Entre a Europa e a Ásia, imagine um país considerado um dos mais seguros do continente, que oferece visto de 1 ano para brasileiros, custo de vida acessível, vinhos milenares, cassinos, verão festivo, esportes de inverno e uma gastronomia única. Esse país é a Geórgia, ou Sakartvelo (seu nome original e utilizado no país), na encruzilhada entre a Europa e a Ásia, vizinha da Rússia e cada vez mais no radar de turistas brasileiros.
Reconhecida como berço mundial do vinho – arqueólogos encontraram ali as evidências mais antigas de vinificação do mundo, com mais de 8.000 anos -, a Geórgia mantém viva a técnica ancestral do qvevri, ânforas de argila enterradas onde o vinho fermenta e amadurece. A região de Kakheti é destaque do enoturismo, com famílias que recebem visitantes com hospitalidade e mesas fartas.
Paisagens como as montanhas do Cáucaso, a costa do Mar Negro e cidades históricas como Mtskheta e Borjomi (famosa por sua água mineral com propriedades curativas) oferecem experiências para todos os perfis de viajantes. Batumi é considerada a pérola do Mar Negro, a “Las Vegas do Oriente” devido ao grande número de cassinos, e atrai investidores do mundo árabe que a veem como a nova Dubai. Inclusive, uma ilha no estilo da Palm Jumeirah está sendo construída na cidade.
Além do vinho e da gastronomia, a Geórgia também se destaca como destino de inverno. Com estações como Gudauri e Bakuriani, o país oferece excelentes opções para esportes de neve, incluindo esqui, snowboard e trilhas alpinas. As montanhas do Cáucaso atraem cada vez mais turistas em busca de aventuras na neve, mas com preços mais acessíveis se comparados aos Alpes europeus.
A cidade de Gori é o berço de Joseph Stalin, lembrança incômoda e inescapável de um século turbulento. A Geórgia integrou a União Soviética de 1921 a 1991, período que deixou marcas urbanas, arquitetônicas e econômicas. A vizinhança com a Rússia ainda pauta temas geopolíticos, mas o povo escolheu um caminho de abertura, turismo e integração com a Europa, algo que o visitante percebe no dinamismo de Tbilisi e na hospitalidade no interior.
O país também se destaca por sua herança espiritual: foi o segundo no mundo a adotar oficialmente o cristianismo, no início do século IV. Essa fé antiga deixou um legado de mosteiros e catedrais espalhados pelo território, muitos deles guardando relíquias sagradas e manuscritos históricos.
A gastronomia é outro atrativo: pratos como o khachapuri (pão recheado de queijo), os dumplings khinkali e doces feitos com suco de uva mostram uma cozinha vibrante e original.
Com um idioma e alfabeto únicos no mundo, a Geórgia preserva sua identidade mesmo após séculos de dominação estrangeira e a passagem pela época soviética. Hoje, destaca-se pela segurança, pelo acolhimento e pela capacidade de surpreender quem a visita.
Apesar de sua história marcada por disputas e a proximidade com a Rússia, a Geórgia vive hoje um momento de estabilidade e paz. O país mantém relações diplomáticas abertas e não há presença militar ativa em suas fronteiras, garantindo tranquilidade tanto para os moradores quanto para os visitantes.
Essas vivências chegam ao Brasil pelas mãos de André Baader, criador da página @Locoporvino, que vive na Geórgia, ministra masterclasses sobre vinhos georgianos e organiza receptivo de turistas brasileiros interessados em explorar o país.
Imagem destaque por Divulgação
Texto por agência com edição de Isadora Lacerda