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Costa Amalfitana: recanto romântico da Itália

12 de agosto de 2016

Trecho de 60 quilômetros do litoral da Campânia, entre Sorrento e Salerno, a Costa Amalfitana é um recanto privilegiado pela natureza ao sul do litoral italiano. Banhada pelas águas do Mar Tirreno – uma parte do Mar Mediterrâneo – é Patrimônio Mundial da Humanidade e considerada a região mais romântica da Itália e muito procurada por casais em lua de mel.

Localizada próximo de Nápoles, o sofisticado litoral é conhecido reduto de famosos e milionários, além de muitos turistas é claro. Integram a Costa Amalfitana as charmosas comunas/burgos (cidades) de Amalfi, Atrani, Vietri sul Mare, Cetara, Tramonti, Maiori, Minori, Ravello, Scala, Conca dei Marini, Furore, Praiano e Positano. E, bem próximo, está a imperdível ilha de Capri.

O visual é incrível e em nada fica atrás das ilhas gregas. Além do mar de uma coloração azul intenso, chama a atenção as estradinhas estreitas que ziguezagueiam por montanhas acidentadas sobre penhascos que chegam aos 500 metros de altura e levam aos graciosos vilarejos cheios de luxo e glamour. Impossível fugir do clichê e chamar o lugar de paradisíaco. Não fosse tudo isso, não teria sido cenário de diversos filmes de Hollywood.

O destino é, sem dúvida, um daqueles lugares sonhados para uma viagem de lazer e dolce far niente (agradável ociosidade, em italiano). Se estiver vivendo um grande amor então o pacote ficará completo. Nessa matéria mostramos os principais points desse paraíso italiano.

SORRENTO

Foto por Istock/ karambol

Foto por Istock/ karambol

Ponto de partida para as descobertas na Costa Amalfitana, Sorrento, está muito perto de Nápoles, de Pompeia e a apenas 30 minutos de barco da encantadora ilha de Capri. Mas não pense que a cidade serve apenas como base ou referência para o início da viagem. Ela tem luz própria e vale à pena reservar ao menos um dia para conhece-la. Como as demais cidades da região, tem pequeninas e encantadoras ruas, muitas ladeiras e escadarias. Vá se acostumando. Se equilibrando no alto de um penhasco e sombreada por limoeiros, tem como seu principal atrativo a incrível vista das águas azuis e cintilantes do Mediterrâneo, da Baía de Nápoles e do vulcão Vesúvio.

Para apreciar a deslumbrante paisagem, vá até o mirante localizado na Villa Comunale, uma espécie de calçadão na beirada do precipício. Se bobear você ficará horas nesse local apenas apreciando o cenário. Para descer há a escadaria – opção ideal para quem quer parar para tirar fotos – e um elevador que leva direto ao nível do mar.

Comece seu passeio e as descobertas na bonita Praça Tasso, no centro histórico e dedicada ao poeta Torquato Tasso. Próximo dela está a rua principal, a Corso Italia, com muitas lojas, bares, gelaterias e restaurantes; e o museu Coreale di Terranova, com acervo de pinturas e objetos de arte dos séculos 15 ao 19. Apesar de pequena, a cidade tem três igrejas importantes que merecem visitas: o Santuario della Madonna del Carmine, a de São Francisco de Assis e a basílica de Santo Antônio. Outro ponto interessante é o bairro medieval, onde estão as antigas muralhas que defendiam a cidade.

Se você gosta de praias talvez possa se decepcionar. Em toda a Costa Amalfitana elas nem sempre são grandes e no lugar de areia há pedras e cascalho. E, atenção, porque não são em todas que você poderá entrar sem pagar. Sim é isso mesmo. Diferentemente do Brasil, lá existem praias públicas, abertas ao público, e outras particulares, onde é necessário pagar para utilizar. Em muitos casos elas estão lado a lado. Em Sorrento, as principais praias são a Marina Piccola, a mais central, e a Marina Grande, localizada próximo às casinhas coloridas e ao local de onde partem os barcos para outros destinos na região.

