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Natureza de Norte a Sul: conheça 21 Parques Nacionais do Brasil | Qual Viagem Logo

Natureza de Norte a Sul: conheça 21 Parques Nacionais do Brasil

30 de novembro de 2022

Entre florestas tropicais, chapadas, cachoeiras, recifes e cânions, os parques nacionais brasileiros protegem a riqueza de biomas e paisagens do nosso país e mostram que o turismo pode andar de mãos dadas com a preservação ambiental. Você está convidado para uma viagem pelas paisagens mais espetaculares do Brasil.

ANAVILHANAS

Amazonas

Foto por Leonardo Milano

Em plena Amazônia, o arquipélago fluvial de Anavilhanas é o segundo maior do mundo, reunindo mais de 400 ilhas permanentes, 60 lagos e diversos canais que formam um labirinto natural em meio às águas do Rio Negro, ao longo de mais de 100 km de extensão. Para proteger esse cenário único, foi criado o Parque Nacional de Anavilhanas, localizado entre os municípios de Manaus e Novo Airão, onde fica a sede do parque e sua porta de entrada.

Foto por Acervo Parna de Anavilhanas

Os cenários naturais mudam de acordo com a época do ano. Na seca (de setembro a fevereiro), surgem praias de areia branca em contraste com as águas escuras do rio. A maior parte delas é acessada apenas de barco. Já durante a cheia (março a agosto), muitas áreas ficam submersas, sendo o momento ideal para passeios de barco pelo igapó – as florestas alagadas, que são cenários mágicos. Essas trilhas aquáticas são percorridas em embarcações de pequeno porte.

Foto por Leonardo Milano

Durante a seca, trilhas tradicionais, como Andorinha e Miritipuca, são opções de passeio no igapó das Anavilhanas. Também é possível adentrar no bioma amazônico em terra firme, nas trilhas do Bariaú e do Apuaú. Outro passeio popular acontece na orla de Novo Airão: é o Flutuante dos Botos, que permite ao visitante ver de perto os simpáticos botos-vermelhos (mais conhecidos como botos-cor-de-rosa), que vivem livres no Rio Negro e aparecem por ali para se alimentar e interagir com os turistas.

Para visitar o Parque Nacional de Anavilhanas, não há cobrança de ingresso nem necessidade de autorização.

SERVIÇOS

Como chegar

Novo Airão, cidade sede do parque, fica a quase 200 km de Manaus por via terrestre. Depois de atravessar a ponte sobre o Rio Negro, siga pela AM-070 sentido Manacapuru e, em seguida, pela AM-352. Também é possível chegar a Novo Airão por via fluvial.

Onde ficar

Anavilhanas Jungle Lodge – anavilhanaslodge.com

Mirante do Gavião Amazon Lodge – mirantedogaviao.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnaanavilhanas

 

MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE

Amapá

Foto por Zig Koch©

O maior parque nacional do Brasil e uma das maiores áreas de floresta tropical protegidas do mundo, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque está localizado ao noroeste do Amapá.

Com uma área de 4 milhões de hectares, o parque é uma unidade de conservação. A atividade turística no parque se dá em dois polos diferentes: o Polo Amapari e o Polo Oiapoque.

Foto por Acervo Amapá Ecocamping

Durante o tour, a vivência ribeirinha permite uma tarde inteira de atividades desenvolvidas com a comunidade para apresentar o estilo de vida dos locais. As atividades não seguem um itinerário fixo, dando a opção ao turista de escolher algumas experiências como: passeio de canoa ou barco; casa da farinha; casa de cana de açúcar; visita à vila do cachaço; e trilha da cachoeira da Dona Antonia.

Foto por Acervo Amapá Ecocamping

A Trilha Ecológica da Copaíba é um passeio pelo interior da floresta preservada, que permite o conhecimento da rica diversidade arborícola, habitat natural de aves, mamíferos, répteis, fungos, cipós e várias surpresas do bioma amazônico. As espécies que mais se destacam são: maçaranduba, maparajuba, cupiúba, mandioqueira, louros, acapu, acariquara, faveiras, abiuranas, tauari e tachi.

Foto por Acervo Amapá Ecocamping

O parque possui uma fauna que vai desde grandes carnívoros, como a onça-pintada e a suçuarana, até beija-flores multicoloridos, como o beija-flor-brilho-de-fogo. Espécies importantes, como o joão-rabudo e o papa-moscas, também podem ser encontradas no parque. Entre os primatas podem ser encontrados o macaco-de-cheiro, o macaco-prego, o cuxiú, o paraguaçu, o guariba e o macaco-aranha.

SERVIÇOS

Como chegar

O ponto de partida para a jornada é um transfer em voadeiras (embarcações de alumínio) por 80 km pelo rio Amapari até o Centro Rústico de Vivência (CRV), base do Parque do Tumucumaque. O que dá em torno de seis horas de viagem. Para aliviar o cansaço do percurso são oferecidas paradas para alimentação, banho de rio e descanso.

Onde ficar

Não existem muitos hotéis ou pousadas na região, por isso quem opta por desbravar o Tumucumaque conta com a cortesia de famílias que adaptaram suas casas para servir de apoio logístico aos grupos que se aventuram por lá.

Informações

bit.ly/3EBdnBT

 

ABROLHOS

Bahia

Foto por Cristian Dimitrius Produções

Primeiro parque nacional marinho do Brasil, Abrolhos protege a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul – algo que chamou a atenção até mesmo de Charles Darwin, ainda no século XIX. Além de ser o lar para diversas espécies de peixes e corais, Abrolhos é o principal berçário das baleias-jubarte no país e um santuário para aves e tartarugas marinhas ameaçadas.

