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Belô, Beagá…Belo Horizonte! Descubra a capital mineira e seus arredores

15 de janeiro de 2019

Belo Horizonte, ou Beagá – como carinhosamente é chamada por seus moradores – é um destino cheio de encantos. Com fácil acesso, tanto de carro, quanto de avião, a capital mineira, cercada pelas montanhas da Serra do Curral, guarda diversos atrativos culturais e históricos que merecem uma visita. Isso sem falar no povo receptivo que, com aquele sotaque inconfundível, ganha o coração dos turistas. Confira os lugares imperdíveis para desbravar na capital mineira:

As belezas da Pampulha

Considerada um dos melhores lugares para o lazer em BH, a região da Pampulha integra natureza e arqui­tetura, formando um cenário único. O Complexo Ar­quitetônico da Pampulha é considerado Patrimônio da Humanidade e, ao longo de seus 18 quilômetros, apre­senta alguns dos principais cartões-postais da cidade.

Foto via iStock/ bcorreabh

Foto via iStock/ bcorreabh

Projetado pelo icônico Oscar Niemeyer nos anos 40, a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck, para ser o bairro mais bonito do Brasil, o lugar não faz feio e mantém, até hoje, grandes construções com suas características curvas e linhas arrojadas.

Representando um importante momento para o de­senvolvimento do país e da região, o entorno da lagoa conta com grandes obras do arquiteto como: o Iate Tênis Clube, o Museu de Arte da Pampulha (antigo cassino), a Casa do Baile e a Igreja de São Francisco de Assis. Essa última, inclusive, reúne as genialidades de Niemeyer, do paisagista Burle Marx e do pintor Cân­dido Portinari. A combinação gerou a construção em tons azuis, com linhas e curvas totalmente revestida por azulejos e pelos painéis que retratam a Via Sacra e a imagem de São Francisco.

Foto por Istock

Foto por Istock

Além de descobrir as belezas dos prédios ao redor, vale a pena tirar uma tarde para curtir, como um local, o clima agradável da lagoa. O que não faltam são pessoas praticando esportes e famílias curtindo a paisagem. Um passeio de bike é perfeito para conhecer a região!

História e cultura no Circuito Praça da Liberdade

Foto por IStock/ Marcelo G Barreiro

Foto por IStock/ Marcelo G Barreiro

O Circuito Cultural Praça da Liberdade é o maior conjunto integrado de cultura do Brasil. Por lá, os antigos prédios públicos foram transformados em espaços interativos que buscam espelhar a diversi­dade: acervos históricos, artísticos e temáticos; cen­tros culturais interativos; biblioteca e espaços para oficinas, cursos e ateliês abertos; além de planetá­rio, cafeterias, restaurantes e lojas. O ponto de par­tida desse roteiro é a própria praça. Inspirada nos jardins do Palácio de Versalhes, na França, o lugar também é um dos principais cartões-postais da ci­dade. Além disso, ela abriga 12 espaços culturais que funcionam como um refúgio e opção de lazer para moradores e turistas. No final da tarde, essa região fica cheia de jovens, casais, famílias, amigos e até mesmo praticantes de corrida e caminhada.

Atualmente, os espaços e museus em funcionamen­to são: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Casa Fiat de Cultura, Centro Cultural Banco do Brasil, Centro de Arte Popular Ce­mig, Centro de Formação Artística – Cefar Liberda­de; Espaço do Conhecimento UFMG, Horizonte Se­brae – Casa da Economia Criativa, Memorial Minas Gerais Vale, MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, Museu Mineiro e Palácio da Liberdade.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

Além desses dois circuitos, alguns lugares fazem parte da história de BH e são imperdíveis:

Mercado Central

O Mercado Central era chamado antigamente, des­de que fora criado, em 1929, de Mercado Municipal de Belo Horizonte. O nome, no entanto, não muda a grande função que é a oferta de produtos variados e de qualidade. Lá, encontram-se o tradicional pão-de-queijo mineiro, diversos tipos de queijo, cachaça, pimenta, objetos de artesanato, frutas e boas lem­branças para levar para familiares e amigos.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

Vale a pena também experimentar uma iguaria ofe­recida em praticamente todas as lanchonetes do mer­cado: o fígado com jiló. Apesar dos dois ingredientes controversos, o prato é tipo belo-horizontino e, segun­do contam, surgiu na mesma época que o espaço, já que os produtos eram bastante acessíveis aos operários e trabalhadores que frequentavam o Mercado Central.

