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Bonito, mas pode chamar de lindo, divino e maravilhoso!

4 de setembro de 2020

Paraíso de águas cristalinas e paisagens naturais exuberantes, o destino sul-mato-grossense descobriu no ecoturismo e na preservação do meio ambiente o seu maior patrimônio.

As paisagens naturais, os rios de águas cristali­nas, as cachoeiras e grutas de visuais impres­sionantes e, principalmente, a consciência da preservação e da sustentabilidade são os maiores pa­trimônios de Bonito, no Mato Grosso do Sul. A cida­de é considerada um dos principais polos de ecotu­rismo do Brasil e reconhecida mundialmente. Junto com outros municípios, integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. Com critérios rigorosos para a visitação dos seus principais atrativos, o destino atraiu, em 2019, cerca de 209,5 mil visitantes de todas as partes do país e do exterior.

Visitar Bonito requer planejamento. É diferente de outros destinos onde os turistas chegam e munidos de um mapa decidem o que irão visitar dentro do tempo disponível. Lá não funciona assim! É impossí­vel uma pessoa chegar e se dirigir para uma localida­de qualquer na região sem que esteja acompanhada por um guia credenciado. E os vouchers têm que ser comprados com bastante antecedência porque cada um dos atrativos possui um número limitado de visitantes diários. E os preços são tabelados. Portanto, em Bonito você não irá encontrar agências e guias abordando turistas para venderem seus serviços.

Foto por Flávio André via MTUR/ Flickr

Foto por Flávio André via MTUR/ Flickr

Mas a cidade sul-mato-grossense não atrai apenas aventureiros loucos por atividades radicais e adrena­lina. Bonito e municípios vizinhos reúnem atividades para todos os gostos e para toda a família, inclusive para quem procura momentos tranquilos de contem­plação dos magníficos santuários naturais espalhados pela região. Caminhadas através de trilhas de diferen­tes graus de dificuldades, cavalgadas, passeios de bi­cicleta e observação de pássaros também compõem o vasto leque de atividades.

Turismo consciente

O precursor da ideia de preservação foi Sérgio Ca­verna, nome pelo qual é conhecido o mais antigo dos guias da cidade. Há muitos anos ele defendia a necessidade de se explorar o turismo local com cons­ciência. O apelido ele ganhou quando levava turistas para visitar a incrível Gruta do Lago Azul, considerada a principal atração natural da região. Ele foi o primei­ro condutor de turistas na região, em uma época em que não existiam guias de turismo. Com a regula­mentação da profissão, se formou na primeira turma de guias realizado em Bonito.

Essa história premiada teve início na década de 1970. Segundo contam por lá, após um incêndio na mata, um peão de uma fazenda descobriu um gran­de buraco no chão com mais de 70 metros de pro­fundidade. Batizado de Abismo Anhumas, tinha em seu interior um imenso lago de águas límpidas e uma maravilhosa formação de estalactites.

Foto por Roberto Maia

Foto por Roberto Maia

Na mesma época surgiram outros locais de grande beleza natural como a deslumbrante Gruta do Lago Azul, além de cavernas, cachoeiras e rios de águas transparentes e repletos de peixes coloridos. Rapida­mente a cidade ganhou fama e nos anos seguintes passou a receber um grande número de turistas inte­ressados em conhecer a beleza natural do lugar.

O volume de visitantes aumentou ainda mais após a veiculação de uma matéria na TV Globo, o que co­locou em risco o futuro sustentável da cidade como destino turístico. Com o sinal de alerta ligado, o ins­tinto de preservação falou mais alto. Assim, em meados dos anos 1990, um plano de gestão e manejo foi desenvolvido entre o poder público e o setor privado. O objetivo era propor regras para a exploração do ambiente natural de maneira racional e controlada.

Especialistas realizaram estudos minuciosos na re­gião e estabeleceram qual seria o número máximo de visitantes em cada uma das atrações para não causar danos a elas. Para que o plano pudesse dar certo, a fiscalização e o controle passaram a ser rigorosos. Os vouchers reservados com antecedência e comprados diretamente nas agências de turismo credenciadas substituíram o dinheiro vivo e os ingressos. Estava, assim, arquitetada a fórmula do sucesso de Bonito como destino turístico.

