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Frankfurt e Wiesbaden: o duo perfeito para curtir e relaxar na Alemanha

7 de janeiro de 2020

Combine uma metrópole cheia de contrastes, além de grande centro financeiro e cultural, com um destino famoso por ser um dos mais antigos e elegantes balneários terapêuticos da Europa. Adicione uma charmosa região vinícola e duas esticadinhas imperdíveis e você terá uma viagem para nunca mais esquecer!

 

Sabe o ditado popular: a primeira vez a gente nunca esquece? Pois bem, desde que fiz minha estreia na Europa, através da Alemanha, o país se tornou um grande amor na minha vida. De 2007 para cá foram seis viagens (e contando), e, cada uma resultou em uma experiência única. Já que é sempre um prazer imenso voltar. Teria como ser de outro jeito?

Estamos falando de um lugar que é um perfeito misto de antiguidade e modernidade. De muitas reviravoltas históricas, de longa tradição e invenções, de uma vida cultural de altíssimo nível, saborosa gastronomia, paisagens de tirar o fôlego, metrópoles cosmopolitas, vilarejos encantadores, castelos dignos de contos de fadas (mais de 150!) e serviços que funcionam – o transporte público que o diga.

De quebra ainda tem geografia variada e localização privilegiada, compartilhando fronteiras com mais países europeus que qualquer outro destino no continente. Desde a reunificação em 1990, a Alemanha é composta por 16 estados. Dentre os quais está Hesse (no coração do país), que foi o destaque da minha recente visita. E é onde se encontra o duo desta matéria: a pujante Frankfurt, hub que garante um ótimo ponto de partida antes de desbravar qualquer outro destino alemão. E a charmosa e tranquila Wiesbaden, conhecida como uma agradável cidade-spa por conta de suas fontes termais.

Frankfurt

Situada às margens do Rio Meno é um grande centro financeiro. Conhecida como “Mainhattan”, Frankfurt am Main é muitas vezes erroneamente negligenciada por turistas que a tornam apenas um portão de entrada para outro destino alemão (ou europeu). Baita tolice!

A terra do famoso escritor Johann Wolfgang von Goethe, que foi praticamente toda reconstruída pós Segunda Guerra Mundial, tem astral cosmopolita, mas com todo o charme histórico de uma cidade europeia. E tem muito a oferecer – e surpreender –, e vai, com certeza, ganhar seu coração. Ainda mais que é caracterizada por contrastes, como tradição e modernidade, comércio e cultura, agitação e tranquilidade.

Foto via iStock por nantonov

Foto via iStock por nantonov

Isso sem contar que, é para todos. Todos mesmo! Pioneira no turismo acessível, a maioria dos passeios públicos podem ser feitos sem barreiras ou degraus. Tem, por exemplo, um tour guiado pensado nos portadores de deficiências visuais. O Frankfurt Begreifen (percebendo Frankfurt) explica a metrópole de forma sensorial, com objetos para serem tocados, degustações e histórias curiosas. Demais né?

Minha dica é começar a visita a Frankfturt pela Main Tower. O prédio corporativo de 56 andares é o único a dispor de mirantes abertos ao público. Lá do topo da torre é impossível não se impressionar com o panorama que mescla arranha-céus do distrito financeiro e a parte histórica, a Altstadt (Cidade Antiga).

Foto via iStock por SeanPavonePhoto

Foto via iStock por SeanPavonePhoto

Após a subida estique até o antigo prédio da ópera da cidade, a Alte Oper. De imponente arquitetura, foi inaugurada no século 18 e segue ativa como casa de espetáculos. E, como boa parte da cidade, foi destruída por bombas em 1944, durante a Segunda Guerra. Reconstruída na década de 70 foi reinaugurada em 1981. Importantes óperas foram apresentadas pela primeira vez em Frankfurt, é o caso de Carmina Burana em 1937.

Dando sequência ao passeio cultural, a uma curta caminhada, rumo a Rua Großer Hirschgraben 23-25, estará uma atração e tanto, a casa onde, em 1749, nasceu o mais ilustre “filho” de Frankfurt e a maior personalidade da literatura alemã: Goethe.

