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No Oeste do Pará, Santarém guarda segredos e seduz com seus encantos

17 de abril de 2019

Santarém é uma cidade intrigante. Se fosse uma mulher, eu diria que ela, com todos os seus contrastes, guarda segredos e fascínios únicos. Para desvendá-los, só mesmo pessoalmente. O mais sedutor deles: o encontro do azulzinho Tapajós com o marrom barrento do Amazonas, rios que correm paralelos sem se misturar ao longo de alguns quilô­metros da orla fluvial da cidade e que fazem parte de sua paisagem urbana. Quem mora lá, não dá mui­ta importância. Mas, a beleza cinematográfica deste cantinho santareno hipnotiza qualquer visitante.

Foto por Fabíola Musarra

Foto por Fabíola Musarra

A mesma avenida banhada pelo Rio Tapajós, ao lado da central Praça Barão de Santarém, abriga o Centro Cultural João Fona, também conhecido como Museu de Santarém, que resgata a história da cidade desde a sua criação até os dias atuais. Sua construção começou em 1853, sendo concluída em 1867. Foi inaugurado no ano seguinte pelo engenheiro Mar­cos Pereira. Ao longo dos anos, o casarão em estilo colonial abrigou a Câmara Municipal, a Prefeitura, o Fórum de Justiça e a Cadeia Pública. É uma das construções mais antigas da cidade.

Desde 1991, é a sede do Centro Cultural João Fona. Em seu interior, é possível desbravar um valioso te­souro de Santarém, desde peixes fossilizados, restos de sambaquis e objetos (e fragmentos deles) de ce­râmica de diferentes etapas da cultura tapajônica até peças do artesanato indígena de tribos que primitivamente povoaram a região e utensílios usados para castigar os escravos.

Foto por Fabíola Musarra

Foto por Fabíola Musarra

Entre outros itens, seu acervo também reúne es­culturas em madeira, fotografias, jornais, livros e co­leção de moedas de diferentes períodos históricos, além de móveis que pertenceram aos antigos Fórum de Justiça (o Salão do Júri ainda está lá, intacto) e Câmara Municipal. Há, ainda, exposições de artistas contemporâneos e uma ala inteiramente dedicada ao Festival do Çairé, um dos mais emblemáticos da Re­gião Norte do Brasil.

À esquerda do centro cultural, você vai encontrar a Praça Mirante do Tapajós, recém-batizada como Fortaleza do Tapajós. Com canhões originais, a forta­leza, construída entre os séculos 17 e 18, foi erguida a mando de Portugal para defender o Brasil de inva­sões nos tempos de Colônia e Império. Ao término da praça há um mirante, de onde Santarém, com suas coloridas casas, embarcações e barzinhos à beira-rio exibe a sua beleza a perder de vista.

Nos fins de semana e feirados, o lugar é palco de música ao vivo. Sinônimo de paquera, fervilha de ani­mação e transborda de gente bonita. Espaço demo­crático, o point da galera descolada também recebe dezenas de famílias com os seus pequenos à tiracolo. Ainda no centro, no sentido oposto ao mirante, está a Praça Monsenhor José Gregório, com a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade.

Foto por Ian Pereira

Foto por Ian Pereira

Construída em 1761 em estilo colonial português, guarda uma imagem da padroeira de 1759, doada pelo então governador Francisco Xavier de Mendon­ça Furtado, que visitou a região para definir os limites entre os territórios de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Madri. Atualmente, a construção mais antiga de Santarém está sendo restaurada – a igre­ja foi erguida próxima ao lugar onde ficava a capela de mesmo nome, feita em taipa em 1661, no então Largo do Pelourinho, no centro da antiga vila, a atual Praça Rodrigues Santos, a principal da cidade.

Originalmente, este espaço foi o centro de uma al­deia indígena. Chamava-se Ocara Açu, que significa praça principal. Após a catequização dos índios pelos jesuítas, foi rebatizada como Upana Ocara, que quer dizer Praça de Deus. Nomes e ocupações à parte, a praça é o berço onde nasceu e a partir do qual se de­senvolveu Santarém. Nela, desembarcou o fundador da cidade, o padre João Felipe Bettendorf. Foi a seu mando que, anos depois, a primeira capela em ho­menagem à Nossa Senhora da Conceição foi erguida.