Museu de Artes e Ofício

Instalado nos edifícios tombados da antiga Estação Ferroviária, na Praça da Estação, o museu guarda um importante acervo histórico. Com mais de 2.500 pe­ças que representam as primeiras invenções do tra­balho pré-industrial no Brasil, o espaço promove uma verdadeira viagem no tempo.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

A coleção que deu origem ao museu, com peças ori­ginais dos séculos XVIII ao XX, foi iniciada há cerca de 50 anos. A observação do acervo revela que, mesmo quando desenvolve uma peça voltada para suprir uma necessidade de trabalho, o homem usa sua capacida­de criativa e se expressa com arte e sensibilidade.

Praça do Papa

Saindo um pouco do centro, vale visitar a região do bairro Mangabeiras em Belo Horizonte, onde fica a Praça Israel Pinheiro, que todo mundo chama de Pra­ça do Papa. O lugar ganhou esse nome depois que o Papa João Paulo II veio a Beagá e celebrou uma missa de lá, em 1980. Depois desse dia, foi erguida uma enorme cruz na praça e ela perdeu seu nome original. Dela dá para ver a cidade toda, pois esse bairro é bem alto, fica no pé da serra. Depois da praça vale seguir até o Mirante do Mangabeiras, de onde se tem uma visão ainda mais legal de toda a cidade.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

Ali perto, dê uma paradinha na Rua do Amendoim (Rua Professor Otávio Coelho Magalhães) que tem uma curiosidade muito legal. Ao desligar o motor do carro no início da rua, que é uma subidinha, o carro conti­nua subindo, misteriosamente. Vale a pena conferir!

Feira Hippie da Afonso Pena

Aos domingos, a Av. Afonso Pena, uma das mais mo­vimentadas da cidade, tem uma parte fechada para receber a famosa “Feira de Artes e Artesanatos ”. Ela começou na Praça da Liberdade, com poucos artis­tas que se reuniam pra vender seus artesanatos. Em 1991 foi transferida para a Av. Afonso Pena, onde acontece até hoje com mais de 2.500 expositores. Os expositores chegam de madrugada para montar as barracas e a partir das 6h já é possível encontrar turistas no local.

Foto reprodução: facebook.com/FeiradeArtesanatodeBH

Foto reprodução: facebook.com/FeiradeArtesanatodeBH

Para andar por toda a feira é acon­selhável ir cedo, quando o sol não está tão forte e a feira está mais vazia. Na imensidão de barraquinhas é possível encontrar roupas, sapatos, bolsas, bijuterias, móveis para casa, comida, quadros e objetos de arte, artesanato, brinquedos, tapeçaria e até mesmo apre­sentações artísticas como capoeira e forró.

Mineirão: Futebol também é turismo!

“Bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear. Quem não sonhou, em ser um jogador de futebol?!” Ao entrar no Mineirão pela primeira vez, é impossível não se lembrar dos versos dos também mineiríssimos meninos do Skank. O campo, oficialmente chamado de Estádio Governa­dor Magalhães Pinto, já foi palco de grandes embates do futebol brasileiro e faz parte da história dos dois maiores times do estado (Cruzeiro e Atlético MG).

Foto por Istock/ GeraldoCostafotografias

Foto por Istock/ GeraldoCostafotografias

Mas além do que acontece nas quatro linhas, o lugar teve sua fachada tombada pelo Patrimônio Histórico de Belo Horizonte e conta com um atrativo que cha­ma a atenção dos apaixonados pelo esporte: o Museu do Futebol. Localizado dentro do estádio, o museu completa a visita com história e entretenimento para o visitante. A exposição apresenta, além da memória do estádio, informações relacionadas ao futebol mi­neiro, e também diversos aspectos desse esporte na sua relação com manifestações culturais e sociais.

Dentro do museu há espaços dedicados à leitura, aos pequenos, à memória onde está a primeira catraca do estádio, bandeiras e camisetas de times que já joga­ram no local, às notícias que saíram sobre o Mineirão.