Convertida em museu a Goethe House abriga objetos e livros originais da família, o que vale inclusive para a bela escrivaninha em que Goethe escreveu sua grande obra-prima, o trágico poema “Fausto”.

Foto via iStock por orinoco-art

Foto via iStock por orinoco-art

Com três andares, o piso térreo tem como destaque o Cômodo Amarelo onde se encontra inúmeras lembranças que a mãe do escritor recebeu. Já no primeiro andar, outrora usado para as recepções feitas pela família, não deixe de reparar o piano piramidal da Sala de Música, raridade feita por Christian Ernst Friderici.

Na sequência, o segundo andar guarda um clássico relógio astronômico construído em 1746, bem como é onde você encontra a biblioteca com mais de 2 mil livros e a Sala de Quadros com obras de artistas de Frankfurt que seguiram a escola holandesa de pintura.

Por fim, no terceiro e último andar, em um dos cômodos está o cantinho de trabalho de Goethe. Ali, por exemplo, foi escrito “Os Sofrimentos do Jovem Werther”. Mas, fica a ressalva que, infelizmente, diferente da maioria dos passeios públicos, o local não é acessível para cadeiras de rodas e carrinhos de bebês.

Nem todos os caminhos levam a Roma

Apesar da popular expressão acima, quando em Frankfurt eles levam a icônica Römerberg. Praça que é cartão-postal da cidade com seu apinhado de casarões medievais em estilo enxaimel. É uma pintura! Bem no centro encontra-se uma fonte que data do século 16, um pouco mais adiante você irá se deparar com a Igreja de São Nicolau, uma joia ainda mais antiga, do século 13.

Diversos quarteirões do centro antigo, também destruídos na Segunda Guerra, foram reconstruídos e, consequentemente, a variedade de atrações aumentou. Espalhado por mais de sete mil metros quadrados estão 15 residências históricas restauradas dentro dos seus estilos originais, ao mesmo tempo em que 20 novos prédios foram erguidos.

Foto via iStock por f11photo

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A região também abriga bons restaurantes, dentre os quais, e uma boa pedida, o Schawarzer Stern com cardápio repleto de pratos tradicionais da culinária alemã, como o mix de wursts (salsichões típicos) e joelho de porco. Só não se esqueça de deixar espaço para a sobremesa – peça o delicioso apfelstrudel.

Se a fome permitir, e aguentar andar mais um pouco, no caso na margem do rio, outra dica é o clássico Brückenkeller, na Rua Schützenstraße 6. A taverna no passado recebeu nomes como Walt Disney, Alfred Hitchcock, Marilyn Monroe e dois “reis”: Elvis e Pelé.

Devidamente alimentado, que tal então queimar umas calorias e de quebra aproveitar e garantir umas comprinhas? Siga para a Zeil, a via comercial mais popular da cidade e exclusiva para pedestres. Será inevitável não reparar o MyZeil, isso porque o shopping tem uma fachada toda futurista. Ali se encontra a Saturn, queridinha quando o assunto é eletrônico. De volta à rua você irá se deparar com a Karstadt, uma das lojas de departamentos mais famosas do país. A via também conta com marcas populares como Primark, Zara e C&A.

Mas, se dinheiro não for problema siga rumo a Goethestrasse, reduto das grifes de roupas e joias. Nesta rua você irá encontra as mais conceituadas marcas do universo da moda, como Armani, Burberry, Dior, Gucci, Hèrmes, Louis Vuitton, Michael Kors e Tiffanny & Co. E, caso o estômago volte a roncar, outra via prenderá sua atenção, a Fressgass, recheada de restaurantes e empórios gourmet.

Foto via iStock por uskarp

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E já que andar cansa, encerre o dia em alguma das muitas cervejarias tipo biergarten, como a Gasthaus Zum Bären à beira do rio e próxima a Römerberg. A casa, desde 1799, mescla pratos típicos a uma boa carta de cervejas. E, quando na Alemanha, não tem como fugir delas.

