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Os caminhos e encantos da Rota Romântica

Entre a planície do Vale do Rio dos Sinos e o Planalto da Serra Gaúcha, a apenas 40 km de Porto Alegre, a Rota Romântica é formada por 14 municípios onde a cultura germânica é preservada desde os tempos da chegada dos primeiros imigrantes alemães em terras gaúchas. O roteiro é repleto de cidades encantadoras, com destaque para as paisagens naturais, a arquitetura, a história e a gastronomia.

Em 1824, os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Rio Grande do Sul e se estabeleceram onde hoje é a cidade de São Leopoldo. Dali, as famílias partiram para outras partes da Serra Gaúcha, construindo suas casas e estabelecendo novos povoados. Esses imigrantes e seus descendentes foram responsáveis por preservar a cultura germânica nessa região ao longo de dois séculos: do dialeto de origem alemã, que ainda é falado por muitos e ensinado nas escolas, às festas típicas, além dos jardins floridos, dos grupos folclóricos e da culinária colonial.

Foto por 50mm / Rota Romântica

Essa área de fortes traços germânicos constitui a Rota Romântica, formada hoje por 14 municípios – de São Leopoldo a Nova Petrópolis, de Linha Nova a São Francisco de Paula, passando por Gramado e Canela. A inspiração veio a partir do roteiro homônimo que existe na região da Baviera, na Alemanha. Além de uma rica herança cultural, a Rota Romântica gaúcha guarda belas paisagens e uma grande variedade de atrativos, e cada cidade tem seus próprios encantos.

Partindo de Porto Alegre, a rota começa pela BR-116, em São Leopoldo. Frondosos plátanos margeiam as estradas que ligam as 14 cidades. Suas folhas, que ganham uma coloração que vai do amarelo ao avermelhado no outono, são o símbolo da Rota Romântica. Essas árvores formam túneis naturais ao longo das rodovias e servem como indicadores de que você, enfim, chegou à Rota Romântica.

NOVA PETRÓPOLIS

Colônia alemã mais ao norte do Rio Grande do Sul, Nova Petrópolis é tão tranquila e segura que as casas nem chegam a ter portões. As ruas, limpas e bem cuidadas, são repletas de jardins e canteiros floridos, fazendo jus ao apelido de Jardim da Serra Gaúcha. Cada canto é renovado com novas flores de acordo com a estação, formando um visual multicolorido que vai mudando ao longo do ano.

Foto por Patrícia Chemin

Aliás, o centro de Nova Petrópolis é ótimo para passear a pé. As ruas estão cheias de pequenas galerias, cafés e lojas de calçados e malhas. Quem gosta de doces vai estar no paraíso: chocolatarias – incluindo de marcas famosas da Serra Gaúcha, como Caracol e Florybal – , sorveterias, padarias e casas especializadas em outras delícias, como alfajores e cucas. As construções em diversos pontos da cidade mantêm um estilo que remete ao enxaimel, sempre com poucos andares.

Foto por Patrícia Chemin

Na Praça das Flores, cada canto é digno de um cartão-postal. O espaço conta com um belo paisagismo, colorido pelas flores. Ali também fica o Labirinto Verde, que desafia os visitantes em um caminho em meio aos ciprestes, além de lojas de artesanato e o centro de informações turísticas da cidade. Bem ao lado está a Rua Coberta, uma via para pedestres ladeada por diversas lojas.

Foto por Patrícia Chemin

A pé mesmo você pode seguir para o Parque Aldeia do Imigrante. São 10 hectares de natureza e um pedacinho da Alemanha em Nova Petrópolis. Bem arborizado e cheio de araucárias, tem dois lagos, pedalinho, ciclovia (há bicicletas disponíveis para aluguel), parquinho e um espaço comercial com lojinhas de malhas, produtos artesanais e chocolates. Há ainda o Biergarten, restaurante com pratos da culinária alemã e cervejas artesanais.

