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Liverpool, onde o sonho virou realidade

11 de janeiro de 2019

Não é desse planeta alguém que nunca ouviu músicas da banda de rock britânica The Beatles, a mais bem-sucedida e aclamada de todos os tempos. Após sucesso meteórico e global que deu ori­gem à Beatlemania, o grupo se desfez, dois integran­tes já não estão entre nós e nada é capaz de apagar o brilho de John Lennon, Paul McCartney, George Har­rison e Ringo Starr, astros cultuados e idolatrados até os dias atuais. Mas a história dos “Fab Four” remete a Liverpool, local onde surgiram em 1960.

Foto por Istock/ CaronB

Foto por Istock/ CaronB

A cidade inglesa, que já foi um prospero desti­no mercantil, há mais de 50 anos desfruta da fama dos Beatles. Impregnada de lembranças do quar­teto fantástico, atrai turistas de todo o mundo em busca dos locais que marcaram a carreira do grupo. Lugares como uma reprodução do Cavern Club, os Strawberry Fields e a Rua Penny Lane. Ou para pas­sar uma tarde devaneando no museu The Beatles Story, a maior exposição permanente dedicada aos garotos de Liverpool; ou nas casas onde Lennon e McCartney cresceram.

Como a grande maioria dos visitantes da cidade, vamos começar pelo roteiro que relembra a trajetó­ria dos Beatles.

ONDE TUDO COMEÇOU

Comece o tour pelo The Beatles Story, museu lo­calizado no Albert Dock que mostra toda a trajetória da banda. O acervo conta com objetos, roupas, dis­cos, fotos e filmes desde o início do conjunto – ainda como The Quarrymen – até o sucesso mundial com a Beatlemania. A exposição é dividida em várias sa­las temáticas que retratam cada fase da história do grupo. Destaque para os itens originais como um par de óculos e o último piano de Lennon, o primeiro violão de George e um kit de bateria de Ringo entre outros. Há, também, uma réplica do Cavern Club, o local onde tudo começou.

Quem não domina o idioma inglês pode recorrer ao audioguia em português. O ingresso também dá direito à visita a uma espécie de filial do museu, o Beatles Story Pier Head, que fica próximo de onde saem as balsas no Rio Mersey.

Foto por Istock/ gianliguori

Foto por Istock/ gianliguori

Como mencionado acima, o lendário Cavern Club foi o primeiro palco dos Beatles, onde se apresentaram 292 vezes, no início dos anos 1960. Localizado na Ma­thew Street, o lugar já não mantém as características originais, mas é possível imaginar como eram os sho­ws do quarteto. Principalmente aos sábados, quando a banca cover Cavern Club Beatles se apresenta por lá.

Foto por IStock/ chrisdorney

Foto por IStock/ chrisdorney

Para ter uma visão geral dos caminhos trilhados pelos Beatles em Liverpool, o ideal é realizar um ou mais tour disponíveis na cidade. Um deles é o Magical Mystery Tour, um passeio de duas horas a bordo de um ôni­bus colorido inspirado no disco e no filme homônimo de 1967. O ponto inicial é o Courtyard Anchor, no Al­bert Dock. Durante o trajeto os participantes passarão pelas casas onde viveram cada um dos Beatles, as es­colas onde estudaram, lugares que inspiraram canções memoráveis do grupo – como a Rua Penny Lane e o orfanato Strawberry Fields – e onde se apresentaram pela última vez na cidade. O tour termina no Cavern Club e o ingresso custa 18,95 libras por pessoa.

Foto por IStock/ SAKhanPhotography

Foto por IStock/ SAKhanPhotography

Outro tour interessante e focado nas residências onde Lennon e McCartney passaram a juventude é o Beatles’ Childhood Homes Tour a borda de um micro-ônibus com capacidade para apenas 15 pes­soas. O passeio de 2h30 – disponível somente em in­glês e sem audioguias em outros idiomas – leva às duas pequenas casas (Mendips e 20 Forthlin Road) no subúrbio de Liverpool em uma jornada que reme­te ao passado da dupla, inclusive ao local onde com­puseram a música “I Saw Her Standing There”. As casas foram restauradas e mobiliadas pelo National Trust a partir de registros fotográficos.

Claro que depois dessa imersão no mundo dos Beatles o desejo de comprar lembrancinhas será ine­vitável. Então corra até a The Fab4 Store, que pos­sui uma das maiores coleções de produtos oficiais do quarteto. Tem camisetas, canecas, chaveiros, palhe­tas, discos de vinil, DVDs, cintos, chapéus, carteiras, guarda-chuvas, bolsas, jogos, relógios, ímãs de gela­deira, emblemas, brinquedos, cartões postais, pape­laria e até óculos redondos como os usados por John Lennon. Há dois endereços: no Royal Albert Dock e no Pier Head Waterfront.

