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Conheça a enérgica beleza dos Alpes suíços

11 de novembro de 2016

A incrível vista panorâmica e o glaciar junto ao vale transformaram a região de Jungfrau no maior resort de esqui do país. E lá se vão décadas de histórias. Os primeiros visitantes, na maioria soldados britânicos, começaram a chegar à região a partir do século 18. Deles vieram as cabanas, os hotéis e um setor turístico alpino gerador de bilhões de dólares. O primeiro teleférico dos Alpes suíços foi construído em 1908, em Wetterhorn, e o apogeu do turismo de inverno veio em meados do século 19, com a construção da estrada e da linha ferroviária. O trem chegou a Jungfraujoch via Kleine Scheidegg – atual ponto de encontro de alpinistas e esquiadores.

Foto por Istock/ BigGabig

Foto por Istock/ BigGabig

Quem está em busca de lembranças inesquecíveis da Suíça pode trazer de lá mais do que bons chocolates e um charmoso canivete. Não deve haver nada por lá tão inesquecível quanto seus imponentes alpes, de onde a beleza cinematográfica tira (literalmente) o fôlego.

O “Top of Europe” – situado a 3.454 metros, tem como destino final a Jungfrajoch – estação ferroviária construída em 1912, orgulho dos suíços por ser a mais alta do mundo, fama compartilhada também pela loja de chocolates Lindt. Há ainda o palácio de gelo e, como não poderia deixar de ser, uma loja de souvenires de Bond, James Bond.

INTERLAKEN LAGOS, TRILHOS E MONTANHAS 

De Berna até a estação Interlaken West são 45 minutos. Interlaken cresceu entre os lagos Brienz (Brienzersee) e Thun (Thunersee). A partir da cidade, o visitante terá acesso às principais atrações da região de Jungfrau: os picos de suas incríveis montanhas. Quem não é montanhista tem a opção de chegar ao topo intercalando conexões ferroviárias até o Jungfraujoch, e, por fim, o Mönch – o mais alto pico da Europa acessível por trem. São 12 quilômetros de subida íngreme, 10 deles por dentro da rocha e com direito a duas paradas rápidas para fotos.

Foto por Istock/ Janoka82

Foto por Istock/ Janoka82

Os Alpes suíços são destinos mundialmente famosos, em especial por haver neve e gelo o ano todo. A região de Grindenwald tem 300 quilômetros de percurso. Da janela panorâmica dos vagões, com teto parcialmente envidraçado, se avistam as paisagens criadas pelas montanhas nevadas de Grindelwald-First, ao longo do lago Bachalp, passando pelo hotel Faulhorn, na montanha, até Schynige Platte. Ou optar pelo percurso mais fácil: de Männlichen a Kleine Scheidegg – a 2.061metros acima do mar, aos pés da tríade de Alpes: Eiger, Mönch e Jungfrau.

O VALE ENCANTADO DE LAUTERBRUNNEN 

De Interlaken a Lauterbrunnen são apenas 20 minutos de trem. A vila está localizada em um vale no coração dos Alpes, na região de Jungfrau. O Vale de Lauterbrunnen está entre os destinos mais populares de esquiadores no Oberland Bernês, onde, em quatro vales de grande altitude e picos cobertos de neve, se avistam lagos de cor turquesa e prados cobertos de flores. É outro local encantado, onde o escritor J.R.R. Tolkien se inspirou na criação das paisagens da Terra Média na série de livros “O Senhor dos Anéis”. A pequena vila formada no vale é cheia de chalés ao redor, penhascos, muito verde e cachoeiras.

Lauterbrunnen se constitui numa das maiores áreas de conservação da natureza Suíça: é conhecido como o Vale das 72 Cachoeiras. A cachoeira símbolo é a Staubbach, a segunda maior da suíça, localizada na extremidade da aldeia. A queda de 300 metros de altura é magnífica: o volume até o vale dá o efeito de vaporização, como um spray. Goethe teria se inspirado nela para compor o poema “Gesang der Geister über den Wassern” (Canção dos espíritos sobre as águas). Aos aventureiros, há uma pequena trilha até a parte de trás da cachoeira.

Foto por Istock/ LeeYiuTung

Foto por Istock/ LeeYiuTung

A enorme quantidade de penhascos também tornou o local internacionalmente famoso para a prática Basejumping – esporte radical praticado por atletas paraquedistas que se arriscam em queda livre por determinado tempo até abrirem seus paraquedas e pousar no vale verdejante. As estradas de Lauterbrunnen levam ao encontro das mundialmente famosas montanhas de Eiger, Mönch e Jungfrau, todas com mais de 3.960 metros. A partir daí, é só mergulhar noutra grande aventura.