Foto por Patrícia Chemin

Mas o grande destaque do parque é a Aldeia Histórica. O local reúne algumas das primeiras construções de Nova Petrópolis, que datam do século XIX e são provenientes de vários distritos da cidade. Foram desmontadas de seus locais de origem e remontadas no parque na década de 1980, sendo então dispostas como uma vila de antigamente. Ali estão a Capela do Imigrante, a escola comunitária e outras construções que podem ser visitadas e hoje abrigam atrações como o Museu Histórico Municipal e a Casa das Cucas. Tudo foi erguido no estilo enxaimel, uma técnica de construção trazida pelos imigrantes, na qual a estrutura de vigas de madeira encaixadas, sem pregos, fica aparente e as paredes são preenchidas com pedras, tijolos ou taipa.

Foto por Patrícia Chemin

A cultura germânica impera em Nova Petrópolis, mas uma atração surpreende por trazer as influências de outra parte da Europa. A Cidade Zaandam é um pedaço da Holanda. Na fachada estão as típicas construções coloridas do país, um moinho e até um par de tamancos holandeses gigantes. Perfeito para fotos, o local tem restaurante, padaria, confeitaria, bar, empório, pub holandês e espaço kids. No cardápio, há vários pratos típicos saborosos. Destaque para a torta de maçã com crumble e calda de caramelo.

Foto por Patrícia Chemin

Por ser uma colônia alemã, a cerveja é a bebida de preferência em Nova Petrópolis. Para provar os sabores locais, vá à Cervejaria Edelbrau, que já lançou mais de 25 tipos de cervejas, entre rótulos mais tradicionais e receitas ousadas com ingredientes da região. Mais que um simples tour, a Experiência Edelbrau é uma visita autoguiada e muito interativa, cheia de mecanismos engenhosos, divertidos e sensoriais que instigam a nossa curiosidade. O foco é a história local da cerveja e a visita inclui copo colecionável e cinco rótulos disponíveis para degustação. No mesmo local tem loja da marca e um bar.

História e natureza

Foto por Patrícia Chemin

Ainda em Nova Petrópolis, o Esculturas Parque Pedras do Silêncio é um museu a céu aberto que conta a história da imigração germânica na região por meio de esculturas. O acervo foi criado por artistas gaúchos, com a ajuda de historiadores da região. São mais de 80 esculturas de arenito, material encontrado em abundância no Rio Grande do Sul.

Foto por Patrícia Chemin

Com um paisagismo impecável, repleto de árvores nativas e jardins floridos, o parque, que já é bem fotogênico por si só, está investindo cada vez mais em cenários instagramáveis. Além do caminho autoguiado, os visitantes podem aproveitar um saboroso piquenique, serviço que é pago à parte e oferecido mediante reserva. Há três tipos de cestas disponíveis, recheadas com produtos artesanais locais.

Foto por Patrícia Chemin

Nos bairros mais rurais de Nova Petrópolis, é possível encontrar várias propriedades familiares, como vinícolas e queijarias, que estão se organizando para receber turistas. Um bom exemplo é a Casa Sander, na localidade de Nove Colônias. Em meio a um cenário natural deslumbrante, produz frutas, geleias e sucos de forma artesanal.

Foto por Patrícia Chemin

Você pode fazer um piquenique sob os parreirais ou então caminhar entre os pomares de mirtilos, framboesas, amoras e morangos para colher suas próprias frutas, pagando de acordo com o peso. Depois, pode levar para casa ou consumir ali mesmo, quem sabe acompanhado por uma garrafa de espumante. A Casa Sander conta ainda com três charmosos chalés de madeira, que podem ser reservados para hospedagem pelo Airbnb.