Anexo à Matriz, o Museu de História e Arte Sacra exibe aproximadamente 330 peças da arte religiosa de Santarém, entre imagens, quadros e indumentá­rias. Em frente à igreja, quiosques expõem peças do artesanato local. São redes, mantas, centros de mesa, cestarias, chapéus, biquínis… Nas imediações da pra­ça, lojas de roupas femininas e masculinas fazem a festa de quem gosta de consumir.

Foto por Ian Pereira

Foto por Ian Pereira

Perto dali ficam o Cristo Rei – Centro de Artesanato do Tapajós e o Mercadão 2000. O primeiro é o ende­reço certo para quem deseja conhecer o trabalho de artesões de Santarém e de comunidades da região. Suas 15 lojas vendem desde cestarias, cerâmicas e muiraquitãs (símbolo de fertilidade e sorte) a licores, bombons e doces típicos, passando pelas cuias pinta­das e bordadas à mão, consideradas patrimônio cul­tural do Pará. O espaço conta ainda com balcão de in­formações, sorveteria, lanchonete e caixas eletrônicos.

Já o mercado traduz em cores, perfumes, sabores e formas como vivem os santarenos. Em seu interior espalham-se barracas que comercializam de tudo, de peixes amazônicos usados na gastronomia local até carnes, verduras, frutas e flores. Sem esquecer a gran­de estrela das mesas de Santarém: a mandioca, usada para fazer receitas bem regionais: a farinha, a goma, o tucupi, o tacacá e o beiju, uma iguaria de origem indígena, feita com a tapioca (fécula da mandioca).

Foto por Ian Pereira

Foto por Ian Pereira

O Mercadão 2000, que é público e o maior da cida­de, abriga ainda lojas de roupas, de brinquedos e de raízes, óleos, essências e remédios naturais feitos com ervas e com plantas medicinais que prometem curar todos os males da humanidade, de ressaca a reumatis­mo. Em frente ao mercado, a Feira do Pescado reúne toda a diversidade de peixes de rios e lagos da região. Entre as espécies ali encontradas filhote, tambaqui, pi­rarucu, pirapitinga, surubim, matrinxã, pacu e jaraqui.

A margem direita do Tapajós é ainda o lar do Porto de Tapajós, por onde ecoam grande parte dos grãos cultivados em solo paraense rumo ao Estado do Ama­zonas. Mas, os gigantescos navios que em suas águas atracam e que delas partem também transportam soja, arroz, milho e até madeira e produtos minerais para países como a China, a Rússia e o Japão, só para citar alguns. O porto é ainda a porta de entrada para as centenas de turistas que chegam à cidade em cru­zeiros transatlânticos.

SEM PLACAS NEM SINALIZAÇÃO

Santarém é a terceira cidade mais populosa do Pará, perdendo apenas para a capital Belém e Ananindeua, o principal centro urbano, financeiro, comercial e cul­tural do Oeste do Estado. Mesmo assim, tem pouquís­simos semáforos. E ainda menos sinalizações. Placas com o nome de identificação nas ruas? Nem pensar.

Procuro saber como um turista pode andar em San­tarém, e a melhor resposta que recebo é para que ele traga o endereço e o Google Maps, o app que o orientará como chegar ao local desejado. Os santa­renos afirmam ainda que existem os postos de infor­mação turística e que os taxistas conhecem bem a ci­dade. Aceito a explicação e os argumentos, mas eles não me convencem e me parecem ser insuficientes para que um visitante consiga se localizar em Santa­rém, uma metrópole que a cada dia se renova e que não para de crescer.

Contraste que também chama a atenção são os al­tos edifícios que começam a despontar nos bairros periféricos da cidade. Santarém abriga construções baixas, com quatro, cinco andares, no máximo. E uma lei proíbe a construção de prédios altos nos quatro quarteirões situados em frente à orla fluvial do Rio Ta­pajós. É exatamente por isso que os arranha-céus não combinam com a paisagem arquitetônica da cidade, ainda integrada por construções e casarões históricos.