SCHILTHORN PARA OS AFICIONADOS EM 007 

Quem é fã de James Bond e assistiu ao filme “007- A Serviço Secreto de Sua Majestade” irá reconhecer o local de uma das cenas mais sensacionais de perseguição ao herói nos Alpes suíços. A gravação foi feita nas escarpas montanhosas do cume Schilthorn, a 2.970 metros de altitude, em 1969. O local é chamado de Piz Glória – nome do restaurante (ainda não existia na época do filme) com vista panorâmica de 360 graus para as famosas montanhas de Eigher, Monch e Jungfrau e outras cerca de 200 cumeeiras, além do Monte Branco, a Floresta Negra e (ufa!) mais 40 glaciares. Quem visita o local tem acesso à exposição interativa (cheia de detalhes) do roteiro original do filme, conhece o simulador do voo de helicóptero e cerca de 40 trechos do filme captados do mundo alpino.

A realidade nunca virou ficção nos Alpes suíços. Há diversas perspectivas de paisagens pela região. O incrível cenário começa a partir do desembarque na estação Grindelwald – ponto de partida para o complexo de rotas a lugares pra lá de impressionantes no Oberland Bernês.

FOTO: SCHILTHORN.CH/PIZ GLORIA/DIVULAGAÇÃO

FOTO: SCHILTHORN.CH/PIZ GLORIA/DIVULAGAÇÃO

O pico do maciço de Jungfrau é, desde 1928, o ponto de partida durante inverno de uma das mais famosas competições de esqui, a “Inferno”. O cume é acessível somente por teleférico, a partir do vale de Lauterbrunnen. O percurso tem ainda uma estação intermediária na linda vila de Mürren. O belo roteiro inclui o trajeto trem-bondinho- trem-caminhada-teleférico.

MÜRREN ROMÂNTICA E SILENCIOSA 

A neve nos telhados dos Chalés de madeira conferem todo charme alpino de Mürren – vila localizada num planalto de 1.650 metros acima do vale de Lauterbrunnen. Nela se encontra a estação intermediária no teleférico entre Stechelberg e o monte Schilthorn. É comum ver na vila criancinhas sendo levadas em trenós e, ao fundo, a privilegiada vista de Eiger, Mönch e Jungfrau. A vila, continuamente habitada desde o cantão de Berna, sempre turística e acolhedora, exala sua atmosfera romântica e o contrastante branco dos picos nevados com o verde do vale.

Inacessível por estrada pública, sua população de apenas 450 habitantes aumenta, em especial, durante o verão. Incrustada nas montanhas com os chalés alpinos típicos de madeira em meio à grama, Mürren também recebe milhares de esquiadores durante o inverno em seus hotéis. A vila permanece sem o barulho de um único automóvel durante todo o ano: o acesso é feito somente por trilhos ou teleférico. Os mantimentos são trazidos somente por trem.

Foto por IStock/ LeeYiuTung

Foto por IStock/ LeeYiuTung

WENGEN ENCRAVADA NA MONTANHA 

Casinhas de madeira com flores nas sacadas, árvores coloridas, vaquinhas com sinos, picos nevados e várias cachoeiras compõem o cenário de Wengen. A minúscula vila no meio dos Alpes suíços, acima de Lauterbrunnen, a 1274 metros do nível do mar, tem em suas encantadoras paisagens cênicas o encantamento da proximidade às enormes montanhas da região de Jungfrau.

Enquanto em Wengen se tem o charme da vista do alto e um número de horas de sol superior à média, em Lauterbrunnen se tem o vale. É apenas uma questão de opção, pois ambos os lugares guardam belezas distintas. Wengen tem pouco mais de mil habitantes e muito charme por onde os olhos apontem. O inverno leva embora o colorido da cidade e traz de trem (ou de teleférico) milhares de praticantes de esportes de inverno, em especial, durante o evento internacionalmente reconhecido chamado Lauberhorn – um campeonato de esqui que recebe cerca de 50.000 espectadores anualmente.

Assim como em Mürren, praticamente não existem carros e nem estradas. Os veículos permanecem estacionados em Lauterbrunnen, de onde sai o trem até a vila encravada na montanha. O que sobra são diversas trilhas e pistas de esqui. Männlichen, a 2.300 metros, é o ponto de partida. A estação de teleférico do vale fica apenas a poucos passos do centro de Wengen. Na chegada, uma trilha de 30 minutos de caminhada leva a uma grande escultura em forma de coroa sobre o penhasco.

