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ROMA: todos os caminhos levam a Cidade Eterna

11 de setembro de 2014

Conhecer a capital italiana é como mergulhar na história de mais de 2,7 mil anos. A cidade conserva monumentos e ruínas de diferentes épocas e com especial destaque para o Império Romano e o Renascentismo. Por toda parte estão os vestígios de um patrimônio arqueológico inigualável. 

Por Roberto Maia.


 A capital italiana deve ser “saboreada” com calma. Imenso museu a céu aberto, reúne harmoniosamente o passado milenar e a modernidade do presente. Feche os olhos e sinta-se dentro de La Dolce Vita, o famoso filme de Felline rodado em Roma e considerado um dos melhores de todos os tempos. Caminhe lentamente, curta cada esquina, cada praça. Faça como os milhões de turistas que pensam em desejos e amores enquanto atiram moedas na Fontana di Trevi, admire e fotografe cada canto do Coliseu, do Pantheon, do Fórum Romano, do Vaticano e de muitas outras atrações imperdíveis. Faça paradas estratégicas para descansar e sente em um do muitos cafés espalhados pela cidade, tome calmamente um cappuccino enquanto admira o visual ao seu redor. Quando a fome apertar é o momento de aproveitar uma das melhores experiências que o destino oferece. A astronomia romana é uma atração à parte e há opções para todos os bolsos. Mesmo quem viaja com orçamento apertado consegue fazer refeições inesquecíveis. Escolha o restaurante ou cantina e saboreie um antipasto, uma massa fresca, as suculentas alcachofras judias (carciofi alla giudia), as flores de abobrinhas fritas (fiori di zucca fritti) e, claro, pizzas. Enquanto espera, peça um vinho da casa, não tem erro. Conhecida internacionalmente como “Cidade Eterna”, conserva monumentos e ruínas de diferentes épocas em mais de 2,7 mil anos, com especial destaque para o Império Romano e o Renascentismo. Mas engana-se quem pensa que Roma é uma cidade velha e que vive do seu passado. Metrópole moderna e vibrante é referência que se estende da moda à gastronomia, capaz de agradar quem procura história, arquitetura, arte, cultura e muito entretenimento. A maioria das atrações turísticas estão concentradas em uma área central – Centro Histórico – que pode ser percorrida à pé. Além de agradável, o passeio reserva surpresas a cada esquina.

O Coliseu é o principal símbolo de Roma

O COLISEU É O PRINCIPAL SÍMBOLO DE ROMA. Foto: Nyiragongo/Istock/Thinksrock 2014

 COLISEU

Antiga arena de disputa de gladiadores e feras, hoje é a maior atração turística da cidade. O imponente anfiteatro foi construído no período da Roma Antiga (70 d.C.) e originalmente abrigava cerca de 55 mil pessoas. O nome vem do latim Colosseum ou Coliseus, devido a uma estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava próximo à edificação. Foi utilizado durante aproximadamente 400 anos. Em 2007, a obra foi eleita uma das “Sete Maravilhas do Mundo Moderno” e até hoje é o ponto de chegada da procissão “O Caminho da Cruz”, liderada pelo papa e realizada todas as sextas-feiras santas. Vale a pena comprar o ingresso com antecedência para evitar as longas filas. O bilhete inclui a visita ao Palatino e ao Fórum Romano. Abre diariamente das 8h30 às 16h30, exceto nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro.

FOTO: JONGHYUNKIM / ISTOCK / THINKSTOCK 2014

FÓRUM ROMANO. Foto: Jonghyunkim/Istock/Thinkstock 2014

FÓRUM ROMANO – Centro das decisões do Império

Na Roma Antiga este sítio arqueológico localizado entre os montes Palatino e Capitolino era o principal centro comercial, judiciário, religioso e político. Entre os monumentos estão os templos de Castor e Pólux, de Saturno, de Vesta, as basílicas de Constantino Maxêncio e Giulia, os arcos de Constantino e de Sétimo Severo, os fóruns de Césare de Trajano, a Rostra e a Cúria  Júlia (sede do Senado Romano), além da Via Sacra que cruza o Fórum e leva ao Coliseu. No local também está o Mercado de Trajano, que pode ser considerado o primeiro shopping center da história.

