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A fascinante QUITO: história e gastronomia no meio do mundo

7 de junho de 2017

A Capital do Equador, Quito, é totalmente cer­cada pela Cordilheira dos Andes e está locali­zada na Linha do Equador, com latitude 0° 0’ 0”. A capital equatoriana ainda é muito pouco explorada por turistas brasileiros e revela-se surpreen­dente, oferecendo passeios inesquecíveis.

Foto por IStock/ LucBrousseau

Foto por IStock/ LucBrousseau

A cidade, situada a cerca de 2800 metros acima do nível do mar, atrai desde aventureiros a casais que cur­tem gastronomia e história e rende inúmeras opções para realizar um bom roteiro turístico. Na terra dos co­loridos tecidos indígenas e do primeiro centro histórico do mundo, tombado como patrimônio da humanida­de em 1978, também não faltam atrações naturais. Os vários vulcões no entorno da cidade proporcionam um visual de tirar o fôlego entre os cumes nevados e as montanhas altíssimas. Quito tem até uma Avenida dos Vulcões, mas quem domina a paisagem é o Cotopaxi, vulcão ativo mais alto do mundo.

A CAPITAL: um pouco da história

As primeiras ocupações humanas nessa região do Equador datam de cerca de 10 mil anos a.C., estima­tivas realizadas a partir dos restos arqueológicos en­contrados. Basicamente, os primeiros povos utilizavam instrumentos feitos de pedra, e viviam da caça, pesca e coleta. Ao longo dos séculos, populações que ali ha­bitavam sofreram com as sucessivas erupções dos vul­cões que circundam a atual Quito, e por esse motivo algumas dessas civilizações deixaram poucos vestígios.

Civilizações posteriores (cerca de 1800 a.C.) já eram agricultoras, cultivando basicamente variedades de feijão, milho e abóbora, quinoa, batata, tremoços e utilizando carne de caça e outros vegetais como o algodão e a coca.

Realizavam cerimônias em homenagem aos mortos e fa­ziam uso da cerâmica. A metalurgia, acredita-se, já era prática conhecida por volta de 1500 a.C., e trabalhavam o ouro, a prata, o cobre e a platina (este desconhecido dos europeus), principalmente para fins ornamentais.

Foto por IStock/ nicolasdecorte

Foto por IStock/ nicolasdecorte

A fertilidade dos campos atraiu a atenção do Impé­rio Inca, que dominou essa região por volta do sécu­lo XV d.C. Foi em um momento de fragilidade e de conflitos internos do Império Inca que os espanhóis chegaram à América andina. Desgastados pela guer­ra civil e pelo enfrentamento dos diversos povos des­contentes com a administração inca, Cuzco (no Peru), a capital acabou sendo dominada pela Espanha. E as­sim, sucessivamente, as grandes cidades incas foram caindo à custa de milhares de vidas indígenas.

Considera-se 1534 como marco da fundação de Quito pelos espanhóis e início da Era Colonial. Nos anos posteriores, junto com a nova administração, chegaram também as diversas ordens religiosas que se estabeleceram para catequizar os indígenas. Os prédios, casarões e igrejas da Era Colonial ainda re­sistem em Quito como testemunhas de um período instável e de grande prejuízo às culturas indígenas, tal como ocorreu em todas as partes da América.

VARIADO cardápio de atrações

Quito tem o maior Centro Histórico das Américas. Uma boa pedida para conhecer a arquitetura das fa­chadas em estilo colonial é iniciar o passeio na Praça da Independência, onde está o Palácio do Governo e outros edifícios históricos. Aproveite o trajeto para conhecer o interior coberto de ouro na Igreja da Com­panhia e a Basílica da cidade. Já no bairro mais famo­so de Quito, o La Mariscal, vale a pena andar pelas lo­jas, feirinhas ou escolher um bar ou restaurante para assistir ao movimento de pedestres na Praça Foch. A via central de La Mariscal, a Avenida Amazonas, tam­bém convida os visitantes a caminhar e descobrir o comércio local. Relaxar nos parques como La Carolina ou Metropolitano, contemplar as belezas do Teatro Nacional do Açucar, fotografar o convento de Santo Agostinho e o Palácio Episcopal e passear calmamen­te pelo Independece Square podem completar o seu tour. Não deixe de ir no Centro Equatoriano de Arte Contemporânea, a visita vale muito a pena!

Foto por IStock/ DC_Colombia

Foto por IStock/ DC_Colombia

Já no bairro de La Floresta, lugares de interesse cultu­ral como salas de cinema independente, restaurantes, produtoras de filmes e de televisão, galerias de arte e lojas de artesanato compartilham o espaço com as residências, universidades, hotéis, praças e parques.

La Mariscal é o local da vida noturna de Quito, com suas discotecas, cafeterias e centros culturais, que fa­zem deste bairro um reduto da diversidade. O bairro é perfeito para conhecer o melhor dos ritmos latinos, como salsa, merengue, reggaeton, entre outros.

