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Washington: poderosa e surpreendente

14 de dezembro de 2017

Washington, DC foge completamente do estereótipo de uma capital ima­ginada para o mais poderoso país do mundo. Tirando o sobrevoo constante de heli­cópteros sobre a cidade e os grandes comboios de carros oficiais escoltados por seguranças e tropas policiais que vez ou outra interrompem o trânsito, nem parece que estamos no princi­pal centro do poder político, econômico e mi­litar do planeta. A capital dos Estados Unidos transborda energia e apresenta ampla varieda­de cultural que atrai turistas do mundo inteiro.

A generosa oferta cultural e de entretenimen­to é expressa em centenas de locais de visita­ção (pagas ou gratuitas), entre museus, gale­rias de arte e bairros que se caracterizam pela agitação musical e ótimas opções gastronômi­cas, como Georgetown, Old Town Alexandria, Adams-Morgan e Dupont Circle.

Foto por Istock/ bpperry

Foto por Istock/ bpperry

Tamanha ebulição está concentrada em um pequeno espaço, o Distrito de Columbia, que tem pouco mais de 600 mil habitantes, que ocupam 174 mil metros quadrados de área ce­dida pelo Estado de Maryland. Já a área metro­politana tem 5,5 milhões de pessoas, incluindo o Distrito Federal.

O agradável cenário urbano de Washington, DC tem sido muito bem aproveitado por Holly­wood.

Basta ver o grande número de filmes de sucesso que têm a cidade como pano de fundo. Além do clima de poder, o que deve ter atraí­do os produtores foram justamente as largas avenidas, ruas, jardins, restaurantes, museus e galerias sempre à disposição dos visitantes.

Apesar de receber diplomatas e delegações internacionais, dia sim e outro também, o destino oferece um conjunto de atividades capaz de agradar todos os gostos. E, o me­lhor, a grande maioria gratuita. E como muitas atrações e monumentos estão concentrados em uma única região, não é preciso utilizar o transporte público – embora o sistema seja muito eficiente. Transitar pela cidade é muito fácil usando transporte público, andando a pé ou pedalando uma bike, que pode ser alugada em cerca de 160 estações da Capital Bikeshare, chega-se aos principais pontos de interesse. A cidade é bem plana e tem mais de 80 quilôme­tros de ciclovias.

Foto por Istock/ AlbertPego

Foto por Istock/ AlbertPego

Você vai se surpreender com a versatilidade de Washington, DC. Seja curtindo as atrações e passeios como Georgetown e Old Town Ale­xandria; seja fazendo compras nos muitos sho­ppings e outlets; ou se deliciando nos ótimos restaurantes que representam uma infinidade de cozinhas do mundo.

National Mall – Monumentos e Museus

A oferta cultural na capital americana está to­talmente fora dos padrões normais. O Distrito de Columbia concentra mais de 70 museus da mais elevada qualidade e conteúdo. E tem de tudo um pouco, de história a tecnologia, das indústrias às artes.

E o ponto de partida para as descobertas é o National Mall, um monumental eixo com uma bela esplanada com mais de 1,2 milhão de me­tros quadrados, onde estão os principais monu­mentos, memoriais e museus da cidade. A gran­de área do parque abrange desde o Capitólio até o Monumento a Washington, entre as ave­nidas Independência e da Constituição. Lá estão também o Lincoln Memorial, Franklin Delano Roosevelt Memorial, Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia, Martin Luther King Memo­rial, Thomas Jefferson Memorial, Memorial dos Veteranos da Guerra do Vietnã e Memorial da Segunda Guerra Mundial, além dos museus do complexo Smithsonian – National Air and Space, Museu Nacional de Arte Africana, Museu Na­cional do Índio Americano, Museu Nacional de História Americana, Museu Nacional de História Natural, Museu Hirshhorn e Jardim das Escultu­ras, Galeria Nacional de Arte, Galeria Renwick e o Jardim Botânico.

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Em uma das extremidades do National Mall está o Capitólio, o conhecido prédio do Con­gresso dos EUA. Ele marca a paisagem da cida­de por causa do seu imponente Domo e pode ser visitado diariamente em tours oficiais de 45 minutos cada. Como a procura é grande, as vi­sitas devem ser agendadas antecipadamente di­retamente no site oficial – visitthecapitol.gov. O tour não inclui acesso aos salões da Câmara e do Senado. O prédio da Suprema Corte fica nos fundos e também pode ser visitado.

Na sequência, aproveite a passagem subterrâ­nea que leva até a Biblioteca do Congresso, que reúne o maior acervo do mundo com mais de 158 milhões de exemplares. Entre tantas preciosi­dades estão as bíblias de Gutenberg e a Gigante de Mainz, o primeiro mapa a citar a América e a coleção original de Thomas Jefferson. O prédio em estilo renascentista impressiona. São muitos os salões, mas não deixe de conhecer a sala de lei­tura. Gigantesca, ela tem um domo de 48 metros de altura com colunas e estátuas em toda volta.

