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São Paulo ganha Museu das Culturas Indígenas

Desde o final de junho, a capital paulista passou a contar com uma instituição totalmente dedicada à valorização e à difusão do patrimônio cultural indígena. O Museu das Culturas Indígenas (MCI) está aberto ao público, com entrada gratuita até o final de julho – é necessário agendar data e horário da visita pelo site (link no final da matéria).

Foto por Maurício Burim/Museu das Culturas Indígenas

O museu é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social de Cultura ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá, associação que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena.

A curadoria dos artistas e obras fica a cargo de Tamikuã Txihi, Denilson Baniwa e Sandra Benites, que escolheram como exposições temporárias inaugurais “Invasão Colonial Yvy Opata  – A terra vai acabar”, de Xadalu Tupã Jekupé, e “Ygapó: Terra Firme”, de Denilson Baniwa, ambos representantes da arte indígena contemporânea, que provocam o visitante a repensar a imagem que muitos têm sobre os povos originários do país.

Conheça a programação inicial

Foto por Maurício Burim/Museu das Culturas Indígenas

A exposição “Invasão Colonial Yvy Opata – A terra vai acabar”, do artista Xadalu Tupã Jekupé, traz, com sua estética na arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens e o território identitário indígena ameaçado pela sociedade ocidental. Sua obra denuncia como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo cimento da cidade, que devora terras e vidas.

Foto por Maurício Burim/Museu das Culturas Indígenas

“Ygapó: Terra Firme”, do artista e curador Denilson Baniwa, é um convite para adentrarmos a floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. Ela traz produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Yagapó é a metáfora da resistência indígena que, mesmo em constante ameaça externa, vem pela coletividade e compartilhamento de saberes tornar possível o vislumbre de uma futura existência.

Museu das Culturas Indígenas

R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca – São Paulo/SP

De terça a domingo, das 9h às 18h (quinta-feira até às 20h)

Ingressos: bileto.sympla.com.br/event/74784

Mais informações em: museudasculturasindigenas.org.br

Texto por: Agência com edição de Patrícia Chemin

Foto destaque por: Maurício Burim/Museu das Culturas Indígenas

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