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Toscana: um brinde ao amor e às belezas do mundo

26 de julho de 2018

Região considerada entre as mais incríveis da Itália – ou do mundo – reúne em uma por­ção territorial de 23 mil quilômetros quadra­dos, centenas de charmosos vilarejos, vinhedos e vinhos deliciosos, encostas douradas por campos de girassóis e muitas igrejas e museus. Situada na região central do país, a Toscana é formada pela capital Florença, Siena, Pisa e cidadezinhas encan­tadoras, além de um arquipélago onde se destaca a Ilha de Elba.

Há muito o que ver e curtir. Portanto, não des­perdice a viagem se tiver pouco tempo. A chance de voltar frustrado é gigante. O melhor a fazer é estabelecer prioridades e deixar outros pontos para uma outra vez. Entenda que visitar a Toscana exige tempo e muita tranquilidade para aproveitar cada descoberta. Parar para contemplar o visual e fazer refeições sem tempo estabelecido são pri­mordiais. Comer e beber estão entre os momen­tos mais importantes da viagem ao destino. Então não tenha pressa.

Foto por Istock/ StevanZZ

Foto por Istock/ StevanZZ

Quanto mais tempo tiver para dedicar aos recan­tos toscanos, muito melhor será. Mas não menos de uma semana. E para não perder tempo nas es­tradas e ter que ficar trocando muito de hotéis, o ideal é estabelecer algumas bases estratégicas. Evite também as autopistas, que embora sejam mais rápidas não oferecem o cenário das bucólicas estradinhas secundárias. Afinal, a contemplação também faz parte da magia da Toscana.

FLORENÇA – Berço da Renascença Italiana

Comece o seu roteiro por Florença, cidade considerada o centro do humanismo europeu, que guarda belíssimos monumentos renascentistas e um riquíssimo patrimônio histórico-artístico reconhecido mundialmente. Tanto que foi uma das primeiras a ser incluídas na lista de Patrimônios Mundiais da Unesco Portanto, re­serve ao menos três dias à capital toscana.

Berço de artistas e intelectuais do século 13 até os dias atuais, o destino, que foi capital da Itália durante alguns anos, tem história marcada pela presença de grandes nomes das artes e da literatura. Entre os mais renoma­dos estão Francesco Petrarca (poeta), Giovanni Boccaccio (poeta), Filippo Brunelleschi (arquiteto e escultor), Mi­chelangelo (pintor, escultor, poeta e arquiteto), Gior­gio Vasari (pintor e arquiteto), Cimabue (pintor), Giotto (pintor e arquiteto), Leonardo Da Vinci (polímata), Lo­renzo de Médici (estadista), Nicolau Maquiavel (histo­riador, poeta, diplomata e músico) e muitos outros.

Foto por istock/ SerrNovik

Foto por istock/ SerrNovik

Mas nenhum deles teve a vida tão intrinsicamente liga­da à cidade como o poeta Dante Alighieri, que nasceu em Florença em 1265. Considerado um dos mais impor­tantes escritores da literatura universal, foi ele quem de­finiu e estruturou o idioma italiano moderno. Sua obra mais emblemática é “A Divina Comédia”, uma viagem literária escrita no século 14, onde descreve a trajetória da sua alma pelo Inferno e Purgatório até o Paraíso.

Prefira caminhar pela cidade. Os principais atrativos turísticos podem ser acessados a pé. E não é preciso andar muito para encontra-los. Na região central, pra­ças, monumentos, igrejas e museus estão em meio a lojas de grifes famosas, cafés e restaurantes imperdí­veis. Impossível não imaginar como era a vida da socie­dade local há oito séculos atrás.

Foto por Istock/ Givaga

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Não deixe de subir até o Duomo, no complexo que inclui a Catedral de Santa Maria del Fiore, construção que data do século 13; o Batistério de São João, que tem mosaicos dourados em estilo bizantino em edifício com formas octagonais; o Museu dell’Opera, que abri­ga uma das quatro Pietà de Michelangelo; o Campaná­rio de Giotto e a cúpula de Brunelleschi. A fachada da igreja chama a atenção pelas formas renascentistas da porta de bronze e pelo incrível trabalho em mármore branco de Carrara e verde de Prato.

Perto dali está a Piazza della Signoria com a estátua majestosa do David de Michelangelo. Embora seja uma cópia da obra original, que está no museu da Accade­mia, em Veneza, ela domina as atenções. A esplendida escultura está voltada para a Loggia della Signoria – também chamada de Loggia dei Lanzi -, uma verdadei­ra galeria de arte ao ar livre. Ao lado da praça o des­taque é o Palazzo Vecchio, um dos palácios públicos medievais mais importantes da Itália.