Foto por Patrícia Chemin

Por fim, o Ninho das Águias é um lugar perfeito para assistir ao pôr do sol. É um mirante natural com vista panorâmica para um vale entre as montanhas. No horizonte, dá para ver até Caxias do Sul. O Ninho das Águias também é uma rampa municipal de voo livre. Você pode agendar um voo duplo de paraglider ou asa delta direto com um dos instrutores credenciados.

Foto por Patrícia Chemin

Nova Petrópolis é uma cidade privilegiada pela natureza, com um clima e um relevo considerados muito semelhantes aos da Petrópolis fluminense – daí o nome. O município tem investido cada vez mais em infraestrutura turística, para se posicionar como um destino bem estabelecido na Serra Gaúcha, e não apenas um local de passagem. Há hotéis e pousadas de várias categorias, com preços bem atraentes.

Foto por Patrícia Chemin

A gastronomia em Nova Petrópolis também merece destaque, com deliciosos produtos coloniais. Muitos restaurantes oferecem as chamadas Noites Alemãs, regadas a muita cerveja e com comida farta, geralmente em formato buffet com preço único, como o Lindenhof e o Torquês. Há muitos pratos alemães, itens típicos de café colonial e apresentações de grupos folclóricos de música e dança.

PICADA CAFÉ

Na encosta da Serra, Picada Café tem um cenário repleto de declives, matas nativas e riachos, apresentando um grande potencial para o turismo de aventura. Seu nome vem das trilhas (picadas) que antigamente levavam ao local, que era um conhecido ponto de parada dos tropeiros para tomar café no caminho entre Gramado e São Leopoldo.

Foto por Rota Romântica

Próximo à rodovia BR-116, o Parque Histórico Jorge Kuhn guarda o cartão-postal de Picada Café. É o moinho com roda de ferro, construção original de 1928, na época usado para moagem de grãos. Completamente restaurado, hoje abriga a Secretaria Municipal de Turismo.

Foto por Patrícia Chemin

Em seus quatro hectares, o Parque Jorge Kuhn tem em harmonia a natureza e um conjunto de prédios históricos preservados. Entre eles, está a casa da família Kuhn, erguida em meados do século XIX com a técnica enxaimel. Restaurada, mantém as características originais. Hoje guarda o Museu do Açougue, uma cafeteria e uma loja de produtos orgânicos e artesanais da cidade, como geleias e sucos. O parque tem ainda um grande espaço para eventos e, aos finais de semana, funciona ali uma área gastronômica com restaurante, food truck e venda de produtos de agricultura familiar, além de cuca no forno à lenha.

O roteiro do turismo rural em Picada Café também guarda boas surpresas. Entre as propriedades que podem ser visitadas estão a Produtos Lilien, onde são produzidos biscoitos, chás e geleias, a Cantina Holland, com vinhos coloniais, o Espaço Bem Estar, com almoço feito no fogão à lenha, e a Cervejaria SteinHaus, com uma produção orgânica e sustentável.

LINHA NOVA

Foto por Patrícia Chemin

Linha Nova é uma das menores cidades da Rota Romântica – tem cerca de 1.800 habitantes. Em 2017, o município foi reconhecido como o Berço das Cervejarias do Rio Grande do Sul. Essa história vem desde 1864, data de fundação da cervejaria do imigrante Georg Heinrich Ritter onde viria a ser Linha Nova, sendo assim a primeira cervejaria comercial do estado. A casa onde Ritter produzia cerveja ainda está de pé, hoje restaurada, no parque municipal que recebeu seu nome.

Foto por Patrícia Chemin

A vocação da cidade para a produção cervejeira continua até hoje. Novos estabelecimentos surgiram para honrar a tradição que começou com a antiga Cervejaria Ritter. Um exemplo é a Cervejaria Berço. O local funciona como um brewpub moderno, com uma produção no local e um elogiado cardápio com petiscos e hambúrgueres artesanais. Tem também um deck ao ar livre, junto a uma concha acústica onde acontecem apresentações de música ao vivo. Linha Nova conta ainda com a cervejaria Qüera.