Apesar que, irá reparar que lá, a especialidade local é o Frankfurter Apfelwein, vinho de maçã parecido com a sidra. A bebida é tão popular que, além de muitas vezes ser mais procurada que a cerveja, tem até um festival próprio, o Apfelweinfestival.

E, claro que não dá para falar de um destino europeu sem incluir museus no roteiro. Dentre os quais destaco o Museu Judaico, no antigo Palácio de Rothschild. No caminho para ele, a partir da Römerberg, aproveite para visitar a bela Igreja de São Leonardo. A edificação data de 1219, quando foi erguida como uma basílica em estilo românico. No entanto, a capela-mor é do final do gótico e foi construída por volta de 1425.

Foto via iStock por Prasit Rodphan

Foto via iStock por Prasit Rodphan

Mas, aos ratos de museu o destino certeiro é a Rua Schaumainkai, que concentra as principais instituições culturais de Frankfurt e por isso é chamada de Museumsufer (Margem dos Museus). São nove pontos de destaque então escolha de acordo com seu gosto e não tem erro.

Sinônimo de arte em Frankfurt, e um dos mais importantes do país, o Städel, abriga, desde 1878, uma rica coleção de 2,7 mil pinturas, 600 esculturas e 100 mil desenhos a partir do século 14. Lá estão obras de renomados artistas, como Botticelli, Cézanne, Degas, Jan van Eyck, Monet, Picasso, Rembrandt, Vermeer e Vincent van Gogh.

Minhas dicas, bem de jornalista e cinéfila, são o Museu da Comunicação que vai desde inscrições em tábuas na Mesopotâmia até a criação de novas mídias. E o Museu do Cinema que narra à história da sétima arte através de cenários e explorando efeitos especiais.

Por fim, para quem quer ter uma perspectiva diferenciada da cidade, além de uma experiência incrível, eu recomendo um passeio de barco pelo Rio Meno. É lindo e inesquecível!

Wiesbaden

Cidade-spa, de clima ameno, está na margem direita do Rio Reno, em Rheingau, uma das mais famosas e bonitas regiões vinícolas da Alemanha. Por estar a menos de 30 quilômetros do Aeroporto Internacional de Frankfurt, tem fácil acesso de trem (S-Bahn S8 e S9) e de carro.

Com lifestyle mediterrâneo e muitos atributos, a cidade convida a desacelerar e levar as coisas mais tranquilamente. Wiesbaden encanta fácil e a primeira vista. Inclusive em um dia nublado e chuvoso, como foi o que me aconteceu, logo ao chegar. Mas, o que é uma garoa para uma paulistana?

Foto via iStock por Lightstar59

Foto via iStock por Lightstar59

Larguei as coisas no hotel e fui bater perna. E, mesmo com a névoa acinzentada, Wiesbaden já me conquistava. Ou talvez tenha sido a feirinha que encontrei pelo caminho onde me deliciei – e matei a saudade – de uma legítima wurst.

E, tão logo fui descobrindo o que estava ao meu redor, me vi de fato encantada por mais um destino alemão. A paisagem urbana histórica impressiona ainda mais se combinada aos parques e áreas verdes. Para mim, o duo perfeito!

A chamada “Nice do Norte” em seu apogeu, no século 19, se desenvolveu durante o período da Belle Époque a ponto de se tornar um lounge da alta nobreza europeia e de personalidades como Goethe e o poeta russo Dostoievski. E tudo graças a um presente da natureza: 26 fontes termais. Wiesbaden tornou-se um local de bem-estar e saúde ao longo dos séculos. E se manteve assim, mas com status internacional.

Mas, para além das fontes termais, e dos vinhos, o destino conta também com muitos pontos turísticos culturais e históricos, bem como áreas de shoppings diversificadas e uma ampla variedade de especialidades culinárias regionais e internacionais.

Um giro turístico

Para minha sorte – e alegria –, os dias em que fiz passeios pela cidade e região foram de sol e céu azul. O que torna a experiência num novo destino mais agradável.

