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Goleada inglesa no turismo do futebol

29 de julho de 2019

Com o sucesso dos times ingleses nas competições internacionais e o lançamento de pacotes voltados ao “esporte bretão”, a hegemonia do país deve crescer ainda mais

Em 1920, quando os ingleses dominavam cer­ca de 24% da área total do Planeta, dizia-se que “o sol nunca se põe no Império Britâni­co”, já que devido à sua impressionante extensão, o sol sempre brilhava algum ponto de seus inú­meros territórios. Passados quase 100 anos, hoje podemos dizer que “a bola nunca se põe no Impé­rio do Futebol Inglês’, quando falamos de clubes. Pela primeira vez na história, quatro equipes de um mesmo país chegaram às finais da Champions League (Liverpool x Tottenham) e Liga Europa (Ar­senal x Chelsea).

Também é a primeira vez que três equipes de uma mesma cidade, Londres, disputaram finais. Liverpool e Chelsea ficaram com os títulos, mas o grande vencedor foi o futebol britânico.

A grande fase do futebol inglês não é questão de momento nem de sorte. Você pode argumentar que os ingleses não conquistam nada importante com sua seleção principal desde a Copa do Mundo de 1966, a única que disputaram em casa. Mas seu campeonato nacional é o melhor do mundo! Organizado e com estádios seguros, tem sempre vários candidatos ao título, bem diferente do que acontece em outros países europeus. É também a competição que mais reúne grandes jogadores. Na Copa da Rússia, 108 atuavam na Premier League.

Foto por Istock/ PhotoLondonUK

Foto por Istock/ PhotoLondonUK

Dos turistas que prestigiam algum evento esporti­vo, cerca de três quartos compareceram a uma par­tida de futebol. O turismo gera £108,55 bilhões por ano para a economia do Reino Unido. Em 2014, segundo a Pesquisa Internacional de Passageiros do Departamento de Estatísticas Nacionais, o gas­to médio por visita de turistas que assistem a pelo menos um jogo de futebol era de £855, enquanto quem não vai ao futebol gasta em média £628.

Segundo o VisitBritain (British Tourist Authority), o conselho de turismo da Grã-Bretanha, há um for­te crescimento na chegada e gastos dos visitantes brasileiros. Nos primeiros três meses do ano pas­sado, foram 74 mil viagens do Brasil para o Reino Unido, um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2017. De janeiro a março, os brasileiros deixaram em território britânico £56 milhões, um aumento 28% em relação ao ano anterior.

Esporte, Turismo e Economia são áreas que têm tabelado bem demais e os ingleses jogam forte, no ataque, para golear com lançamentos de pacotes que devem impulsionar ainda mais o número de turistas.

Tem dado certo. O bom filho à casa torna: ver o principal esporte do mundo na terra onde ele nas­ceu é uma experiência única e inesquecível. Nos pacotes Football is Great, de quatro, cinco e seis dias, há passeios em pequenos, médios e grandes estádios, visitas a museus temáticos do futebol, jo­gos e idas a pontos turísticos e gastronômicos, já que ninguém é de couro.

Estivemos no Reino Unido em uma espécie de Avant Premier League do Football is Great. Veja aqui uma seleção de 11 atrações futebolísticas que escalamos para você conhecer em Liverpool, Man­chester e Londres.

SELEÇÃO DE ATRAÇÕES SHOWS DE BOLA

ANFIELD STADIUM

Foto por IStock/ coward_lion

Foto por IStock/ coward_lion

O antigo estádio, inaugurado em 1884, em Liver­pool, foi reformado e ampliado para 54 mil lugares em 2016, mas ainda tem aquela atmosfera de lugar histórico. Junto ao portão de entrada, a frase com o lema da torcida You’ll Never Walk Alone – “Você Nunca Caminhará Sozinho”, quase um segundo hino. Por 2h, ao preço de £20, o visitante tem a oportunidade de conhecer o estádio em um passeio bem programado, que reúne história e emoção.

É marcante ver expostos no vestiário dos ad­versários os uniformes de grandes jogadores que enfrentaram o clube, como Xavi, Iniesta, Cristiano Ronaldo, Henry, Messi e o brasileiro Cafu. Tam­bém é bacana estar no vestiário do time inglês jun­to aos armários de Mané, Salah e dos brasileiros Alisson, Fabinho e Firmino.