Foto por Rota Romântica

Com jardins bem cuidados, Linha Nova tem aquele clima de interior, com atrativos históricos e de natureza. Há mais de 60 casas e salões antigos em estilo enxaimel, além de propriedades rurais de agricultura familiar. Com saída e chegada no Parque Municipal Georg Heinrich Ritter, existem quatro trajetos mapeados, sinalizados e autoguiados (“Spassweg”) para conhecer a área rural da cidade. Podem ser percorridos a pé, de carro ou de bicicleta.

PRESIDENTE LUCENA

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Com uma história que data de 1750 com os primeiros tropeiros, Presidente Lucena guarda sua herança germânica em igrejas e casas em estilo enxaimel, principalmente no núcleo de Picada Schneider. Município majoritariamente agrícola, tem como destaque a produção da Schmier colonial, um doce em pasta cremoso e semelhante à geleia.

Foto por Patrícia Chemin

Os visitantes podem aproveitar os cafés coloniais e restaurantes de culinária típica alemã, como o tradicional Restaurante Dheinhaus. Outro atrativo é o Parque Municipal Egon Gewehr, que possui um lago, belos cenários e locais agradáveis para caminhadas ou para um piquenique.

IVOTI

Também chamada de Cidade das Flores, Ivoti é marcada pela diversidade cultural, com fortes tradições trazidas pelos imigrantes alemães e japoneses, entre outros povos. Aliás, Ivoti significa “flor” em tupi-guarani. A cidade conserva um rico patrimônio arquitetônico, começando pelo pórtico na entrada de Ivoti e pela Ponte do Imperador, construída em pedra, sem o uso de cimento, no estilo romano entre 1857 e 1864 e tombada pelo Iphan.

Foto por Xiru Sander / Rota Romântica

Destaque para o Memorial da Colônia Japonesa e o Núcleo de Casas Enxaimel. Este último é um conjunto de casas originais do período da imigração alemã em Ivoti. Toda a área é muito bem conservada, lembrando uma vila europeia e perfeita para um passeio a pé, e as construções, em sua maioria, são hoje espaços públicos, ou então cedidos pela prefeitura a associações, como a Casa do Artesão, que vende uma variedade de produtos feitos em Ivoti, de bebidas a souvenires.

Foto por Rota Romântica

Uma das casas abriga o Museu Claudio Oscar Becker. A construção é original de 1830, mas o acervo data de diversas épocas, montado de modo a retratar a casa de uma família de imigrantes alemães de antigamente, com móveis, utensílios domésticos e outros objetos originais. O Núcleo de Casas Enxaimel recebe no segundo e no terceiro domingos de cada mês a Feira Colonial de Ivoti, onde são vendidos de produtos coloniais a artesanato. Ao longo do ano, a cidade organiza vários eventos que valorizam os pequenos produtores locais, como a Feira do Mel, Rosca e Nata, o Festival da Cachaça e a Feira das Flores.

Foto por Patrícia Chemin

Já a cachaçaria Weber Haus prova que a Rota Romântica vai além da cerveja. O empreendimento teve origem com os Weber, uma das primeiras famílias alemãs na região de Ivoti, que conheceram aqui a cana-de-açúcar e passaram a fabricar a cachaça em 1848. A destilaria só foi construída um século depois e, hoje, a Weber Haus atua também no mercado internacional, com rótulos de luxo premiados e outros produtos destilados além da cachaça. A produção é artesanal, com matéria-prima 100% orgânica e destilação em alambiques de cobre. Para conhecer tudo isso de perto, é possível participar da visita guiada, que inclui degustação ilimitada.

ESTÂNCIA VELHA

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Entre Ivoti e Novo Hamburgo, Estância Velha é um importante produtor de couro para as indústrias gaúchas. A influência germânica na cidade vem desde 1825, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães no povoado. Para viver uma experiência típica na cidade, participe do tradicional Festival de Kerb, com festas regadas a muito chopp, dança e música.