Foto por Enrico Marcovaldi©

O parque engloba o Recife de Timbebas, que fica entre os municípios baianos de Alcobaça e Prado, o arquipélago dos Abrolhos, composto por ilhas de origem vulcânica e localizado a cerca de 70 km da cidade de Caravelas, e o Parcel dos Abrolhos, que reúne milhares de chapeirões (enormes formações de recife em formato de cogumelo e que não são encontradas em outras partes do mundo).

Foto por Enrico Marcovaldi©

Partindo de Caravelas, onde fica a sede do parque, as visitas ao arquipélago são feitas em passeios de barco que podem ser bate-volta ou com pernoite. Somente as operadoras autorizadas junto ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos podem realizar esse trajeto, e há cobrança de ingresso.

Foto por Enrico Marcovaldi©

Toda a rica biodiversidade marinha pode ser admirada de perto no mergulho com cilindro ou com um snorkel. É entre dezembro e abril que as águas são mais quentes e com uma visibilidade maior. Já de junho a novembro é a época de observação das baleias-jubarte, sendo Abrolhos um dos lugares mais privilegiados do mundo para essa atividade. Em trilhas guiadas, ainda é possível desembarcar e pisar em terra firme nas ilhas Siriba e Redonda.

SERVIÇOS

Como chegar

O centro de visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos fica em Caravelas, no extremo sul da Bahia, a 250 km do aeroporto de Porto Seguro. O trajeto entre Caravelas e o arquipélago dos Abrolhos pode ser feito de 2h30 a 5h, dependendo do tipo de barco e das condições do tempo.

Onde ficar

Marina Porto Abrolhos – marinaportoabrolhos.com.br

Pousada Abrolhos Sol a Mar – pousadasolamar.com

Informações

icmbio.gov.br/parnaabrolhos

 

CHAPADA DAS MESAS

Maranhão

Foto por Jhonatha Conection – MTUR

Este parque natural, localizado no centro-sul do estado do Maranhão, foi criado oficialmente em 2005 com o objetivo de preservar a natureza local. Abrange uma área do cerrado localizada no município de Carolina (sendo essa a cidade base para quem está de visita), mas também se estende pelas cidades de Riachão e Estreito. A região tem alto potencial turístico devido às inúmeras belezas: paisagens exuberantes e abundância de espécies de animais e plantas. O nome curioso do local é devido aos platôs que se assemelham a gigantescas mesas de pedras.

Foto por Jhonatha Conection – MTUR

A Chapada possui um portal, uma formação rochosa com uma abertura natural, que também serve de mirante. Curiosamente essa entrada possui o formato do mapa do Tocantins e é um ponto estratégico para fotos e para admirar a paisagem. Dentre os atrativos da região encontram-se diversas quedas d’água, como as cachoeiras de São Romão e da Prata. Os turistas vão se encantar também com o Poço Azul e o Encanto Azul, que possuem uma beleza deslumbrante e são pontos ideais para curtir as águas límpidas da região.

Foto por Jhonatha Conection – MTUR

Uma das principais atrações do parque é o complexo da Pedra Caída, uma reserva particular que abriga uma variedade de cachoeiras, sendo que a principal delas tem uma altura de 46 metros. No local é possível andar de teleférico e praticar esportes radicais como rapel e tirolesa.

Foto por Jhonatha Conection – MTUR

Outro destaque nessa área é o Morro do Chapéu, que, apesar de não ficar dentro da Chapada das Mesas, também está em território protegido e é um dos pontos mais procurados na região. Possui 378 metros de altura e pode ser acessado a partir da Chapada por uma trilha que pode ser percorrida com a ajuda de um guia.

SERVIÇOS

Como chegar

Quem vier de avião pode desembarcar no município de Imperatriz e, a partir daí, seguir 222 km de carro ou ônibus na estrada até Carolina, a cidade base para visitação da Chapada das Mesas.

Onde ficar

Rancho das Estrelas – ranchodasestrelas.com.br

Pousada dos Candeeiros – novosite.pousadadoscandeeiros.com.br

Informações

chapadadasmesas.com.br

 

CHAPADA DIAMANTINA

Bahia

Foto por Gleidson Santos – MTUR

Um dos parques naturais mais conhecidos do país é a Chapada Diamantina, destino dos amantes da natureza e do turismo de aventura. Localiza-se em uma região de serras repleta de rios, que culminam em belíssimas cachoeiras e inúmeras piscinas naturais. Foi criado em 1985 e abrange os municípios de Andaraí, Ibicoara, Iramaia, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras.

Foto por Gleidson Santos/MTurDestinos

A região concentra as maiores altitudes do Nordeste, chegando a 2.033 metros no Pico do Barbado. A vegetação mescla espécies da caatinga e da flora serrana. Prepare-se para as fotos, pois os atrativos naturais são muitos: poços de águas límpidas (como o Poço Azul e o Poço Encantado), exuberantes cachoeiras, grutas e inúmeras trilhas a serem percorridas.

Foto por Gleidson Santos/MTurDestinos

Um dos passeios mais famosos é a visitação à Cachoeira da Fumaça, considerada uma das maiores quedas d’água do Brasil e um dos mais belos cenários da Chapada Diamantina. Pode ser visitada por trilhas que a acessam tanto por baixo quanto por cima. Mas é necessário atenção antes de reservar o passeio: o trajeto de cima possui 12 km de ida e volta e roteiro com duração de um dia. Já o acesso por baixo é reservado aos mais aventureiros: serão necessários três dias para completar o percurso de 36 km, com pernoites em acampamentos.

A região também abriga o Poço e a Cachoeira do Diabo, ótimo local para visitação por contar com infraestrutura de lanchonete, loja e banheiros que servem como ponto de apoio para passar o dia. A trilha para chegar à cachoeira é bem fácil comparada com outras da área.