Comida mineira é bão dimais, sô

Comida mineira é sinônimo de fartura, tempero mar­cante, sabor aguçado. Viajar para Belo Horizonte, en­tão, é quase como um mergulho em um universo gas­tronômico único. O mineiro gosta de comer bem e isso pode ser comprovado em seus bares, restaurantes, na porta do Estádio ou na feirinha da Afonso Pena.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

A capital também investe em cervejas artesanais, com direito à fábrica própria que oferece visita e de­gustação – tudo acompanhado de um bom prato alemão. É o caso da Cervejaria Wals, localizada no Bairro São Francisco e fundada em 1999, que já vem ganhando fama nacional.

Além dos restaurantes e bares, uma sorveteria é pa­rada obrigatória na cidade. É a São Domingos, que funciona desde 1929 na famosa avenida Getúlio Var­gas. Com mais de 270 sabores, todos de fabricação própria, o lugar é um verdadeiro paraíso dos sorve­tes. Se tiver alguma dúvida nesse mar de sabores, vale a pena experimentar o de doce de leite crocante!

Inhotim – Colírio para os olhos e refrigério para a alma

A apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte, a cidade de Brumadinho abriga uma importante atração: o Inhotim. Conhecido mundialmente, o museu a céu aberto – consi­derado um dos maiores do mundo -, reúne obras de arte contemporânea de relevância internacional e espaços de espécies tropicais raras da fauna brasileira.

Foto por iStock/ diegograndi

Foto por iStock/ diegograndi

A história do Inhotim começa com Bernardo Paz, idea­lizador do projeto. Em meados da década de 1980, o empresário mineiro iniciou a projetar o lugar, que só foi aberto ao publico em 2006. Segundo contam, o destino recebeu esse nome por conta de um minerador que teria morado lá, o inglês Sir Timothy. Os locais traduziram o sir para senhor e, como é sabido até hoje o gosto do mi­neiro por emendar as palavras, acabou virando Nhô Tim.

Hoje, o lugar abriga 19 galerias permanentes e 23 tem­porárias reunindo mais de 250 artistas. Para visitar o mu­seu são indicados de 3 a 4 dias, assim, você conhece cada uma das três rotas (amarela, laranja e rosa) sem pressa, desfrutando da paisagem e das obras que a integram. Pa­rar entre uma galeria e outra para apenas observar o lago que parece se abrilhantar a cada ângulo ou uma bela or­quídea não tem preço! Não é à toa que o lugar fez parte, inclusive, da cenografia da série brasileira 3% representan­do o Maralto, uma espécie de oásis pós-apocalíptico onde só essa porcentagem da população merece permanecer!

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

Em uma visita de um dia, vale se focar em uma rota ape­nas, para aproveitar o máximo possível do ambiente. En­tre as galerias mais visitadas estão: a True Rouge (1997) feita pelo pernambucano Tunga; a Doris Salcedo, com a obra Neither (2004) e seus diversos tons de branco; a Mi­guel Rio Branco, com uma intensa exposição fotográfica produzidas nos últimos 30 anos pelo espanhol; a Doug Aitken (2009), com o som da terra; a Cildo Meireles, uma das mais sensoriais do circuito; e a Galeria Praça, que reú­ne icônicas obras já na entrada e uma instalação sensorial da artista Janet Cardiff que arrepia a todos os visitantes e finaliza o passeio com gostinho de quero mais.

Foto por Eliria Buso

Foto por Eliria Buso

Além disso, o espaço é considerado também um Jardim Botânico, abrigando uma das maiores coleções de palmei­ras do mundo, além de outras espécies belas e raras. Hoje, são cinco as composições fixas de botânica: Vandário, Jar­dim de Todos os Sentidos, Jardim Desértico, Veredas, Jar­dim de Transição, Jardim Pictórico e Largo das Orquídeas.

Congonhas

Rodando pouco mais de uma hora a partir da capital, outro destino interessante é a cidade de Congonhas. Turistas do mundo inteiro via­jam até lá para apreciar o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, considerado o maior comple­xo de arte colonial do mundo. A cidade abriga um dos mais interessantes e expressivos museus do país, cachoeiras, pousadas e restaurantes intimistas com bons serviços e um clima cordial da população.