Foto por Bonito/ MS por  Hudson Garcia

Foto por Bonito/ MS por Hudson Garcia

Ao perceberem que poderiam lucrar com o turismo, muitos fazendeiros passaram a reservar o melhor de suas propriedades para a visitação pública. Trilhas plane­jadas surgiram em meio às matas, cachoeiras, cavernas e cachoeiras passaram a ser utilizadas para a prática de rapel. Verdadeiros aquários naturais, os rios passaram a ser explorados para atividades de flutuação, mergulho, rafiting e boia cross. Circuitos de arvorismo foram cria­dos. O artesanato indígena das tribos terena e kadiwéu ganhou valor e as refeições tipicamente caseiras prepa­radas em fogões à lenha viraram concorridas atrações. Investimentos em empreendimentos hoteleiros, restau­rantes e lojas foram consequência natural.

Águas cristalinas

Bonito é o centro de uma região que reúne outros municípios, que juntos oferecem mais de 40 opções turísticas. Os rios da região estão entre as principais atrações do destino. Suas águas translucidas encan­tam os visitantes seja em flutuações, mergulhos ou atividades como rafiting e boia cross. Eles têm origem em rochas calcárias o que lhes dão características pe­culiares como a incrível transparência. Os principais rios são o Formoso, Prata, Perdido, Mimoso, Peixe, Anhumas, Olaria e Miranda. Ao longo do curso de cada um deles também estão cachoeiras de grande beleza, tamanhos e volume de água.

Flutuação na Barra do Sucuri – Atração localizada no sitio Água Azul, distante 17 quilômetros do centro de Bonito, recebeu este nome porque o Rio Sucuri desagua no Rio Formoso exatamente no ponto onde os visitantes fazem o treinamento antes de iniciarem a flutuação. O pequeno Rio Sucuri – apenas 1,8 mil metros – é considerado o terceiro rio com águas mais cristalinas do planeta. Munido de máscara, snorkel, colete salva-vidas, roupa de neoprene e sapatilha o visitante é transportado em um barco a remo por 1,3 mil metros até próximo à nascente do rio. Depois é só curtir o ambiente flutuando pela leve correnteza. Todo o percurso é acompanhado por guia credencia­do e não é necessário saber nadar.

Flutuação no Rio Sucuri – O cenário é de tirar o folego e a visibilidade de suas águas impressiona. Flu­tuar em meio aos peixes dá a ideia de estar dentro de um imenso aquário natural. A correnteza suave empurra os visitantes sobre dourados, pintados e pi­raputangas de diversos tamanhos. Sua nascente está localizada na Fazenda São Geraldo e tem águas cris­talinas e convidativas à flutuação. Também oferece passeios a cavalo, de bicicletas e de quadriciclos.

Foto por VisitMS/ Divulgação

Foto por VisitMS/ Divulgação

Flutuação no Rio da Prata – O passeio de ecoturismo no Recanto Ecológico Rio da Prata, localizado na Fazenda Cabeceira do Prata, no município de Jardim, oferece trilhas, flutuação, mergulho com cilindro e observação de aves. Após orientações e entrega dos equipamentos, a flutuação acontece ao longo de 2 quilômetros. Ao longo do percurso é possível apreciar as belezas do mundo subaquático em águas cristalinas. Impossível não ficar deslumbrado com a presença dos cardumes de diversas espécies de peixes do Pantanal – piraputangas, dourados, curimbatás, piaus e outros. No final, o grupo se reúne na sede da fazenda para um delicioso almoço com pratos típicos da região.

Passeio de bote inflável no Rio Formoso – Ideal para quem gosta de adrenalina. Ao longo de 7 quilômetros, o rafting de nível moderado em suas águas a bordo de botes infláveis passa por quedas d’águas e corredeiras, incluindo paradas para banhos. Ao longo do passeio é possível avistar pássaros e animais silvestres às margens do rio.

Boia Cross – Uma das mais concorridas atrações de Bonito tem lugar no Rio Formoso com suas corredeiras e cachoeiras. Esse passeio promete muita aventura e diversão. Após instruções os visitantes ficam livres para curtir a lagoa até o início da atividade. Então, equipados com capacetes e coletes salva-vidas o grupo sai para uma trilha de aproximadamente 900 metros até a beira do rio. Um a um, todos entram na água para início da boia cross. No trajeto há oito obstáculos entre corredeiras e cachoeiras. Durante toda a atividade, monitores acompanham o grupo atentos à segurança de todos.