FONTANA DI TREVI. Foto: Phant/Istock/Thinkstock 2014

FONTANA DI TREVI. Foto: Phant/Istock/Thinkstock 2014

FONTANA DI TREVI

Um dos cartões postais de Roma, a Fonte dos Trevos foi inaugurada em 1735. No passado ela marcava o cruzamento de três estradas e também o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos da cidade. A estátua central é a de Netuno, tendo ao seu lado dois Tritões – ambos representando o contraste das marés. Um deles está dominando um cavalo-marinho rebelde e o outro um cavalo-marinho mais manso. Segundo a lenda, jogar uma moeda de costas na fonte fará com que a pessoa retorne um dia a Roma, além de ter seus desejos atendidos.

PHANTEON: Foto: Penna Pazza/Istock/Thinkstock 2014

PHANTEON: Foto: Penna Pazza/Istock/Thinkstock 2014

PANTHEON – Templo dos deuses romanos

É o único edifício construído na época greco-romana que se encontra em perfeito estado de conservação. Também conhecido como Panteão de Agripa, tem mais de 2 mil anos de existência. Desde o século 7 é um templo católico e já passou por diversas transformações. Destaques para as monumentais colunas coríntias e a grande cúpula (rotonda). No local estão sepultadas diversas personalidades como os reis Vittorio Emanuele II e Umberto I e a rainha Margherita, e os pintores Raffaello e Annibale Caracci.

PALATINO. Foto: Davidionut/Stock/Thinkstock 2014

PALATINO. Foto: Davidionut/Stock/Thinkstock 2014

PALATINO – Local de origem da cidade

É uma das partes mais antigas da região e, segundo a lenda, foi o local de origem de Roma. Uma das sete colinas da cidade, foi sede das residências dos imperadores (período imperial) e dos aristocratas (época republicana). Parte da casa onde viveu Augusto – o primeiro imperador romano – pode ser visitada. Em um dos seus lados estão as ruínas do Circo Máximo, uma antiga arena que era usada para jogos e entretenimento dos reis etruscos. Após o século II a.C. ela passou a ser utilizada também para corridas de bigas, combates entre gladiadores e em martírios de cristãos. Tinha capacidade para receber até 250 mil espectadores. Atualmente, a imensa área é ocupada em grandes shows, comícios, manifestações. Romanos e turistas usam o local como uma área de lazer.

PALÁCIOS ROMANOS PARA VER E ADMIRAR

Palazzo Chigi – Sede da presidência do Conselho de Ministros do Governo da Itália está localizado na Piazza Colonna em frente à coluna do imperador Marco Aurélio.

Palazzo Montecitorio – Sede da Câmara dos Deputados da República Italiana está na Piazza Montecitorio, local onde também se encontra o obelisco de mesmo nome e levado para Roma pelo imperador Augusto no ano 10 a.C.

Palazzo del Quirinale – Localizado em uma das sete colinas de Roma (Quirinale) é a residência oficial do presidente da República Italiana. Foi residência de verão do Papa e palácio real dos Savoia. Na Piazza del Quirinale há um obelisco que foi trazido do Egito no século I d.C., provavelmente, na época do imperador Domiciano.

AS PRAÇAS ROMANAS SÃO ATRAÇÃO À PARTE

Navona

PIAZZA NAVONA. Foto: Iakovkalinin/Istock

Piazza Navona – Nos tempos da Roma Antiga era o Estádio de Domiciano e tem no centro a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios).

Piazza Venezia – Uma das mais famosas, guarda o monumento Vittoriano dedicado ao rei Vittorio Emanuele II e o corpo de um soldado desconhecido (Milite Ignoto) da I Guerra Mundial.

Piazza di Spagna – Belíssima, possui uma escadaria que leva até a igreja Trinità dei Monti, além da Fontana della Barcaccia, uma fonte em forma de barca projetada em 1627.