Ainda mais em um lugar com clima aristocrático e elegante, com resquícios de seu passado requintado, com palacetes e ruas centenárias. Um charme só!

Na região central encontra-se uma das maiores atrações locais. A área, em formato de ferradura, que abrange no chamado Bowling Green com suas duas fontes em cascata de três arcos. É frequentemente utilizado para eventos ao ar livre, como shows de David Gilmour, Eric Clapton, Sting, R.E.M. e, recentemente, em junho, Sir Elton John.

Ali estão reunidos icônicos pontos turísticos de Wiesbaden. Como o palacete Kurhaus, que traz em seu pórtico a inscrição “Aquis Mattiacis” (dedicado às nascentes dos Mattiacis). Uma referência ao surgimento da cidade, no ano de 121, a partir da tribo germânica Mattiacis. Um local de arquitetura histórica e belíssimos salões de baile que servem de cenário para os mais variados eventos.

A pedido do imperador Guilherme II da Alemanha, a Kurhaus tal como está hoje, foi construída entre 1904 e 1907 num estilo neoclássico. Sua colunata, no entanto, data de 1827, e com seus 129 metros é o mais longosalão de colunas da Europa.

Digno de muitos adjetivos, a edificação, que de cara já se mostra imponente, reserva ainda mais surpresas em seu interior. A começar pelo suntuoso hall de entrada no estilo de um salão termal romano. Confesso que, assim que entrei, proclamei, sem nem perceber, um “uau” que ressoou pelo ambiente.

E então me vi no dilema de para onde direcionar primeiro minha atenção. Se para a cúpula de 21 metros de altura no teto, as imagens que a cercam, as esculturas ali presentes, os vitrais… Ah! E claro, os hipnotizantes medalhões de mosaico das divindades Apolo, Diana, Netuno e Vênus. Imagens que definitivamente me tomaram um bocado de atenção. E uma coisa é certa, fotografia alguma faz jus ao que os olhos capturam em detalhes.

Foto via iStock por Meinzahn

Foto via iStock por Meinzahn

No interior da Kurhaus está situado o Cassino de Wiesbaden, um dos mais antigos do país. Onde, dizem, Dostoievski encontrou inspiração para escrever o romance “O Jogador”. Mas o poeta russo não foi a única personalidade histórica a tentar a sorte, o compositor alemão Richard Wagner também passou por lá.

Ainda no Bowling Green, adjacente a Kurhaus, está o Teatro e Colunata do Estado de Hessen. Construído também em nome do imperador, em estilo barroco, foi inaugurado em 1894. O hall de entrada, em estilo rococó,foi adicionado em 1902, enquanto que o grande salão foi projetado em estilo neobarroco. Já a colunata data de 1839.

A arte de viver bem de Wiesbaden reflete-se também na grande oferta cultural das mais variadas formas. Todos os anos, companhias de alta qualidade encontram-se no teatro para o Festival Internacional de Maio, e o Festival de Música Rheingau que transforma toda a região em torno da cidade em um grande palco de concertos de verão.

Logo atrás da Kurhaus se estende o Kurpark, estabelecido em 1852 como um jardim paisagístico em estilo inglês. Além de bonito, com seu lago e flores como magnólias e azaleias, é também muito agradável. Já no lado Oeste do Bowling Green corre a via Wilhelmstraße, um elegante boulevard de comércio e de pontos de interesse.

Além de finas butiques, lojas de antiguidades, galerias e agradáveis cafés, dois museus de reputação internacional encontram-se nessa avenida: o Museu de Wiesbaden, com arte dos séculos 12 a 21, é uma jornada por obras de A a Z, e a associação Nassauischer Kunstverein, que se especializou em arte contemporânea. 

No lado Leste da Wilhelmstraße foi criado, em 1860, o parque Warmer Damm, e um pouco mais adiante no mesmo sentido impera a mansão Söhnlein-Villa, chamada também de “Casa Branca” por ter sido construída seguindo o exemplo de Washington, DC (nos Estados Unidos).