Gruta do Lago Azul

Considerada a principal atração natural da região de Bonito, a Gruta do Lago Azul apresenta um visual fascinante. Com visitação limitada a pequenos grupos, chega-se a ela através de uma trilha de 200 metros até a entrada da cavidade. Uma escadaria rústica e íngreme com cerca de 300 degraus – aproximadamente 150 metros – dá acesso ao lago que tem águas absurdamente transparentes e de uma tonalidade azulada indescritível. O cenário fica completo com espetaculares estalactites e estalagmites.

Foto via iStock por diegograndi

Foto via iStock por diegograndi

O lugar é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1978 como monumento natural. A melhor época para a visitação é entre dezembro e janeiro, pela manhã, quando o sol incide diretamente na entrada da gruta. Passeio imperdível!

A seguir relacionamos outras atividades no destino.

Abismo Anhumas (rapel, flutuação e mergulho) – Um buraco no chão com 72 metros de profundidade e iluminado apenas por fendas entre as rochas guarda um imenso lago de águas transparentes. Dependendo da intensidade da luz adquire coloração entre o verde esmeralda e o azul anil. Para descer a única forma é através de rapel, uma técnica totalmente segura de descida em cordas. O processo é acompanhado por monitores e instrutores altamente treinados para garantir a máxima segurança. Lá embaixo há um deck flutuante construído sobre um espelho de águas cristalinas de um lago com 80 metros de profundidade. São permitidas a flutuação e o mergulho livre e autônomo.

Foto por Bonito/MS/ Daniel de Granville

Foto por Bonito/MS/ Daniel de Granville

Gruta São Mateus – O atrativo começa por uma trilha de 320 metros até a entrada da gruta. Com o auxílio de lanternas para facilitar a locomoção dentro da caverna, os visitantes avistam formações espeleológicas como estalactites, estalagmites e coraloides. Ao final do passeio o grupo é encaminhado para a sede do local, onde está o museu indígena Kadiwéu, que conta um pouco da história dos índios da região.

Arvorismo Cabanas – Essa emocionante atividade é desenvolvida em um circuito a 15 metros de altura e com 18 obstáculos, além de duas tirolesas, sendo a última aquática no Rio Formoso. Tudo é realizado com muita segurança e os participantes em nenhum momento ficam desconectados dos cabos. O resultado é fascinante. Lá do alto, sobre as árvores, é possível desfrutar o incrível visual. Os visitantes também podem aproveitar uma cachoeira no Rio Formosinho. No local há lanchonete, internet, lojinha de souvenires, vestiários, guarda volumes e sanitários.

Cachoeiras do Rio do Peixe – Uma trilha de dois quilômetros no interior da Fazenda Água Viva passa por 11 cachoeiras e piscinas naturais no Rio do Peixe. Distante 35 quilômetros do centro de Bonito, o passeio tem paradas para banhos, uma plataforma de salto na Cachoeira do Poção e um ponto com carretilha. A atração inclui um almoço com pratos típicos sul-mato-grossenses preparados de forma caseira. Na parte da tarde há um outro passeio em uma trilha de 800 metros e três pontos de banho e duas cachoeiras, além de uma tirolesa. Na fauna local são observados macacos, araras, tucanos, entre outros. O dia termina com um tradicional lanche servido aos visitantes, que têm a oportunidade de ouvir “causos” contados pelo proprietário da fazenda.

Cachoeiras da Estância Mimosa – O passeio inclui caminhada de três horas por uma trilha no interior da propriedade que tem mirantes com vistas panorâmicas da Serra da Bodoquena. No caminho, paradas para mergulhos e banhos em um conjunto de dez cachoeiras e piscinas naturais. Há, também, exploração de grutas, observação de animais, um lago com jacarés, plataforma de saltos, passarelas suspensas e trecho percorrido em barco a remo. O local também oferece almoço típico da fazenda com pratos preparados no fogão a lenha. Quem quiser pode encerrar o dia fazendo uma agradável cavalgada.