A falta de planejamento urbano e o resultado dessa ausência é bem conhecido por muitos outros muni­cípios brasileiros, onde o céu mal pode ser visto e o trânsito é caótico. Santarém, contudo, ainda tem tempo para impedir que o crescimento desordenado e desenfreado invada as suas ruas, destruindo os seus espaços verdes e a sua invejável natureza, arrasando ainda com os marcos e os traços históricos desenha­dos em seu passado.

Por falar em história, saiba que foi durante o perío­do colonial que Portugal começou a ocupar os terri­tórios na Amazônia, assegurando a sua hegemonia e posse das terras brasileiras – as primeiras povoações às margens do Rio Tapajós e seus afluentes foram fundadas no século 17. A aldeia de Tapajós foi uma delas. Fundada em 1639, na foz no Rio Amazonas, se desenvolveu e hoje é Santarém, uma cidade onde as cores, aromas e sabores satisfazem todos os sentidos.

COMUNIDADES RIBEIRINHAS

Distribuídas pelo território santareno, pulsam vi­brantes comunidades santarenas. Com características únicas, vivem do fruto do que cultivam e produzem. A comunidade São Francisco do Canarapari é uma delas. Localizada no distrito do Eixo Forte de Santa­rém, é incentivada há mais de dez anos por empresá­rios a praticar uma economia sustentável. O que pro­duzem? Lembram-se da mandioca? Sim, aqui existe uma Casa de Farinha.

Afinal, em solo paraense nascem 250 variedades da raiz nativa do Estado. Da mandioca nada se perde: da folha à raiz, tudo é aproveitado. É transformada em goma e tucupi no tacacá, tapioca e beiju para serem saboreados no café da manhã. É usada para fazer bolos, mingaus e até bebidas alcoólicas. Por isso, é impossível falar da gastronomia regional sem citar a mandioca – dificilmente você encontrará pra­tos que não sejam feitos ou acompanhados por ela.

A Casa de Farinha é comandada por seu Bené e a esposa Sebastiana, uma das 45 famílias que vivem nesta comunidade de 120 hectares. Ao lado dos fi­lhos, o casal planta e colhe a raiz, que posteriormente é submetida à raspagem, colocada de molho na água, triturada e prensada. “Produzimos duas sacas de 60 quilos de farinha a cada 15 dias, além de alguns sub­produtos: a goma e a farinha de tapioca. Assim, gera­mos renda para a nossa família”, orgulha-se seu Bené.

Foto por Fabíola Musarra

Foto por Fabíola Musarra

Já na comunidade Santa Luiza vivem 25 famílias, num total de 110 pessoas. Entre eles, Paulo Sérgio Castro, um dos apanhadores de açaí, cupuaçu e ta­perebá (cajá). As árvores são bem altas e o trabalho não é dos mais fáceis. Mas é interessante de testemu­nhar. Se ficou interessado, a comunidade está situa­da no km 13 da Rodovia Everaldo Martins (PA-457). A viagem pode ser feita de carro ou de ônibus e dura em média meia hora.

Por sua vez, a comunidade de Anã produz mel e peixes. “Começamos a criar peixes aprendendo a fa­zer a ração”, conta Maria Odila Duarte, coordenadora do Projeto Musa – Mulheres Unidas Sonhadoras em Ação. “Hoje, nossa produção garante a sobrevivência das 95 famílias que aqui vivem”. A comunidade é só uma das 75 que dividem um vasto território banhado pelo Rio Arapiuns. Só é possível chegar à região pelo rio. Se você quiser conhecer esse lindo lugar, pode contratar os serviços de Gilgledson Oliveira no Termi­nal Turístico de Santarém.

Foto por Fabíola Musarra

Foto por Fabíola Musarra

Como no momento o terminal está sendo reforma­do, você pode tentar o Posto de Informações Turísti­cas, ao lado do mirante. Pelo Instagram, o endereço é Gledson Turismo. No Facebook, facebook.com/gilgledson.maiadeoliveira. Em uma embarcação com capacidade para 40 pessoas, Gilgledson realiza di­versos passeios aquáticos, todos incluem o encontro entre os rios Tapajós e Amazonas e, na maioria das vezes, dão direito a ver botos.

