logo

Telefone: (11) 3024-9500

St. Marteen/St. Martin: Parece de cinema, mas é real | Qual Viagem Logo

St. Marteen/St. Martin: Parece de cinema, mas é real

13 de março de 2017

Viajar para o Caribe é sempre motivo para aproveitar as praias incríveis que convidam para o relaxamento e muita diversão. Agora, imagine uma pequena ilha no meio daquele marzão maravilhoso com possibilidade de curtir duas culturas diferentes e com apenas uma coisa em comum, as belezas naturais. Esse lugar existe e é conhecido como St. Maarten/St. Martin.

Durante muitos anos, a Espanha, França, Grã- -Bretanha e Holanda reclamaram a soberania sobre a ilha com apenas 88 quilômetros quadrados localizada no coração do Mar do Caribe. Sua localização estratégica nas Pequenas Antilhas e a natureza privilegiada, fizeram com que fosse disputada desde sua descoberta por Cristóvão Colombo, em 1493. Em 1648, um tratado colocou fim à discussão. A solução encontrada foi dividir a ilha em duas partes: Saint Maarten (ao Sul) ficou para os holandeses e Saint Martin (ao Norte) com os franceses.

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

A ilha é a menor do mundo compartilhada por duas nações, o que lhe confere atmosfera europeia com toque caribenho. E, apesar da divisão, nunca nos 369 anos de coexistência houve atritos entre os habitantes, tanto que não existe fronteira separando as duas partes. Visível aos visitantes apenas uma placa em um pequeno monumento determina a separação territorial.

Corre entre os nativos a lenda de que existem tesouros enterrados em diversos pontos da ilha. Ninguém garante que é verdade ou que encontrou as tais riquezas. O fato é que muitos piratas, contrabandistas, mercadores, marujos e soldados passaram pelo destino, herança que já é por si só um importante tesouro histórico.

Além das praias cinematográficas não faltam opções para se divertir nessa ilha dois em um. Escolha entre cavalgar ou andar de quadriciclo para descobrir os melhores recantos entre os cenários de tirar o fôlego. E tem mergulho, kitesurfing, snorkel, trilhas, tour de bike, safári aquático, nadar com tubarões, saltar de paraquedas e muito mais. Mas o melhor é que St. Maarten/St. Martin são para todos os perfis de turistas – solteiros, casais ou família.

ST. MAARTEN

O lado holandês é a porta de entrada e faz parte das Antilhas dos Países Baixos e do Reino dos Países Baixos. É também a metade da laranja mais agitada. Além da diversificada oferta de atividades esportivas e das praias deslumbrantes, há vários hotéis e resorts renomados, spas, cassinos e badalada vida noturna. Também se distingue pelas grandiosas mansões e apartamentos luxuosos.

A intensa atividade turística é reforçada com os navios de cruzeiros marítimos que atracam em grande número na Marina Captain Olivier, que tem um cais de 135 metros.

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

St Maarten recebe turistas de todas as partes do mundo, porém a maioria são dos Estados Unidos por causa da proximidade. Para atendê- -los, as principais companhias aéreas norte-americanas oferecem voos diários para o aeroporto internacional Princesa Juliana, que recebe pousos e decolagens de aeronaves de grande porte. Aliás, uma das principais atrações entre os turistas que visitam a ilha é aguardar na praia os aviões chegando e passando sobre suas cabeças a poucos metros do solo antes de tocar a pista. A cabeceira do aeroporto é separada da praia Maho Beach apenas por uma estreita rua. Quanto as aeronaves – principalmente os grandes Boeing 767 e 747 – decolam, gerando um turbilhão de ar, é comum ver pessoas agarradas às grades ou arrastadas para as águas do mar em meio a uma tempestade de areia. O melhor horário para curtir os aviões é entre meio dia e duas horas da tarde.