Foto por Gleidson Santos – MTUR

Fugindo um pouco das atrações aquáticas, vale a pena subir os Morros do Pai Inácio e do Camelo para poder apreciar a imensidão da paisagem. Para acessar o Morro do Pai Inácio é necessário percorrer 500 metros em uma caminhada íngreme. É permitido subir ali apenas até às 17h, mas é possível ficar lá além desse horário e admirar o pôr do sol, além da vista do Morro Três Irmãos. Já o Mirante do Camelo é menos movimentado e pode ser acessado de carro.

SERVIÇOS

Como chegar

Para quem visita o parque pela primeira vez é recomendado ficar em Lençóis, por ser a cidade com mais infraestrutura. A partir dali a visitação pode ser feita de carro. Vale a pena alugar um veículo ou contratar os serviços de uma agência.

Onde ficar

Hotel Canto das Águas – lencois.com.br

Pousada do Capão – pousadadocapao.com.br

Informações

guiachapadadiamantina.com.br/sobre-a-chapada/parque-nacional

 

FERNANDO DE NORONHA

Pernambuco

Foto por Bruno Lima – MTUR

Com nada menos que algumas das praias mais bonitas do mundo, Fernando de Noronha é um santuário ecológico a cerca de 370 km da costa brasileira. E o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha protege algo em torno de 70% desse arquipélago.

Foto por Bruno Lima – MTUR

São piscinas naturais, trilhas e praias banhadas por um mar que vai do azul turquesa ao verde esmeralda, além de uma vasta biodiversidade marinha e terrestre. Destaque para a belíssima Baía do Sancho, acessada de barco ou através de uma escadaria no rochedo. Com vista de cartão-postal para o Morro Dois Irmãos, a Baía dos Porcos é muito procurada para snorkeling, pois ali surgem piscinas naturais repletas de peixes coloridos na maré baixa.

Foto por Bruno Lima – MTUR

Já a Baía dos Golfinhos é fechada para visitantes, porém, do alto de seu mirante é possível avistar grupos de golfinhos em um verdadeiro espetáculo da natureza. Área de alimentação e descanso de tartarugas marinhas, tubarões e outros tantos animais, a Baía do Sueste abriga o único mangue de ilhas oceânicas do Atlântico Sul e áreas para o mergulho superficial. A flutuação também é imperdível na Praia de Atalaia, considerada um berçário de diversas espécies marinhas e que, na maré baixa, se transforma em uma piscina natural.

Foto por Bruno Lima – MTUR

O parque nacional guarda ainda pontos de mergulho autônomo, ilhas secundárias que podem ser avistadas em passeios de barco e sítios históricos. Para acessar esses atrativos é preciso adquirir um ingresso, válido por 10 dias. Alguns deles exigem também agendamento prévio.

SERVIÇOS

Como chegar 

Há voos diretos entre Recife e Fernando de Noronha operados pela Azul e pela Gol. O voo dura em média uma hora.

Onde ficar

Pousada Fortaleza – pousadafortalezanoronha.com.br

Pousada Pedras Secas – pousadapedrassecas.com.br

Informações

parnanoronha.com.br

 

JERICOACOARA

Ceará

Foto por Jade Queiroz/MTur

Cravada entre o mar e as dunas, próxima a lagoas cristalinas de água doce, Jericoacoara foi declarada Área de Proteção Ambiental (APA) em 2002 e transformada em Parque Nacional, portanto, não se pode mais construir rodovias, estradas e nem sequer pavimentar as já existentes.

O destino cearense possui diversos atrativos naturais, que incluem desde os bons ventos para prática de esportes radicais em belas praias e lagoas até a contemplação de monumentos naturais como a Pedra Furada, principal cartão-postal local.

Foto por Jade Queiroz – MTUR

Localizado entre os municípios de Guriú e Preá, o Parque Nacional tem área de 8.850 hectares, e visa, principalmente, proteger as amostras dos ecossistemas costeiros, assegurar a preservação de seus recursos naturais e proporcionar pesquisa científica, educação ambiental e turismo ecológico.

Além da famosa Pedra Furada, formação basáltica à beira-mar que tem um orifício de 4 metros originado pela ação dos ventos da região, o parque abriga também o Serrote, uma formação rochosa que se eleva ao nordeste da Vila de Jericoacoara, apresentando o ponto culminante do parque, onde está localizado o farol a uma altitude de 95 metros.

Foto por Jade Queiroz – MTUR

Ainda assim, as praias são a maior atração do Parque Nacional, tendo uma grande variedade, desde as que possuem grande número de frequentadores até as isoladas ou propícias para prática de esportes náuticos. E também as dunas, como a Do Pôr do Sol, que fica ao lado da Praia das Canoas e é conhecida por ser palco de um belo espetáculo natural: o nascer e o pôr do sol no oceano.

SERVIÇOS

Como chegar

Partindo de Fortaleza, pela rodovia CE-085, conhecida como rodovia do “Sol Poente”. A Vila de Jericoacoara é considerada a entrada do Parque e está contida em seus limites.

Onde ficar

Pousada Jeribá – jeriba.com.br

Vila Kalango – vilakalango.com.br

Informações

parquesbrasil.turismo.gov.br/parque-nacional-de-jericoacoara

 

LENÇÓIS MARANHENSES

Maranhão

Foto por Biaman Prado/MTur

Considerado um dos destinos mais diferenciados do Brasil, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses contempla dunas com lagoas de águas cristalinas. Para percorrer o terreno é recomendado a utilização de veículos 4×4 credenciados. A aventura é garantida!

Foto por Biaman Prado/MTur

O parque abriga espécies do cerrado, da caatinga e da Amazônia, e contempla ecossistemas como a restinga, o manguezal e as dunas. A área abrange três municípios maranhenses: Barreirinhas, Santo Amaro e Primeira Cruz. O período ideal para visitação é de maio a agosto, logo que termina a estação chuvosa, o que faz com que as lagoas estejam mais cheias e deslumbrantes.