Foto por Rota Romântica

Estância Velha guarda diversos espaços contemplativos, para um passeio agradável e contato com a natureza, como o Parque Recreativo Dario Haupental. No coração da cidade, a Praça 1º de Maio é o local para acompanhar as programações culturais.

NOVO HAMBURGO

Foto por Christian Thomas MTur

A cidade começou a se desenvolver com o núcleo de Hamburgo Velho, que se formou em uma encruzilhada de rotas de tropeiros. Hoje patrimônio nacional tombado pelo Iphan, esse bairro do centro histórico conta com vários exemplos da arquitetura colonial alemã, do enxaimel ao frontão recortado. Ali estão o Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser e o Museu Nacional do Calçado, além de outros casarões bem preservados, igrejas, restaurantes e cervejarias. Muitos dos prédios históricos estão na Rua General Osório, um corredor cultural que liga Hamburgo Velho ao atual centro da cidade.

Novo Hamburgo logo descobriu sua vocação para a indústria de calçados, que ajudou no desenvolvimento da cidade e lhe rendeu o título de Capital Nacional do Calçado. Os visitantes encontram ali diversos centros de compras focados em calçados, incluindo outlets.

Foto por Rota Romântica

Ao longo das décadas, o município tornou-se um importante polo econômico e passou a ter uma paisagem urbana marcada por altos edifícios. Também foram erguidos novos templos religiosos, como o Santuário das Mães, uma construção moderna no alto de um morro. Por falar em turismo religioso, vale conhecer também a Catedral Basílica São Luiz Gonzaga, no centro da cidade.

SÃO LEOPOLDO

Foto por Digue Cardoso / Rota Romântica

São Leopoldo costuma ser a porta de entrada para quem visita a Rota Romântica, por ser a cidade mais próxima de Porto Alegre – menos de 40 km separam os dois municípios, no caminho para a Serra Gaúcha. Foi a primeira cidade fundada pelos imigrantes alemães no Rio Grande do Sul, que chegaram ali a partir de 1824. Por isso, é considerada o Berço da Colonização Alemã no Brasil e sedia o Marco Zero da Rota Romântica, que está às margens da BR-116.

Foto por Thales Ferreira / Rota Romântica

Na Praça do Imigrante está o monumento erguido em homenagem aos 100 anos da imigração alemã no município. Perto dali, visite também o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo e o Museu do Rio, ambos com amplo acervo sobre a região. Outra atração é o Museu do Trem, um centro de preservação da história ferroviária do Rio Grande do Sul.

DOIS IRMÃOS

Foto por Rota Romântica

Na encosta da Serra, Dois Irmãos tem esse nome devido a dois morros “gêmeos” vistos no horizonte. Tranquila, agradável e bem florida, a cidade tem na Avenida São Miguel seu corredor cultural, onde estão a Antiga Igreja Matriz de São Miguel, que data de 1880, o Palco Móvel e a Casa Kieling, que abriga o Museu Histórico Municipal. Aliás, Dois Irmãos tem mais de 20 edifícios tombados. Vale conhecer ainda o Parque Municipal Romeo Benício Wolf, com ampla área verde, e a Praça do Imigrante. Já a Rota Colonial Baumschneis percorre propriedades rurais familiares, cervejarias e outros pontos de interesse ao longo de 7 km.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Dois Irmãos é considerada o Berço do Café Colonial, que surgiu ali por volta da década de 1940, quando mesas fartas eram colocadas à disposição de trabalhadores e visitantes. Por isso, não faltam opções de café colonial na cidade, com uma grande variedade de pães, cucas, bolos, tortas, geleias e outras delícias típicas. Em julho é comemorado o mês do café colonial.