Foto por SIDNEY OLIVEIRA

Foto por Ian Oliveira

Os passeios podem ter ou não refeições a bordo e só podem ser feitos com pelo menos 20 pessoas. As saídas são às 9h e o retorno a Santarém acontece às 17h. O tour até Arapiuns é bem legal. Além de você ficar conhecendo a comunidade de Anã, te conduz a um banho na Ponta do Icuxi, uma das paisagens mais bonitas de Santarém.

A BELEZA SURREAL DO TAPAJÓS

Até agora, falei de algumas atrações turísticas de Santarém, mas não mencionei a sua principal estrela: o Rio Tapajós. Nem é preciso olhar no mapa da cida­de, do Pará e do Amazonas para entender isso. Majes­toso, o rio de águas transparentes tem seus caprichos: muda de cor conforme a hora do dia e a incidência do Sol, indo de tons de azul a multicoloridas tonalidades de verde. No pôr do sol, veste-se de dourado. À noite e de madrugada reflete o prateado da Lua.

O Tapajós nasce em Mato Grosso, banha parte do Pará e deságua no Rio Amazonas, em frente à cida­de de Santarém, a cerca de 695 km de Belém. Tem aproximadamente 1.900 km de comprimento e suas margens, direita e esquerda, são tão distantes uma da outra que a gente nem consegue ver o outro lado do rio. A maior parte dele está em terras paraenses, enquanto a sua porção superior (Sul) faz a divisa dos estados do Pará e do Amazonas.

Foto por SIDNEY OLIVEIRA / AGENCIA PARÁ

Foto por Fabíola Musarra

Independentemente de suas idas e vindas, o rio é uma passarela mágica que conduz embarcações de todos os tamanhos a cenários de beleza inimaginá­vel. Caso de Alter do Chão, uma charmosa vila de pescadores pertencente a Santarém. Fundado pelo português Pedro Teixeira em 1626, este pedacinho de solo, bem antes disso, abrigou a antiga aldeia onde viviam os índios borari, os habitantes da região. Mais tarde, quando elevado à condição de vila, o dis­trito foi rebatizado como Alter do Chão, um nome de origem portuguesa.

O Tapajós, porém, não é a única via de acesso a esse encantador vilarejo situado à margem direita do rio. Você também pode chegar até lá, partindo de Santarém, pela Rodovia Everaldo Martins (PA-457). São aproximadamente 37 km de distância. A viagem vale a pena! Conhecida como Caribe Brasileiro, Alter do Chão é o principal ponto turístico de Santarém – em 2009, foi eleita pelo jornal britânico The Guar­dian a mais bonita praia de água doce do mundo.

Logo na entrada da cidadezinha, você vai dar de cara com a Ilha do Amor, uma falsa ilha (na realida­de, é um istmo) de areia branquinha que somente é acessível por caminhada em novembro, quando as águas do Tapajós baixam. Fora disso, você terá de fazer a travessia a nado ou contratar o serviço para um barquinho te levar até lá, um trajeto que demora menos de cinco minutos.

Na chegada, as águas translúcidas e mornas do Tapajós te convidam a banhos e aos mergulhos, en­quanto os quiosques com cardápios amazônicos e guarda-sóis te aguardam, abraçados pela natureza irretocável do lugar, pelo céu de intenso azul e por muito sol. Imperdível também é o passeio de canoa pelo Lago Verde, também conhecido como a Floresta Encantada, uma mata de igapó que fica inundada durante seis meses por ano. Por isso, o tour somente pode ser feito entre os meses de fevereiro e julho.

Atrações que brilham pela margem direita do Ta­pajós e que também merecem a visita são o Igara­pé do Macaco e a Ponta do Cururu, uma lindíssima praia que não oferece infraestrutura turística. Para chegar, é preciso contratar um passeio de barco ou de lancha. De volta à terra firme, se ainda tiver fome, passe na central Praça Sete de Setembro, onde bar­raquinhas servem tacacá, vatapá, maniçoba e outras iguarias da região.

Foto por Mauro Nayan

Foto por Mauro Nayan

Pelas ruas da vila, por sinal, multiplicam-se bares e restaurantes, alguns com preços acessíveis como o Espaço Gastronômico Alter do Chão, com capricha­do cardápio e atrações musicais – promove shows, noites de dança e eventos que agitam a noite da ci­dade. Para preservar as tradições e a cultura do Pará, a programação musical do restaurante sempre inclui a apresentação de um grupo de carimbó.