Foto por Biaman Prado/MTur

No parque é possível nadar e fazer caminhadas, ou simplesmente contemplar a exuberância da natureza ao redor. Em Barreirinhas pode-se fazer o circuito da Lagoa Azul, o atrativo mais procurado na região, que contempla também visitas à Lagoa da Preguiça, Lagoa da Esmeralda e Lagoa do Peixe, que se mantém com água ao longo de todo o ano, inclusive na estação seca.

Foto por Biaman Prado/MTur

Os mais aventureiros podem preferir o circuito da Lagoa Bonita, que possui nível de dificuldade médio devido à subida íngreme em uma das dunas. Os cerca de 30 metros podem ser vencidos com o auxílio de uma corda. No município também é possível visitar o povoado de Atins, que conta com infraestrutura simples e a possibilidade de praticar esportes como caiaque e windsurf.

Outros atrativos imperdíveis no parque são a visita à Lagoa da Gaivota e a Praia da Travosa, que sedia campeonato de surf regional durante o mês de abril.

SERVIÇOS

Como chegar

É possível chegar ao parque pelas cidades de Barreirinhas, Santo Amaro do Maranhão, Humberto de Campos e Primeira Cruz através da rodovia MA-402. Para ter acesso aos Lençóis Maranhenses é necessário entrar a pé ou com veículos 4×4.

Onde ficar

Pousada do Porto – pousadadoporto.com

Porto Preguiças Resort – portopreguicas.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses

 

SERRA DA CAPIVARA

Piauí

Foto por Chico Rasta /MTur

O Parque Nacional da Serra da Capivara, criado em 1979, fica no sudeste do Piauí, ocupando parte dos municípios de São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. É considerado o território com o maior número de sítios arqueológicos das Américas.

Foto por Mauricio Pokemon/MTur

Lá existem mais de 1,3 mil registros pré-históricos da presença humana espalhados em 130 mil hectares de área. Por sua importância histórica e cultural foi classificado pela UNESCO como Patrimônio Mundial Cultural, em 1991, e tombado como Patrimônio Nacional pelo IPHAN (1993).

Foto por Mauricio Pokemon/MTur

As gravuras pré-históricas de 12 mil anos podem ser vistas em locais como o Boqueirão da Pedra Furada, o Desfiladeiro da Capivara e o Grotão da Esperança. Além disso, a paisagem do semiárido nordestino é deslumbrante com serras, vales e planícies com a flora e a fauna típicas da caatinga.

Foto por Mauricio Pokemon/MTur

Para visitar o lugar, é necessário acompanhamento de um guia especializado, pois não é permitida a presença de visitantes sem guia. Os guias, além de levarem os turistas pelas melhores trilhas, conhecem muito a história do local e ensinam bastante sobre a natureza dessa região.

De novembro e janeiro é quando a vegetação do parque fica ainda mais evidente por causa da variação das tonalidades da xerófita, planta típica de regiões áridas. O passeio rende lindas fotos nessa época do ano.

SERVIÇOS

Como chegar

A partir de Teresina/PI – pela BR-316, continuar pela BR-343 até Floriano, girar à direita para a BR-230, depois seguir pela PI-140 e continuar na BR-324 até São Raimundo Nonato (rota com 520 km). A partir de Petrolina/PE, pela BR-235 até Remanso/BA, continuar pela BR-324 até São Raimundo Nonato (rota com 303 km).

Onde ficar

Real Hotel – instagram.com/real.hotel

Pousada Zabelê – pousadazabele.com.br

Informações

fumdham.org.br

 

CHAPADA DOS GUIMARÃES

Mato Grosso

Foto por Flavio André/MTur

Criado em 1989, o Parque Nacional Chapada dos Guimarães preserva recursos naturais e sítios arqueológicos existentes entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, no estado de Mato Grosso. A área natural do cerrado abriga grande parte das nascentes dos grandes rios brasileiros, como Paraguai, Araguaia, Tocantins, Juruena-Tapajós. Além disso, abriga 659 espécies conhecidas de vegetais, 44 de peixes, 242 de aves e 76 de mamíferos.

Foto por Flavio André/MTur

O Parque Chapada dos Guimarães ocupa uma área de 327,7 km², repleta de veredas, vales, sítios arqueológicos, formações rochosas, cânions, morros e mirantes naturais, lagos, rios e trilhas que levam até belas cachoeiras.

Foto por Flavio André/MTur

Seu atrativo mais conhecido é a Cachoeira do Véu de Noiva, formada pelo rio Coxipó. Com 86 metros de altura e um paredão de arenito que chama a atenção de todos os visitantes, a queda é o grande cartão-postal do destino.

Foto por Flavio André/MTur

Outros destaques do Parna são: o Morro de São Jerônimo – o mais alto da região com 840 metros –, a Cidade de Pedra e o Circuito das Cachoeiras, que inclui a Casa de Pedra.

Já o Vale do Rio Claro, situado no km 36 da rodovia MT-251 (Cuiabá-Chapada dos Guimarães), inclui caminhadas em áreas naturais com vegetação bastante diversificada, subida à Crista de Galo, que permite visualização 360° dos paredões areníticos, morraria e veredas, além de banhos no Poço da Anta e Poço Verde.

SERVIÇOS

Como chegar

Localizado nos municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, o parque tem acesso a partir Rodovia Emanuel Pinheiro – MT-251, que margeia e corta o parque em grande extensão. De Cuiabá até a entrada principal do parque são 50 km. Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada está a 11 km de distância.