Foto por Istock/ Givaga

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Reserve algum tempo para conhecer a Galleria de­gli Uffizi (Galeria dos Ofícios), o museu de arte mais importante de Florença e o mais antigo da Europa moderna. Construído em 1560 por Vasari e que por muito tempo serviu aos Médici – poderoso clã que dominou a cidade -, até que em 1769 foi aberta à visitação pública. Seu acervo reúne grande quantidade de obras de arte, divididas em salas dedicadas a dife­rentes períodos artísticos.

O roteiro das artes passa também pela Galleria Palati­na, no monumental edifício do Palazzo Pitti, com obras de Giorgione, Raffaello e Tintoretto; e pelo Museu Na­cional de Bargello – instalado no Palazzo del Bargello, um dos mais antigos edifícios públicos da cidade -, que guarda o famoso David di Donatello e o busto de Bru­tus de Michelangelo.

Foto por Istock/ Flory

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Importantes obras de arte também estão no interior de templos religiosos como a igreja de Santa Maria Novella, que guarda o maravilhoso afresco produzido por Ma­saccio e o famoso quadro do crucifixo sobre a mesa, de Giotto – que revolucionou a pintura ao introduzir a repre­sentação perspectiva; e nas capelas de Peruzzi e Bardi, na Basílica de Santa Croce, que conserva afrescos e obras de importantes artistas de várias épocas, além de túmu­los de personalidades relevantes da história da cidade.

Uma outra igrejinha, construída em 1032, também é muito procurada pelos visitantes. É a de Santa Margheri­ta, onde Dante Alighieri conheceu a sua amada Beatriz. Sobre o túmulo dela há uma cesta de palha onde, dia­riamente, são deixadas cartas de amor e com pedidos.

Foto por Istock/ Givaga

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Em um passeio pelo Rio Arno, que atravessa a cidade, você irá passar pela Ponte Vecchio, onde estão lojas históricas de ourives. E, também, pelo corredor dese­nhado por Vasari, que ligava os edifícios na margem direita com o Palácio Pitti, na outra margem, e que era utilizado pelos Médici.

Se quiser algo mais romântico escolha um passeio de barco conduzido por um “Renaioli” – os antigos tran­portadores de mercadorias em pequenos barcos que lembram as gôndolas de Veneza. Ao pôr do sol fica ainda mais interessante.

Foto por Istock/ paolofur

Foto por Istock/ paolofur

O tour deve incluir ainda a Piazzale Michelangelo, que proporciona a melhor vista da cidade; a Piazza del­la Repubblica, que mescla lojas sofisticadas e palácios suntuosos; e o Nuovo Mercato com sua fonte do Por­cellino (um javali de bronze) onde por tradição moe­das são jogadas com pedidos e desejos. Se tiver tempo aproveite para conhecer e relaxar nos belos jardins do destino. Entre ele, o Boboli com fontes e estátuas; o Giardino Bardini, que tem uma ótima vista da cidade; e o Giardino delle Rose com fontes, estátuas de Folon e rosas do mundo inteiro.

SIENA – Arte e arquitetura medieval

C ercada por belos vinhedos da rota dos vinhos Chian­ti, Siena possui muitos monumentos dos tempos medievais e ruelas que mais parecem um labirinto. É culturalmente rica e sua arquitetura é reconhecida pela estética marcante.

Foi rival de Florença nos séculos 13 a 15, quando dis­putava o poder político da região. Tanto que um dos seus ícones, a torre medieval do Palazzo Comunale – a Prefeitura Municipal construída em 1342 em estilo gó­tico e ornada por lindos afrescos – tem mais de cem metros de altura, 12 a mais que a do Palazzo Vecchio, na capital toscana.

O Palazzo Comunale está na Piazza del Campo, o prin­cipal ponto de encontro de moradores e visitantes. Ela é uma das maiores e mais preservadas praças medievais do continente. Um dos seus atrativos é a famosa Fonte Gaia, cuja água vem de um antigo aqueduto construído há mais de 500 anos. Com o formato de um leque, está cercada por dezenas de bares e restaurantes charmosos.

Foto por Istock/ Cebas

Foto por Istock/ Cebas

No centro histórico amuralhado uma parada obriga­tória é no Duomo de Siena, considerado também um Patrimônio Mundial pela Unesco. A catedral foi cons­truída em estilo gótico-românico entre 1136 e 1182 e guarda obras-primas de valores inestimáveis. Na Piazza del Duomo também está o Museo dell’Opera.

A praça principal da cidade é a monumental Il Campo, que data do século 13 e é onde até hoje são realizadas corridas de cavalos (Il Palio) mundialmente famosas. As disputas ocorrem sempre nos meses de julho e agosto e costumam atrair milhares de turistas.