A cidade é famosa pela produção de rendas e artesanatos feitos com madeira. Quem quiser conhecer mais sobre esse aspecto, há um museu com móveis e objetos decorativos produzidos na cidade durante a segunda metade do século 19. Para comprar artesanatos e outros artigos, principalmente couro, o lugar certo é a Via San Cesario, uma rua quase paralela à Corso Italia. Nela estão diversas lojinhas com produções artesanais, além de outras dedicadas ao famoso limoncello, licor típico produzido com limão da Costa Amalfitana. As garrafinhas são decoradas artesanalmente e muitas delas têm formatos inusitados.

As doses de limoncello certamente abrirão o apetite. E a gastronomia local é uma atração à parte. A tradição milenar da culinária mediterrânea remonta ao tempo dos antigos gregos e os pratos, simples e deliciosos, são preparados com muito peixe, frutos do mar, queijos e frutas. Um dos mais típicos da cidade é o Gnocchi alla Sorrentina, servido com molho de tomate e um pouco de muzzarela. Divino!

A vida noturna da cidade é bem agitadinha e, depois do jantar, uma boa opção é passear pela rua principal, onde estão alguns pubs que tocam jazz.

AMALFI 

Principal destino da região, juntamente com Positano, essa importante cidade portuária do Mediterrâneo, nos séculos 9 a 12 a.C., é a que proporciona a melhor infraestrutura turística. Sua história foi marcada pelas trocas comerciais e descobertas no setor naval e científico, como a invenção da bússola de navegação pelo amalfitano Flavio Gioia. A arquitetura mediterrânea é observada nas casas brancas construídas lado a lado, nas pequeninas ruas, nos atalhos íngremes e nas torres de vigilância como a Sarracena, situada próximo ao Convento de São Francesco.

Entre os atrativos turísticos estão a bela Praça da Catedral (Piazza del Duomo), rodeada por aconchegantes cafés e com uma fonte coberta por querubins. Lá está a igreja Duomo di Sant’Andrea – dedicada a Santo André -, cuja arquitetura sofreu influências árabes, bizantinas, barrocas e normandas. Atualmente, o templo abriga duas basílicas e o Museu Diocesano. Em seu interior chama a atenção as pratarias e telas como a belíssima pintura da crucificação de Jesus assinada pelo artista napolitano Roberto Oderisi e os afrescos de Vincenzo de Pino.

Foto por IStock/ Yana_N

Foto por IStock/ Yana_N

Em uma cripta sob o altar principal repousa o corpo do santo. Uma estátua de bronze do primeiro dos 12 apóstolos de Cristo protege uma urna, onde estão relíquias pertencentes ao evento que comemora o aniversário do milagre atribuído ao patrono de Amalfi. Conta-se que, em 1544, ele salvou a cidade dos piratas após desencadear uma violenta tempestade. Anualmente, uma procissão leva a estátua até à praia, onde pescadores oferecem ao santo um pouco de peixe. Em seguida, carregam a imagem nos ombros e, correndo, a levam de volta ao Duomo. Uma história contada por todos na cidade diz que dos ossos de Santo André forma-se, continuamente, um misterioso líquido oleoso chamado “maná de Santo André” ao qual são atribuídas propriedades milagrosas.

Mas, atenção, se você é supersticioso, melhor não subir as escadarias da catedral de mãos dadas com a pessoa amada. Uma lenda reza que o casal que subir junto jamais se casará.

Vale também conhecer o Chiostro di Paradiso (Claustro do Paraíso), uma construção do século 13 ao lado da igreja, onde estão sepulturas de famílias nobres locais e deixa claro a influência da arquitetura árabe. Há dois outros claustros na cidade, o Claustro dos Capuchinhos e o Claustro de São Francisco. O interessante é que dentro deles funcionam dois hotéis: o Grand Hotel Convento (5 estrelas) e o Hotel Luna Convento. Em ambos os casos os ambientes internos são espetaculares e a vista sobre o mar dispensa maiores comentários.