Onde ficar

Pousada Penhasco – penhasco.com.br

Malai Manso Resort – malaimansoresort.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnaguimaraes

 

CHAPADA DOS VEADEIROS

Goiás

Foto por Augusto Miranda/MTur

A Chapada dos Veadeiros se localiza entre os municípios de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d’Aliança. Preserva áreas do cerrado e zonas que antigamente eram utilizadas para o garimpo. Hoje essas rotas são percorridas por turistas em visitação às belíssimas paisagens e inúmeras cachoeiras.

Foto por Augusto Miranda/MTur

É possível conhecer os atrativos do parque caminhando por algumas das trilhas disponíveis, que podem ser percorridas em algumas horas, ou através de travessias que duram dois ou três dias, como a Travessia das Sete Quedas e a Travessia São Jorge – Capela.

Os caminhos de cada trilha são sinalizados por setas coloridas, para que o visitante não se perca. Porém, mesmo assim é recomendado cuidado redobrado, pois alguns terrenos podem apresentar dificuldade maior do que outros. Apesar disso, percorrer esses caminhos vale a pena: as paisagens são de tirar o fôlego!

Foto por Augusto Miranda/MTur

Na Chapada é possível fazer diversas atividades, como caminhada, observação de fauna e flora, tomar um banho refrescante de rio ou cachoeira, acampar ou praticar esportes radicais como canionismo e escalada. Um dos lugares que vai ficar na memória do turista é o Vale da Lua, que conta com cachoeiras, piscinas naturais e formações rochosas únicas.

Foto por Augusto Miranda/MTur

Reservando com antecedência também é possível fazer a visitação noturna, onde o visitante pode observar as maravilhas do céu longe do excesso de luzes da cidade. Com certeza vai se sentir ainda mais integrado com a natureza!

Para finalizar o passeio, vale a pena visitar o Jardim de Maytrea, localizado próximo ao parque na estrada que liga Alto Paraíso à vila de São Jorge. Esse é um dos principais cartões-postais do parque e é tido como um portal para outra dimensão.

SERVIÇOS

Como chegar

De Brasília são cerca de 220 km até a cidade de Alto Paraíso de Goiás, sendo que o acesso é feito pela BR-020. A melhor forma de percorrer a Chapada dos Veadeiros é de carro, uma vez que a distância entre as atrações pode ser grande.

Onde ficar

Hotel Casa da Lua – da-lua-pousada.uhoteles.com

Pousada Maya – pousadamaya.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnachapadadosveadeiros

 

SERRA DA BODOQUENA

Mato Grosso do Sul

Foto por Carla Guaitanele

Estabelecido no ano 2000, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena foi aberto à visitação pública em janeiro de 2021. A infraestrutura turística ainda se encontra em desenvolvimento, mas já é possível conhecer alguns de seus atrativos – sempre com acompanhamento de um condutor devidamente capacitado e credenciado pelo ICMBio.

Foto por Ricardo Maia

Com uma área de quase 77 mil hectares que abrange os municípios de Bonito, Bodoquena, Jardim e Porto Murtinho, o parque está junto a um dos principais destinos turísticos do Mato Grosso do Sul. Suas paisagens exuberantes combinam a vegetação típica do cerrado com influências dos biomas Mata Atlântica e Pantanal. Há montanhas de rochas calcárias, cachoeiras, rios cristalinos de um surpreendente tom de azul turquesa e indícios da existência de grandes sistemas de cavernas inundadas.

Foto por Carla Guaitanele

A Serra da Bodoquena é lar de uma grande variedade de animais, entre onças, veados, tatus, iraras, lontras, antas e capivaras, além de peixes, répteis e anfíbios raros e quase 400 espécies de aves. Atualmente, há três atrativos abertos ao público: Trilhas do Sumidouro e Ressurgência do Rio Perdido, Trilhas do Cânion do Rio Salobra e Trilha Rancho Branco.

Foto por Zig Koch©

O Rio Perdido corta parte do parque nacional e tem esse curioso nome por ter um trecho subterrâneo, cujas águas adentram o solo pelo sumidouro e brotam novamente através da ressurgência.

SERVIÇOS

Como chegar

Cidade base para conhecer a Serra da Bodoquena, Bonito recebe voos de várias partes do país. Outra opção é sair da capital Campo Grande, que fica a 300 km de Bonito.

Onde ficar

Bonito Ecotel – bonitoecotel.com.br

Pousada Surucuá – pousadasurucua.com.br

Informações

icmbio.gov.br

 

ITATIAIA

Rio de Janeiro / Minas Gerais

Foto por André Dib©

Itatiaia é o parque nacional mais antigo do Brasil. Foi criado em 1937 e se localiza na Serra da Mantiqueira, entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. De origem tupi, seu nome significa “pedra pontuda”, e abriga alguns dos picos mais altos do Brasil, que podem chegar aos 2.791 metros de altitude, assim como a estrada mais alta, a BR-485 (que alcança 2.460 m).

Foto por Leonardo Milano

A área, que no passado pertenceu ao Visconde de Mauá, abriga grande diversidade de flora e fauna da Mata Atlântica. No local é possível fazer travessias com trilhas que demoram de algumas horas a até dois dias para serem percorridas: Rancho Caído, Serra Negra, Ruy Braga e Água Branca e Três Picos. Todas as travessias devem ser agendadas e autorizadas previamente, além de terem preferencialmente o acompanhamento de um guia. O parque conta com área para acampamento que acomoda vinte barracas de até três pessoas, ao lado do Abrigo Rebouças.

Foto por Carla Guaitanele

Dois locais para se refrescar nas águas do Itatiaia são a Piscina Natural do Maromba e o Lago Azul, que encantam com suas águas límpidas e podem ser facilmente acessados. As diversas cachoeiras têm diferentes níveis de dificuldade para o acesso, sendo que uma das mais belas é a Cachoeira Véu da Noiva. Para ter uma vista panorâmica da área, vale a pena visitar o Mirante do último Adeus.

