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Rota dos Tropeiros oferece histórias, festas religiosas e vistas privilegiadas

20 de setembro de 2018

Os roteiros fascinantes dos caminhos dos tropeiros e imigrantes que definiram pousos, cidades e culturas, originalmente, foi um importante corredor onde circulavam bravos homens levando riquezas e desenvolvimento a locais distantes. Redescoberta, a Rota dos Tropeiros propicia uma série de outras riquezas: conhecimento, cultura, história, aventura e encantamento.

A cada 45 km em média, as tropas paravam para o repouso merecido, após uma longa e difícil jornada. Inicialmente as paradas se davam sob as árvores ou às margens de rios, ao relento. A preparação do acampamento ou do poso era trabalhosa e todos participavam tirando os sacos, as bruacas, cangalhas e arreios das mulas. As camas eram os “apeiros”, feitos com ramas de árvores sob as quais eram colocados os pelegos. A base da comida tropeira era o feijão, o arroz e a carne salgada e desfiada. Todos se reuniam para comer a  e esperar a noite para descansar junto ao fogo, tomando o café tropeiro, contando os “causos”, procurando se acomodar para o merecido descanso.

Foto por iStock / Luciano_Queiroz

Foto por iStock / Luciano_Queiroz

A herança cultural do tropeirismo unem muitas cidades. Em Ponta Grossa, o Parque Estadual de Vila Velha exibe 22 blocos areníticos gigantescos, esculpidos pela água e pelo vento durante 352 milhões de anos. Em Tibagi está o sexto maior cânion do mundo em extensão e o maior do Brasil. Guartelá tem como atração a Cachoeira Ponte de Pedra, com 200 metros de queda livre.

Foto por iStock / lisandrotrarbach

Foto por iStock / lisandrotrarbach

Entre 1730 e o limiar do século XX, tropeiros percorreram constantemente os 4 mil km do Caminho do Viamão, que ligava a então Vila da Sorocaba (SP) até Viamão (RS), para comercializar produtos e mulas. O retorno aos mesmos pontos de parada e pouso é o embrião desses lugares turísticos, principalmente no estado do Paraná. Muita história é testemunhada nos casarios antigos e no acervo dos museus em toda a região, e das lembranças da antiga Colônia Cecília, povoada por anarquistas no início do século XX, na pequena cidade de Palmeira.

Outra herança deixada pelas tropas é a alimentação: virado de feijão, arroz com carne seca e o café. O roteiro inclui ainda festividades religiosas e comemorações populares: em Pirai do Sul, a Festa de N. Sra. das Brotas, padroeira da Rota dos Tropeiros, celebrada em dezembro no Santuário de mesmo nome; entre as festas populares destacam-se aquelas inspiradas na cultura dos imigrantes europeus, como a da Uva e do Vinho, que revivem anualmente tradições italianas em Colombo.

No estado do Paraná encontra condições privilegiadas desta atividade, este caminho ficou conhecido como Rota dos Tropeiros, incluindo estas outras cidades que faz parte desta Rota: Arapoti, Balsa Nova, Campo do Tenente, Campo Largo, Carambeí, Castro, Jaguaríaiva, Lapa, Palmeira, Porto Amazonas, Rio Negro, Sengés, Telêmaco Borba.

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque por: iStock / Luciano_Queiroz

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