotas de ônibus. O trajeto da rodoviária de Cuiabá para Chapada dura aproximadamente 1h30.

Melhor época para visitar

O parque pode ser visitado o ano todo. Contudo a época das chuvas de novembro a março pode atrapalhar alguns passeios. De julho a outubro, a seca e as temperaturas mais elevadas são um desafio para o viajante, mas tornam ainda mais gratificante a recompensa de se refrescar nas cachoeiras. Segundo guias locais, os melhores meses para visitar a região são abril, maio e junho — com céu azul e baixo índice pluviométrico. Entre agosto e setembro, existe grande risco de ocorrer grandes queimadas que podem prejudicar os passeios e ser bastante perigoso no vai e vem nas estradas.

Não deixe de visitar

Olhando do alto de um dos mirantes da Cidade de Pedra, a Chapada dos Guimarães parece um imenso tapete verde que se estende em direção a Cuiabá, a pouco mais de uma hora dali. De lá, também é possível avistar o início da famosa planície pantaneira. Entre os lugares que fazem do destino um roteiro memorável, podemos iniciar nosso passeio visitando a cachoeira da Salgadeira, para um banho que revitaliza corpo e alma. Há no local bons sanitários e um carro médio paga 20,00 para estacionar no local por três horas. Os passageiros não pagam a entrada.

Vale muito a pena se refrescar também nas hidromassagens naturais que o local oferece. Há ainda uma pequena loja de conveniência, uma lanchonete que vende água, salgados, além de sucos, refrigerantes, sorvete e alguns artesanatos, mas os preços são salgados. Prosseguindo nosso passeio a cachoeira Véu da Noiva é um dos cartões-postais do parque, com seus 86 metros de altura. Depois de acontecer um grande acidente, é proibido banhar-se nessa cachoeira, mas o espetáculo de observá-la através do mirante vale a visita.

O cânion, sobrevoado por araras vermelhas que escolheram o local paradisíaco para abrigar seus ninhos, é uma imensa cidade de rochas afiadas pelos ventos.

Nos 33 mil hectares de área preservada também fica a famosa gruta Casa de Pedra, esculpida naturalmente pelo córrego Independência. Do alto da Cidade de Pedra, é possível ver boa parte do Parque Nacional, com uma vista de tirar o fôlego.

Há ainda o Circuito das Cachoeiras, cujo percurso é de pouco mais de 7 quilômetros, que passa pelas quedas Sete de Setembro, do Pulo, Prainha, Degraus e Andorinhas e por duas piscinas naturais. Para chegar ao Morro São Jerônimo, um dos pontos mais altos da Chapada, são oito horas de trilha percorrendo lindas e curiosas formações areníticas, como o Jacaré de Pedra, a Pedra Furada e a Mesa do Sacrifício. Para realizar essa trilha recomenda-se não a fazer nos períodos chuvosos e deve ser realizada sempre na companhia de um guia credenciado.

Fora das áreas demarcadas do Parque, vale visitar o complexo de cavernas Aroe Jari — nome indígena que quer dizer “morada das almas” — com muitos trechos submersos e a famosa Lagoa Azul.

Itens imperdíveis na mala

Na hora de elaborar a mala, não se esqueça dos itens básicos para um destino de aventura: protetor solar, chapéu ou boné, repelente, óculos de sol, sapato ou tênis próprio para trekking, roupas confortáveis e maiôs e sungas para se banhar nas cachoeiras, além sempre de ter água e uma fruta, de preferência banana para longas caminhadas. Não é exagero preparar um lanchinho para comer quando tiver fome.  Nas noites de inverno, principalmente entre os meses de maio e agosto a temperatura costuma cair, então, não esqueça de adicionar um bom casaco à mala. Embora a frente fria possa durar no máximo três dias, fique atento, pois as mudanças climáticas costumam ser bruscas, indo de 30 para 8 graus em menos de 24 horas. Há casos de em alguns dias a temperatura chegar a zero grau durante a madrugada.

Ao sair para fazer os passeios, uma barrinha de cereal e um suco são truques para ajudar nos momentos de descanso nas trilhas em meio à natureza

Onde se hospedar

Após um longo dia de trilhas, o retorno ao centro da cidade também é uma atração à parte. Fora do contexto da pandemia, em torno da praça onde fica a Igreja de Santana, estão distribuídos bares, restaurantes e pequenos comércios de artesanato local, alguns com influência indígena da região do Xingu.

Há bons restaurantes com vistas lindas, também no alto de mirantes, e quase todos servem comidas típicas — como o arroz com pequi, farofa de banana, mojica de pintado e ventrecha de pacu. Outro prato imperdível é o famoso e popular arroz Maria Isabel, além da galinhada.

O local também oferece boas opções de hospedagens charmosas, como a pousada Jardim da Chapada, a Pousada Penhasco, e a Paraíso dos Guimarães.  Em conexão com a natureza, a pousada Cantos da Mata é um espetáculo à parte, em meio à calmaria do cenário bucólico.

Para desbravar os encantos da região em sua plenitude com segurança, é importante contratar um guia turístico. Indicamos o Guia Volney da Operadora Turismo Confiança. O rapaz tem profundo conhecimento e sabe informar cada detalhe da região.

O centrinho da cidade da Chapada dos Guimarães é bem pequeno. Não são mais de oito ruas, ao entorno da praça Central, que aliás está em reforma. Há farmácias, lojas de artesanato, algumas sorveterias e pequenas pousadinhas, para quem não deseja se hospedar fora da área urbana. Vale a pena fotografar a igreja central de Sant’Ana do Sacramento, em estilo colonial, que reflete toda a bucolidade local. Vale fazer ao menos uma refeição no restaurante Mirante do Morro dos Ventos. Lá o turista tem um cardápio recheado de pratos regionais servidos na panela de pedra. Peça um prato para dois que comem tranquilamente três pessoas. Peça a galinhada e o arroz Maria Isabel. No local há um mirante lindíssimo com vista plena para Cuiabá e Várzea Grande. Imperdível!

Se você estiver hospedado no Malai Manso, contrate os serviços para um roteiro completo na Chapada dos Guimarães.  Consulte os roteiros da Confiança Turismo.

Mais informações: instagram.com/confiancaturmt e malaimansoresort.com.br

Texto e fotos por: Cláudio Lacerda Oliva. O jornalista viajou a convite do Malai Manso com apoio da Confiança Turismo.

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