Na outra extremidade está o Lincoln Memo­rial. Erguido em homenagem ao ex-presidente dos EUA, foi construído em mármore branco e tem 36 colunas romanas ladeando a estátua de Abrahan Lincoln, o décimo sexto presidente americano que colocou fim à guerra de Seces­são. Com quase seis metros de altura e 175 to­neladas, atrai milhares de visitantes diariamente. Inaugurado em 1922, lembra muito um templo grego. Foi lá que, em 1963, Martin Luther King proferiu o histórico discurso “I have a Dream”. À noite, a iluminação especial deixa o local ainda mais bonito. Do lado de fora, um grande cal­çadão com vista para o espelho d’água reúne turistas e famílias, principalmente no verão.

Foto por Istock/ rarrarorro

Foto por Istock/ rarrarorro

Mais ou menos no centro está o Monumen­to a Washington, obelisco que homenageia o primeiro presidente do país é um dos símbolos da capital dos EUA. Tem 169,3 metros de altura e no seu interior funciona um museu que conta a história da sua construção, que começou em 1848. A visitação acontece diariamente das 9h às 17h. No verão, o horário se estende até as 22h. A entrada é franca.

Entre os museus, destaque para os 19 que in­tegram o complexo do Instituto Smithsonian, o maior do gênero no mundo. Grande parte de­les estão ao longo do National Mall. O movi­mento começou com o cientista britânico James Smithson, que jamais visitou os EUA. Ele deixou uma milionária herança para seu filho para ser utilizada em uma instituição denominada Smi­thsonian, dedicada à busca do saber e amplia­ção dos conhecimentos.

Como dá para perceber é necessário muito tem­po para visitar e conhecer todos os museus. As­sim, eleja os que mais lhe interessam e aproveite. A seguir, sugiro três interessantíssimas opções:

Foto por Istock/ Tim Brown

Foto por Istock/ Tim Brown

Museu Nacional do Ar e do Espaço (National Air and Space Museum) – Maior museu aeroes­pacial do mundo, recebe anualmente cerca de 10 milhões de visitantes. Possui o maior acervo de ae­ronaves e naves espaciais com muitas delas pen­duradas no teto. Entre as estrelas do lugar des­pontam o Spirit de Saint Louis, de Lindenbergh, o Flyer, dos irmãos Wright, e um módulo lunar do programa Apollo. Há, também, sondas, fo­guetes, satélites, meteoritos e até um pedaço de rocha lunar que pode ser tocada pelos visitantes.

Museu Nacional de Arte Africana (National Museum of African Art) – Localizado no jardim do Castelo Smithsonian, reúne o maior acervo dos EUA sobre a arte africana. Entre os muitos artefatos em exposição estão vestimentas, joias, máscaras, esculturas e pinturas de todas as par­tes da África.

Foto por Istock/ rarrarorro

Foto por Istock/ rarrarorro

National Gallery of Art – Imperdível para os amantes das artes. Seu acervo não fica devendo nada ao famoso Metropolitan, de Nova York. Em suas galerias estão obras de Van Gogh, Sal­vador Dalí, Cézanne, Gauguin, Monet, Manet, entre outros mestres.

Casa Branca, cemitério, notícias e espionagem

Fora dos limites do National Mall estão uma infinidade de outras atrações. A principal delas, claro, é a Casa Branca – o centro do poder do mundo e casa do presidente americano. Como não poderia ser diferente, é um dos locais mais visitados pelos turistas em Washington, DC. Ruas e praças no entorno estão fechadas aos carros por questões de segurança, mas a pé ou de bicicleta dá para chegar bem próximo das grades que cercam a residência. Atualmente as visitas ao seu interior estão suspensas, embora no passado esses tours eram comuns. Mas há um centro de visitantes com uma exposição que conta a história da icônica White House. Entre elas a do incêndio no século 19, que atingiu o prédio. Foi reformada e ganhou pintura branca para esconder os efeitos das chamas. A partir daí o antigo Palácio Presidencial mudou de nome.

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Localizado em Arlington, vizinho aos prédios do Pentágono, o Cemitério Nacional de Ar­lington tem mais de 300 mil militares (a maioria ex-combatentes) e seus familiares enterrados no local. O túmulo mais visitado é o do presiden­te americano John Kennedy. Destaque também para o mausoléu do Soldado Desconhecido, onde estão os restos mortais de três soldados não identificados e que participaram da I Guerra Mundial, Guerra da Coreia e II Guerra Mundial. Vale à pena assistir a troca dos guardas que ga­rantem a segurança do local que acontece dia­riamente de hora em hora. O acesso ao local é através da Arlington Memorial Bridge, ponte que separa o Distrito Federal do estado da Virginia.

