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Guimarães e Braga: duas pérolas que valem a visita ao norte de Portugal

5 de setembro de 2019

Qualquer roteiro turístico realizado em Portugal é certeza de excelentes experiências históricas e gastronômicas. Ultimamente, visitar o nosso colonizador tem sido tarefa mais fácil. A conectivi­dade aérea entre Brasil e Portugal tem se intensifica­do de maneira bastante rápida, principalmente nos últimos anos. Numa ampliação logística e de olho num mercado cada vez mais crescente, a Azul Linhas Aéreas, que já tinha voos para Lisboa, inaugurou a rota entre Campinas e Porto, permitindo ao turista brasileiro chegar ao norte de Portugal sem precisar fazer conexão em Lisboa.

O norte de Portugal oferece cidades de belíssimos conjuntos arquitetônicos, excelentes praias, pousa­das intimistas, propriedades rurais que produzem um dos melhores vinhos do mundo, sem falar nos azeites refinados, e construções históricas de gran­de valor. Vamos destacar nessa matéria duas cidades interessantes que podem ser exploradas na região, a partir de sua chegada ao Porto: Braga e Guimarães.

Foto por Istock/ AlexandreFagundes

Foto por Istock/ AlexandreFagundes

Guimarães: onde Portugal nasceu

Guimarães é considerada uma das cidades mais im­portantes historicamente em Portugal, já que foi lá onde foi estabelecido por D. Henrique o centro ad­ministrativo do Condado Portucalense, sendo mais tarde a cidade onde D. Afonso Henriques nasceu – o primeiro rei de Portugal. Em Guimarães se deu também a Batalha de São Mamede, fato histórico bastante importante que marcou a formação da na­ção portuguesa de fato. Por esses e outros motivos, Guimarães é um destino turístico que merece ser vi­sitado e explorado com calma.

Logo no centro de Guimarães é possível ver a es­tátua em bronze de D. Afonso Henriques, esculpida por Soares dos Reis em 1887, mas há também uma estátua recente, feita por João Cutileiro em 2001, que fica no Largo da Misericórdia. Caminhando mais um pouco, você chegará à Rua de Santa Maria, que ligava o castelo ao mosteiro de Mumadona.

Foto por Istock/ LucVi

Foto por Istock/ LucVi

Do lado esquerdo, fica o antigo Convento de San­ta Clara, onde hoje em dia está instalada a Câmara Municipal. Pelo Largo da Oliveira, é possível ver as arcadas dos antigos Paços do Concelho, que vão até à Praça de Santiago. No Largo da Oliveira fica um dos pontos turísticos de Guimarães mais importan­tes, a Igreja da Nossa Senhora da Oliveira, construída no final do século XIV a pedido de D. João I, após a vitória em Aljubarrota.

Foto por IStock/ Sergey_Peterman

Foto por IStock/ Sergey_Peterman

Ver a cidade de Guimarães de longe e do alto tam­bém é uma forma muito interessante de reconhecê­-la. O Santuário e o Monte da Penha é dedicado à Nossa Senhora do Carmo. Foi projetado pelo arqui­teto Marques da Silva e as obras iniciaram em 1930. O santuário é feito à base de granito da própria re­gião, uma vez que o intuito da obra era integrar o ambiente que a rodeava. Do grandioso Monte da Penha se tem uma vista linda de toda a Guimarães.

O turismo cultural também é bastante forte na ci­dade e o destaque é visitar o Centro Cultural Vila Flor – um palácio barroco cuja construção começou no século XVIII e só acabou no século XX. Quando foi adquirido pela prefeitura, em 1976, o intuito era que ali funcionasse uma extensão da Universidade do Mi­nho. Em 2005, se transformou em centro cultural e acolhe, entre vários serviços, a Oficina de Teatro. É um edifício moderno e minimalista misturado com a origem barroca do palácio.

Guimarães tem também a sua região moderna, mesmo sendo uma cidade que oferece muita história, e por isso conta com tantos monumentos e edifícios antigos que, por mais que estejam bem conserva­dos, são de séculos passados. Ainda assim, a cidade evoluiu muito e nas últimas décadas teve diversas intervenções modernistas.