Foto por MARIA PEREIRA GONTOW

Foto por MARIA PEREIRA GONTOW

O passeio dá acesso ao Museu do Liverpool, onde há muitas referências aos cinco títulos de campeão europeu, nas temporadas de 1976/77, 1977/78, 1980/81, 1983/84 e 2004/2005. O Liverpool é o maior vencedor inglês da competição. Flamenguis­tas e são-paulinos ficariam orgulhosos ao ver que não há nada sobre finais de mundiais perdidas pelo time inglês, em 1981 e 2005.

Na sua visita, certamente já haverá destaque para o sexto título, conquistado no último dia 1o de junho contra o Tottenham.

Na entrada do museu, um uniforme, antigo, do maior adversário da cidade, o Everton. “Anfield foi a casa do Everton de 1884 a 1892”, diz a plaque­ta. Exemplo de que civilidade e precisão histórica podem andar junto com a paixão. O momento mais marcante, é quando se chega dentro do es­tádio, com vista para o gramado impecável e um aparelho de realidade aumentada mostra o An­field lotado. Para onde direcionamos o aparelho, ouvimos e vemos o som e as imagens da torcida 10 entoando seu canto mais famoso. A gente se sente como se estivesse em dia de jogo.

Foto por maria Pereira Gontow

Foto por maria Pereira Gontow

Nas janelas, bolinhas vermelhas adesivadas atrapalham a vista para o estádio do Everton, o Goodison Park. A brincadeira tem origem em mais uma frase antológica de Shankly: If Everton were playing at the bottom of the garden, I’d pull the curtains. – “Se o Everton estivesse jogando no fun­do do meu jardim eu fecharia as cortinas.”

Apesar das provocações, a rivalidade vermelha e azul, iniciada em 1894, não é imensa. O Beatle Paul McCarney é o exemplo mais notório desse espírito amigável. Torcedor do Everton, também simpatiza com o Liverpool, para quem torce em todos os jogos, menos quando o adversário é o próprio Everton.

Informações: liverpoolfc.com

GOODISON PARK

Foto por IStock/ SAKhanPhotography

Foto por IStock/ SAKhanPhotography

O tour pelo estádio do Everton, em Liverpool, que tem capacidade para 39.572 pessoas, pode ser feito por £15. Uma das atrações é o fato de jogarem no time azul os brasileiros Bernard e Ri­charlison. Mas acima de tudo é porque foi lá que o Brasil disputou três jogos – uma vitória e duas derrotas – na péssima campanha da Copa de 1966, quando a Seleção, então bicampeã, foi eli­minada na primeira fase. Esse estádio, porém deve ser sempre reverenciado por ser o local da última apresentação de Pelé e Garrincha juntos, em uma partida oficial de Seleção Brasileira. Foi em 12 de julho de 1966, nos 2 a 0 sobre a Bulgária. Nessa partida da Copa, Pelé marcou aos 15 do 1º tempo e Garrincha aos 18 do 2º, ambos de falta.

Informações: evertonfc.com

CORINTHIAN-CASUALS

Há um nome pejorativo para os raros londrinos que torcem por clubes de outras cidades: são os Glory Hunters, espécie de caçadores de títulos. É bacana ver a identificação moradores de Londres com os times dos bairros e regiões em que vivem ou trabalham. Há pelo menos 60 equipes na cida­de. Uma delas é o Corinthian-Casuals FC, ex-Corin­thian Football Club, fundado em 1882, e que em São Paulo deu origem ao mais importante Corin­thians do planeta. Até mesmo as equipes menores têm torcidas orgulhosas de suas raízes. É um bom passeio descobrir um desses estádios.

Informações: corinthian-casuals.com

THE SHANKLY HOTEL

Foto por reprodução shanklyhotel.com

Foto por reprodução shanklyhotel.com

Erguido em homenagem a um herói que nunca jogou pelo Liverpool nem pelo Everton. Em todo o hotel, menos nos quartos, objetos contam a tra­jetória de Bill Shankly, que comandou o Liverpool por 15 temporadas. No hall de entrada, há frases impactantes ditas por Shankly, como Liverpool was made for me and I was made for liverpool “O Liverpool foi feito para mim e eu fui feito para o Liverpool”. No bar e restaurante The Bastion, o nome do local é uma referência a outra famosa frase de Shankly: My idea was to build Liverpool into a bastion of invincibility “Minha ideia era construir o Liverpool em um bastião de invenci­bilidade”. Chama a atenção o banheiro masculi­no onde três baldes de tamanhos distintos foram transformados em mictórios. O pequeno para o início da noite, o médio para o meio e o grande para ao final, após comes e principalmente bebes.