Foto por Leonardo Milano

Outros destaques são o Maciço das Agulhas Negras e o Maciço das Prateleiras. Pode-se visitar apenas a base deles ou subir ao topo. A subida nos dois lugares, porém, tem número de acessos limitado e uma trilha de alta dificuldade para ser percorrida.

SERVIÇOS

Como chegar

O Parque Nacional do Itatiaia está localizado às margens da Rodovia Presidente Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, e a menos de três horas dos aeroportos de Guarulhos e Tom Jobim, possuindo fácil acesso para quem vem das duas cidades.

Onde ficar

Hotel Pousada Esmeralda – pousadaesmeralda.com.br

Vista Linda Hotel – vistalindahotel.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnaitatiaia

 

SERRA DA CANASTRA

Minas Gerais

Foto por Eliria Buso

Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra está situado no sudoeste de Minas Gerais e é um dos mais importantes do Brasil, recebendo, durante o ano, milhares de visitantes que apreciam a beleza de suas paisagens.

Foto por Eliria Buso

O parque está dividido em duas partes: a alta, com três portarias (São Roque de Minas, que concentra a maioria dos serviços e hotéis, São João Batista da Serra da Canastra e Sacramento), e a baixa com uma (São José do Barreiro).

Entre os principais atrativos naturais do Parna, que conta com 71.525 hectares, estão as cachoeiras. Existem cerca de 30 quedas catalogadas por lá – algumas com acesso liberado, outras disponíveis somente para contemplação – de diferentes formatos e tamanhos.

Foto por Eliria Buso

A mais famosa é a Casca d’Anta, com 186 metros de altura, listada entre as maiores quedas livres do Brasil. Para admirá-la, é possível fazer dois roteiros: o primeiro, pela parte baixa do parque, tem uma trilha de cerca de um quilômetro até seu poço. De lá, é possível observar bem de perto toda a abundância da queda formada pelas águas do rio São Francisco; já a rota da parte alta oferece vista para o cânion por onde o rio desce a serra, além de um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal e algumas piscinas naturais.

Foto por Eliria Buso

O lugar abriga também a nascente de um dos mais importantes cursos d’água do Brasil: o Rio São Francisco. O velho Chico passa por cinco estados brasileiros e tem como berço a cidade de São Roque de Minas. A histórica nascente está localizada na parte alta do parque, na mesma rota que tem como atrativos a Casca d’Anta e o Curral das Pedras.

SERVIÇOS

Como chegar

Para chegar a São Roque de Minas, a maioria dos turistas se vale dos 60 km asfaltados da MG-341, a partir da cidade de Piumhi. Daí em diante são 24 km asfaltados ou 15 km de terra (até Vargem Bonita) e outros 20 km de terra até a portaria da Cachoeira Casca D’anta.

Onde ficar

Hotel Chapadão da Canastra – chapadaodacanastra.com.br

Pousada Águas do São Francisco – aguasdosaofrancisco.com.br

Informações

bit.ly/3eiZm0H

 

SERRA DOS ÓRGÃOS

Rio de Janeiro

Foto por Danúbia Melo

A região serrana do Rio de Janeiro guarda inúmeras belezas, e algumas das paisagens mais estonteantes estão no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Ele engloba 20 mil hectares entre Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim e, em plena área de Mata Atlântica, abriga mais de 2.800 espécies de plantas e centenas de animais, incluindo muitas espécies endêmicas.

Foto por Flávio Varricchio

O terreno acidentado e as impressionantes formações rochosas fazem da Serra dos Órgãos um dos melhores lugares do Brasil para praticar esportes de montanha, como escalada e rapel. O parque também tem a maior rede de trilhas do país, com mais de 200 km de caminhos em todos os níveis de dificuldade.

Foto por Ernesto V. Castro

A mais famosa é a Travessia Petrópolis-Teresópolis, que liga as duas sedes e conta com 30 km pela parte alta das montanhas e vistas panorâmicas para a imensidão da Serra dos Órgãos. O caminho completo costuma ser percorrido em três dias e é recomendado o acompanhamento de um guia especializado.

Foto por Bruna Prado – MTUR

Já o Dedo de Deus é o cenário mais icônico do parque, com um formato que lembra um dedo indicador apontado para cima. Em 1912, moradores de Teresópolis subiram ao cume a uma altitude de 1.692 metros pela primeira vez – por isso, o Dedo de Deus é considerado o berço do montanhismo brasileiro. No total, são mais de 130 vias de escalada em todo o parque, incluindo as da Agulha do Diabo e da Pedra do Sino. A Serra dos Órgãos conta ainda com grutas, cachoeiras, poços naturais para banho e nascentes.

SERVIÇOS

Como chegar

A entrada principal do parque fica na área urbana de Teresópolis, com acesso bem sinalizado. Mas também há acessos em Petrópolis e Guapimirim. A partir do Rio de Janeiro, é fácil chegar a Petrópolis (a cerca de 60 km de distância) ou a Teresópolis (a 80 km) de carro ou ônibus.

Onde ficar

Hotel Solar do Império – solardoimperio.com.br

Hotel e Fazenda Rosa dos Ventos – hotelrosadosventos.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos

 

TIJUCA

Rio de Janeiro

Foto por Luciola Vilella – MTUR

Dentre seus inúmeros atrativos turísticos, a Cidade Maravilhosa conta também com o Parque Nacional da Tijuca, bem no centro da cidade. A área protege a primeira floresta replantada do mundo, projeto iniciado em 1861 após a destruição da mata nativa para produção de carvão e plantio de café. Hoje reflorestado, o parque guarda também o Corcovado e o famoso monumento ao Cristo Redentor.

