A Baía Babitonga ganha protagonismo com experiências náuticas que revelam um lado surpreendente da cidade
Quando se fala em Joinville, logo vem à mente o Festival de Dança, a Festa das Flores ou a tradição industrial da maior cidade de Santa Catarina. Mas poucos sabem que o destino guarda um tesouro natural que começa, aos poucos, a ser revelado aos turistas: a Baía Babitonga, o maior estuário do estado, com mais de 150 km² de águas navegáveis, ilhas, manguezais e uma biodiversidade surpreendente.
A baía tem relevância histórica e econômica: foi via de navegação para colonizadores, pesca e transporte entre Joinville e São Francisco do Sul. No século 19, entrou em operação o Vapor Babitonga, primeiro transporte motorizado da região, que marcou o início da navegação moderna local.
Ali vivem espécies únicas, como a toninha, pequeno golfinho ameaçado de extinção cuja única população residente no mundo habita a região. É também o palco de bandos de guarás vermelhos, biguás que levantam voo em milhares e botos-cinzas que saltam próximos às embarcações, surpreendendo quem acompanha os passeios pela baía. Ao embarcar por suas águas tranquilas, o visitante descobre que Joinville tem muito mais a oferecer do que o esperado. E a Baía Babitonga é o cartão de visitas perfeito para essa nova fase.
No mês de setembro, o público pôde sentir um gostinho desse potencial com a estreia do Festival Vigorelli, organizado por Andre Guesser, diretor criativo da PNK For Fun & Co. O evento reuniu gastronomia, música e lazer na “praia” de Joinville, celebrando a revitalização da região da Vigorelli e trazendo à tona a relação da cidade com o turismo náutico. “A ideia do festival nasceu de um movimento colaborativo entre empreendedores e moradores. Queríamos valorizar a Baía da Babitonga como patrimônio natural e cultural, destacando seu potencial turístico e náutico, além de fortalecer a identidade local”, conta Guesser.
Nesta primeira edição, dez restaurantes participaram oferecendo pratos como mariscos e baiacu, dois clássicos da região, entre outros peixes como tainhota, parati, robalo e pescada amarela. A tainha aparece com mais frequência no inverno, enquanto os caranguejos são abundantes no fim do ano. A recepção foi tão positiva que a organização já planeja inserir o festival no calendário anual da cidade. “Mais do que um evento, o Festival Vigorelli mostrou que o joinvilense está redescobrindo sua relação com a baía — e o turista está mais do que convidado a viver essa experiência também”, resume Guesser.
Experiências para quem quer explorar a baía
Antes mesmo do Festival, Joinville já vinha se estruturando nesse sentido e hoje há pelo menos quatro experiências focadas no turismo náutico:
- Passeios de barco pela Baía Babitonga, com paradas em ilhas como a dos Herdeiros e Flores.
- Canoa havaiana a partir da Marina Porto do Sol, em remadas de duas horas que revelam manguezais e canais.
- O tradicional Barco Príncipe de Joinville, que parte dos Espinheiros rumo a São Francisco do Sul.
- Aluguel de lanchas para roteiros exclusivos que combinam praias, vilas históricas e mergulhos em águas calmas.
A cidade está ampliando a infraestrutura para receber os visitantes, como o cais flutuante do Parque Porta do Mar, que permitirá atracar embarcações de até 100 pés e vai reforçar a vocação turística dos Espinheiros — já conhecida pela boa gastronomia.
Se a região dos Espinheiros, o Museu de Sambaqui e as marinas já mostram a tradição náutica da cidade, a revitalização de áreas como Vigorelli e os novos investimentos públicos e privados apontam para um futuro próximo em que Joinville vai poder ser reconhecida também como um destino náutico de destaque no sul do Brasil.
Para saber mais sobre as opções do turismo náutico em Joinville, acesse https://www.visitejoinville.com.br/turismo-nautico-joinville
Imagem destaque por Divulgação
Texto por agência com edição de Isadora Lacerda