Informações: shanklyhotel.com

CAPITAL MUNDIAL DO FUTEBOL

Foto por IStock/ serefozdemir

Foto por IStock/ serefozdemir

Nenhuma cidade do mundo tem tantos estádios monumentais quanto Londres, que hoje tem argu­mentos para reivindicar o posto de “capital mun­dial do futebol”: Emirates Stadium (Arsenal), com 60.432 lugares; o Stamford Bridge (Chelsea), 41.631 lugares; Estádio Olímpico de Londres (utilizado pelo West Ham), para 60 mil pessoas; Wembley, que pertence à prefeitura londrina e é o maior do Reino Unido, com 90 mil assentos; e o recém-inaugurado Tottenham Hotspur Stadium, com 62.062 luga­res. Há tours instigantes para todos esses estádios.

Informações: arsenal.com | chelseafc.com | whufc.com | wembleystadium.com | tottenhamhotspur.com

CRAVEN COTTAGE

Na capital inglesa conhecemos dois estádios raí­zes: o Craven Cottage e o Selhurst Park, ambos em dias de jogos. Rumamos em direção ao Craven Cottage, do Fulham, inaugurado em 1896, com sensação de calmaria e segurança, sem qualquer resquício dos hooligans, violentos torcedores das décadas de 1980 e 1990. No caminho, mesmo na era das mídias virtuais, são muito procuradas as programmé (£3,5), as bem produzidas revistas oficiais sobre a partida. Há também muitos pontos para apostas – outra paixão dos ingleses.

Para nossa surpresa, o estádio estava lotado. O Fu­lham vinha de três derrotas e enfrentava o Bourne­mounth. Além disso fazia frio, cerca de cinco graus. Mas nada intimidou os mais de 25 mil torcedores.

Foto por IStock/AmandaLewis

Foto por IStock/AmandaLewis

Mesmo após passar por transformações para se adaptar aos tempos modernos, o Craven Cottage manteve a aura de estádio inaugurado há mais de um século. Atrás de uma das linhas de escanteio há um incrível pavilhão, usado como vestiário. Sua sacada virou camarote para convidados do clube e familiares dos atletas. Até há poucos anos, o es­tádio atraia também alguns apaixonados por mú­sica, interessados na estátua Michael Jackson, de 2,3 metros de altura. Ela foi colocada em 2011 por iniciativa do então presidente do clube, Mohamed Al-Fayed, amigo do astro pop. Logo virou alvo de gozações dos adversários, já que não existiam indí­cios de que o artista fosse fã do Fulham. A estátua dançou em setembro de 2013, quando foi removi­da pelo presidente seguinte, Shahid Khan.

O Craven Cottage já recebeu um jogo do Bra­sil, em 2011, que derrotou Gana por 1 a 0. Outro confronto que marcou época aconteceu no dia 12 de março de 1973, quando a equipe inglesa esta­va na 2ª Divisão e enfrentou o poderoso Santos. O time brasileiro já estava desgastado por uma via­gem com 13 partidas em quatro continentes, em cerca de 40 dias. O gol do santista foi marcado em um pênalti sofrido e convertido por um certo Pelé. O Fulham venceu por 2 a 1, para o delírio de 21.462 torcedores.

Mas, agora, a realidade é outra. Mesmo com o estádio lotado, o Fulham foi amassado pelo Bournemounth, que venceu por 3 a 0. Apesar da derrota, a torcida não vaiou o time nem hostili­zou os adversários. Pelo contrário, foi bonito ver as torcidas caminharem pelo Bishops’s Park, em meio às folhas secas caídas das árvores no outo­no inglês, em direção à estação de metrô Putney Bridge. Lado a lado os torcedores se respeitavam, o que deveria ser a regra em todos os lugares. Em tempo: o Fulham foi rebaixado e jogará a próxima temporada na 2ª Divisão.

Informações: fulhamfc.com

SELHURST PARK

No dia seguinte, a visita em Londres foi a outro estádio pequeno em tamanho (26.309 lugares) e grande em história: o Selhurst Park, do Crystal Palace, inaugurado em 1924, no sudoeste da ci­dade. Dessa vez, o percurso foi por overground até a estação de Norwood Junction, seguido por uma caminhada de 15 minutos, novamente com as torcidas misturadas. Agora, a partida envolvia dois times da cidade: um médio e o outro gigante, o Arsenal, 13 vezes campeão inglês. Mas a atmos­fera para o “clássico” era a mesma do dia anterior, ou seja, total segurança e tranquilidade.