Foto por Istock/ SHAWSHANK61

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Outra atração que merece uma visita é o santuário e a casa de Santa Catarina, padroeira de Siena. Em suas capelas e claustros estão pinturas e esculturas que re­tratam a vida da Santa que foi canonizada em 1461.

PISA – Torre inclinada e muito mais

Conhecida mundialmente por causa da sua famosa torre inclinada, a cidade de Pisa tem muito mais a oferecer. Infelizmente a grande maioria dos turistas não fica mais que um dia no destino.

Foto por Istock/ RomanBabakin

Foto por Istock/ RomanBabakin

A torre inclinada está na monumental Piazza dei Mi­racoli (Praça dos Milagres), complexo arquitetônico re­conhecido como Patrimônio Mundial da Unesco, que abriga a Catedral de Santa Maria Assunta (Duomo), o Batistério (dedicado a São João Batista) e o Camposan­to Monumentale (Cemitério Monumental).

A construção da torre teve início no século 12 e foi projetada para ser um campanário para os sinos da ca­tedral. A inclinação – hoje com 4 graus – teve início ain­da durante as obras. Ela tem 55,8 metros de altura em oito andares e a instabilidade do solo fez surgir um dos principais pontos turísticos do planeta. Do alto dela a vista é privilegiada e mostra todo o encanto do destino.

Depois da torre, o Batistério com 55 metros de altura é o monumento mais famoso da cidade. Ele mistura ar­quitetura românica e gótica e graças à sua forma, possui acústica extraordinária. A cada 30 minutos um funcio­nário canta algumas notas para demonstrar a qualida­de do som. O ingresso para visitar o Batistério também dá direito a conhecer o Museu da Catedral (Museo dell’Opera del Duomo). No Cemitério Monumental es­tão sepultados personagens ilustres de Pisa e no seu in­terior estão obras de arte etruscas, romanas e medievais.

Foto por Istock/ tichr

Foto por Istock/ tichr

Turistas com mais tempo terão muito o que fazer e conhecer outros atrativos. Um passeio de barco ao longo do Rio Arno é oportunidade para observar ou­tros ângulos do destino. Ou que tal escolher entre os diversos museus e igrejas os que mais agradam? Entre eles, o Museo delle Sinopie, que guarda uma coleção de obras de arte retirada do Camposanto após o bom­bardeio de 1945; o Museu Arqueológico com antigas embarcações; e as igrejas de San Francesco (1276), de San Nicola (1097) e de Santa Maria della Spina (1230).

Três palácios também estão no roteiro de visitas: o Pa­lazzo della Corovana, localizado na Piazza dei Cavalieri, é sede da prestigiosa Scuola Normale Superiore di Pisa criada por Napoleão Bonaparte; o Palazzo dei Médici – o clã dos Médici governou Pisa entre 1392 e 1398; e o Palazzo Reale, construção de 1559, mostra representa­ções de Galileo Galilei e os planetas descobertos por ele.

Foto por Istock/ Leonid Andronov

Foto por Istock/ Leonid Andronov

E não deixe de fazer uma caminhada por uma das regiões mais famosas da cidade, a Borgo Stretto, uma rua estreita com muitas lojas de marcas renomadas que está bem atrás das arcadas medievais do Rio Arno.

Como dá para notar, o Arno está presente no dia a dia de Pisa. E se você programou uma viagem à Toscana no mês de junho, incluía no roteiro a visita com pernoite na cidade no dia 16. Nessa data, anualmente, acontece a celebração Luminara de São Ranieri, o santo padroeiro local. À noite, todas as luzes nos prédios que margeiam o rio são apagadas e substituídas por mais de 120 mil velas colocadas nas janelas. O espetáculo é magnífico com as chamas refletindo nas águas. No dia seguinte a festa continua com a realização de uma regata. A tradi­ção remonta desde 1688, quando uma urna com o cor­po de Ranieri degli Scaccierie (morto em 1161) foi co­locada na capela do Duomo, dando início à celebração.

Foto por Istock/ ClaudioBeduschi

Foto por Istock/ ClaudioBeduschi

Para fechar com chave de ouro, programe assistir a um pôr do sol em Lungarno Pisano. Quando a noite chega, a luz das lâmpadas de rua nas margens do Arno reflete na água, criando uma atmosfera mágica. É inesquecível!

LIVORNO – Dolce vita no litoral toscano

A cidade de 148,1 mil habitantes também pode ser considerada uma das portas de entrada da Toscana. Seu importante porto recebe anualmente muitos cruzei­ros lotados de turistas em busca das joias da região. Os ferries que vão para a Ilha de Elba também saem do local.

Uma das atrações de Livorno é caminhar ao longo da sua orla admirando as águas cristalinas com diferentes tons de azul do Mar Tirreno. Ou fazer passeios de barco pelos diversos canais que cortam a cidade, alternativa in­teressante para conhecer o destino a partir de um outro ponto de vista. Além, claro, de ser bastante romântico.