Foto por Luciola Vilella – MTUR

De fácil acesso e podendo ser visitado o ano inteiro, o número de atrações é imenso: é possível caminhar por trilhas com diferentes níveis de dificuldade (que, juntas, somam 200 km); praticar corrida, ciclismo, rapel ou escalada; tomar banho em alguma das cachoeiras (sendo as do Horto, das Almas e duchas das paineiras as mais conhecidas); apreciar a vista em um dos inúmeros mirantes ou praticar voo livre.

Dividido em setores, o Setor Floresta, também conhecido como Floresta da Tijuca, abriga grutas, cachoeiras e mirantes. Nessa área é possível fazer o Circuito do Vale Histórico, percorrendo 7,5 km de trilhas que passam por ruínas e monumentos históricos. Já o Circuito dos Picos, com 19 km de extensão, passa por dez diferentes picos do parque.

Foto por Luciola Vilella – MTUR

O Setor Serra da Carioca é onde se localiza um dos mais famosos cartões-postais do Brasil, a estátua de Cristo que foi eleita uma das sete maravilhas do mundo moderno. Erguido no Morro do Corcovado, o imponente monumento pode ser visto de vários pontos da cidade.

Foto por Luciola Vilella – MTUR

Por último, há o Setor Pedra Bonita e Gávea. A Pedra da Gávea é o maior monolito à beira-mar do mundo e servia de referência para navegadores. Já na rampa da Pedra Bonita é onde os aventureiros vão para saltar de asa delta. Prepare a coragem e as fotos e aprecie o cenário incrível enquanto plana no ar carioca!

SERVIÇOS

Como chegar

O Parque Nacional da Tijuca tem acesso pelas zonas Norte, Sul e Oeste do Rio de Janeiro e pode ser visitado a pé, de bicicleta, motocicleta, carro e ônibus. Para chegar ao Cristo Redentor e ao mirante do Corcovado, há também a opção de trem.

Onde ficar

Atlântico Sul Hotel – atlanticosulhotel.com.br

Riale Brisa Barra Hotel – rialehoteis.com.br/brisa

Informações

icmbio.gov.br/parnatijuca

 

APARADOS DA SERRA e SERRA GERAL

Rio Grande do Sul / Santa Catarina

Foto por Patrícia Chemin

Entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina está a maior concentração de cânions da América do Sul. São dezenas de gigantescas fendas entre os abruptos paredões – e muitas são protegidas pelos parques nacionais vizinhos de Aparados da Serra e da Serra Geral. Na borda do planalto da Serra Gaúcha, a cidade de Cambará do Sul é o endereço dos dois cânions mais famosos da região.

Foto por Patrícia Chemin

Em Aparados da Serra, o Itaimbezinho é um espetáculo com quase 6 km de extensão em uma fenda estreita, 720 metros de profundidade e paredões íngremes. A parte superior tem duas trilhas autoguiadas, sendo a do Vértice a mais indicada para pessoas de todas as idades, já que tem apenas 1,4 km em terreno plano. É a melhor trilha para observar a Cascata das Andorinhas e a Cascata Véu de Noiva. A Trilha do Cotovelo também é de nível fácil, porém mais extensa, com 6 km ao longo da borda oposta do cânion. Já os mais aventureiros podem fazer a Trilha do Rio do Boi, pela parte inferior.

Foto por Renato Soares – MTUR

Já no Parque Nacional da Serra Geral, o Cânion Fortaleza tem 7,5 km de comprimento e 900 metros de profundidade, além de impressionantes 2 km de largura em alguns pontos, com paredões que lembram grandes muralhas. A partir do estacionamento, há um caminho curto e plano até a borda mais próxima do cânion. Mas há também trilhas para quem quer acessar vistas ainda melhores. Autoguiada, a do Mirante é bem popular, apesar de ser uma subida de quase 3,5 km. Mas a vista do topo compensa, pois é possível admirar toda a extensão do cânion aos seus pés.

Foto por Renato Soares – MTUR

SERVIÇOS

Como chegar

Cambará do Sul fica a 190 km de Porto Alegre e a 115 km de Gramado. A partir do centro de Cambará do Sul, são 18 km em estrada de terra até a entrada de Aparados da Serra. Para chegar ao parque da Serra Geral é necessário voltar para Cambará do Sul e seguir por outra estrada de terra por 22 km.

Onde ficar

Cambará Eco Hotel – cambaraecohotel.com.br

Hotel Parador ­– paradorcasahoteis.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnaaparadosdaserra

 

IGUAÇU

Paraná

Foto por Zig Koch – MTUR

O Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, é considerado um Patrimônio Natural da Humanidade. Com 185 hectares, é também a maior área de proteção da Mata Atlântica do Brasil. Parada obrigatória na cidade paranaense de Foz do Iguaçu, proporciona uma das experiências mais enriquecedoras do território nacional, com uma imersão em um mundo de águas e verde.

Foto por Zig Koch – MTUR

O lugar também é porta de entrada para descobrir as Cataratas do Iguaçu pelo lado brasileiro. O conjunto de 275 quedas d’águas que chegam a até 80 metros de altura é um verdadeiro espetáculo da natureza. Recentemente, inclusive, foi eleito como a 7ª principal atração do mundo pelo TripAdvisor.

Com vazão média de 1,5 milhão de litros de água por segundo, a imensidão da natureza na atração mais famosa do destino pode ser explorada por caminhadas entre as passarelas, plataformas e mirantes do parque. O grande destaque fica por conta da Garganta do Diabo, a queda principal, com 700 metros de comprimento e um volume de água impressionante.

Foto por Zig Koch – MTUR

Ainda dentro do parque Nacional do Iguaçu, o Macuco Safari é um passeio que oferece uma interação diferente com as cataratas. Atuando há mais de 30 anos, o atrativo leva os visitantes em um roteiro de barco até bem pertinho das quedas d’água.