ATRAÇÕES ALÉM DOS BEATLES

Mas Liverpool tem muito mais a oferecer aos visi­tantes. Tem uma extensa área portuária listada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Albert Dock, um tesouro gótico como a impressionante Catedral de Liverpool e excelentes galerias e museus – Walker Art Gallery, Tate Liverpool, Merseyside Mari­time e World Museum entre outros.

Dos dias gloriosos como destino de porto impor­tante restaram algumas docas que merecem visitas.

A mais conhecida é a Albert Dock com seus histó­ricos e preservados estaleiros do século 19, duas be­las catedrais, hotéis, museus, galerias, restaurantes e bares. O lugar que combina o antigo e o novo é uma das atrações turísticas mais visitadas do Reino Unido. Em junho de 2018, foi reconhecido pela rainha Eliza­beth II e agora é oficialmente o Royal Albert Dock.

Foto por Istock/ Aivard

Foto por Istock/ Aivard

Caminhando pela região é inevitável visualizar a Catedral de Liverpool, que foi projetada pelo ar­quiteto britânico Giles Gilbert Scott, o mesmo que criou o design das tradicionais cabines telefônicas vermelhas da Grã-Bretanha, no início do século 20. O templo possui as mais altas torres e arcos góticos do mundo. É possível subir até o alto delas e curtir a vista panorâmica da cidade.

Não muito distante está a Catedral Metropolita­na de Liverpool (Metropolitan Cathedral of Christ the King), uma construção da década de 1960 que lembra um pouco a nossa catedral de Brasília.

Quem quiser uma vista ainda mais impressionan­te da cidade tem que incluir a Radio City Tower no roteiro. A torre com antenas de rádio possui uma plataforma com mirante para observação. Construída em 1969, tem 138 metros de altura e foi inaugurada pela rainha Elizabeth II.

ARTE, CULTURA E FUTEBOL

A cena cultural de Liverpool é famosa em toda a Grã-Bretanha por conta dos seus museus e galerias de arte, que figuram entre os mais renomados da Europa. As opções são muitas e variadas, mas vale conhecer três deles: a Walker Art Gallery, o Tate Liver­pool e o World Museum.

Walker Art Gallery – Guarda importante coleção de obras de artes, entre esculturas, pinturas e artes de­corativas que datam do século 13 até os dias atuais. Destaque para obras de Degas, Turner e Rembrandt, e para a FACT, principal centro de artes de mídia do Reino Unido.

Foto por IStock/ trabantos

Foto por IStock/ trabantos

Tate Liverpool – Em Royal Albert Dock está o reno­mado museu, um verdadeiro paraíso da arte moder­na e contemporânea. Abriga obras de Matisse, Picas­so, Ernst, Bacon e Dalí entre muitos outros.

World Museum – Localizado na William Brown Street, tem um vasto acervo com coleções nas áreas de arqueologia, geologia, etnologia, ciências naturais e físicas, e culturas ao redor do mundo. Na galeria re­servada ao Antigo Egito os visitantes viajam no tempo em uma aventura de 5 mil anos. Há, também, um Pla­netário que certamente agradará adultos e crianças.

O destino inglês também respira futebol e a rivali­dade entre os torcedores locais é bem grande. A cida­de é sede de dois dos maiores times da Premier Lea­gue: o Liverpool FC (reds) e o Everton FC (blues).

O Liverpool manda seus jogos no moderno estádio Anfield, que tem um museu que conta a história do clube e está repleto de troféus. Um tour de 50 mi­nutos leva os visitantes à sala de imprensa, vestiários e até ao gramado. No final, claro, há uma loja que vende camisas e uma ampla variedade de souvenires.

Foto por IStock/ PhotoLondonUK

Foto por IStock/ PhotoLondonUK

Os jogos do Everton acontecem no velho Goodison Park, estádio que já sediou mais partidas na história do campeonato inglês, além de jogos da Copa do Mundo de 1966. O clube não tem um memorial de conquistas, mas oferece o Stadium Tour Experience, um passeio através dos bastidores, incluindo os vestiá­rios, camarote da diretoria, área de entrevistas, túnel que leva ao gramado e, finalmente, o campo de jogo.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos para Liverpool par­tindo do Brasil. A rota mais rápida é com voos da LATAM e da British Airways, que têm frequências diárias para Londres saindo de São Paulo. Depois, são 346 quilômetros da capital ingle­sa pela rodovia M-1. De trem são mais 2h30 de viagem. Está a 30 minutos do aeroporto de Manchester.

Outra opção é utilizar os serviços de empresas que voam para as principais capitais da Europa e realizar um voo de conexão. Há, também, uma possibilida­de interessante que é a Royal Air Ma­roc, que tem voos saindo de São Paulo e Rio para Casa­blanca e de lá para Liverpool.

ONDE FICAR

A rede hoteleira de Liverpool oferece am­pla variedade de opções. Destacamos o Hard Days Night Hotel, o único hotel inspirado nos Beatles no mundo. Localizado na North John Street, o empreendimento temáti­co recebeu o nome do filme, disco e mú­sica “A Hard Day’s Night”.

Texto por: Tino Simões

Foto destaque por Istock/ CaronB

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