Foto por IStock/ StevanZZ

Foto por IStock/ StevanZZ

Entre os principais pontos de interesse turístico e cul­tural estão a Fortaleza Nova (construída entre 1590 e 1594) e a Fortaleza Antiga (1521); o Santuário Mon­tenero, localizado no alto de uma colina e com vista privilegiada da cidade; o Museu de História Natural do Mediterrâneo, que reúne em seu acervo muitos obje­tos da região mediterrânea e até um esqueleto de uma baleia; e o Mercado Público Central (Mercato delle Vet­tovaglie), onde a venda de peixes frescos atrai muita gente diariamente.

O roteiro pela cidade pode incluir, ainda, a Praça da República (projetada entre 1844 e 1848), a Catedral de Livorno, a Igreja de Santa Catarina (século 16), o Castelo Sonnino, a Torre de Meloria, o Monumento Quatro Mouros, o Portal de São Marcos, o prédio da Estação Ferroviária Central, a Terrazza Mascagni e o Teatro Goldoni.

Foto por Istock/ andrzej63

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Em termos gastronômicos, a cozinha livornese tem co-mo delicioso atrativo o Cacciucco, uma espécie de sopa à base de peixe, frutos do mar, tomate e pão. E em sua visita ao Mercado Público, aproveite para provar uma outra tradição da culinária local, o “5 e 5” – pão redondo recheado com uma torta de grão de bico (torta di ceci).

As melhores lojas da cidade estão na Via Grande e o bairro Venezia realiza anualmente no mês de agos­to um grande evento de nome “Effetto Venezia”, que reúne mais de 200 mil visitantes.

LUGARES ENCANTADORES E ROMÂNTICOS

Como eu disse no início do texto, a Toscana tem – ti­rando as quatro maiores já mencionadas – uma série de encantadoras cidadezinhas e vilarejos em seu pequeno território. Entre elas estão algumas mais conhecidas e que merecem uma visita. São elas: Arezzo, Bagno Vig­noni, Bolgheri, Cortona, Lucca, Lucignano, Montalci­no, Montepulciano, Monteriggioni, Pienza, Pitigliano, San Gimignano, Volterra e a Ilha de Elba.

AREZZO

Foto por Istock/ arkanto

Foto por Istock/ arkanto

O visual medieval com muralhas do século 13 encan­ta logo de cara. Embora tenha aparência tranquila a cidade até que é bastante animada, principalmente nos finais de semana. Entre seus atrativos do dia a dia estão livrarias charmosas, bares e restaurantes com o melhor da culinária mediterrânea e, claro, sorveterias com os insuperáveis sorvetes italianos.

A cidade mantém um eterno clima de romantismo no ar. E foi por esse motivo que em Arezzo foram filmadas muitas cenas do filme “A Vida é Bela” com Roberto Be­nigni. Ao conhecer a cidade fica claro o acerto da escolha.

Foto por Istock/ czekma13

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A Piazza Grande no centro histórico preservado re­mete ao passado, quando a cidade foi uma das 12 ca­pitais etruscas e, mais tarde, durante a Idade Média, uma poderosa república independente. Amantes das artes e da cultura vão adorar o Museu Arqueológico e a Igreja de San Francesco, que guarda uma importante coleção de afrescos do século 15. Petrarca, o “pai do humanismo”, nasceu na cidade em 1304.

O destino também realiza anualmente, no terceiro sábado de junho e no primeiro domingo de setembro, uma grande feira medieval, a Giostra del Saracino. Tendo como palco a Piazza Grande, batalhas épicas são encenadas com roupas de época e tudo mais.

BAGNO VIGNONI

Essa linda cidade é um dos muitos destinos termais na Toscana e está localizada no belíssimo Val d’Or­cia, um vale cortado pelo Rio Orcia e com várias peque­nas aldeias medievais – considerado Patrimônio Mun­dial da Humanidade pela Unesco. Nessa região também estão Pienza, Montalcino, Castiglione d’Orcia, Radico­fani e San Quirico d’Orcia, Montepulciano e outras.

Foto por Istock/ StevanZZ

Foto por Istock/ StevanZZ

Bagno Vignoni tem nascentes de águas quentes, que atraem muitos visitantes. Águas quentes que estão presentes até na praça principal em uma antiga pisci­na de pedras do século 16. Essa fonte termal vem de um aquífero subterrâneo de origem vulcânica. O visual das águas borbulhado na superfície chama a atenção e rende muitas fotos. Principalmente em alguns momen­tos do dia, quando ela fica envolvida por uma névoa sedutora. Para desfrutar das águas quentes há alguns bons spas e também uma área para banhos gratuitos no Parque dei Mullins.

