Viagens com pets exigem atenção redobrada: documentação em dia, vacinas atualizadas e escolha de transporte e hospedagem adequados garantem segurança e conforto para todos
Se você pretende viajar com seu pet, independentemente do meio de transporte, existem medidas extras que devem ser tomadas como forma de precaução para futuras complicações. Confira aqui como planejar sua próxima viagem com o seu melhor amigo peludo.
Transporte: pets a bordo
No caso de viagens de ônibus, é essencial sempre conferir as regras e condições específicas da viação escolhida na hora de comprar sua passagem. As empresas costumam disponibilizar essas informações em seus canais oficiais e recomendam que o passageiro organize a documentação com antecedência, levando inclusive cópias impressas. Vale evitar horários de forte calor ou trajetos muito longos, sempre que possível e durante a viagem, é indispensável levar um kit com água, brinquedos, tapetinho e cobertor.
O transporte de cães e gatos deve seguir a norma definida pela Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A regra prevê a apresentação obrigatória do “Atestado Sanitário para Trânsito de Cães e Gatos”, emitido por um médico veterinário, dentro do prazo de validade de 10 dias, além da carteira de vacinação atualizada, com destaque para a antirrábica. No caso de outras espécies de animais, é necessária a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) junto ao Ministério da Agricultura, também conforme a Instrução Normativa.
O seu pet pode ter até 10 kg, não pode permanecer solto a bordo e deve estar acondicionado em recipiente apropriado (gaiola ou caixa de transporte) em boas condições, sem água ou alimentos em seu interior, e deve ficar embaixo da poltrona do tutor.
Viagens de carro podem ser mais complicadas, o Código Brasileiro de Trânsito proíbe a viagem de pets no banco dianteiro, soltos no carro ou no colo dos demais passageiros. Além disso, é estritamente proibido deixar animais com a cabeça para fora da janela em qualquer momento do trajeto, embora pareça divertido, esse tipo de comportamento pode oferecer perigos aos animais. Portanto, a forma adequada de transporte é em uma caixa adequada ao porte do animal ou gaiola bem assegurada.
Nesses casos, também é válido considerar fatores como as paradas, sejam elas para que seu bichinho possa tomar água, ser alimentado ou fazer suas necessidades fisiológicas. Em relação à alimentação, é preciso ter em mente que os animais podem sentir enjoos com o movimento do carro e o recomendado é não alimentar seu pet antes de pegar a estrada. As reações variam de cachorro para cachorro, mas em média, o intervalo da alimentação deve ser de até quatro horas e para gatos, de duas horas.
Ao viajar de avião com seu animal de estimação, é necessário confirmar as regras de cada companhia, pois essas tendem a variar bastante. No geral, as regras são em relação à caixa de transporte, que deve ser segura, confortável e passível de movimentação por parte do pet, ter ventilação e não conter objetos que possam fazer com que o animal se machuque. Se a viagem for maior e seu animal de estimação tiver que ser transportado pelo porão, o compartimento deve ser maior e contar com recipientes de água e comida, aberturas para respiração que não permitam que o pet coloque suas patinhas para fora, ter interior liso e ser feita de um material resistente.
A documentação segue a mesma lógica das anteriores e não é recomendado sedar o seu animal durante o voo, a menos que isso seja indicado por um veterinário, pois a combinação de altitude e drogas é potencialmente fatal em animais idosos, cronicamente doentes ou estressados.
Seguro de Viagem
Recentemente, a Global Travel Assistance (GTA) criou o primeiro seguro de viagem para pets. O valor cobrado varia de US$102 a US$216 para uma viagem de até 10 dias e nos demais planos, o custo será de R$1,91 a mais por dia. O benefício é válido para casos de acidente ou enfermidade emergencial com o pet, durante todo o período da viagem, com um limite de utilização de R$1.500. Entre as coberturas, estão a consulta veterinária emergencial, atendimento clínico hospitalar, ambulatorial, medicamentos, cirurgia, internação, exames de imagem e laboratoriais, transporte para clínica credenciada e assistência funeral.
Hospedagem
É importante sempre checar as normas e regras em relação aos animais, já alguns hotéis podem cobrar taxas adicionais, aceitar apenas cães de pequeno porte ou não ter a infraestrutura adequada para receber seu amiguinho. Um mapeamento da Setur-SP oferece uma lista completa de locais em São Paulo e outros destinos no Brasil que aceitam pets e os cuidados necessários para o maior conforto possível dos bichinhos de estimação.
Texto por Rebeca Dias