Foto por IStock/ saiko3p

Foto por IStock/ saiko3p

A Casa António Rocha, no Largo do Carmo, é um exemplo desse lado bastante contemporâneo – uma casa de desenho moderno que fica bem no coração do centro histórico de Guimarães. Outro exemplo é o Edifício Muralha, onde está a sede da Polícia Muni­cipal. Apesar de manter a fachada original, foi cons­truída uma grande superfície de vidro no outro lado, que permite ver como o edifício consegue preservar a própria muralha.

Outros passeios interessantes são os belos museus que a cidade oferta aos turistas. A dica principal é visitar o Museu Alberto Sampaio, cujo nome home­nageia um historiador local. O museu abriu em 1928 no lugar de um antigo mosteiro e abriga uma cole­ção muito rica e importante da Colegiada: pinturas, esculturas medievais e renascentistas, peças dos pri­meiros tempos da nacionalidade, entre outros. Este é um dos museus de Guimarães mais prestigiados, embora haja outros muito interessantes também.

Foto por IStock/ StockPhotosArt

Foto por IStock/ StockPhotosArt

Vale também percorrer os diversos bares que tocam boa música e servem o vinho dos Deuses, sempre com excelentes opções gastronômicas. Guimarães tem uma das melhores noites das cidades portugue­sas. A cidade é uma constante festa, com um povo amável e carinhoso.

Explorando Braga

Guimarães fica a apenas 25 km de Braga, outra ci­dade muito importante para a história do país. Braga é conhecida como uma das mais religiosas do país, já que tem muitas igrejas de diversos estilos e bele­zas. Nossa recomendação é que o turista passe ao menos duas noites em Guimarães e pelo menos um dia garimpando as atrações da vizinha Braga. Apesar de também haver vários pontos turísticos em Braga muito interessantes, há dois lugares que são de visita obrigatória: o Santuário do Bom Jesus do Monte e o Santuário do Sameiro.

Foto por IStock/ tane-mahuta

Foto por IStock/ tane-mahuta

Construída há mais de 2000 anos, “Bracara Au­gusta” foi justamente fundada por Augusto, fican­do numa das principais vias romanas da Península Ibérica. A província romana de Galécia, atual Galiza, chegou a rivalizar na Idade Média com Santiago de Compostela em poder e importância. E Braga chegou a ser um dos destinos dos Caminhos de Santiago, quando esse culto começou a ter maior expressão, com a reconquista cristã e a fundação de Portugal.

A igreja da Sé Catedral é a mais antiga do país e foi construída no século XII pelos pais do primeiro rei de Portugal, D. Henrique e Dona Tereza, que ali têm seus túmulos. Braga continua a ser um dos principais cen­tros religiosos de Portugal, onde as Festas da Semana Santa e de São João são o ponto alto no calendário religioso e turístico. Outros pontos de interesse turísti­co são o Museu dos Biscainhos, instalado num palácio barroco, o período mais marcante de Braga, e o Mu­seu Arqueológico D. Diego de Sousa, já que a cidade é muito rica em vestígios da época romana.

Foto por IStock/ StockPhotosArt

Foto por IStock/ StockPhotosArt

Vale a pena um passeio sem pressa pelo centro his­tórico para visitar algumas das muitas igrejas, apre­ciar o casario e os edifícios antigos, como o famoso Palácio do Raio, o Theatro Circo e o Arco da Porta Nova, e tomar um café na emblemática Brasileira com vista para a Avenida Central. Mas Braga tam­bém se reinventou arquitetonicamente, sendo con­siderada uma das cidades mais vibrantes do país, cheia de jovens universitários. O estádio municipal de Braga, criado pelo renomado arquiteto português Souto Moura é uma das referências dos novos ares de reconstrução dessa belíssima cidade.

Como chegar

A Azul opera voos diretos e regulares entre o Porto e Vi­racopos (Campinas/SP). As passagens já estão à venda em todos os canais oficiais da companhia. Tanto Braga quanto Guimarães ficam a cerca de 55 km do Porto. Outra opção é voar a bor­do do Dreamliner. A Royal Air Maroc tem duas frequên­cias diárias para Lisboa via Casablanca saindo do Janeiro ou São Paulo.

Onde ficar

BRAGA

Burgus Tribute & Design Hotel

Hotel Bracara Augusta

Villa Garden Braga

GUIMARÃES

Casa do Juncal

Hotel da Oliveira

Santa Luzia Arthotel

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque por Istock/ saiko3p

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