A casa tem decoração rústica, amplo espaço ao ar livre, varanda com vista deslumbrante, shows musi­cais e comida da melhor qualidade. De sua culinária contemporânea elaborada com ingredientes locais, destaque para o Pirarucu Recheado, o Tucunaré com Legumes, o estrogonofe de camarão rosa, a coxinha de legumes e o pudim de cumaru. Para abrir o apeti­te, a cachaça de jambu. A bebida, forte e feita com a fruta da região, literalmente vai te deixar atordoado (entenda melhor, completamente tonto).

Foto por Fabíola Musarra

Foto por Fabíola Musarra

Os peixes amazônicos fresquinhos também são a vedete do Restaurante Butikin Alter, na Praia do Ca­jueiro, a dez minutos do centro. Os pratos principais são acompanhados, a exemplo do que acontece nos demais restaurantes paraenses, por arroz e uma de­liciosa (e engordativa) farofa preparada com farinha de mandioca e banana. Entre as opções para petiscar, bolinhos de piracuí (farinha de peixe). Uma dica: não vá embora sem experimentar os sorvetes de frutos regionais, como o de cupuaçu com leite condensado.

Ainda na vila, outra opção é o Restaurante do Alter Hotel. Ele funciona no interior do empreendimento situado em uma das praias mais bonitas do Lago Verde, a cerca de 1 km de Alter do Chão. Os pratos oferecidos em seu cardápio combinam exóticos tem­peros da floresta com uma grande variedade de pei­xes frescos e frutas da região, como o açaí, o bacuri, o cupuaçu, o jambu, a pupunha, o guaraná, a jaca, a manga, o mucuri, o sapoti e o taperebá. Também serve pratos da cozinha internacional.

Alter do Chão é mais do que excelente gastrono­mia e praias estonteantes. É cultura também. Todos os anos, em setembro, promove o Festival do Çairé, um dos mais tradicionais do Norte do País. Realiza­da há 330 anos, a manifestação acontece em louvor ao Divino Espírito Santo e é marcada pelo religioso e profano, incorporando ainda elementos da natureza e do folclore indígena.

Sua programação inclui o ritual da busca dos mas­tros realizado pelos moradores da vila, ladainha, pro­cissões e rituais que lembram os povos indígenas, além do Festival dos Botos, no qual a lenda regional do ma­mífero sedutor que se transforma em homem e engra­vida mulheres solteiras é encenada pelos Botos Tucuxi e Cor-de-Rosa. Com duas torcidas organizadas como as de Parintins (AM), a competição dos dois grupos é um show de cores, luzes, carimbó e criativas alegorias. Vale a pena assistir ao espetáculo. É ir e comprovar!

Onde ficar

SANTARÉM

Barrudada Hotel: Rua Mendonça Fur­tado, 4.120, Liberdade.

Tel. (93) 3523-1990.

ALTER DO CHÃO

Casa Saimiri: R. Everaldo Martins, 500 – Carauari.

Tel. (61) 9 8163-5602.

Onde comer

SANTARÉM

Casa do Saulo: Rodovia Interpraias s/ nº, km 4 – Curuatatuba – São Francisco do Carapanari. Tel. (93) 99224-4691.

Funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

Restaurante Piracema: Av. Mendon­ça Furtado, 73 – Prainha. Funciona de terça-feira a sábado, das 11h às 15h, e das 19h às 23h30. Aos domingos, das 11h às 16h. Tel. (93) 3522-7461

Bar Mascote Restaurante: Praça do Pescador, 145 – Centro. Tel. (93) 99146- 4996.

ALTER DO CHÃO

Restaurante do Alter Hotel: Rua Pe­dro Teixeira, 500. Tel. (93) 3527-1230.

Espaço Gastronômico Alter do Chão: Rua Lauro Sodré, 74. Tel. (93) 9840-1614.

Restaurante Butikin Alter: Rua Lauro Sodré, 125 – Praia do Cajueiro.

Tel. (93) 9967-5105.

Texto por: Fabíola Musarra. A jornalista viajou a Santarém e a Alter do Chão a convite da Secretaria Municipal de Turismo de
Santarém (Semtur) e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur-PA).

Foto destaque: IStock/ ricardohossoe

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