O BELO PASSEIO em Metade do Mundo

Famosa pela localização entre dois hemisférios no ma­pa-múndi e, literalmente, na latitude 0º, Quito sempre recebe turistas animados em registrar fotos na Metade do Mundo. O local se tornou um complexo turístico e abriga monumentos, um mirante, lojas de produtos típicos e restaurantes, além de um museu e um pla­netário que contam curiosidades e a história da cida­de dividida pela linha imaginária entre os hemisférios norte e sul do planeta. Para conhecer a região, você pode agendar passeios de ônibus, já que o complexo fica a cerca de 30 minutos do centro da cidade.

Foto por Istock/ PatricioHidalgoP

Foto por Istock/ PatricioHidalgoP

Parque Nacional COTOPAXI

É imperdível a visita ao Parque Nacional Cotopaxi. Por lá você pode conhecer o vulcão de mesmo nome, considerado o mais ativo de todo o mundo. O Coto­paxi se tornou cartão-postal de Quito e possui cer­ca de 5.800 metros de altura e uma cratera de 200 metros de profundidade. Somente os viajantes mais aventureiros costumam fazer tours até o topo, já que o frio e a altitude dificultam o trajeto. O parque fica ao sul de Quito, a 60 quilômetros, e também rende passeios pelo Centro Cultural, que abriga um museu e um jardim botânico, locais que representam a his­tória, a flora e fauna local.

Avenida dos VULCÕES

Os vulcões são as atrações naturais mais famosas da capital equatoriana e rendem fotos incríveis. Não perca a oportunidade de ver essas belas formações geoló­gicas de perto ao passar por uma importante via da cidade que é cercada por vários deles – o endereço fi­cou conhecido como Avenida dos Vulcões e inicia em Quito, mas se estende como rodovia até outras cidades sem perder a beleza da paisagem montanhosa. Nessa área você pode avistar o famoso Cotopaxi, além dos vulcões Chimborazo, Pichincha, entre outros. Para cur­tir o visual da avenida, agende passeios de trem, trilhas ou tours de teleférico. Aliás, por falar nisso, Quito tem o teleférico mais alto do mundo. Esse passeio revela-se como um dos mais populares e belos da cidade.

Complemente sua viagem em OTAVALO E GUAYAQUIL

Foto por Istock/ Kseniya Ragozina

Foto por Istock/ Kseniya Ragozina

Programe-se para unir outros destinos do Equa­dor em uma só viagem. Se o objetivo é fazer viagens rápidas partindo de Quito, visite Guayaquil, cidade que rende um passeio tranquilo pelo Malecón 2000, calçadão repleto de lojas, restaurantes e espaço para andar de bicicleta, contemplando e fotografando as fachadas de prédios centenários e históricos.

Já Otavalo é endereço de um dos mercados mais famosos e atraentes do Equador. Ele oferece grande variedade de tecidos indígenas, joias e esculturas de madeira, entre outros tipos de artesanato típico. Você também pode optar por se hospedar nessas cidades. Aproveite as linhas de trem internas para conhecer estes e outros locais perfeitos para desacelerar e ter mais contato com a cultura andina.

O frescor da GASTRONOMIA EM QUITO

A gastronomia de Quito é muito elogiada pelo uso de ingredientes frescos e frutos do mar. Visite os locais que oferecem pratos típicos ou os tradicio­nais sorvetes artesanais. Itens da costa do Pacífico, como os ceviches e frutos do mar, são harmonizados com ingredientes andinos, como batata, milho e ce­reais – quinoa, trigo, aveia e cevada.

Os legumes também ganham destaque e empres­tam sabores únicos às saladas e sopas, como o feijão, a vagem, lentilhas e os tremoços. Ao visitar Quito, não deixe de experimentar os sabores típicos do “lo­cro” de batatas, uma sopa cremosa que também leva queijo; a “fritada”, à base de carne de porco cozida; o “ceviche” de camarão; o sanduíche de pernil cha­mado de “sanduiche de chancho”; o “llapincgacho”, uma tortilha de batata recheadas com queijo; e a “tripa mishqui”, tripa de boi assado, além de outros pratos da gastronomia equatoriana.

Quito também é uma cidade para degustar da am­pla oferta de pratos da culinária internacional, que a transformam em um lugar de interesse para o turis­mo gastronômico.

Apesar de ter um clima mediano, se comparado ao Brasil, Quito fez da hora do chá da tarde um hábito. O período entre 16h e 17h é o momento certo para encontrar uma mesa com chá, bolos e salgados. A ci­dade oferece mais de duas dezenas de excelentes ca­feterias e principalmente de descoladas casas de chá, com cardápios inovadores.

Como chegar

As companhias aéreas LATAM (latam.com), COPA AIRLINES (copaair.com) e AVIANCA (avianca.com.br) fazem o trecho São Paulo-Quito, com conexões em Lima, Cidade do Panamá e Bogotá respectivamente.

Onde ficar

A maior parte dos melhores hotéis de Quito está localizada nas proximidades do Centro e do bairro La Mariscal.

Confira os principais:
GRAND MERCURE ALAMEDA HOTEL
HOTEL REINA ISABEL
NU HOUSE BOUTIQUE
JW MARRIOT & SPA

Onde comer

HASTA LA VUELTA SEÑOR
THEATRUM QUITO RESTAURANT & WINE BAR
ZAZU
HELADERIA SAN AGUSTIN 

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque por IStock/ marcelina1982

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