Mas o roteiro pela cidade inclui outros locais bastante interessantes. Entre eles a Gruta da Esmeralda (Grotta dello Smeraldo), um lugar fascinante onde a água do mar adquire uma tonalidade que varia do azul profundo ao verde esmeralda graças ao reflexo da luz nas rochas. Localizada na baia de Conca dei Marini, distante 5 km de Amalfi, a caverna guarda, em seu interior, um presépio submerso – a quatro metros de profundidade -, atraindo uma verdadeira “procissão” de mergulhadores.

Há, também, o Museu do Papel (Museo della Carta), situado em uma das mais antigas fábricas papeleiras da Europa, que mostra a tradição local de produzir papel manualmente; os antigos arsenais e os moinhos usados para a fabricação do papel no Vale dos Moinhos (Valle dei Mulini). Lá está a Cartiera Amatruda, uma construção com mais de 500 anos às margens do Rio Canneto.

Nos arredores da antiga porta ocidental da cidade (Vallenula) está a igreja de San Biagio, construída no século 10 com um precioso pavimento de cerâmicas majólicas do final do século 8.

Mas se o motivo principal da sua viagem são as praias, não vai se decepcionar. Amalfi tem uma das melhores praias da Costa Amalfitana. O mar é calmo, ideal para banhos, mas não tem areia e sim muitas pedras. Mas isso não chega a ser um problema por causa da linda paisagem natural. Na orla há vários quiosques com guarda-sol e cadeiras para alugar. E, quando bater a fome, é só correr para um dos vários restaurantes e saboreie um panini (sanduíches) ou pizzas. Para beber peça uma birra (cerveja) Moretti ou um limoncello.

ATRANI 

Muito próximo de Amalfi está essa cidadezinha ainda pouco explorada pelo turismo. Inclua em seu roteiro uma passadinha por Atrani e não irá se arrepender. Essa pequena comuna italiana da província de Salerno tem menos de mil habitantes. Sua antiga estrutura medieval reúne casas acessíveis apenas por escadarias, ruas cobertas e pequenos jardins. A vila está literalmente equilibrada na rocha sobre o mar. Passagens construídas no passado como proteção para os barcos contra as tempestades levam até a praia.

Interessante notar que no final do Valle del Dragone, Atrani tem a forma cenográfica de um presépio. E como nos demais vilarejos, a Piazza Umberto I é o ponto de encontro e onde estão os bons cafés e restaurantes, além de um dos mais belos campanários da região. Já a praia local não é das mais atraentes.

Entre os pontos de interesse estão as igrejas de São Salvatore del Bireto, a de Santa Maria del Bando, construída no século 11 e coberta por uma parede de rocha sob a Torre dello Ziro, e a Collegiata di Santa Maria Maddalena, situada no topo da cidade do lado oriental. Ela se destaca pela incrível localização e por sua fachada barroca e cúpula majólica. FOTO: Próximo dela está a Gruta de Masaniello.

Foto por Istock/ bluejayphoto

Foto por Istock/ bluejayphoto

Quem estiver por lá em agosto, certamente vai aproveitar para vivenciar a tradicional Festa do Peixe Azul. Promovida por pescadores locais, sua programação inclui apresentações musicais, saraus e degustação de comidas típicas. A cozinha local é baseada em pratos à base de peixe fresco. Há, também, o Sarchiapone, uma grande abóbora verde recheada de carne e queijo preparados com molho de tomate; o Pasticciotto, recheado de creme e amarenas; a deliciosa Cassata Atranese; o Scialatielli alle vongole veraci; Colatura di alici; e o Involtini di mozzarella in foglia di limone.