Sol, praias lindas e naturismo 

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Foto por Istock/ SeanPavonePhoto

Com muito sol o ano inteiro e cercada por 37 belíssimas praias, St. Maarten é o paraíso para os amantes do mar. Com areia fina e palmeiras ao vento, elas conquistam à primeira vista. Muitas delas também ostentam grandes conjuntos de pedras lapidadas pela força das águas turquesas do mar do Caribe. É quase impossível resistir a um mergulho para apreciar a beleza dos coloridos recifes de corais. O melhor lugar para mergulhar é na praia de Little Bay, onde as águas claras permitem excelente visualização da vida marinha. A verdade é que tem praias para todos os gostos e capazes de provocar vários tipos de emoções simultaneamente. Há desde as mais recatadas até outras específicas para a prática do nudismo.

As praias mais procuradas são Maho – conhecida como “Praia do Avião” por estar em frente à pista do aeroporto -, ideal para banhos de mar; Guana Bay para bodyboarding e oferece panorama para St. Barths; Mullet Bay para nadar e snorkel; Dawn para snorkel, windsurfe e para assistir o nascer do sol; e Simpson Bay para nadar e caminhar. Já Capecoy tem um visual incrível e é uma das mais fotografadas. Ela é cercada por penhascos e grutas. É comum ver pessoas sem roupa por lá, embora a prática do naturismo seja proibida no local.

Outro concorrido ponto turístico é Oyster Pond. Corre na ilha a lenda de que é o ponto onde um francês e um holandês ficaram de costas um para o outro e começaram a caminhar em direções opostos em torno da ilha para determinarem os limites das duas partes. A Oyster Bay continua dividida entre os dois governos, mas a fronteira é tão sutil que é possível nadar de um país para outro sem notar.

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

Gastronomia eclética e compras sem impostos 

St. Maarten oferece uma variedade eclética de cozinhas em mais de 400 restaurantes, capazes de satisfazer todos os gostos e bolsos. E há pratos da culinária holandesa, francesa, caribenha, italiana, chinesa, indonésia, crioula e outras. Boas opções para sentir o tempero antilhano e pratos da cozinha internacional estão nos dois lados da ilha. Entre os pratos da culinária local estão os churrascos de costela, frango grelhado, arroz de coco, peixes, lagostas e frutos do mar.

Para não gastar muito e provar o melhor da culinária local, experimente os Lolos de Grand Case no lado francês. Lolo significa local food and low price (algo como comida barata) e uma das boas opções é o Scooby’s Bar & Creole Restaurant. Para beber peça o popular drinque T-Punch, preparado com rum, limão e açúcar.

Além do sol, das praias e da excelente gastronomia, outra das atrações de St. Maarten são as compras. Isso porque ela é uma ilha duty free, ou seja, livre de impostos e uma excelente oportunidade para compras em condições vantajosas. Os produtos da moda e outros artigos importados sempre custam menos que nos EUA.

Na capital, Philipsburg, especialmente no distrito comercial onde ficam as ruas Front e Back, há oferta de joias com preços competitivos, eletrônicos, bebidas, perfumes, cosméticos e roupas de grifes internacionais. Em Frontstreet também estão várias lojas com produtos diversos. O tradicional licor local, o guavaberry, pode ser adquirido – e provado – no Emporium Guavaberry. A bebida é feita a partir de uma frutinha avermelhada do tamanho de uma cereja, que só existe lá. A mistura dela ao rum confere um sabor amadeirado, frutado, picante e doce-amargo.

Regata, Carnaval e muitas atividades

Também em St. Maarten está concentrado todo o entretenimento noturno da ilha, que conta com 14 cassinos convenientemente instalados dentro ou junto aos grandes hotéis, restaurantes situados em locais estratégicos e badaladas casas noturnas. Jogadores habituais ou eventuais têm à disposição diversas opções para tentar a sorte, seja na roleta, bacara, blackjack ou nas viciantes máquinas caça-níqueis. As casas noturnas com música ao vivo são um convite para quem gosta de dançar. Entre elas está a Cheri’s, onde os ritmos latinos e caribenhos avançam noite adentro.

Os dois principais eventos realizados na ilha são o Carnaval e o St. Maarten/St.Martin Heineken Regatta – considerada a Fórmula 1 da vela -, na primeira semana de março. Nessa época, centenas de iates seguem em direção à ilha para participarem da regata organizada pelo Iate Club de St. Maarten.