A MISTERIOSA HASLITAL 

A sudeste do Lago Brienz, o vale Hasli. O tradideu fama a Sherlock Holmes, no livro “O problema final”, de Arthur Conan Doyle. O personagem teria morrido ali e ressuscitado anos depois. O nostálgico funicular conduz até as Cataratas de Reichenbach. Pelo caminho, cachoeiras menores acompanham o passeio do turista até o mirante da montanha. A vista é deslumbrante. No misterioso “O problema final”, o detetive Sherlock Holmes teria mergulhado a 120 metros de altura para as profundezas dessas águas e cumprido o seu fim. O terraço panorâmico Hasliberg também pode ser alcançado a partir de Meiringen por meio de teleférico, ou ônibus.

Foto por Istock/ Wandersmann

Foto por Istock/ Wandersmann

A vila possui em seu entorno cerca de 300 quilômetros de trilhas. Dois teleféricos conduzem até a região de caminhadas e ciclismo.

Muitas atrações estão associadas às águas que descem das montanhas vizinhas. O desfiladeiro Aare, por exemplo, foi talhado na rocha pelo fluxo de água da geleira ao longo de milhões de anos. A vila conta com 13 instalações de transporte, 60 quilômetros de pistas, 25 quilômetros de trilhas para caminhadas de inverno, parque de esqui nórdico Audi, parque Júnior, o novo centro de corridas de esqui de Hasliberg e o enorme campo de exercício “Skihäsliland”. Haslital foi premiado pela qualidade de entretenimento para crianças, além de creches, bibliotecas de brinquedos etc.

O visitante pode ainda aproveitar para conhecer o museu Sherlock Holmes, em Meiringen, com inúmeros objetos das histórias do detetive, e o memorial dedicados ao autor Inglês Sir Arthur Conan Doyle, que gostava de passar as suas férias na cidade.

GRINDEWALD – PASSARELA E LAGO DESLUMBRANTES 

FOTO: ISTOCK.COM / VOGELSP

FOTO: ISTOCK.COM / VOGELSP

A pequena vila Eiger, cravada sobre um platô verdejante e envolvida por imponentes montanhas, é um dos destinos de férias e excursão mais requisitados da Suíça. A proximidade com os Alpes proporciona vistas espetaculares, como a imponente montanha First e o belíssimo lago Bachalpsee. O transporte até esses dois destinos é feito por uma gôndola, com capacidade para até seis pessoas. A viagem dura 25 minutos. Pelo caminho, incríveis paisagens das montanhas de Wetterhorn, Eiger, Fiescherhörner e Schreckhorn. O desembarque, no Cliff Walk, a 2.167 metros de altitude, leva a uma enorme passarela de metal de 260 metros conectada à estação final e a um restaurante de montanha. O passeio pela passarela é absolutamente impressionante: a estrutura de metal fica suspensa a beira da montanha, a 2.000 metros de altitude, de onde se avistam belos panoramas e vista da montanha Eiger.

As placas indicam a trilha que até o Bachalpsee. Uma hora de caminhada leve e descontraída, com paisagens cinematográficas ao fundo, leva o visitante a conhecer um lago azul, ou verde, dependendo da composição da luz na água cristalina, que reflete os picos nevados dos Alpes.

Na vila há até 50 quilômetros de trilhas para caminhadas ou de bicicleta. Ou passeio de tirolesa com incrível panorama dos Alpes ao fundo como cenário.

EIGER PARA OS ESCALADORES 

Eiger é considerada a mais difícil montanha de se escalar. O primeiro feito foi realizado com sucesso em 1858. A montanha, de 3.970 metros de altitude e 1.168 de proeminência topográfica, está localizada nos Alpes Berneses e faz parte do conjunto Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn. Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2001, o Eiger se constitui num grande e perigoso desafio para escaladores: pelo menos 66 já morreram em tentativas de subida pela vertente norte, fato que a tornou conhecida como Mordwand, literalmente “Parede assassina” – um jogo de palavras sobre o nome em alemão Nordwand.

O perigo está na constante queda de rochas, especialmente durante o verão. Os escaladores preferem o período de inverno, quando o gelo dá mais sustentação às paredes. Existem 33 rotas na face norte do Eiger. A mais conhecida, a “rota Heckmar”, exige ziguezaguear em torno de quatro quilômetros para transpor os 1.650 metros de parede. A duração do percurso até o cume varia de dois a três dias. Sua incrível beleza foi feita para ser apreciada das outras montanhas.