Foto por Zig Koch – MTUR

Já o Marco das 3 Fronteiras, que foi inaugurado no dia 20 de julho de 1903, é ponto de encontro de moradores e turistas. O lugar marca o ponto onde se encontram Brasil, Argentina e Paraguai. Além disso, ali também se unem os rios Paraná e Iguaçu e é reconhecido como um patrimônio histórico e cultural da região.

SERVIÇOS

Como chegar

O Parque Nacional do Iguaçu está localizado a 13 km do centro de Foz do Iguaçu. Ali, é possível fazer o trajeto alugando um carro, de táxi ou Uber, ou então com um transfer das agências de viagens. Dentro do parque, a locomoção é feita em ônibus panorâmicos.

Onde ficar

Recanto Cataratas Thermas Resort – recantocataratasresort.com.br

Hotel das Cataratas – belmond.com

Informações

cataratasdoiguacu.com.br

 

SÃO JOAQUIM

Santa Catarina

Foto por Renato Soares – MTUR

No alto da Serra Catarinense, o Parque Nacional de São Joaquim fica entre os municípios de Bom Jardim da Serra, Grão-Pará, Lauro Muller, Orleans e Urubici. São 50 mil hectares que protegem áreas remanescentes das matas de araucárias, encontradas ali em abundância.

Foto por Renato Soares – MTUR

O ponto mais alto do parque é o Morro da Igreja, que chega a 1.822 metros de altitude e é um dos lugares mais frios do Brasil. No inverno, é comum que os termômetros por ali registrem temperaturas negativas e pode ocorrer queda de neve. Do Mirante do Morro da Igreja é avistada a Pedra Furada, uma formação rochosa em formato de portal, com cerca de 30 metros de largura, considerada o cartão-postal do parque. Para os mais aventureiros, há uma trilha que leva à Pedra Furada, com 6 km de extensão (ida e volta) em um terreno irregular. Outras trilhas são encontradas na parte central do parque, chamada de Campos de Santa Bárbara, e levam a belas cachoeiras.

Foto por Patrícia Chemin

Em Bom Jardim da Serra, o Cânion das Laranjeiras é mais uma paisagem espetacular. Apesar de estar dentro dos limites do parque nacional, é uma área de propriedade particular, então é necessário agendar a visita através de agências e guias autorizados. Esse cânion tem uma profundidade de cerca de 500 metros e se estende ao longo de paredões cobertos de muito verde. É acessado através de uma trilha pelos campos de altitude. Já o Cânion do Funil, também em Bom Jardim da Serra, apresenta uma paisagem única, com rochas pontiagudas que surgem no meio do vale entre os paredões do cânion. Possui mais de 1,5 km de extensão.

Foto por Tribo da Serra Ecoturismo

Para visitar o Parque Nacional de São Joaquim, a entrada é gratuita, mas é preciso realizar um agendamento prévio e retirar o ingresso na sede em Urubici.

SERVIÇOS

Como chegar

A partir de Florianópolis, são 170 km até Urubici e 230 km até Bom Jardim da Serra (incluindo o trecho da cênica estrada da Serra do Rio do Rastro). O trajeto entre Bom Jardim da Serra e Urubici tem cerca de 70 km.

Onde ficar

Rio do Rastro Eco Resort – riodorastro.com.br

Serra Bela Hospedaria Rural – serrabela.com.br

Informações

icmbio.gov.br/parnasaojoaquim

 

SERRA DO ITAJAÍ

Santa Catarina

Foto por Acervo Parna da Serra do Itajaí

Abrangendo os municípios de Apiúna, Ascurra, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos, o Parque Nacional da Serra do Itajaí foi criado em 2004 e protege áreas da Mata Atlântica. Está inserido em uma das mais belas regiões de Santa Catarina, o Vale Europeu, que é conhecido por festas típicas alemãs e italianas.

Foto por Heinz Beyer

A entrada para visitar o parque é gratuita, porém é necessária uma autorização prévia, que deve ser solicitada ao ICMBio (responsável pela preservação da área). Além de proteger espécies, o parque possibilita a realização de pesquisas científicas, educação ambiental e turismo ecológico. A Serra do Itajaí abriga diferentes espécies de aves, peixes, mamíferos, anfíbios, invertebrados e flora, além de ser o berço de nascentes, o que resulta em belas cachoeiras. Algumas espécies protegidas nessa unidade estão ameaçadas de extinção, como o papagaio-de-peito-roxo, o gavião-pomba e a onça-parda.

Foto por Adrian Eisen Rupp

Dentre os atrativos podemos citar os esportes de aventura, como rafting, rapel, cascading, trekking, cicloturismo, voo livre, visitação de cavernas e cavalgadas. No parque também é possível fazer piqueniques, caminhadas e contemplação da flora e da fauna.

Foto por Viviane Daufemback

No Setor Nascentes dá para fazer a Trilha do Morro do Sapo ou a Trilha da Chuva, passando por mirantes e avistando a canela-preta, árvore símbolo da região.

SERVIÇOS

Como chegar

A sede administrativa do parque se localiza em Blumenau. Os acessos rodoviários se dão principalmente a partir de Curitiba (SC-474, SC-413, BR 280, BR-101, BR-376) e de Florianópolis (BR-101, BR-470).

Onde ficar

Hotel Sítio do Sol – hotelsitiodosol.com

Pousada Rio da Prata Eco – pousadariodaprataeco.com.br

Informações

turismo.guabiruba.sc.gov.br/o-que-fazer/item/parque-nacional-da-serra-do-itajai

 

Texto por: Cláudia Costa, Eliria Buso e Patrícia Chemin

Foto destaque por: Flávio Varricchio

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