Já o Carnaval comemora a cultura e o orgulho nativo com desfiles, delícias culinárias locais, competições de calypso (música tradicional da ilha), shows de reggae e ritmos latinos, apresentações de comediantes e talentos. Diferentemente do nosso Carnaval, as comemorações em St. Maarten acontecem logo após a Páscoa e atingem seu ponto máximo na segunda quinzena de abril, em honra ao aniversário da rainha Beatriz dos Países Baixos. No final da festa, o rei Momo é queimado em praça pública. Calma, não se assuste! Lá o rei da folia nada mais é que um boneco de palha que, segundo uma lenda, ao ser queimado leva junto com as chamas todos os pecados da cidade, purificando a ilha.

As festividades coincidem com a baixa temporada, contribuindo muito para a economia local e já se preparando para a estação de verão.

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

FOTO INTERAMERICAN NETWORK / DIVULGAÇÃO

Uma das atividades mais procuradas na ilha é o St. Maarten 12-metre Challenge. Nele os turistas tem a oportunidade de participar de uma simulação da America’s Cup – competição mundial que reúne os maiores velejadores do mundo. Não é preciso ter nenhuma experiência anterior para participar – basta uma pequena aulinha. O passeio é pura adrenalina. As saídas acontecem na Bobby’s Marina, em Philipsburg.

Quem gosta de andar de bicicleta não vai querer largar a magrela, podendo percorrer do planalto de calcário até os penhascos de Cupecoy, cujas falésias acompanham a praia a perder de vista. Aos que quiserem aproveitar ainda mais a natureza o St. Maarten Park é o local ideal.

Quem não abre mão de um momento cultural nem durante as viagens, o St. Maarten Museum conta a história da ilha e de seus habitantes a partir da Pré-História até os tempos modernos. E quando o assunto é arte há várias galerias e estúdios espalhados pelo destino.

ST. MARTIN

O savoir-faire francês está garantido na outra metade da ilha. Pelo visual já dá para notar a diferença. Tem casinhas coloridas, feirinha de artesanatos, praias calmas e restaurantes refinados. Quem não resiste às compras, tem até um shopping, o West Indies Mall.

Em St. Martin – conhecida como Friendly Island (Ilha Acolhedora) – o desenvolvimento aconteceu de maneira mais lenta, ganhando maior impulso somente na década de 1980, quando a legislação francesa passou a permitir investimentos em condições vantajosas em seus territórios além-mar aos cidadãos franceses. O pedaço da ilha que tem Marigot como sua capital é uma subdivisão de Guadalupe, também um território administrado pela França.

FOTO LAURENT BENOIT / DIVULGAÇÃO

FOTO LAURENT BENOIT / DIVULGAÇÃO

Entre as dezenas de praias de St. Martin, Anse Marcel está entre as mais bonitas e procuradas para atividades aquáticas. Protegida dos ventos e das ressacas marítimas é ideal para quem busca tranquilidade. Além disso, tem bons bares e restaurantes. Já o naturismo legalizado pode ser praticado em Orient Beach, conhecida como Saint Tropez caribenho. Sua orla de imensa beleza natural também está recheada de bares, restaurantes, hotéis e lojas. Naturistas também podem ser vistos em Baie Rouge, onde as falésias proporcionam maior privacidade. Friar’s Bay é mais familiar, enquanto que a Baie Longue, com seus cantinhos ocultos fazem a felicidade dos casais. Baie Grand Case também tem bons restaurantes e a paisagem mais bonita está na Baie Marigot.

No alto do morro, o Fort St. Louis vale uma visita – de preferência no final da tarde para apreciar o pôr do sol. Construído em 1789 para proteger St. Martin de invasões, cumpriu esse papel até 1820. Atualmente, tem um mirante que possibilita um visual incrível de Marigot e da lagoa Simpson Bay.

Um dos edifícios mais antigos da capital é a igreja de Marigot, que conserva sua arquitetura de época. Além de servir de local de recolhimento espiritual, também funciona como abrigo no período de ciclones. Abre todos os dias aos visitantes.