A construção do santuário começou em 1757, após a graça alcançada pelo português Feliciano Mendes, que havia prometido a Bom Jesus de Matosinhos, erguer uma igreja em sua homenagem caso conseguisse recu­perar a saúde perdida. As obras terminaram em 1790 abrigando criações dos maiores artistas da época.

Foto por Eliane Gouveia

Foto por Eliane Gouveia

Alguns anos depois, Aleijadinho esculpiu estátuas de 12 profetas bíblicos, instaladas no adro. Na pra­ça em frente ao Santuário foram construídas capelas com as cenas da Paixão de Cristo, com estátuas escul­pidas em cedro pintadas por Mestre Ataíde.

O espetacular conjunto arquitetônico foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 1985.

Cachoeiras e muita história

Congonhas não se resume apenas às obras históri­cas de Aleijadinho. Conheça também as piscinas na­turais do Parque da Cachoeira. A cachoeira que dá nome ao local é formada pelas águas do rio Santo Antônio e tem 25 metros de queda livre que termina numa enorme piscina natural. O parque ainda ofe­rece mais de uma dezena de piscinas e áreas para caminhada a camping.

A cidade tem bons restaurantes como: o Estância Real ou a churrascaria Zé Dias. A melhor época para visitá-la é exatamente agora, pois as chuvas quase não caem, os dias são ensolarados com céu azul e ao anoitecer a temperatura fica bem amena.

No museu de Congonhas, o visitante consegue mer­gulhar ainda mais na história do barroco, do Santuário e na arte sacra. É um grande espaço, com sala de ex­posições, instalações interativas, biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, restaurante, cafeteria e anfi­teatro ao ar livre. Em pouco tempo de funcionamento, já bateu recorde de visitantes e é um dos atrativos mais interessantes das cidades históricas mineiras. O museu foi concretizado numa parceria entre a UNESCO no Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), prefeitura e Banco Santander. O lo­cal é um dos mais bem estruturados do país coorde­nado pelo jornalista e artista plástico Sérgio Rodrigo Reis. Oferece as mais ricas técnicas de áudio e vídeo. Além de ser interativo e acessível, traduz em suas sa­las a riqueza natural, histórica e humana dessa que é uma das mais belas cidades do país. Congonhas ainda oferece um Museu dedicado a José Arigó – médium espírita que curava enfermos com cirurgias espirituais.

Foto por Eliane Gouveia

Foto por Eliane Gouveia

Nas décadas de 70 e 80 chegava a levar mais de 20 mil pessoas à cidade por final de semana. Outro desta­que interessante na cidade são as peças de artesanato, muitas delas feitas a base de pedra sabão. Toalhas de mesa e banho em crochê e peças bordadas também são boas opções de compras encontradas nas lojas do Beco dos Canudos. Atualmente, a cidade realiza um belíssimo trabalho de restauração dos sítios históricos. Já foi recuperada a Alameda Cidade Matosinhos de Portugal, já foram restauradas mais de quatro igrejas e atualmente o trabalho mais delicado é a recuperação da Basílica de Matozinhos e obra completa de restauro do complexo do Jubileu. Os investimentos são do PAC do Turismo da ordem de 60 milhões de reais.

A cidade dos profetas, como é conhecida, é famosa também pelas quitandas e quitutes, inclusive acaba de realizar mais um Festival que reuniu cerca de 30 mil visitantes no terceiro final de semana de maio, foi a 18 edição, reunindo mais de 40 quituteiros e quitandeiros de Congonhas e de mais de 15 cidades mineiras.

Como chegar

O Aeroporto de Confins, a 40 quilôme­tros de Belo Horizonte, é a principal porta de entrada dos turistas à cidade. As qua­tro companhias, Avianca, LATAM, Gol e Azul têm voos das principais cidades brasileiras até a capital mineira. Para fazer um roteiro maior, incluindo as cidades ao redor, vale a pena ir de carro ou alugar um por lá. De São Paulo, a chegada à BH se dá via BR-381.

Onde ficar

Holiday Inn Belo Horizonte Savassi

Hotel Mercure Belo Horizonte Lourdes

eSuites Savassi Toscanini

Texto por: Eliria Buso e Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque por Istock/ bcorreabh

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