Piazza del Popolo – A Praça do Povo é uma das mais importantes de Roma e abriga as igrejas Santa Maria del Popolo (ao lado da Porta del Popolo onde Nero morreu e foi sepultado) e as gêmeas Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli. Lá estão também as fontes Fontana della Dea di Roma e Fontana del Nettuno, além do Obelisco Flaminio, trazido do Egito pelo imperador Otaviano Augusto.

Campidoglio – Projetada por Michelangelo, em 1536, para ser monumento equestre ao imperador Marco Aurélio, tem ao seu lado a igreja Santa Maria in Aracoeli, onde Santa Helena, mãe do imperador Constantino, está sepultada. Ao fundo avista-se o Fórum Romano.

VATICANO

VATICANO. Foto: Istock/© 2014 Thinkstock

VATICANO – Uma jóia encravada em Roma

Ir a Roma e não reservar um dia para conhecer o Vaticano é um erro imperdoável. Menor Estado independente do mundo é berço da arte sacra e alicerce do catolicismo. O imponente palácio que serve de residência para o papa tem 5 mil quartos, 200 salas de espera, 22 pátios, 300 banheiros, uma centena de gabinetes de leitura e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas. A guarda suíça garante a segurança e proteção do local. Vale à pena acompanhar a troca de guardas. A visita deve passar necessariamente pela Basílica de São Pedro, pelas tumbas dos papas, pelos vários museus e, claro, pela famosa Capela Sistina, onde estão colunas
monumentais, estátuas com mais de cinco metros de altura e outras obras de arte de valor inestimável. A Cúpula de São Pedro, por exemplo, foi projetada por Michelangelo e tem 39 mil toneladas e 42 metros de diâmetro, sendo a mais elevada do Vaticano. Vale destacar também outras maravilhas arquitetônicas como a Porta Santa, a Capela do Sacramento, o Museu do
Tesouro, a entrada do Túmulo de São Pedro, a imagem de São Longuinho, e a famosa estátua Pietá, outra obra de Michelangelo produzida em mármore e, desde 1972, quando foi atacada, protegida por um vidro à prova de balas. Não deixe de dar uma passadinha pela estátua em bronze de São Pedro e seguir um ritual antiguíssimo de peregrinos. Todos que passam pelo local prestam reverência a São Pedro alisando ou beijando o dedo do pé da estátua. São tantas homenagens ao longo dos tempos que o membro está bastante desgastado. O Museu Vaticano fecha aos domingos, porém, no último de cada mês ele abre gratuitamente. Durante a alta temporada prepare-se para enfrentar enormes filas.

BASILICA DI SAN GIOVANNI IN LATERANO. Foto: Istock/© 2014 Thinkstock

BASILICA DI SAN GIOVANNI IN LATERANO. Foto: Istock/© 2014 Thinkstock

BASILICA DI SAN GIOVANNI IN LATERANO – Catedral guarda o trono do papa

Considerada a mãe de todas as igrejas do mundo, a Basílica de São João de Latrão (em português) é a catedral do Bispo de Roma, ou seja, o papa. Em seu interior está o trono papal, o que a coloca acima de todas as igrejas, inclusive da Basílica de São Pedro. Na parte de trás da igreja está o Obelisco Laterano, construído na época dos faraós Tutmósis III e Tutmósis IV (século XV a.C.) e é proveniente do templo de Amon, em Tebas, no Egito. Foi levado para Roma no ano 357 pelo imperador Constantino II. Em um edifício vizinho está a Escada Santa (Scala Santa), que, segundo o catolicismo, foi usada por Jesus Cristo para entrar na sala de seu interrogatório com Poncio Pilatos antes da crucificação. Acredita-se que foi levada para Roma por Santa Helena, mãe do imperador Constantino, em 326 d.C.