Parque das Cachoeiras – As sete cachoeiras formadas pelas águas do Rio Mimoso estão no caminho de uma trilha ecológica que inclui paradas para mergulho em piscinas naturais em meio à fauna e flora local. No final do passeio o grupo retorna à sede para um almoço com pratos típicos e doces regionais. Depois da refeição nada melhor que um cochilo gostoso no redário. Ou quem preferir pode ir até o mirante que oferece vista para uma bela cachoeira ou fazer um passeio a cavalo pelos campos, matas e morros da fazenda.

Foto via iStock por GCastellon

Foto via iStock por GCastellon

Flutuação na Nascente Azul + Balneário – O passeio tem início na Praia da Capela, segue por uma trilha em meio à mata e cachoeiras e culmina com flutuação sobre a incrível nascente com águas azuladas e cerca de oito metros de profundidade. O complexo de ecoturismo oferece quatro atrações principais: flutuação, Balneário Nascente Azul, Nascente Azul Adventure e mergulho com cilindro no Lago da Capela. Os visitantes podem passar o dia mergulhando com os peixes, tomando banho de cascata ou curtindo a prainha. O restaurante do local serve almoço com pratos típicos.

Balneário Praia da Figueira – A lagoa de água corrente e a extensa praia com coqueiros e areia branca em uma área com 60 mil metros quadrados tem entre suas atrações a flutuação, tirolesa, passeios de caiaque e pedalinhos. Há, ainda, mergulho em meio aos cardumes de peixes coloridos e restos dos naufrágios de um barco e de um avião. Quiosques, restaurante, bangalôs, mirante, playground e redário à sombra das figueiras completam o cenário. Lugar perfeito para se divertir muito ou apenas descansar enquanto saboreia aperitivos servidos nos quiosques na praia ou dentro d’água.

Foto via iStock por FERNANDOQUEVEDO

Foto via iStock por FERNANDOQUEVEDO

Balneário do Sol – Às margens do Rio Formoso, o local é famoso pela transparência de suas águas e pela variedade de espécies de peixes. Oferece muita diversão para todas as idades em atrativos como tirolesa, trampolim, piscina de água corrente, quadras de esporte, salões de jogos, redários, churrasqueiras e área de alimentação. A exuberância da fauna e flora da região, além de lindas cachoeiras completam o cenário natural.

Boca da Onça Ecotur (cachoeiras e rapel) – Com 165 metros a Cachoeira Boca da Onça tem a maior queda d’água do Mato Grosso do Sul. Chega-se até ela após uma caminhada pela mata e com paradas em cascatas e piscinas naturais com águas cristalinas, além do cênico Rio Salobra. Quem aprecia atividades radicais vai curtir o rapel de 90 metros de altura. Os praticantes se projetam no abismo em uma descida com muita adrenalina passando por grutas sobre o cânion.

Flutuação e mergulho na Lagoa Misteriosa – Suas águas transparentes são ideais para a flutuação e mergulho. É considerada a sétima caverna mais profunda do país com 220 metros de coluna d’água. Também é uma das mais fundas cavernas inundadas do Brasil. Uma escadaria com 179 degraus leva ao magnifico espelho d’água. O passeio inclui caminhada através de uma trilha até um mirante.

Foto via iStock por GCastellon

Foto via iStock por GCastellon

Buraco das Araras – Localizado na cidade de Jardim e distante cerca de 53 quilômetros do centro de Bonito, a gruta com 120 metros de profundidade e 160 metros de diâmetro é habitada por muitas araras vermelhas e papagaios que proporcionam verdadeiros espetáculos. Daí o nome do lugar. A região tem fauna e flora com ecossistema próprio e um grande lago habitado por jacarés da espécie papo amarelo. O passeio contemplativo dura aproximadamente uma hora.

Ecoparque Porto da Ilha – No Rio Formoso, oferece stand up padle, slakeline, boia cross, passeio de bote e duck (bote inflável em formato de caiaque). Após o término das atividades de aventura, os visitantes podem relaxar na área de balneário e saborear um delicioso almoço típico no restaurante do Porto da Ilha com pratos à base de peixes, carne e frango.