Foto por Istock/ faber1893

Foto por Istock/ faber1893

A pequena Bagno Vignoni é também o ponto de par­tida para viagens a cidades vizinhas de grande impor­tância histórica e de interesse artístico, além de desti­no ideal para os amantes de caminhadas, cavalgadas e mountain bike.

BOLGHERI

A proximidade com o mar, as pitorescas vinícolas, os campos de oliveiras e um castelo garantem o char­me e o clima de romantismo a Bolgheri. Murada e com construções em pedra, mantém intacta a aparência medieval. Aliás, o deslumbramento começa bem antes de se chegar à pequena vila que integra a comuna de Castagneto Carducci, na região de Livorno. Tem início já na estrada conhecida por Viale dei Cipressi, famosa pela beleza dos ciprestes que emolduram o cenário.

Foto por IStock/ StevanZZ

Foto por IStock/ StevanZZ

Bolgheri é muito conhecida por seus vinhos delicio­sos e prestigiados como o Bolgheri Sassicaia DOC e o Bolgheri DOC, produzidos com uvas típicas de Bor­deaux, uma exceção na Itália. O DOC significa Denomi­nazione di Origine Controllata. Não visitar uma vinícola será imperdoável. Muitas delas realizam degustação de vinhos. Entre as mais conhecidas estão a Tenuta San Guido, Castello di Bolgheri, Gualdo al Tasso, Ornellaia, Argentiera e Le Macchiole.

Mas, além dos vinhos, existem outros atrativos que merecem uma visita. Caso do Oratório de San Guido, uma pequena igreja localizada na Via Aurélia, que foi construída em 1703 a mando do conde Simone Guido Maria em homenagem ao seu ancestral Guido – eremi­ta que viveu entre os séculos 11 e 12.

Foto por IStock/ sansa55

Foto por IStock/ sansa55

As pequenas ruas estreitas do centro histórico tam­bém merecem ser exploradas. Elas estão repletas de lojinhas com artesanato local e também restaurantes e enotecas. Na Piazza Carlo Alberto está a casa onde o poeta Giosué Carducci viveu na juventude. Tudo isso ao redor do Castelo de Bolgheri de origem medieval, que desde o século 13 era propriedade da família Della Gherardesca.

CORTONA

O livro “Sob o Sol da Toscana” da escritora norte-a­mericana Frances Mayes revelou para o mundo as belezas e encantos dessa pequena joia toscana de ori­gem etrusca. A autobiografia virou filme e aumentou a fama da cidade, na província de Arezzo. E, claro, en­trou para o mapa de locais turísticos da Itália. A fama aumentou ainda mais depois que o violinista André Rieu escolheu o destino para fazer um show ao ar livre que virou DVD (Romantic Paradise).

Foto por istock/ czekma13

Foto por istock/ czekma13

Localizada no coração da Toscana, no Vale do Rio Chiana, é toda cercada por uma muralha que tem seis portas de entrada. No lado de dentro, deixe-se perder por suas ruas estreitas. Quando cansar, escolha um dos restaurantes familiares para tomar um bom vinho Syrah e se deliciar com comidas típicas. Sem pressa, claro!

Depois, retome a caminhada ou pare para visitar um dos museus ou igrejas. A histórica Piazza della Repu­bblica é o principal ponto de referência. Outros atra­tivos locais são o Convento Eremo delle Celle – onde São Francisco de Assis viveu algum tempo; o Teatro Signorelli – construído em 1854 em estilo neoclássico; o Duomo di Cortona – catedral da época do Renasci­mento e com muitas obras sacras; a Fortezza di Giri­falco – localizada na parte alta da cidade tem torre de onde se pode admirar toda a região; e a a Igreja de Santa Maria delle Grazie al Calcinaio – projetada pelo arquiteto renascentista Francesco di Giorgio Martini tem uma nave ladeada por duas capelas.

LUCIGNANO

Essa pequena vila rodeada por muralha medieval no topo de uma colina, com ruas estreitas, casas de pedra e uma vista privilegiada de Val di Chiana, entre Siena e Arezzo, é destino famoso entre casais apaixo­nados. E o motivo principal é uma joia chamada Árvore da Vida – também conhecida como Árvore do Amor.

Foto por Istock/ clodio

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Essa obra-prima de ourivesaria demorou mais de 120 anos para ser concluída (1350 a 1471). Ela está no Mu­seo Comunale di Lucignano (Museu Municipal) dentro do Palazzo Comunale, um palácio construído entre os séculos 13 e 19. Com 2,60 metros de altura, foi criada com objetivos religiosos, porém, com o passar do tem­po, ganhou nova conotação. Muitas pessoas passaram a acreditar que essa árvore de ouro tinha o poder de tornar o amor eterno. Assim, desde a Idade Média, ca­sais apaixonados e os recém-casados fazem juras de amor aos seus pés.