Entre os museus não gratuitos há um dedicado à espionagem e um à imprensa. O Museu da Es­pionagem (Spy Museum) mostra as engrenagens da espionagem através dos tempos. Em seu acer­vo estão objetos utilizados por espiões do mundo real e da ficção, como câmeras, armas e até um carro utilizado pelo agente secreto 007, Também revela interessantes segredos da CIA, KGB, FBI e outros do mesmo naipe. É bem curioso.

Foto por Istock/ BrianPIrwin

Foto por Istock/ BrianPIrwin

No Newseum os fatos mais relevantes para os EUA e para o mundo estão apresentados através de notícias mostradas de maneira interativa em seus sete andares. Presta importante homena­gem à liberdade de imprensa. Logo à entrada estão fotografias que receberam o prêmio Pu­litzer. Os visitantes também encontrarão restos do World Trade Center, pedaços do muro de Berlim, 35 mil capas de jornais de cinco séculos, equipamentos usados por jornalistas e até um estúdio de TV. Oferece mostras permanentes e outras especiais. Há tanta coisa para ver que o ingresso vale para dois dias.

Arte ao ar livre e distritos históricos

O giro pela capital do país mais poderoso do mundo reserva muitas outras possibilidades. Tudo depende do tempo disponível e também da época do ano. Nos dias mais quentes vale muito à pena conhecer o Jardim das Escultu­ras e curtir despreocupadamente as obras de arte ao ar livre. Ele não é muito grande, mas ofe­rece tudo o que se espera de um espaço público. Tem um coreto onde músicos tocam jazz para o deleite dos visitantes, que se esparramam pe­los gramados em alegres piqueniques regados a sangria. Crianças e adultos aproveitam o chafariz para se refrescar no calor. Alheios a tudo isso, casais de namorados trocam juras de amor sob as lindas cerejeiras floridas. Uma festa!

Outra agradável opção é o Rock Creek Park, um parque nacional localizado bem no meio da cidade com mais de 50 quilômetros de trilhas para caminhadas, planetário, campo de golfe, passeios a cavalo, playgrounds e um centro de passeios de barco que oferece aulas e aluguel de canoa, caiaque e veleiros pequenos.

Foto por Istock/ somadjinn

Foto por Istock/ somadjinn

O distrito histórico de Georgetown parece que parou no tempo. Um charme as suas ruas de paralelepípedos, casas com tijolos aparentes e postes enfeitados com floreiras. O lugar tem bons restaurantes e interessantes opções para as compras. O Waterfront Park é uma área mui­to agradável e bastante procurada pelos prati­cantes de stand up paddle e canoagem. Uma pequena loja vende os cupcakes que são con­siderados os melhores do mundo. E realmente devem ser, pois não há um dia em que filas não se formem no local.

Em Old Town Alexandria – local de nasci­mento de George Washington – o cenário é igualmente encantador. Esse distrito histórico também tem prédios de tijolos aparentes dos séculos 18 e 19 e é muito procurado por cau­sa dos diversos e bons restaurantes situados em uma mesma rua.

Foto por Istock/ tupungato

Foto por Istock/ tupungato

Como chegar

O principal aeroporto da cidade, o Washington Dulles International (IAD) conta com ligações diretas a partir de São Paulo e do Rio de Janeiro através da United Airlines.

Onde ficar

São muitas e variadas as opções de hos­pedagem Em Washington, DC, Qual Viagem utilizou e aprovou o Kimpton Mason & Rook Hotel.

Considerado o “Melhor Hotel de Wa­shington, DC” em 2017 pelo U.S. News & World Report, está situado em uma agradável rua arborizada, a poucos passos da movimentada 14th St NW, repleta de bares, galerias e restauran­tes. Hotel boutique, apresenta decora­ção elegante e atmosfera caseira, onde a sensação dos hóspedes é de estar na casa de um amigo. Instalado em um antigo prédio de apartamentos, dispõe de 178 quartos espaçosos – os maiores da cidade – equipados com camas con­fortáveis, mesas enormes e televisores de 65 polegadas, além de banheiros em mármore com banheiras e box de vidro com duchas. Há, ainda, 18 suítes dotadas de sala de estar, grandes jane­las e um quarto privado. Um inovador bar para drinques e coquetéis, o Radia­dor, e o Rooftop Bar – um oásis sazonal no último piso – completam a infraes­trutura do local. Tudo com a eficiência, profissionalismo e elevado padrão de serviços da marca Kimpton.

Endereço: 1430 Rhode Island Ave NW, Washington, DC

Informações: masonandrookhotel.com

Onde comer

BLACK JACK
DEL FRISCO GRILLE
DEL FRISCO’S DOUBLE EAGLE STEAKHOUSE
FIG & OLIVE
JALEO

Texto por: Roberto Maia

Foto destaque por IStock/ SeanPavonePhoto

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