Foto por Rota Romântica

A cidade tem ainda dois grandes eventos anuais. Para homenagear o arcanjo padroeiro de Dois Irmãos, o Kerb de São Miguel reúne música, grupos de dança e delícias culinárias de origem alemã. No fim do ano, a cidade fica toda iluminada com o Natal dos Anjos, com destaque para a Árvore Símbolo do Natal Gaúcho.

MORRO REUTER

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Privilegiada pela natureza, Morro Reuter atrai visitantes pelo verde, pela arte e pela gastronomia. A cidade tem como símbolo a lavanda, cujo cultivo começou ali há cerca de 20 anos. No Lavandário Closs podem ser admirados campos com mais de 28 mil pés de lavanda em 2,5 hectares, enquanto na Naturoils é possível adquirir produtos feitos com o óleo essencial da planta. Morro Reuter organiza ainda a Festa Nacional da Lavanda.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Outro destaque da cidade é sua vocação artística. A tranquilidade de Morro Reuter atraiu artistas plásticos, que abrem seus ateliês aos turistas. O Caminho das Serpentes Encantadas é um parque com obras de mosaicos coloridos por todos os lados, como uma galeria de arte a céu aberto, e belos mirantes. A responsável pelas obras é a artista plástica Claudia Sperb.

SANTA MARIA DO HERVAL

Foto por Rota Romântica

Entre vales e montanhas, Santa Maria do Herval guarda traços arquitetônicos da colonização alemã, como nas diversas casas construídas no estilo enxaimel. Além disso, a cidade conta com grupos de danças folclóricas e bandinhas típicas. Essa cultura germânica pode ser conferida nos grandes eventos da cidade, com destaque para a Kartoffelfest, a Festa da Batata. Realizada todos os anos em maio, a Kartoffelfest reúne atrações culturais, produtos coloniais, artesanato e farta gastronomia. Não deixe de provar o tradicional bolinho de batata.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Na época da chegada dos imigrantes, Santa Maria do Herval era abundante em árvores de erva-mate – daí veio o nome. A natureza continua sendo um destaque do município, com a Cascata e Caverna dos Bugres, a cerca de 1 km do centro da cidade, e a Cascata de Linha Marcondes, com uma queda d’água de 60 metros.

GRAMADO

Foto por Renato Soares – MTUR

Como uma das cidades turísticas mais conhecidas do Brasil, Gramado dispensa apresentações. Com influências europeias que podem ser observadas da arquitetura à gastronomia, Gramado é repleta de ruas floridas, praças e atrativos bem estruturados, além de muitos cafés, lojas de chocolates artesanais e restaurantes. De grandes resorts a pousadas charmosas, a rede hoteleira atende a todos os orçamentos.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Muitos dos atrativos de Gramado estão no centro, então dá para fazer um roteiro a pé. Entre as opções, visite a Rua Coberta, a Paróquia São Pedro, a Rua Torta e o Mundo do Chocolate. Há ainda tantos outros passeios que prometem agradar tanto crianças quanto adultos, como o Lago Negro, que tem pedalinho e muita natureza, o Mini Mundo, com cenários famosos em miniaturas perfeitas, o Snowland, um parque de neve fechado, o Dreamland Museu de Cera e o Reino do Chocolate.

Foto por Renato Soares – MTUR

Gramado também é uma cidade de grandes eventos e festivais, como o Natal Luz, um dos maiores eventos natalinos do mundo, com diversos espetáculos, show de fogos, desfiles e decorações deslumbrantes. A cidade organiza ainda o Festival de Cinema de Gramado, considerado o maior do gênero no país, a Páscoa em Gramado e o Festival de Cultura e Gastronomia, entre tantos outros.

