Falta de vínculo no Brasil, comprovação financeira e erro no preenchimento podem ser fatais nesse processo
Com o aumento no número de brasileiros que desejam estudar, trabalhar ou morar fora, a busca por serviços de assessoria para vistos tem ficado cada vez maior, já que de acordo com o relatório do U.S. Department of State, a taxa ajustada de recusa para vistos da categoria B para brasileiros foi de 15,48% em 2024, já no ano anterior essa taxa para o Brasil era de 11,94%. O processo de solicitação ainda gera muitas dúvidas, e uma negação pode representar perda de tempo e dinheiro.
Segundo Marco Lisboa, CEO e fundador da Legale, rede de franquias especializada em assessoria para vistos, a maioria das recusas acontece por falhas simples, que poderiam ser evitadas com orientação profissional. Para quem está no processo de tirar a documentação, o especialista deu cinco passos para te ajudar nesse trâmite:
- Erros no preenchimento
Grande parte das negativas ocorre por informações inconsistentes ou mal preenchidas no formulário. “Muitas pessoas colocam dados incorretos ou omitem informações achando que isso vai ajudar, quando na verdade o consulado entende como falta de transparência”, explica. Revise toda a documentação antes do envio e, se possível, busque por suporte de uma assessoria especializada, para economizar tempo e dinheiro.
- Falta de comprovação financeira
Um dos pontos mais analisados pelos consulados é a capacidade financeira do solicitante para se manter no país de destino. Apresente documentos atualizados e condizentes com o valor da viagem e o custo de vida durante o período programado para ficar no país.
“Comprovantes de renda, extratos bancários e vínculos empregatícios são fundamentais para mostrar que você não pretende imigrar ilegalmente”, afirma Lisboa.
- Histórico de viagens ajuda (e muito)
Ter um passaporte com vistos anteriores ou carimbos de entrada e saída de outros países demonstra bom comportamento migratório. “Isso mostra que o viajante respeitou prazos e regras em viagens anteriores. A dica é começar por destinos que não exigem visto, isso ajuda a fortalecer seu histórico”, diz o CEO da Legale.
- Falta de vínculos com o Brasil
Esse é um dos principais motivos de recusa e os consulados querem garantir que o solicitante voltará ao país de origem. Por isso, vínculos familiares, profissionais ou patrimoniais são essenciais. “Quem não consegue comprovar laços sólidos no Brasil tem mais chance de ser visto como um potencial imigrante ilegal”, explica Lisboa. Para evitar essa situação, reúna documentos que comprovem emprego fixo, propriedade, matrícula em curso ou dependentes.
- Não deixe para a última hora
Conte com uma assessoria especializada, que vai iniciar o processo com tempo hábil antes da viagem e busque informações para entender as exigências do país de destino.“Cada lugar tem prazos diferentes e a documentação pode levar semanas para ser validada. Muita gente perde prazos por falta de planejamento e consultoria adequada”, alerta Lisboa.
Texto por agência com edição de Rebeca Dias