O belo estádio revelou que nem tudo é perfeito na Premier League. Da última fileira, o espectador consegue ver as quatro linhas do impecável gra­mado, mas não enxerga o movimento das torcidas já que o teto baixo atrapalha a visibilidade. Além disso, se há um lance de perigo e alguém se levan­ta, não dá para ver mais nada. Ao contrário do dia anterior, houve uma disputa acirrada e o jogo foi emocionante. Terminou empatado em 2 a 2.

Informações: cpfc.co.uk

Foto por Maria Pereira Gontow

Foto por Maria Pereira Gontow

ETIHAD STADIUM

O atual bicampeão inglês, o milionário time do Manchester City, não tem ainda uma história tão vitoriosa quanto os outros integrantes do chamado Big Six (Manchester United, Liverpool, Tottenham, Arsenal e Chelsea), que dominam o futebol do Rei­no Unido. Mas não deixa de valorizar e enaltecer seu passado. No impressionante complexo, quase uma cidade azul, em que está situado o Etihad Sta­dium e o centro de treinamento, nos painéis com fotos e dizeres espalhados nas paredes externas do estádio há grande destaque a uma partida da única temporada em que o clube esteve na 3ª Di­visão inglesa: a heroica reação de 1999 contra o Gillingham, em Wembley, quando o time empatou no finalzinho, após estar perdendo por 2 a 0, e depois venceu nos pênaltis. Com o resultado, con­quistou a terceira vaga e voltou à 2ª Divisão.

Foto por IStock/ coward_lion

Foto por IStock/ coward_lion

O modelo do tour (£17,50) de 1h45 é seme­lhante ao que vimos em outros clubes ingleses, mas o simpático e apaixonado guia Paul Davies, que conduz a visita através da moderna arena de 55.097 lugares, torna tudo ainda mais fascinante.

No setores mais caros, as poltronas têm calefa­ção para aquecer torcedores. No The Tunnel Club, restaurante e bar, há uma incrível vista para o túnel por onde passam os jogadores. Os clientes conseguem observar, sem serem vistos, os atletas alinhados para entrar em campo ou darem entre­vistas após o jogo. No piso acima, dá para recep­cionar e até cumprimentar os atletas que passam em direção ao vestiário.

E por falar em vestiário, ali aprendemos ao olhar para os uniformes dos quatro brasileiros (Ederson, Fernandinho, Gabriel Jesus e Danilo), que eles não se sentam lado a lado. E o mesmo acontece com os jogadores de outras nacionalidades. Para evitar panelinhas. Antes de seguir para outros setores do estádio, o grupo de turistas tira as tradicionais fo­tos ao lado dos uniformes dos jogadores e também na sala de conferência. Muitos, inclusive este jorna­lista, fizeram fotos com um painel que trazia a foto do treinador Pep Guardiola em tamanho natural.

Informações: mancity.com

TAST – RESTAURANTE DE GUARDIOLA

Apaixonado por futebol arte, Pep Gardiola tam­bém adora a arte da gastronomia. Foi uma expe­riência incrível conhecer o Tast – Cuina Catalana, restaurante inaugurado em agosto de 2018 pelo treinador no centro de Manchester. A cozinha é assinada pelo estrelado Paco Pérez, o chef Miche­lin, catalão que serve magistrais Tastets, pequenos sabores de comida, mais complexos que as tapas, embora ainda menores que um prato.

Havia pouca chance de Guardiola aparecer na casa, já que ele vai ao restaurante apenas uma vez por se­mana. Mas de repente o técnico entrou no estabele­cimento e sentou-se à mesa bem ao lado da nossa. Pouco depois, também pertinho, surgiu o jogador Fernandinho para jantar com a esposa. Através do simpático e competente gerente-geral Fernando Marques, apaixonado e torcedor do Benfica, conse­gui a abertura para conversar com Guardiola, des­de que esperássemos que ele terminasse de jantar.

O famoso treinador veio em nossa direção. Foi simpático e puxou assunto. Aproveitei para contar que estivemos à tarde no vestiário do City, uma foto ao lado do seu pôster e que agora tinha a alegria de estar com o Guardiola verdadeiro! Ele achou en-

graçado e sorriu. “Tu resgatas o que o futebol bra­sileiro era no passado!”, afirmei. Ele agradeceu e declarou sua admiração e respeito pelo futebol bra­sileiro: “Brasil é sempre Brasil”.