RAVELLO 

Um dos locais mais atrativos e mágicos da Costa Amalfitana – e também um dos pontos mais altos -, inspirou artistas como Richard Wagner, Toscanini, Bernstein, Mirò, Greta Garbo e Virginia Wolf. E é fácil explicar o motivo. A pequena comuna de ruas estreitas é elegante e tem jardins encantadores, sendo os dois principais nas mansões centenárias de Villa Cimbrone, obra do visionário lorde inglês William Beckett, e Villa Rufolo, construída na segunda metade do século 13. Tal como as demais cidades, oferece vistas deslumbrantes – principalmente no mirante Principessa di Piemonte – e importantes edifícios históricos. É o caso da catedral erguida no final do século 11 e da Villa Rufolo, uma construção bem conservada com convidativos jardins. A agradável e florida Piazza del Vescovado estão alguns charmosos cafés.

Um lugar em Ravello surpreende e enche de orgulho os brasileiros. É um auditório projetado por um dos nomes mais importantes da arquitetura internacional: Oscar Niemeyer. A construção imponente e bela, parece uma folha de papel em branco colocada sobre a colina e inflada pelo vento. Em seu interior uma sala com 400 lugares recebe concertos e eventos artísticos. Não por acaso Ravello é conhecida como “la città della Musica”.

Mas se engana quem pensa que a cidade é um lugar parado no tempo. Alguns dos principais festivais de música de Itália são realizados por lá, principalmente entre os meses de junho e setembro.

POSITANO 

Foto por istock/ Freeartist

Foto por istock/ Freeartist

Pedacinho exclusivo da Costa Amalfitana, Positano (que significa Netuno, em fenício) é desde o início do século 20 o lugar preferido de intelectuais, artistas, celebridades e milionários para as férias de verão. A sensação de romantismo está presente no ar, em todos os lugares do encantador burgo medieval. Eis um lugar em que você pode chamar de deslumbrante sem parecer superlativo. O visual das casinhas construídas em cascata no morro íngreme faz os visitantes ficarem boquiabertos. Quase impossível não soltar um uau! A paisagem de tirar o fôlego serviu de cenário para o filme Only You. A comédia romântica de 1994, dirigida por Norman Jewison e estrelada por Marisa Tomei, Robert Downey Jr. e Bonnie Hunt, mostra a viagem de uma mulher em busca do homem que acredita ser sua alma gêmea até a Costa Amalfitana, onde ela encontra o seu destino. Enfim, o lugar perfeito para um grande amor.

Tal como nas demais cidadezinhas, Positano também tem simpáticas vielas recheadas de lojas de artesanatos e restaurantes – dos baratos aos muito caros. Na praça Flavio Gioigia está a bonita igreja de Santa Maria Assunta, erguida no século 5. A cúpula de majólica colorida da igreja pode ser vista e admirada de qualquer ponto da cidade. Uma lenda conta que durante uma tempestade, um barco proveniente do Oriente, que transportava uma imagem da Virgem Maria teria ficado encalhado. Seus ocupantes então ouviram uma voz ordenando: “joga, joga”. Eles, apavorados, entenderam que essa voz seria o desejo da santa de permanecer naquele local. Tempos depois, a imagem foi achada no local onde a igreja foi construída e dedicada à Santa Maria Assunta. O templo abriga a famosa estátua bizantina da Madona Negra, além belíssimas pinturas sacras.

Positano tem duas praias lindas, com águas cristalinas e perfeitas para o banho e horas de completo relaxamento: Fornillo e Grande. A Grande, a principal e não tão grande, é frequentada por artistas e pelo jet-set internacional. Tem apenas cerca de 300 metros e é de onde saem barcos com destino à ilha de Capri. A de Fornillo é mais tranquila e silenciosa. Ambas as praias são ligadas pelo Caminho dos Apaixonados. Outras opções, em direção ao leste, são as prainhas de Laurito, San Pietro, Arienzo, Fiumicello, La Porta e Torre Sponda.

Boa opção é fazer um passeio de barco até as três ilhotas de Li Galli, apelidadas de Le Sirenuse por causa de lendas que diziam que elas eram o refúgio das sereias feiticeiras. Vista do mar, Positano tem a aparência de uma concha, com linhas de cores diferentes.