É nesta via que ocorre, anualmente, durante o segundo fim de semana de junho, o Wilhelm Street Festival que é considerado o maior e mais antigo (desde 1977) evento de rua da Alemanha. Os participantes são entretidos com diferentes apresentações teatrais, mercado de artesanato e deliciosa culinária.

Do outro lado da Wilhelmstraße encontra-se a Kaiser-Friedrich-Platz com a estátua do imperador Frederico III que dá nome a praça. O local é ladeado pelo luxuoso hotel 5 estrelas Nassauer Hof. Aliás, quase todos os melhores hotéis da cidade estão nessas imediações.

Foto via iStock por CAHKT

Foto via iStock por CAHKT

Já na principal praça de Wiesbaden, a Marktplatz estão a Neues Rathaus (nova prefeitura), a Altes Rathaus (antiga prefeitura) – edificação mais antiga do centro, de 1610 –, o Stadtschloss (Palácio da Cidade), a fonte Marktbrunnen, a coluna Marktsäule e a Marktkirche, igreja em estilo neogótico com sua torre principal de quase 100 metros de altura que domina a paisagem urbana.

Ainda de interessante, a cidade tem o Goldgasse (beco de ouro), com inúmeras lojas e boas opções gastronômicas. Afinal, bater perna dá muita fome, então paradinhas estratégicas são sempre bem-vindas.

Imprescindível no roteiro

Já fora da região central, está uma das mais populares atrações de Wiesbaden, o Neroberg, um monte de 245 metros de altura acima do nível do mar, onde se encontra um dos poucos vinhedos dentro de uma cidade da Alemanha. Ali são cultivadas uvas Riesling.

Aproveite para contemplar o panorama, a começar pelo paisagismo local sobre o vale do Reno. Faça um passeio até o topo através do Nerobergbahn, funicular movido por contrapeso de água que data de 1888. O trajeto, de 4 minutos, tem uma distância de 440 metros (para subir uma altura de 83 metros) em até 7,3 km/h. Opera de abril a outubro e transporta passageiros para cima e para baixo a cada 15 minutos.

Destaque chamativo de Neroberg – visível de longe – a Igreja Ortodoxa Russa, é a edificação religiosa mais bonita da cidade e com o mais precioso mobiliário – que de fato impressiona. Mas não mais que as cúpulas em ouro de seu topo. Foi erguida entre 1849 e 1855, pelo Duque Adolf de Nassau como um mausoléu a sua falecida esposa russa, a princesa Isabel, sobrinha do czar Alexandre I.

As fontes termais

É claro que, em se tratado de uma cidade-spa, as fontes termais são um capítulo a parte no quesito atrações. Há muitas clínicas especializadas, bem como centros de saúde e bem-estar.

Wiesbaden é um centro reconhecido para o tratamento de doenças reumáticas e ortopédicas (a primeira instalação de recuperação ortopédica foi inaugurada em 1836). Isso porque as nascentes termais da cidade, com a sua elevada quantidade de cloreto de sódio, são especialmente eficazes no tratamento destes casos.

O alto teor de sal dos banhos também é bom para tratar gota, inflamações ou hematomas do nervo ciático, distúrbios do sistema nervoso, transtornos abdominais, doenças respiratórias, bem como casos dermatológicos. E é justamente graças à ampla gama de benefícios que essas águas proporcionam que, pessoas de todo mundo usam o efeito curativo, embelezador e calmante das termas locais.

Nascente termal mais famosa de Wiesbaden, a Kochbrunnen, fonte situada na Kranzplatz, é constantemente visitada tanto por pessoas preocupadas com a saúde, ou aquelas simplesmente curiosas. Como foi o meu caso. Já adianto: é ruim. Bem ruim! Predomina o gosto forte de sulfato e enxofre. Eca! Mas, vou admitir, ajudou com minha rinite e sinusite que estavam atacadas naquele dia.