Informações: tastcatala.com

OLD TRAFFORD

De um lado do Old Trafford, em Manchester, há esculturas de três ídolos da história do clube, em uma espécie de esplanada: os ex-jogadores Bobby Charlton, George Best e Denis Law. Na entrada do outro lado, há uma escultura em homenagem a Alex Ferguson, que treinou o time por incríveis 26 anos.

O tour no segundo maior estádio do país, com cerca de 76.212 lugares, atrás apenas do remo­delado Wembley, também foi impactante. Visivel­mente tinha muito mais pessoas – das mais diversas origens e lugares – que os passeios nos campos do Liverpool e do City. Dava para ver outros grupos, com guias, fazendo o passeio simultaneamente. Durante cerca de 1h30, dá para conhecer o está­dio e a monumental história do clube, com seus craques, conquistas e tragédias, como o desastre aéreo de Munique, em 6 de fevereiro de 1958, que matou oito jogadores da equipe, além de membros da comissão técnica e outros passageiros.

Foto por Istock/ coward_lion

Foto por Istock/ coward_lion

Há várias opções de passeios. Em um deles, o Le­gends Tours, um ex-atleta do clube acompanha o grupo e conta várias histórias (de £25 a £140). No tour, um bom destaque ao título de campeão do mundo conquistado em 1999, contra o Palmeiras. Não chega a ser uma gozação com os adversários, mas o United, por ser o único inglês a ter tal con­quista, utiliza o feito na sua disputa pela hegemo­nia inglesa, especialmente contra o Liverpool, que venceu menos campeonatos nacionais que o rival, mas tem mais Champions.

Informações: manutd.com

NATIONAL FOOTBALL MUSEUM

O maior e melhor museu de futebol do mundo está situado no centro de Manchester. É sempre bom ver que na Terra da Rainha o brasileiro Pelé segue reverenciado como Rei do Futebol. Há deze­nas de peças sobre ele, como a camisa da Copa de 1958, o primeiro Mundial conquistado pelo Brasil, na Suécia; a chuteira e o passaporte utilizados da Copa de 1966, na Inglaterra; e a medalha recebida na Copa de 1970, disputada no México.

Curiosamente, uma das peças mais vistas do mu­seu é o uniforme de Maradona na Copa de 1986, quando fez nos ingleses dois gols que ficaram para sempre. Um deles com a mão – “la mano de dios” – e outro em que driblou o time inteiro da Inglaterra. Outra camisa que faz muito sucesso é a utilizada por um inglês em 1872, no primeiro jogo realizado entre seleções de futebol de dois países: Inglaterra e Escócia. Em várias partes dá para ver bolas e chu­teiras antigas. Além do valor histórico, demonstram como quase tudo era mais difícil para os craques do passado. Uma das bolas foi a utilizada pela Argenti­na na final da Copa, contra o Uruguai, quando cada seleção escolheu uma bola para um período do jogo. Coube aos uruguaios a bola da segunda etapa.

Foto por Istock/trabantos

Foto por Istock/trabantos

Emociona ver a escultura sobre a “Trégua de 1914”, quando em plena 1a Guerra Mundial, na cidade de Saint-Yvon, na Bélgica, ingleses e ale­mães às vésperas do Natal interromperam as hos­tilidades e os terríveis combates para disputar uma partida de futebol. Quisera fosse sempre assim. Ninguém lutasse para conquistar o mundo. Mas sim outra bola: de futebol! E as explosões fossem só de alegria, de gritos de gols!

Informações: nationalfootballmuseum.com

Como chegar

A British Airways tem voos diárias para Londres saindo de São Paulo. Outra opção é utilizar os serviços de empresas que voam para as principais capitais da Europa e reali­zar um voo de conexão. Há, também, uma possibilidade interessante que é a Royal Air Maroc, que tem voos saindo de São Paulo e Rio para Casablanca e de lá para Londres.

Onde ficar

LIVERPOOL

The Shankly Hotel 

LONDRES

The May Fair

MANCHESTER

The Midland Hotel

Hotel Football

Texto por: Airton Gontow. O jornalista e a fotógrafa Maria Pereira Gontow viajaram com o apoio do VisitBritain.

Foto destaque por IStock/ SidorovStock

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