Cavalgada no Recanto do Peão – Com 1h30 de duração, oferece uma interessante experiência sobre a vida do homem no campo. Durante o percurso de aproximadamente 5 quilômetros é possível contemplar as belezas da fauna e flora típicas do cerrado do Mato Grosso do Sul, além de reviver as histórias das tradicionais comitivas pantaneiras. Antes do passeio os participantes são recepcionados com uma roda de Tereré e ao final é servido um delicioso lanche típico sul-mato-grossense.

Foto: Bonito/ VISITMS - Divulgação

Foto: Bonito/ VISITMS – Divulgação

Lobo Guará Bike Tour – Com duas saídas diárias, às 7h30 e 15h30, da rua principal da cidade, o passeio tem um percurso de mais ou menos 14 quilômetros até o Parque Ecológico do Rio Formoso. No local será plantado uma muda nativa na mata ciliar antes do grupo entrar em uma trilha de 2,2 mil metros. No caminho farão duas paradas para banho e em mirantes para observação do rio, fauna e flora. Em alguns pontos é necessário empurrar a bike por causa do declive da trilha.

Cachoeiras da Fazenda Ceita Corê – Local belíssimo, reúne belíssimas cachoeiras, trilhas, piscinas naturais, pequenas grutas e nascentes. Também oferece passeio a cavalo e serve um almoço típico regional preparado em fogão à lenha na sede da fazenda.

Balneário Municipal – Está temporariamente fechado para reforma. Mas é um dos poucos atrativos que não exige reserva antecipada na cidade. Sua infraestrutura de lazer tem campo de futebol, quadra de vôlei de areia, bares e quiosques com churrasqueiras. E, como em uma praia, as margens do rio costumavam ficar repletas de pessoas tomando sol. Depois, um inevitável mergulho nas águas cristalinas do Rio Formoso e nadar em meio ao cardume de peixes coloridos de diversos tamanhos.

Aquário de Bonito

É uma das atrações mais conhecidas do destino. Oferece aos visitantes a possibilidade de conhecer cerca de 60 espécies de peixes encontrados na Serra da Bodoquena e Pantanal. Em seus 32 tanques com cerca de 150 mil litros de água estão peixes como os raros albinos, ornamentais pantaneiros, as pouco conhecidas arraias de água doce, além de pintados, cacharas, pacus, dourados e enormes jaus com 1,2 metro e 30 quilos em média. Os visitantes podem inclusive tocar as dóceis arraias.

Foto: Bonito/ MS por Daniel de Granville

Foto: Bonito/ MS por Daniel de Granville

Guias acompanham o público fornecendo informações sobre as espécies, tirando dúvidas e contando curiosidades em um programa educativo e interessante. Abre diariamente das 9h às 23h.

Gastronomia

Piraputanga, carne de jacaré e muito mais

A principal rua da cidade – a Coronel Pilad Rebuá – está repleta de lojas de artesanato, bares e restaurantes com mesinhas na calçada. Churrasco pantaneiro, pratos à base de peixes de água doce e carne de jacaré estão entre as atrações gastronômicas oferecidas nos cardápios.

O peixe-símbolo da cidade é o piraputanga. A moqueca pantaneira, prato tradicional da cozinha do Pantanal é outra atração local. Para quem aprecia, não deixe de provar a cachaça típica da região, feita com mel, guaraná em pó e canela.

Foto por Bonito/ VISITMS - Divulgação

Foto por Bonito/ VISITMS – Divulgação

Em muitas das fazendas onde são realizados os passeios também existe a opção de incluir o almoço. Como as atrações são distantes umas das outras, essa é uma boa alternativa para economizar tempo nos deslocamentos. Os visitantes têm a oportunidade de desfrutar de uma autêntica comida caseira com pratos regionais preparados em fogões à lenha.

Veja algumas boas opções de restaurantes no box de Serviço.

Para quando você for a Bonito

COMO CHEGAR

Bonito tem um pequeno aeroporto e, se possível, escolha um voo direto. An­tes da pandemia, a Azul (voeazul.com. br) voava duas vezes por semana para o destino a partir de São Paulo (Aeropor­to de Viracopos, em Campinas). Outra opção é voar até Campo Grande que oferece um maior número de voos. De­pois ainda tem que encarar 300 quilômetros de estrada em carro alugado ou em veículos compartilhados a partir do aeroporto. Há também a possibilidade de viajar de ônibus a partir da rodoviá­ria da capital sul-mato-grossense.