Foto via iStock por Meinzahn

Foto via iStock por Meinzahn

Mas, para quem quer ir além das fontes espalhadas pela cidade, e aproveitar a fundo as águas termais há desde hotéis, como o Nassauer Hof e o Radisson BluSchwarzer Bock, que têm suas próprias fontes e alternativas de bem-estar, com todo tipo de luxo em banhos, massagens e outros tratamentos relaxantes. Até complexos de SPA como Aukammtal e Kaiser-Friedrich.

O primeiro conta com uma área de banhos de 4,4 milm² com um canal que liga a duas grandes piscinas. Jatos massageadores, poltronas de massagem aquáticas e banheira de hidromassagem oferecem relaxamento extra. Há ainda quatro saunas cobertas e três ao ar livre, cada uma com um ambiente e design únicos. Mas o ponto alto é provavelmente uma visita a Kaiser-Friedrich, no centro da cidade. Construída em 1913, no local de uma antiga sauna romana, as instalações remetem ao luxo dos tempos do imperador Guilherme II da Alemanha.

Além da alimentação de água termal a 66º C, abriga um conjunto de saunas, uma piscina e um chuveiro com efeito de chuva tropical. As instalações do Kaiser-Friedrich são completadas com uma sala de ar fresco, áreas de relaxamento e o Bar Quellen. Entre serviços oferecidos estão massagens e tratamentos cosméticos. Os preços, de ambos complexos, variam, por isso vale consultar o site.

Dois bate e volta que valem a pena

 

Wiesbaden fica situada em uma das mais famosas e bonitas regiões vinícolas da Alemanha. Então nada mais natural e proveitoso que explorar seus encantos. Ainda mais que, a bela Rheingau é pura alegria de viver. E que dueto maravilhoso são as termas e os vinhos. Não tem como deixar o destino sem estar bem relaxado. E feliz! Sendo assim, aproveite para combinar sua passagem pela cidade de Wiesbaden para visitar duas cidadezinhas vizinhas que merecem estar no roteiro.

Eltville 

Foto via iStock por wiesdie

Foto via iStock por wiesdie

A Cidade das Rosas, como foi nomeada, parece tirada de um conto de fadas. Pertinho de Wiesbaden (menos de 15 km de distância), rende um ótimo passeio de um dia daqueles para curtir com calma. A começar pelo calçadão a beira do Reno que, durante a primavera e o verão, é ideal para sentar, contemplar e relaxar. Preferencialmente tomando um dos bons vinhos produzidos na cidade.

Entre os destaques turísticos está o Castelo Electoral, da Idade Média. Do alto da torre, de 24 metros se tem um panorama belíssimo. Abriga um memorial a Gutenberg, exposições, pinturas do século 14 e documentos sobre a história local. A edificação está cercada por um lindo jardim.

Outro atrativo é o Monastério Eberbach, fundado em 1136 pela ordem dos monges cistercienses. São quase 900 anos de história. Um verdadeiro patrimônio e não só cultural, mas também arquitetônico. As edificações do extenso complexo possuem estilos dos períodos romântico, gótico e barroco. Há poucas locais que representem tão bem uma cultura vinícola secular como este. Tanto é que, rapidamente, se tornou um dos maiores e mais importantes mosteiros da Alemanha.

Entre as uvas cultivadas estão Riesling, Weissburgunder (Pinot Blanc) e Spätburgunder (Pinot Noir). Ficou conhecido por servir de cenário para cenas do filme “O Nome da Rosa” (1986), estrelado por Sean Connery e Christian Slater, baseado no livro do escritor italiano Umberto Ecco. É um must go!

Rüdesheim 

Foto via iStock por Nickzas

Foto via iStock por Nickzas

Também próxima a Wiesbaden (cerca de 30 quilômetros de distância), é muito procurada pelos turistas na região de Rheingau. Tudo graças as suas construções históricas, festivais e, claro, os vinhos!

Entre seus cartões-postais está a charmosa, florida e estreita Drosselgrasse, rua apinhada de lojinhas, restaurantes e cafés. Dizem que a via inspirou J.K Rowling ao criar detalhes e aspectos do Beco Diagonal, na saga Harry Potter. Verdade ou não, até que lembra.