Lucignano faz parte de um circuito turístico que re­vela uma Itália ainda pouco conhecida. Horizontes até onde os olhos podem ver e um campo bem cuidado, em plena harmonia com a paisagem, dão ao visitante a sensação de um lugar que parou no tempo.

PIENZA

A história da pequena cidade localizada ao Sul de Siena, na belíssima região da Val d’Orcia, está liga­da à de Enea Silvio Piccolomini, o Papa Pio II – nomea­do em 1458. Nascido em Pienza, ele transformou uma aldeia medieval em uma residência papal em estilo re­nascentista. Parte do relevante patrimônio histórico e artístico do destino está concentrado em uma praça dedicada ao pontífice.

Foto por Istock/ Spirins

Foto por Istock/ Spirins

Em seu centro histórico estão o Palácio Piccolomini e o Duomo, os principais pontos de atração. No interior da catedral não deixe de visitar a Bibliotecca Picolomi­ni, construída e decorada no fim do século 15, após a sua morte de Pio II. Os afrescos que cobrem as paredes são de autoria de Pinturricchio, com a ajuda do jovem Rafael Sanzio.

Casas de pedra e a população de pouco mais de 2,2 mil habitantes dão ao destino uma tranquilidade in­comum. Chama a atenção os nomes das ruas. Casais em escapadas românticas procuram principalmente a Via dell’Amore (Rua do Amor) e a Via del Bacio (Rua do Beijo).

Foto por IStock/ javarman3

Foto por IStock/ javarman3

Uma caminhada em torno das muralhas medievais, levam a visuais de tirar o fôlego, principalmente com o Monte Amiata no horizonte.

Uma especialidade local é o delicioso queijo Pecorino (cacio), produzido com leite de ovelhas. Quem gosta de queijo vai se sentir no paraíso. O Pecorino de Pien­za pode ser encontrado na sua forma tradicional ou, ainda, trufado, apimentado, fresco, envelhecido em gruta, envolvido com folhas de nogueira ou embebido com vinho. Aproveite! Além dos queijos, geleias, em­butidos, azeites e vinhos locais também são facilmente encontrados em pequenas lojas espalhadas do centro.

Foto por Istock/ znm

Foto por Istock/ znm

O Pecorino é tão importante para Pienza que ele tem uma festa dedicada exclusivamente a ele, a Festa do Cacio, realizada durante uma semana entre agosto e setembro. São muitas atrações, porém, a mais espe­rada é uma competição que consiste em fazer rolar um queijo Pecorino dentro de círculos com diferentes pontuações. Estranho? Eles não acham e adoram!

Pienza é tão romântica que foi o lugar escolhido por Franco Zeffirelli para filmar o clássico “Romeu e Julieta” (1968), vencedor de dois Oscars. Precisa falar mais?

VOLTERRA

Mais uma cidade romântica da Toscana. O visual medieval com palácios e igrejas envolvidos por ce­nários naturais de beleza singular garantem essa fama.

Seu centro histórico do século 14 permanece pre­servado. Nele estão ruas estreitas e sinuosas, palácios renascentistas, museus, igrejas, ruínas etruscas e até túneis e passagens secretas. A Porta di San Francesco e o Palazzo dei Priori são joias arquitetônicas do ínicio do século 13. Caminhando ao longo da Vicolo Mazzoni chega-se ao Palazzo Viti com seus cômodos elegantes e ricamente decorados. Na antiga muralha (século 4 a.C.) é possível visitar a Porta all’Arco, o único portal etrusco italiano completo.

Foto por Istock/ StevanZZ

Foto por Istock/ StevanZZ

Vale também uma visita às ruínas de um anfiteatro romano e ao Museu Etrusco Guarnacci, que reúne muitos achados etruscos da região.

MONTERIGGIONI

Pequena vila medieval próxima de Siena, foi erguida no século 12 sobre uma colina cercada por planta­ções de uvas e olivas. Originalmente era uma fortaleza para defesa contra invasões da então rival Florença. A cidade surgiu no interior das muralhas de pedra e cir­cundada por torres.

No interior da antiga fortaleza estão praças, um mu­seu, igrejas e uma basílica. As entradas principais são a Porta di Levante (onde o sol nasce) e a Porta di Ponente (onde o sol se põe). O acesso ao topo da muralha ofe­rece um visual maravilhoso em 360 graus.

Foto por IStock/ emmedici

Foto por IStock/ emmedici

Restaurantes e os vinhos locais Le Cerchia convidam a bons momentos de prazer à mesa. Lojas de produtos em couro, principalmente sapatos feitos à mão, ofere­cem boas oportunidades de compras.