Restaurantes refinados e contato com a natureza 

As diversas influências sofridas ao longo de séculos fizeram com que a gastronomia do lado francês da ilha se transformasse em um modo de vida. À culinária francesa – com aroma das Antilhas -, juntaram-se especialidades italianas, indianas e outras. O vilarejo de Grand Case atualmente pode ser considerado a “Capital Gastronômica do Caribe” e ponto de encontro de celebrados chefs de St. Martin. Por toda parte não é difícil encontrar bons lugares – inclusive quiosques de praia – para saborear uma lagosta grelhada ou caranguejos recheados.

Entre as especialidades culinárias estão os Oxtail (ragu feito com carne bovina), os Johnny Cakes (saborosos pãezinhos fritos), os Jacks (peixes fritos), os Pâtés em Croute (espécie de patês recobertos por massa folhada e recheados com carne bovina ou peixe) e o Locri, prato tradicional preparado à base de arroz e especiarias, frango e legumes.

Claro que a ilha é rica em peixes e frutos do mar, que são preparados de diversas maneiras. Experimente o pargo macerado no limão; o thazar (parecido com o atum), marlim e tubarão defumados ou grelhados; o lambi, espécie de escargot do mar em um delicioso fricassê; ou os acras, bolinhos de bacalhau preparados com ervas.

Foto por Istock/ daveswallace

Foto por Istock/ daveswallace

St. Martin tem os melhores restaurantes da ilha, principalmente em Grand Case, considerado o melhor lugar para comer. Boas sugestões são o Spiga (cozinha italiana), Effet Mer (peixes e frutos do mar), Le Ti Coin Créole (cozinha antilhana), La Villa (cozinha francesa) e o Scooby’s Bar e Creole Restaurant (lolo). Marigot também oferece boas opções culinárias. Em Orient Bay, o Chez Bruno’s – uma cabana de frente para a praia – tem drinques e refeições com preços razoáveis. Experimente a pizzaria Le Calypso em Anse Marcel. Mas não saia tarde para jantar, pois os restaurantes fecham antes das 22h.

O lado francês da ilha também reserva boas oportunidades para atividades junto à natureza. A reserva natural Loterie Farm, por exemplo, tem uma tirolesa de tirar o fôlego. No local funcionou uma antiga refinaria de açúcar construída em 1773. Tem vários quilômetros de trilhas bem conservadas e um percurso composto por pontes, toras de madeira e tirolesas.

Outra opção interessante é a trilha Sentierdes Froussards, que liga as praias Anse Marcel a Grandes Cayes, próxima à Cul-de-Sac, margeando o litoral selvagem. O percurso também proporciona diferentes pontos de vista, entre eles admirar a minúscula ilha de Anguilla.

Há, ainda, o santuário AGOA de mamíferos marinhos das Antilhas francesas, em área protegida pelo governo francês. A observação dos animais é permitida em alguns períodos do ano.

O ditado popular que diz que um é pouco, dois é bom, deve ter se inspirado em St. Maarten/St. Martin. Motivos e motivações não faltam!

Como chegar

A Copa Airlines (copaair.com/pt) tem voos para St. Maarten saindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre e Recife com conexão no Panamá – Cidade do Panamá, no hub das Américas. Outra possibilidade é voar com uma das companhias aéreas dos EUA e fazer conexão em Miami (2h45 de voo) ou Nova York (3 horas de voo). Nesse caso é necessário ter o visto americano.

Onde ficar

St. Maarten oferece excelente oferta de quartos entre hotéis de grande porte e até hospedarias. O sistema de tempo compartilhado (Time Sharing) também é muito utilizado. Confira algumas boas opções sugeridas pelo TripAdvisor

Flamingo Beach Resort

Simpson Bay Resort & Marina 

The Westin Dawn Beach Resort & Spa

Oyster Bay Beach Resort 

Sonesta Maho Beach Resort & Casino

Onde comer

Os dois lados da ilha oferecem bons restaurantes. Mas Grand-Case – no lado francês – é considerado o melhor lugar para comer. Veja algumas opções:

Spiga

Effet Mer

 Le Ti Coin Créole

La Villa 

Scooby’s Bar e Creole Restaurant 

Le Calypso 

Texto por: Roberto Maia

Foto destaque: LAURENT BENOIT / DIVULGAÇÃO

Comentários