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Um paraíso inexplicável no Caribe colombiano: Parque Tayrona

3 de fevereiro de 2020

A Colômbia possui destinos com um forte potencial turístico, desde uma história ancestral muito presente, exuberante natureza além de variada gastronomia com produtos saborosos e de qualidade. Caracteristicamente de clima tropical, também tem áreas climáticas bem diversas, com florestas tropicais, savanas, estepes, desertos e clima alpino. É um país que impressiona pelos cinco sentidos. O mar do Caribe banha, no norte do país, um dos parques naturais mais importantes: o Parque Natural Nacional Tayrona. Localizado em Santa Marta, capital do departamento de Magdalena, são mais de 19.000 hectares de um alto valor biológico, arqueológico e ambiental.

Entre 450 e 1600 d.C, as terras eram habitadas pelos indígenas Taironas, que deixaram evidências significativas de sua passagem por ali: a pequena cidade Chairama. Os territórios habitados por eles eram ligados por uma rede de estradas de pedra, que se estendiam desde as encostas mais baixas para os lugares mais afastados da Sierra Nevada em Santa Marta. Suas casas eram de forma circular, geralmente construídas em terraços de pedra, a mesma formação também era utilizada como estruturas de armazenagem e casas cerimoniais. Você pode encontrar os vestígios desse passado dentro do próprio Parque Tayrona, recebe o nome de Pueblito ou Chayrama.

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Foto por Natalia Bastos

Há duas trilhas para chegar até Pueblito; o transcurso mais longo vai desde a entrada de Calabazo, em uma trilha de aproximadamente 3 horas. Embora o caminho seja mais comprido, ele é de descida e você pode acessar ao parque, pois a caminhada vai até Cabo San Juan.

A outra opção é subir desde Cabo San Juan. São 2,4 km (aproximadamente uma hora e meia), em uma trilha que é simplesmente sensacional. Não dá para descrever as paisagens que você vai deixando para trás, e você nem é capaz de imaginar o que te espera lá em cima. É recomendável ir com pouco peso, calçado adequado e água. Essa opção é um pouco mais puxada, realmente, bem mais do que a outra! Mas é uma dificuldade progressiva e uma excelente oportunidade para testar a sua força mental; ao longo do caminho talvez você sente que não é capaz, mas perceberá que já está chegando o final. Embora, às vezes, você pode se confundir, o caminho está muito bem sinalizado e não há chances de se perder. Ao longo da trilha tem plaquinhas que indicam quanto falta para chegar ao topo (o que é muito motivador).

Foto por Natalia Bastos

Foto por Natalia Bastos

O lugar é bem misterioso, pois ainda não se sabe se as pedras foram colocadas pelos nativos, ou foi um acidente geológico, mas realmente é uma longa escada que leva até os terraços. Em ocasiões, há grandes rochas que possuem uma corda para facilitar a subida. Se você optou por essa opção, é recomendável subir antes das 13h para realizar a trilha com calma e sem o risco de que anoiteça.

Os descendentes mais próximos dos Taironas são os Arhuacos e os Koguis. Algumas famílias desses últimos vivem atualmente dentro do parque. Em Pueblito, eles vendem água e alguns artesanatos, mas é mais provável que você os encontre nas praias.

São mais de 15 praias, uma mais bonita do que a outra, mas nem todas são aptas para o mergulho. As mais famosas são Bahía Concha, Neguanje e Cañaveral; embora essa última é uma das que o banho é proibido, é conhecida por ser um ponto com Ecohabs (hospedagem com cabanas ao estilo tradicional Tairona). Perto de Cañaveral fica a Piscina, onde você poderá se refrescar a vontade e desfrutar dos maravilhosos corais onde habitam vários tipos de peixes. Para quem esqueceu o material de snorkel, é possível alugar!

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Foto via Istock/Rudimencial

Entre maio e julho e setembro e outubro são consideradas épocas mais chuvosas, porém, são chuvas ocasionais que permitem você desfrutar sem problemas do parque. Aliás, a temporada com menos visitas acontece de setembro a outubro, sendo a melhor época para visitar o parque, pois você não terá problemas para encontrar hospedagem.

É necessário ter em consideração que, em 2020, o parque terá três recessos que favorecem à preservação ambiental e em relação com as comunidades indígenas que habitam o local. Acontecerá do 1 ao 29 de fevereiro, do 1 ao 15 de junho e do 19 de outubro a 2 de novembro.

Mais informações parquetayrona.com.co/

Texto por Natalia Bastos. Imagem destacada via Istock/Nizam Ergil

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