Como em outros destinos da Toscana, Monteriggioni também realiza uma grande festa anual – no mês de julho – com muita música, gastronomia, mostras de arte e uma encenação de uma batalha que remete à Idade Média com personagens vestidos com roupas típicas, armas e espadas.

SAN GIMIGNANO

Com apenas pouco mais de 7 mil habitantes, San Gimignano recebe 3 milhões de visitantes por ano. Entre os motivos para tamanho movimento nessa ci­dade com mais de mil anos de história estão as 14 torres medievais, a arquitetura feudal e as paisagens maravilhosas. Tanto que foi eleita Patrimônio Mundial da Unesco em 1990.

Foto por Istock/ Freeartist

Foto por Istock/ Freeartist

Seu centro histórico é bem pequeno e pode ser per­corrido em 15 minutos. Comece o passeio no Portão de San Giovanni, a porta de entrada do destino. As praças são decoradas com muitas flores e nas ruas estreitas estão restaurantes e lojinhas que vendem produtos lo­cais como o saboroso salame de javali. Na Piazza della Cisterna está a famosa Gelateria Dondoli, que ganhou várias vezes o concurso de melhor sorvete do mundo. Bem pertinho, na Piazza del Duomo, estão o Duomo de San Gimignano e outro conjunto de torres.

MONTEPULCIANO

Destino imperdível para os apreciadores de um bom vinho. A fama da bebida nessa cidade localizada na região Sul da Toscana, vem do Nobile di Montepul­ciano, um vinho que tem sido produzido desde a Idade Média. É considerado por enólogos como sendo um dos melhores da Itália.

Foto por Istock/ Buffy1982

Foto por Istock/ Buffy1982

Mas o destino de 14,5 mil habitantes, pertencente à província de Siena, tem muito a oferecer além do vinho famoso. São várias as praças, palácios renascentistas, monumentos e fortificações medievais. No centro histó­rico estão a Piazza Grande, o Duomo, dedicado a Santa Maria Assunta, o Poço Medieval, o Palazzo dei Capitano del Popolo, a Igreja Sant’Agnese, a Fortaleza Del Sangal­lo e a Porta de Gracciano com a coluna de Marzocco.

Outros destaques são a Piazza Savonarola, onde está a pequena igreja dedicada a São Bernardo; o lindo Pa­lazzo Avignonesi del Vignola; o Palazzo Bucelli; a Igreja de Sant Agostino; e a Torre dell’Orologio.

Foto por IStock/ InnaFelker

Foto por IStock/ InnaFelker

Nos arredores da cidade – na estrada que leva a Pienza – vale uma paradinha na igreja Templo di San Biaggio, uma construção renascentista do século 16. O visual lá do alto é fantástico!

LUCCA

Certamente Lucca é uma das cidades mais visitadas da Toscana. E motivos não faltam. Principalmen­te por suas muralhas renascentistas espetaculares que envolvem a cidade velha. Uma boa pedida é caminhar relaxadamente por elas apreciando o visual.

Foto por Istock/ Planetix

Foto por Istock/ Planetix

Outro motivo são as obras de arte mais conhecidas da Itália. Como, por exemplo, a “A Última Ceia”, de Tinto­retto, que está no Duomo San Martino, a impressionan­te catedral gótica construída entre os séculos 11 e 13.

A região central é muito bonita e repleta de atrativos como praças, jardins, igrejas e torres. Se estiver com tempo, valem à pena visitas ao Pallazzo Pfanner, a Igreja de San Michele e a Piazza Anfiteatro.

Foto por Istock/ xmocb

Foto por Istock/ xmocb

O destino que é conhecido pelos italianos como “a cidade das 100 igrejas” também reserva refúgios ro­mânticos como a Villa Garzoni com seus lindos jardins.

MONTALCINO

Pequena no tamanho e grande na fama. Montalcino tem apenas pouco mais de 5 mil habitantes, mas recebe muitos visitantes em busca do seu Brunello, vi­nho tinto considerado entre os melhores da Itália. Foi o primeiro vinho italiano a receber o selo DOCG (Deno­minação de Origem Controlada e Garantida), em 1980.

Patrimônio Mundial da Unesco desde 2004, esta pro­víncia de Siena está sobre uma colina rodeada por um cenário de tirar o fôlego. Um tour deve incluir a forta­leza La Rocca, erguida em 1361 aproveitando em parte a muralha do século 14 que circunda a cidade; a Cate­dral do Santissimo Salvatore (Duomo de Montalcino), construção em estilo neoclássico (1818-1832) sobre uma antiga igreja românica do século 11; a Igreja da Madonna del Socorsso (1330); a Piazza del Poppolo e Palazzo dei Priori – o centro político da cidade desde a Idade Média; e a Badia di Sant’Antimo, igreja cons­truída e fundada em 781 por Carlos Magno, exemplo de arquitetura românica lombardo-francês, construída em ônix e alabastro.