Foto por Istock/ Troyana

Foto por Istock/ Troyana

MONCH E JUNGFRAU: CONTEMPLAÇÃO 

A montanha mais alta dos Alpes Berneses, na fronteira entre os cantões de Valais e Berna, é Mönch, com 4.107 metros de altitude. Chegar até lá exige determinação: é preciso alternar entre trem, ônibus, e teleférico. Nada cansativo diante de tanta beleza a cada novo trecho. Comparada com Eiger, as montanhas de Monch e Jungfrau são relativamente menos complexas para quem está disposto a escalar.

 S T. MORITZ TURISMO E ADRENALINA 

Saint Moritz já está acostumada a receber visitantes há mais de três mil anos. Suas fontes de águas medicinais a tornaram estância termal para férias de verão. Mas a linda cidade se estabeleceu também como referência de muita beleza e adrenalina.

O declive de 100% do desfiladeiro Piz Nair leva o atleta a aceleração de zero a 130 km/h em apenas sete segundos. O local foi um dos cenários de prova masculina de esqui no Campeonato mundial de 2003. St. Moritz é um dos destinos de inverno mais luxuosos de toda a Europa. Além de palco de duas edições dos jogos olímpicos, a cidade deu origem ao turismo de inverno nos Alpes Suíços. Atualmente, vários eventos esportivos movimentam a cidade de seis habitantes. No verão, a vida ganha mais colorido: os turistas podem se divertir na pista de gelo artificial de Ludain, além de quatro campos de golfe nos alpes. As atividades esportivas como vela, remo, windsurf, kitesurf, ténis, minigolfe ou equitação ganham vivacidade e, quem tem fôlego, ainda muito espaço para caminhadas e passeios românticos de charrete às margens do lago, pela floresta Staz ou por toda a cidade.

FOTO: ©ISTOCK.COM / NIKITOS77

FOTO: ISTOCK.COM / NIKITOS77

Em dezembro, o FIS Alpine Ski World Cup Damen St. Moritz leva mulheres a participarem da corrida internacional de esqui tem competição feminina internacional de esqui nas categorias de Super-G e de Slalom Gigante; Em janeiro, ocorre o St. Moritz Polo World Cup on Snow – prestigiado torneio de inverno de Polo na neve junto ao lago de St. Moritzer e, em fevereiro, o White Turf St. Moritz “International Horse Races since 1907”, traz exclusivas corridas de cavalo sobre o lago gelado da cidade. Cerca de 15 mil visitantes chegam anualmente a St. Moritz.

Posicionada a 1.856 metros de altitude, a cidade elegeu o sol, em 1930, como o primeiro símbolo local. De estilo moderno, St. Moritz tem na gastronomia de primeira classe e na hotelaria de diversos padrões alguns de seus pontos de forte atração. Em Corviglia – montanha que detém o ponto mais alto da cidade, o Piz Nair (3.057 metros), são realizados competições mundiais de gastronomia.

Mas não para por aí: a torre inclinada, as ruínas da igreja Maurícia, de 1500, e o museu Segantini, pintor que passou os últimos cinco anos de sua vida em Engadina, também são importantes pontos de visitação. Aliás, uma das mais belas paisagens da cidade vem dos lagos situados entre Alta Engadina e St. Moritz.Trata-se de um imenso panorâmico, ainda mais belo quando visto do alto. A paisagem pode ser apreciada a 700 m de altura, por meio de bonde que parte de Punt Muragl até a estação Muottas Muragl. Próximo ao desembarque costuma-se fazer caminhada até a cabana onde faleceu Giovanni Segantini. No inverno, existe serviço de trenó da estação da montanha até a estação do vale.

A cidade tem algumas marcas históricas, como a realização do primeiro torneio de golfe nos Alpes, em 1889, e a inauguração, em 1935, de um dos primeiros teleféricos da Suíça. Em Alta Engadina, famosa por sua torta de noz, há 17 locais de escalada com diferentes graus de dificuldade e, em agosto, um belo festival de música clássica do nível de sua beleza.

Como chegar

Empresas Aéreas: Swiss, TAP (com conexão), Gol em code share com a Air France/ KLM (com conexão) e ROYAL AIR MAROC, com conexão em Casablanca.

Onde ficar

Interlaken

Hotel Interlaken

Hotel Roessli

Wengen

Hotel Silberhorn

Sunstar Alpine Hotel Wengen

St. Moritz

Crystal Hotel

Monopol Hotel

Onde comer

Interlaken

Quaranta Uno

Restaurant The Verandah

Wengen

Restaurant Caprice

Restaurant Berghaus

St. Moritz

Hauser Restaurant

Talvo by Dalsass

Texto por: Pedro Teixeira

Foto destaque por Istock/ Carla Alonso Marasco

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