Outro ponto de interesse por lá é o mundialmente famoso Niederwald, inaugurado em 1883. Imponente em seus 38 metros de altura, é considerado o “Monumento Nacional Alemão” e comemora a unificação dos estados alemães para se tornar o Império Alemão em 1871, após o fim da guerra franco-prussiana. Há três jeitos de chegar até ele: a pé, de carro e – o mais legal e minha opção – de teleférico.

Aos amantes do vinho, além de boas doses para tomar e comprar por lá, há também o Museu do Vinho de Rheingau com extensa coleção de artigos relacionada à bebida, indo da antiguidade a atualidade. CM

Serviço

Idioma 

Alemão

Moeda 

Euro

Fuso Horário 

Mais 5 horas em relação à Brasília.

Visto 

A partir de 1º de janeiro de 2020, será necessário solicitar previamente uma permissão especial denominada Sistema Europeu de Informações

e Autorização de Viagem (ETIAS, na sigla em inglês). O procedimento poderá ser realizado eletronicamente e terá custo de € 7. A permissão terá validade de três anos ou menos, caso o passaporte expire antes. O novo regulamento se aplica a cidadãos de países que atualmente não precisam de visto para entrar na EU.

Clima 

Melhor época para visitar a Alemanha é entre os meses de abril e outubro, período em que as cidades apresentam temperaturas agradáveis.

Saúde 

Pode ser exigido um seguro-viagem.

CONSULADO DO BRASIL

Hansaallee 32 a+b, Térreo, esquina Vogtstraße – Frankfurt. Atendimento: segunda à sexta-feira das 9h às 13h; terças das 14h às 16h. 

Telefone para emergências: (+49) 176- 9316-1531.

Informações: frankfurt.itamaraty.gov.br

Como chegar 

Apenas as empresas aéreas Lufthansa (lufthansa. com/voos/br) e Latam Airlines Brasil (latam.com.br) realizam voos diretos entre São Paulo e Frankfurt. Outra opção é utilizar os serviços de companhias que voam para as principais capitais da Europa e realizar um voo de conexão. Uma alternativa interessante é a Royal Air Maroc (royalairmaroc.com), que tem voos diários saindo de São Paulo e Rio para Casablanca e de lá para Frankfurt. Podendo ficar até 7 dias no Marrocos sem custos adicionais na passagem.

Onde ficar 

A oferta hoteleira em ambos os destinos é farta e com opções para todos os gostos e bolsos. No entanto, sempre considere se hospedar próximo do centro histórico. Vale o custo-benefício. Em Frankfurt uma boa dica é a rede Maritim. Já em Wiesbaden o Mercure está muito bem localizado tanto da estação de trem quanto da região central.

O que comer 

A gastronomia é um atrativo a parte nas duas cidades. E não importa se você prefere uma refeição leve, com toque mediterrâneo, um menu luxuoso com diversos pratos, culinária típica ou junk food. Elas tem restaurantes tradicionais, sofisticados, bistrôs, cervejarias e enotecas elegantes, redes de fast-food, pubs, bares e cafés.

Dica 

Frankfurt Card – Garante viagens ilimitadas no transporte público (inclusive a partir do Aeroporto Internacional) bem como dá 50% de desconto em city tours pela cidade, admissões em museus e outras atrações. Preço: € 10,50 (1 dia) e € 15,50 (2 dias).

Pacotes Turísticos 

CVC – cvc.com.br

BWT – bwtoperadora.com.br

FLOT VIAGENS – newsite.flot.com.br

LUSANOVA – lusanova.com.br

PERSONAL BRASIL – personal.tur.br

SENATOR TURISMO – senator.com.br

TRANSMUNDI – transmundi.com.br

VIAJANET – viajanet.com.br

Informações Turísticas

germany.travel/pt

Texto por Carolina Maia

A jornalista viajou a convite do GTM – Germany Travel Mart, voando Lufthansa e com a cobertura do seguro viagem GTA – Global Travel Assistance.

Imagem Destacada via iStock por Meinzahn

 

 

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