Foto por Istock/ Shaiith

Foto por Istock/ Shaiith

Depois de bater perna pelas estreitas ruas de pedra de Montalcino, nada melhor que parar em uma cantina e degustar um Brunello.

PITIGLIANO

Olhando de longe o visual é impressionante. Esta pequenina cidade foi construída em um penhasco rochoso. Por esse motivo, existem muitos túneis nos subterrâneos, bem como tumbas etruscas com mais de 4 mil anos.

Foto por Istock/ vyha

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Por ser bem pequena, o acesso aos principais pontos de interesse turístico pode ser feito facilmente a pé. Carros não entram em seu centro histórico. Entre as atrações es­tão a catedral (Duomo), localizada na Piazza San Grego­rio; o Palazzo Orsini (1545) que conta com um aqueduto para fazer o abastecimento de água; o Museu Zucarelli, que reúne obras do artista que viveu na cidade; e o Mu­seu Etrusco com objetos dos antigos povos da região.

Um emaranhado de ruelas medievais esconde um bairro judeu do século 17, época em que eles fugiam da perseguição da igreja católica. Essa comunidade ju­daica fez com que Pitigliano também seja chamada de “Pequena Jerusalém”.

ILHA DE ELBA

Distante 20 quilômetros da costa da península itáli­ca, é a maior ilha do Arquipélago Toscano e a ter­ceira maior do país. Elba apresenta lindas paisagens e vilas pitorescas em um agradável clima mediterrâneo. Mas ela é muito mais conhecida por ter sido o local de exílio de Napoleão Bonaparte entre os anos de 1814 e 1815, depois do Tratado de Fontainebleau e da tenta­tiva fracassada de invadir a Rússia.

As praias da Ilha de Elba são um espetáculo à par­te. São mais de uma centena em um lindo mar azul turquesa e cristalino. Entre elas, estão Sansone, Capo Bianco, Cavoli e Fetovaia, sendo que algumas são de areia branca, bem diferente das com pedrinhas tão co­muns no Mediterrâneo.

Foto por IStock/ StevanZZ

Foto por IStock/ StevanZZ

A ilha tem algumas pequenas cidades, que possuem um visual muito parecido com as da parte continental da Toscana. Uma delas é a capital Portoferraio, com construções em tons de terracota debruçadas sobre uma baía e vários fortes. No centro histórico, protegido por torres e uma fortificação, estão o Museu Arqueoló­gico e a Casa dos Moinhos (Palazzina dei Mulini), onde Napoleão morou em seu exílio. Também vale conhecer as cidades de Capoliveri e Porto Azzurro.

Elba é muito procurada por quem gosta de fazer trilhas a pé ou de mountain bike junto à natureza. A subida até o topo do Monte Capanne, a mais de mil metros acima do nível do mar é opção para os fortes. Mas para quem apenas quer curtir a vista é possível subir de teleférico.

Como chegar

Não há voos diretos do Brasil para a região da Toscana, que tem como principal porta de entrada a cidade de Florença. A Alitalia (alitalia.com) tem voos diretos entre o São Paulo e também do Rio de Janeiro para Roma. Da capital italiana é possível tomar um voo de conexão ou fazer o trajeto de trem. Outras possibilidades são utilizar os serviços de companhias aéreas como a British Airways (britishairways.com), KLM (klm.com) ou Lufthansa (lufthansa.com) e fa­zer uma conexão direto ao Aeroporto Internacional Firenze a partir das cida­des de Londres, Amsterdã e Frankfurt, respectivamente. Uma opção interes­sante é a Royal Air Maroc (royalair­maroc.com), que tem voos saindo de São Paulo e Rio para Casablanca e de lá para Roma e Milão – diariamente. Podendo ficar até 7 dias no Marrocos sem custos adicionais na passagem.

Onde ficar

A Toscana oferece uma infinidade de lugares românticos e aconchegantes. Entre as opções charmosas estão inclusive alguns castelos medievais.

O que comer

Todo mundo já sabe que a culinária ita­liana é uma das melhores do mundo. E na Toscana a tradição mediterrânea de excelente gastronomia é levada muito a sério. Preparados com ingredientes frescos e de qualidade, os principais pratos levam carnes (javali, porco e boi), aves, peixes e frutos do mar. Entre os mais tradicionais estão o pão tosca­no (sem sal), a Bistecca alla Fiorentina (bife alto, aromático e suculento), a Ri­bollita (sopa com couve, feijão, cebo­la e cenouras), a Pappa al Pomorodo (sopa de tomate), a Pici Senesi (mas­sa feita à mão) e o Zuccotto (bolinho recheado de amêndoas e chocolate).

Texto por: Tino Simões

Foto destaque por istock/ StevanZZ

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