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8 cidades livres de carros ao redor do mundo

20 de junho de 2018

Algumas das cidades mais populares do mundo estão enfrentando uma crise em consequência fruto da própria ação humana: os carros estão causando estragos, fechando ruas e contribuindo para o aumento da poluição. E embora cidades como Londres, no Reino Unido, Paris, na França, e Seul, na Coreia do Sul, estejam fazendo tudo para contê-los – de banir veículos movidos a diesel a construir ruas exclusivas para pedestres -, há outros lugares em que simplesmente não há mais automóveis.

Cidades livres de carros (car-free cities) surgem de várias formas: algumas são cidades com centros históricos que baniram carros em um esforço de lutar contra a poluição e para aumentar o turismo. Outras são por necessidades urbanas, caso das estreitas vielas de Fes-el-Bali, no Marrocos, e há aquelas que são rurais, longe da vida agitada da cidade grande, com populações pequenas que se locomovem por barcos e bicicletas.

Algumas cidades, por outro lado, são estruturadas com canais – como Veneza, na Itália, o exemplo que vem logo à cabeça. Mas se os habitantes se movimentam por gôndolas ou por carroças movidas a cavalos, elas oferecem uma mudança de ritmo do trânsito e do ronco dos motores nas metrópoles.

Em São Paulo, 8,5 milhões de pessoas vão ao despachante neste ano para registrar seus automóveis, segundo o Detran-SP. A cidade, apesar disso,  apareceu na 71ª colocação no ranking de metrópoles congestionadas da companhia de GPS internacional Tom Tom.

O estado de São Paulo deve chegar ainda no primeiro semestre de 2018 à marca de 30 milhões de veículos em circulação por suas 645 cidades, segundo o órgão. No último levantamento do Detran estadual, em setembro do ano passado, a marca era de 28.949.307 – um número quase igual ao do México inteiro.

A seguir, o Qual Viagem mostra dez cidades pelo mundo que têm mais pessoas do que carros.

Ghent, Bélgica

Foto por Istock/ Kisa_Markiza

Foto por Istock/ Kisa_Markiza

A segunda maior área livre de carros da Bélgica é o centro de Ghent, a 56 km de Bruxelas, que tirou a circulação de veículos daquele espaço em 1996 em um esforço de reduzir o trânsito e melhorar a qualidade do ar. Hoje, a decisão beneficiou intervenções urbanas que ergueram ali uma estrutura para ciclistas, transporte público e a tornou mais acessível a pedestres. Além disso, se tornou uma das atrações turísticas mais visitadas do pequeno país europeu.

Lamu, Quênia

Foto por Istock/ javarman3

Foto por Istock/ javarman3

Considerada Patrimônio Histórico Mundial pela Unesco, braço da ONU para a cultura, a cidade de Lamu (461 km de Nairóbi), no Quênia, é também o assentamento Swahili mais antigo e bem preservado da África Oriental. Na região, não há carros: apenas pedestres, bicicletas e transportes movidos por animais são permitidos nas estreitas vielas. A arquitetura – herança dos estilos pérsico, árabe, indiano, europeu e Swahili – da velha cidade de Lamu é uma das atrações mais pesquisadas no Google na África.

Ilha de Hydra, Grécia

Foto por Istock/ f8grapher

Foto por Istock/ f8grapher

Não há veículos motorizados – exceto caminhões de coleta de lixo – em Hidra, parte das Ilhas Sarônicas, na Grécia. Os residentes e visitantes chegam à cidade de barco ou balsas, e mesmo para se locomover é mais fácil tomar um barco-táxi, alugar uma charrete ou ir caminhando. A ausência de trânsito de automóveis significa que é possível desfrutar das construções históricas brancas e vermelhas de Hydra a partir do mar. A cidade fica a  85 km (indo via mar) de Atenas.

 Fez, Marrocos

Foto por Istock/ diegograndi

Foto por Istock/ diegograndi

As ruas medievais de Fez no Marrocos (532 km de Marrakech) também fizeram-a ser registrada como Patrimônio Histórico Mundial pela Unesco, mas ela possui outro grande rótulo: é a maior área urbana livre de carros do mundo. As estreitas vielas e ruas são completamente inacessíveis para veículos, o que faz com que muitas pessoas se mova por ali andando, com animais ou até pequenos carrinhos. As quase 10 mil ruas de Fez são repletas de lojas, cafés, escolas, mesquitas e barracas com todos os tipos de mercadorias.

La Cumbrecita, Argentina

Foto por Istock/ Martinelli73

Foto por Istock/ Martinelli73

Em La Cumbrecita, na província de Córdoba, na Argentina (788 km de Buenos Aires), não tem sequer uma rua pavimentada. Foi considerada recentemente a primeira cidade do país em que o pedestre tem preferência em relação aos automóveis. De fato, é muito mais fácil fazer as coisas andando do que usando um carro. As casas em estilo alemão são uma atração à parte no pequeno município que também se inspirou no país germânico no modo de vida.

Veneza, Itália

Foto por Istock/ valio84sl

Foto por Istock/ valio84sl

Provavelmente, é a cidade mais famosa do mundo que não possui carros: os venezianos se movimentam caminhando ou pelos barcos. Comprimindo 118 ilhas em uma lagoa com pouca profundidade, o destino turístico por excelência da Itália cativa seus visitantes pelas suas 416 pontes, 177 canais e uma imensidão de prédios históricos. Quem chega à Veneza (526 km de Roma) de outros lugares da Europa também não precisa de carro ou ônibus: ela é totalmente interligada ao sistema ferroviário do continente.

Giethoorn, Holanda

Foto por istock/ venemama

Foto por istock/ venemama

Geralmente chamada de “Veneza holandesa”, a pequena cidade de Giethoorn, a 120 km de Amsterdã, se movimenta por meio de barcos em seus canais e bicicletas em suas trilhas urbanas. O município, por paradoxo, fica situado às margens de uma rodovia. Ela é famosa no país pelas construções históricas, fazendas que datam do século 18 – todas elas repletas de flores – e uma estrutura de 170 pontes de madeira. Os visitantes geralmente alugam um pequeno barco e gastam uma tarde cruzando os canais e parando de vez em quando para tomar um café ou jantar em estabelecimentos que não exigem que se deixe a água.

Dubrovnik, Croácia

Foto por iStock / sorincolac

Foto por iStock / sorincolac

Fora das históricas muralhas da cidade velha de Dubrovnik, a 600 km de Zagreb, na Croácia, é comum ver as ruas repletas de automóveis, mas dentro de seus limites há um oásis para pedestres – os carros são proibidos por lei. Conhecida como “Porto do Mar Adriático”, Dubrovnik alcançou uma grande mistura de arquiteturas gótica, renascentista e barroca, além de telhados vermelhos que reluzem no por do sol.

Texto por: Agência com edição

Foto destaque por Istock/ pixinoo

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