OUTRAS ATRAÇÕES TURÍSTICAS

BOCCA DELLA VERITÀ – Localizada no vestíbulo da igreja Santa Maria in Cosmedin, a Boca da Verdade é uma curiosa tampa de esgoto de mármore com a boca aberta. Na Idade Média era usada por maridos que desconfiavam da fidelidade de suas esposas e para tirarem a dúvida, levavam suas respectivas mulheres ao local e as obrigavam a colocar suas mãos dentro dela. Segundo a lenda, se tivessem sido infiéis a boca se fecharia decepando as suas mãos.

CASTEL SANT’ANGELO – Conhecido como Mausoléu de Adriano (imperador), também foi usado como edifício militar na época do Império Romano, fortaleza dos papas no período medieval e prisão na época dos movimentos para unificação da Itália. Fecha às segundas-feiras.

TERMAS DE CARACALLA – Considerada uma das maravilhas da Roma Antiga. As termas foram construídas pelo imperador Caracalla nos anos 212 a 217 d.C. com o objetivo de agradar o povo e desvincular seu nome da má fama que possuía devido à sua crueldade. Podia abrigar mais de 1,5 mil pessoas.

ISOLA TIBERINA – Localizada bem no meio do Rio Tibre, no centro de Roma, a ilha tem o formato de um barco. Dois terços dela é ocupado pelo hospital Fatebenefratelli e pela Basílica de San Bartolomeo. Durante os meses de verão, tanto na ilha como nas beiras do rio, são montados bares bastante frequentados por romanos e turistas.

VILLA BORGHESE – Situado na colina Pinciana é o terceiro maior parque da cidade. A casa construída pelo cardeal Scipione Borghese na periferia romana guardava sua coleção de
obras de arte. A Galleria Borghese abriga obras de Gian Lorenzo Bernini, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens, Tiziano e outros renomados artistas.

ARA PACIS –  Altar dedicado a deusa Paz (Pax) por Otaviano Augusto para celebrar a Pax Romana, período de paz e prosperidade durante o Império Romano entre os anos 29 a.C. e 180 d. C., ano em que morreu o imperador Marco Aurélio. Fecha às segundas-feiras.

REPRODUÇÃO MAPASBLOG.BLOGSPOT.COM

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COMO CHEGAR E CIRCULAR NA ITÁLIA

O Aeroporto Leonardo da Vinci – mais conhecido como Fiumicino – recebe a maioria dos voos internacionais. Companhias low-cost pousam no Aeroporto Ciampino. A partir de Fiumicino, a melhor e mais econômica maneira de ir para o centro da cidade é de trem até a estação Termini. O trajeto tem a duração de 30 minutos. A Alitalia possui voos diretos entre São Paulo e Roma e é de longe a forma mais conveniente de se chegar à Itália. Para circular em Roma prefira os ônibus, normalmente mais eficientes que o metrô, que tem apenas duas linhas. Escolha entre o bilhete simples (Biglietto), válido por 100 minutos, incluindo baldeações; o bilhete válido por um dia (Biglietto Giornaliero), o bilhete turístico válido por três dias (Biglietto Turistico) e o válido por uma semana (Carta Integrata Settimanale). Os táxis só devem ser utilizados quanto precisar de rapidez no deslocamento ou nas saídas noturnas. Tal como em muitos outros lugares do mundo, os motoristas costumam se valer dos truques comuns para enganar turistas que não conhecem a cidade – caminhos mais longos, troco errado, etc. Roma é bem conectada por trens e ônibus para quem pretende esticar a viagem para outros destinos italianos como Florença, Nápoles, Turim, Veneza, Toscana e Bolonha. As melhores opções são a Treinitalia (os preços variam de acordo com a velocidade e conforto das composições), o Eurostar (mais rápido e requintado) e o Intercity. Evite os
regionais que são lentos e param praticamente em todas as estações. Considere comprar o Italy Rail Pass da Eurailpass se pretende circular por várias cidades.

Informações:

www.alitalia.com/br_pt ,
www.atac.roma.it , www.treinitalia.com ,
www.pt.eurail.com/trains-europe ,
www.railpass.com

 

 

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