Nos arredores da cidade a dica é subir até Montepertuso, a cidade nos Montes Lattari, que parece estar entre Positano e o céu. E, lá no topo, a quase 500 metros de altitude, surge também o minúsculo burgo Nocelle. Destino ideal para quem quiser fugir do movimento turístico da região, oferece vista panorâmica do Mar Mediterrâneo. Até poucos anos atrás, a vila era acessível apenas através de uma trilha na montanha ou por uma escadaria com mais de 1,5 mil degraus a partir da Praia de Arienzo. Atualmente é possível chegar até lá de carro ou de ônibus. Acredite, vale a visita.

Nocelle faz parte da famosa Trilha dos Deuses (Sentiero Degli Dei), antiga rota usada por pastores a partir de Agerola e atravessando os Montes Lattari. Ela cruza a Costa Amalfitana ao longo de 13 quilômetros, passando por montanhas, oliveiras, pequenos vinhedos e outras tantas paisagens espetaculares.

CAPRI – charmosa e perfumada

Essa ilha é conhecida e admirada por suas incríveis belezas naturais. Possui dois portos – Marina Piccola e Marina Grande – e dois municípios, Capri e Anacapri. No passado foi um pacato reduto de pescadores e agricultores, porém, atualmente, recebe cerca de 2 milhões de visitantes anualmente. A mudança aconteceu no século 19, quando ingleses e alemães descobriram os atrativos naturais da ilha. Durante a temporada de verão é comum que lanchas, iates e transatlânticos congestionem a Marina Grande.

No título chamei Capri de perfumada porque um cheiro gostoso está presente em todas as partes. O motivo é que há mais de 600 anos, a ilha abriga duas fábricas de perfumes, que aproveitam as flores, o limão e a laranja como matérias primas para a produção das essências. E o adjetivo charmosa também não foi utilizado em vão. As vielas do centro estão tomadas por butiques de grifes internacionais, lojas, ateliers, galerias, além de muita gente chique circulando.

Foto por Istock/ Janoka82

Foto por Istock/ Janoka82

Capri está repleta de grutas graças à sua formação calcária. Uma delas é a Gruta Azul – atração mais famosa da ilha -, que tem cerca de 60 metros de comprimento por 25 de largura. A entrada da cavidade natural tem apenas um metro de altura e dois de largura. Ao entrar sentirá a escuridão lhe envolvendo. Depois, aos poucos, o ambiente vai ganhando tonalidades azuladas e transparentes. A água azul transparente tem reflexos prateados. A bordo do pequeno barco a remos a impressão que se tem é de que se está flutuando e não navegando.

Outra gruta famosa é a Matermania, conhecida também como Gruta do Matrimônio. Com apenas 30 metros de comprimento, 20 de largura e altura média de 10 metros, guarda restos arqueológicos que levam a crer que o lugar tinha uma função sagrada. Há quem atribua à gruta o culto do deus Mitra ou de Cibele, deusa da natureza, dos animais e dos lugares selvagens.

Não deixe de conhecer a Villa San Michele, em Anacapri, a realização de um sonho mediterrâneo do médico e escritor sueco Axel Munthe. Em 1885, ele construiu sua casa sobre os restos de uma antiga capela dedicada a San Michele. O lugar reúne restos arqueológicos com pedaços de sarcófagos, bustos, pavimentos romanos, mármore e colunas. No jardim, os destaques são uma tumba grega e uma esfinge em granito. A ilha também tem três picos de rochas, os chamados Faraglioni, que saem do mar a poucos metros da costa. São eles: Stella, Faraglione di Mezzo e Faraglione di Fuori ou Scopolo. Já o ponto mais alto é o Monte Solaro, que está a 589 metros acima do nível do mar e em frente o Vesúvio, o Golfo de Nápoles e a Península Sorrentina. Ao fundo, as montanhas da Calábria, os Apeninos e a Costa Amalfitana com as ilhotas dos Galli. Para chegar até lá o jeito mais fácil é através do teleférico, em uma viagem de apenas 12 minutos.