Foto: Bonito/ VISITMS - Divulgação

Foto: Bonito/ VISITMS – Divulgação

QUANDO IR

Embora possa ser visitada o ano inteiro, a cidade apresenta duas estações bem definidas: a chuvosa (verão) e a seca (in­verno). Durante o período mais quente, as cachoeiras e rios estão mais cheiros. Já durante a temporada sem chuva as águas dos rios são mais cristalinas. Mas sempre é uma boa opção viajar durante a primavera ou no outono, quando o calor não é tão intenso ao longo dos dias e as noites são frescas.

COMO CIRCULAR

Alugar um carro é a melhor opção, pois as atrações são distantes do centro da cidade e entre elas. E o transporte até a maioria das atividades não está incluso no preço e deve ser contratado separada­mente. Também dará maior liberdade de ação, podendo escolher os dias e os ho­rários para realizar cada um dos passeios. Se não quiser dirigir pode optar por táxi ou contratar traslados oferecidos pelas agências de turismo em vans privativas.

ONDE COMER

Restaurante Casa do João – Pratos com traíra, pintado a urucum e típicos da região pantaneira. Informações: tel. (67)3255-1212

Restaurante Juanita – Comida regio­nal, incluindo pacu na brasa e acompa­nhamentos tradicionais. Informações: tel. (67) 3255-1924

Foto: Bonito/ VISITMS / Divulgação

Foto: Bonito/ VISITMS / Divulgação

Restaurante Pantanal Grill Gourmet – Carne de jacaré, peixes do Pantanal e culinária sul-mato-grossense. Infor­mações: tel. (67) 3255-2763

Varandas Restaurante – No cardápio estão o Peixe de Caverna, Piraputanga Safadinha, Dourado Grelhado, Pintado na Telha com Camarão e Filé Mignon ao Molho Mielé. Informações: tels. (67) 3255-1893 e (67) 99142-4788

ONDE FICAR

Hotel Paraíso das Águas – paguas.com.br

Pousada Chamamé – pousadachamame.com.br

Bonito Ecotel – bonitoecotel.com.br

Hotel Cabanas – hotelcabanas.com.br

Marruá Hotel – marruahotel.com.br

Pousada Olho D’água – pousadaolhodagua.com.br

Pousada Surucuá – pousadasurucua.com.br

Zagaia Eco Resort – zagaia.com.br

DICAS

Usar tênis confortável ou papete para enfrentar as trilhas e cachoeiras.

Levar toalha e roupa seca para trocar após os passeios com atividades na água.

Nos passeios não esqueça de ter sempre à mão o repelente e o protetor so­lar, bem como boné ou chapéu para proteger do sol.

As agências de turismo e os hotéis dispõem de máquinas fotográficas su­baquáticas para alugar.

Não esqueça de escolher e incluir no pacote antecipadamente as atrações que irá visitar, principalmente as mais procuradas como a flutuação.

Durante os meses de piracema (reprodução dos peixes), entre 1º de novembro e 28 de fevereiro, diminui consideravelmente o volume dos cardumes.

Nos meses mais chuvosos (dezembro e janeiro) as águas dos rios da região perdem a cristalinidade e ficam turvas.

A cidade dispõe de poucas agências bancárias e caixas eletrônicos que fun­cionam apenas até as 21 horas.

Cartões de crédito e débitos são aceitos parcialmente no comércio da cidade.

PACOTES TURÍSTICOS

IMPACTO ECOTURISMO – tel. (67) 3325-1333 e impactotour.com.br

PIONEIRO TURISMO – pioneiroturismo.com.br

H20 ECOTURISMO – h2oecoturismo.com.br

YGARAPÉ TURISMO – ygarape.com.br

INFORMAÇÕES TURÍSTICAS

turismo.bonito.ms.gov.br

Texto por Roberto Maia – O jornalista viajou a convite a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul com o apoio da Secretária de Turismo Indústria e Comércio de Bonito, da Impacto Operadora de Ecoturismo e com a proteção do seguro viagem GTA – Global Travel Assistance.

Imagem Destacada via Bonito/ MS por Daniel de Granville

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