CANELA

Foto por Renato Soares – MTUR

Vizinha a Gramado, Canela apresenta uma mistura harmoniosa entre natureza e entretenimento em parques e atrações incríveis. A começar pelo Parque Estadual do Caracol, onde fica a famosa Cascata do Caracol, com sua queda d’água de 130 metros – que também pode ser admirada a partir do parque ao lado, nos Bondinhos Aéreos. O Skyglass Canela também apresenta uma vista privilegiada para a Serra, tanto sobre uma plataforma de vidro quanto no passeio de monotrilho suspenso.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

Os parques temáticos são um diferencial de Canela. O Alpen Park tem descida de trenó, montanha-russa, tirolesa e muita diversão em meio à natureza. Já o Parque Terra Mágica Florybal é cheio de áreas lúdicas, com réplicas de dinossauros e outros animais. O Vale dos Dinossauros também conta com os répteis gigantes, alguns com movimentos. E o Mundo a Vapor é um divertido museu com locomotivas e outros maquinários.

Foto por Rota Romântica

O centro de Canela também rende agradáveis passeios a pé, onde você pode encontrar a famosa Catedral de Pedra, construída em estilo gótico e toda revestida com pedras. Por ali também fica a Estação Campos de Canella, um complexo turístico, cultural e gastronômico em uma antiga estação férrea. Canela fica ainda mais bonita durante seus eventos temáticos, como o Sonho de Natal, a Páscoa em Canela e a Temporada de Inverno.

SÃO FRANCISCO DE PAULA

Foto por Rafael Syd / Rota Romântica

Em São Francisco de Paula, mais conhecida como São Chico, impera a tranquilidade em cenários bucólicos. Um curto trajeto de carro por uma estrada repleta de hortênsias separa o lado mais badalado da Serra Gaúcha da tranquila São Francisco de Paula – são cerca de 35 km a partir de Canela e 45 km de Gramado.

Foto por Sicredi / Rota Romântica

O Lago São Bernardo é o cartão-postal da cidade, cercado por uma imensidão verde, bancos e uma ciclovia de 2 km de extensão. Na avenida principal, a Livraria Miragem virou ponto turístico conhecido. Seu design é totalmente único, desde a disposição dos livros ao labirinto formado pelas estantes. São Chico também se destaca pela hospitalidade de suas pequenas pousadas, cheias de charme rústico e aconchego, como a Pousada do Engenho e o Parador Hampel.

Foto por Patrícia Chemin

Quem quer um contato direto com a natureza de São Chico tem no Parque das 8 Cachoeiras uma escolha certeira. Área de preservação a poucos quilômetros do centro da cidade, o parque abriga, como o nome indica, oito belíssimas cachoeiras. O acesso é feito por trilhas que variam de tamanho e intensidade. Também vale conhecer o Mátria Parque de Flores, o maior do tipo das Américas, com um acervo de nove milhões de flores e 300 espécies em jardins encantadores.

 

SERVIÇOS

Como chegar

Porto Alegre recebe voos da Azul, da Gol e da Latam com origem em várias cidades de todo o Brasil. Depois, siga pela BR-116 até São Leopoldo e comece seu roteiro. As estradas que ligam os municípios da Rota Romântica estão entre as mais bonitas do Brasil. Por isso, vale alugar um carro e percorrer todas as cidades do roteiro, escolhendo uma ou duas como base.

Onde ficar

Hotel Alles Berg – hotelallesberg.com.br

Hotel Petrópolis – hotelpetropolis.com.br

Hotel Vila Verde – vilaverde.tur.br

Hotel Ritta Höppner – rittahoppner.com.br

Pousada do Engenho – pousadadoengenho.com.br

Onde comer

Biergarten Aldeia – instagram.com/biergarten_aldeia

Cervejaria Berço – instagram.com/cervejariaberco

Cidade Zaandam – zaandam.com.br

Guter Geschmack – instagram.com/guter_geschmack

Restaurante Dheinhaus – instagram.com/restaurantedheinhaus

Quem leva

Schultz – schultz.com.br

Mais informações em: rotaromantica.com.br

Texto por: Patrícia Chemin. A jornalista viajou a convite da Schultz para a 14ª Convenção Schultz.

Foto destaque por: Patrícia Chemin

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