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No Japão, hotel-cápsula atrai turistas com baixo orçamento

Foto por Istock/ jimmyan

Aeroportos mundiais começaram a construir hospedagens individuais para passageiros, casos do Brasil e do México.

A Organização Nacional de Turismo Japonês publicou em 2013 que o país tinha 1,6 mil acomodações do tipo, quando a ideia já tinha chegado a lugares como a Cidade do México, onde o aeroporto oferece um serviço para “hospedagem individual” em seu terminal mais movimentado para impedir que os passageiros durmam nos bancos.

O Brasil, porém, não está fora dessa tendência: no Aeroporto Internacional de Guarulhos há o Fast Sleep, que oferece dois tipos de acomodação. A primeira, para somente uma pessoa, possui 4 m², oferecendo opção de quarto com banheiro. A segunda categoria, destinada para casais, tem metragem de 6 m², também com opção de banheiro.

Eles não são como qualquer acomodação: cápsulas individuais, às vezes dezenas em um quarto, cada uma com um colchão, uma luminária e, talvez, uma televisão. É possível encontrar os hotéis-cápsula em várias partes do Japão — indo de alguns que se assemelham aos tubos de plástico dos filmes de ficção científica até outros pequenos quartos que chegam a ser confortáveis, com janelas e vistas para a rua.

O melhor jeito de pensar em um hotel-cápsula é esquecer as amenidades básicas que existem em um quarto de hotel normal. Cada uma das acomodações é mais ou menos do mesmo tamanho de uma cama de solteiro — portanto, se o hóspede é claustrofóbico, é melhor nem pensar em fazer reserva. A cápsula varia o que apresenta em seu interior, mas geralmente há prateleiras e tomadas para os aparelhos eletrônicos, um pequeno armário e, em raras ocasiões, um rádio ou uma TV. Os banheiros são comunitários, como em um hostel.

Em um fim do espectro de hotéis-cápsula estão estabelecimentos como o Nine Hours, que possui filiais em três cidades japonesas, mas cuja principal fica em Kyoto. Ali, cada cápsula é um tubo de plástico com suportes para prateleiras e um pequeno cofre. O hotel é um prédio alto e em que cada piso há cerca de 20 cápsulas divididas entre homens e mulheres. Eles acessam as acomodações por meio de um elevador exclusivos para cada gênero.

Do outro extremo estão locais como o K’s House, que fica na linha entre um hotel-cápsula e um hostel. Nele, cada acomodação é um pequeno quarto, com cama maior, uma janela para a parte externa e uma decoração mais próxima do clássico japonês. É o contraste entre o Nine Hours, cujo estilo tende a ser mais barato, e um modelo para quem ainda não consegue se adaptar ao que parece ser o fim do “conforto” de hotel.

A maior vantagem dos hotéis-cápsula é a mesma dos albergues: o preço. Por cerca de US$ 30 (R$ 116, na cotação de abril de 2019), é possível ter uma cama por uma noite e um banheiro limpo. Além disso, é possível conhecer pessoas, porque eles costumam ter uma área de convivência em que, necessariamente, os hóspedes se encontram.

As desvantagens, porém, estão na privacidade e no conforto. Geralmente, as cápsulas são fechadas por cortinas ou compartimentos que não tampam inteiramente o que a pessoa faz na parte de dentro. Dentro delas, quando trancadas, há menos circulação de ar — e apesar dos japoneses gostarem de altas temperaturas, porque a maior parte do ano enfrentam um frio intenso, ocidentais podem sentir calor demasiado e certo desconforto na hora de dormir.

Texto por: Agência com edição

Foto por Istock/ jimmyan

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