Outros pontos de interesse turístico em Capri são a Villa Jovis, casa onde o imperador Tibério se refugiava para descansar; a Marina Piccola, em que estão a pequena igreja de Sant’Andrea, uma praça, praia e o Scoglio delle Sirene, onde, segundo uma lenda, viviam as sereias que encantaram Ulisses; a Via Krupp, uma rua que corta as rochas entre a Marina Piccola, a Certosa di San Giacomo (edifício mais antigo da ilha construído em 1371) e dos Jardins de Augusto; o Pizzolungo, um dos trajetos mais charmosos da ilha; La Migliera, roteiro que passa por vinhedos e antigos bosques até o Mirante do Tuono (trovão); e o Farol de Punta Carena, construído em 1866, está entre os mais importantes do Mar Tirreno e é o segundo da Itália.

No centro da ilha em que está a La Piazzetta de Capri, com bares sempre cheios de gente sentadas em volta de pequenas mesinhas de vime, conversando e tomando um café ou aperitivo após o jantar. Não raro, durante as noites de verão, é possível encontrar celebridades em meio a turistas comuns. Já o centro histórico de Anacapri é um labirinto de ruas estreitas, praças silenciosas e estradinhas coloridas e enfeitadas pelas flores. Entre os atrativos estão o Museu da Villa San Michele, a Casa Rossa, a Igreja de San Michele e a Igreja de Santa Sofia, além do teleférico para o topo do Monte Solaro.

Para quem dispõe de pouco tempo para conhecer Capri, uma sugestão é fazer um passeio de barco – com capacidade máxima para 12 pessoas – que dá a volta em toda a ilha e vai parando em vários pontos, sendo três os principais: a que passa por baixo do Faroglione, a Gruta Azul e uma outra em um local onde as pessoas podem saltar e nadar no mar. Depois segue para a ilha onde os passageiros têm quatro horas para passear. O preço por pessoa é de 85 euros (adultos) e 60 euros (crianças). É possível fazer o mesmo passeio alugando o barco com exclusividade ao preço de 750 euros. Se não for uma família grande o custo benefício não compensa.

Foto por Istock/ Gim42

Foto por Istock/ Gim42

Dentro da ilha há um charmoso bondinho, que os locais chamam de funicolare, que transporta as pessoas para a parte alta, onde está um centro comercial com lojas de grife. Há a opção de pegar um táxi que custam bem mais caros.

Como chegar

Não há voos diretos para a Costa Amalfitana. O aeroporto mais próximo fica na cidade de Nápoles, onde também não existem voos diretos a partir do Brasil sendo necessário fazer uma conexão. Entre as várias possibilidades estão a Alitalia (alitalia.com.br) que tem voos para Roma e a LATAM (latam.com/pt_br/) com frequências para Milão. Também destacamos as companhias Royal Air Maroc (royalairmaroc.com) que parte de São Paulo e Rio de Janeiro (três vezes por semana) para Casablanca; e Air Europa (aireuropa.com) que dispõe de dez voos semanais para Madri – sete a partir do Aeroporto Internacional de São Paulo (diário) e três de Salvador, às terças, quintas e sábados.

Onde ficar

Apesar de ser reduto de celebridades e milionários, a região dispõe de bons hotéis e pousadas. Confira algumas sugestões:

SORRENTO

Maison La Minervetta

Boutique Hotel Helios

Bellevue Syrene

POSITANO

Il San Pietro di Positano

Albergo Punta Regina

Hotel Palazzo Murat

AMALFI

Santa Caterina Hotel

NH Collection Grand Hotel Convento di Amalfi

Hotel Marina Riviera

RAVELLO

Hotel Villa San Michele

Belmond Hotel Caruso

Palazzo Avino

ATRANI

Palazzo Ferraioli

Me. Fra Camere di Sonia Criscuolo

L’argine Fiorito

CAPRI

La Minerva

Capri Wine Hotel

Hotel Excelsior Parco

Texto por: Roberto Maia

Foto destaque por Istock/ Vito Fusco

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