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Costa Rica tem Centro de Visitação da Starbucks

A Starbucks abriu recentemente as portas de seu Centro de Visitação da Hacienda Alsacia, localizado nas terras de sua fazenda de café na Costa Rica. Adquirida em 2013, a Alsacia é uma fazenda de café de 240 hectares que serve como uma instalação global de pesquisa e desenvolvimento para a Starbucks. Ali, os visitantes podem experimentar o café sustentável em primeira mão, incluindo o trabalho de agronomia que a Starbucks vem apoiando e investindo por duas décadas.

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

A fazenda fica no povoado de San Luis, Alajuela, às costas do vulcão Poas, o maior e mais ativo dos 100 vulcões do país, numa distância de aproximadamente 45 minutos da capital San Jose. Ingressos para ter a experiência do Centro de Visitação da Hacienda Alsacia custam US$ 35 e incluem uma visita guiada de 90 minutos, degustações de café e estacionamento.

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

Nos últimos cinco anos, a Hacienda Alsacia tem sido um centro de inovação para a Starbucks, ajudando a entender melhor os desafios que os cafeicultores enfrentam e determinando melhores práticas e soluções. O local é o primeiro de nove centros de apoio aos fazendeiros que a Starbucks opera nos principais países produtores de café ao redor do mundo, da Costa Rica a Ruanda. Os cafeicultores têm acesso livre às mais recentes descobertas dos melhores agrônomos, incluindo novas árvores resistentes a doenças e técnicas avançadas de gerenciamento de solo. O objetivo é ajudar os fazendeiros a se tornarem mais rentáveis e melhorar a qualidade de seus produtos, assegurando o futuro de alta qualidade e cafés sustentáveis para todos para os anos que seguem.

O que é agronomia de código aberto?

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

A Starbucks é comprometida em compartilhar pesquisas e as melhores práticas para todos – sejam eles fornecedores da Starbucks ou não. O homem que gere e lidera essa tarefa é um partner da Starbucks, Carlos Mario Rodriguez, diretor global de agronomia da empresa desde 2004, que lidera a abordagem da agronomia de código aberto, pesquisando e compartilhando aprendizados necessários para proteger o café de mudanças climáticas e doenças.

Uma grande realização dessa equipe é a sua pesquisa sobre árvores híbridas que são resistentes a doenças, como a ferrugem de café. A Starbucks está usando estas mudas para cultivar mais árvores saudáveis para doar para fazendas prejudicadas e abrir a combinação de sementes para toda a indústria do café.

O que é a ferrugem de café

A ferrugem de café é um fungo que dizima cafeeiros e os torna improdutivos. Cafeicultores sempre enfrentaram ameaças como pestes e doenças, mas com o aumento das temperaturas nas áreas de produção de café, doenças como a ferrugem da folha de café agora são capazes de sobreviver a novos ambientes e em maiores elevações.

Experiência completa da jornada de uma xícara de café

Mauro Madrigal, guia geral. Foto por Cláudio Lacerda Oliva

Na Hacienda Alsacia, os guias da Starbucks levam os visitantes para uma visita guiada, mostrando a jornada da semente de café, do berçário para os campos, o moinho, o pátio de secagem e a bodega. Os visitantes também podem ver a estufa de inovação onde a pesquisa de cafeeiros híbridos do time de Carlos Mario fica à mostra. A visita acaba em um café, onde você pode aproveitar a vista de cima da fazenda com um recentemente torrado e filtrado café da Hacienda Alsacia. Itens de café da manhã produzidos localmente também estão disponíveis.

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

As práticas do Patrimônio de Café e do Agricultor da Starbucks (C.A.F.E.) são o nome da abordagem compreensiva de abastecimento. O modelo holístico, cujo a Hacienda Alsacia está tornando realidade para visitantes de todo o mundo, inclui práticas de compra responsáveis, apoio ao agricultor, padrões econômicos, sociais e ambientais para fornecedores, colaboração da indústria e programas de desenvolvimento de comunidades. Nos últimos 15 anos, em parceria com a Conservation International, foi certificada toda a cadeia de fornecedores de café com 99% de origem ética. As práticas C.A.F.E. asseguram um abastecimento desse produto de qualidade e sustentabilidade de longa duração para os clientes, e impacta de maneira positiva as vidas e sustentos dos cafeicultores e suas famílias.

Até hoje, mais de um milhão de fazendeiros e trabalhadores nos quatro continentes foram beneficiados por participarem dessa prática. Nesse centro de excelência da Costa Rica, mais de 85% dos profissionais que coletam os grãos na época de safra são oriundos da Nicarágua. Trabalham em média por cinco meses, recebendo pela produção do que colhem diariamente e a empresa lhes oferece por esse período local pra dormir.

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

Em média, um trabalhador que colhe café na Costa Rica pode ganhar entre 7.000 e 9.000 colones costarriquenhos por dia, o equivalente a US$ 14 e US$ 16 diários. O salário pode variar dependendo da experiência, da região e da empresa, mas essa é uma faixa salarial comum para essa função. No entanto, é importante notar que essa é uma estimativa e o salário real pode variar. Alguns trabalhadores podem receber benefícios adicionais, como alojamento, alimentação ou transporte, dependendo do acordo com o empregador. A colheita de café é uma atividade sazonal, e muitos trabalhadores viajam para diferentes regiões da Costa Rica para trabalhar durante a época de colheita. É importante ressaltar que a Costa Rica tem um histórico de esforços para proteger os direitos dos trabalhadores agrícolas, incluindo os trabalhadores do café, e existem leis e regulamentos para garantir condições de trabalho justos e salários adequados.

A Starbucks afirma que esposas e filhos menores podem passar esse período juntos. Na maioria das vezes a empresa garante hospedagem, parte da alimentação e tratamento odontológico e nutricional. É o mínimo que se espera!

A mão de obra da Nicaragua é a maior na região, e consequentemente a mais barata, principalmente em função dos graves problemas políticos e a falta de emprego em seu país. Os nicaraguenses acabam ocupando os cafezais da Costa Rica para garantir, ao menos por seis meses, um ganho mínimo que pode durar mais uns quatro meses para sua sobrevivência na Nicarágua. Tentei ver se havia algum norte-americano colhendo os cafés, mas sinceramente não consegui observá-los.

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

Brincadeiras à parte, o contraste das luxuosas instalações da Hacienda Alsacia e da cafeteria que fornece pratos rápidos e cafés especiais, além de um belo mirante com vista para parte dos vales, além da pequena mata fechada e uma bonita cachoeira volumosa, é uma nova alternativa turística para quem estiver hospedado na capital da Costa Rica ou por perto. Conhecer o processo da plantação à colheita é realmente uma boa experiência, e a ideia de aliar o café ao turismo uma jogada de mestre para garantir mais uns dólares na conta da grande corporação americana.

Onde ficar

Foto por Cláudio Lacerda Oliva

Se a sua ideia de hospedagem na Costa Rica for passar uns quatro dias na capital ou perto dela, a nossa dica é hospedar-se no majestoso Costa Rica Marriott Hotel Hacienda Belen. Uma experiência que une alta gastronomia, arquitetura e muita natureza bem pertinho do aeroporto internacional.

Mais informações em: marriott.com

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva. O jornalista viajou a convite da Marriott.

Foto destaque por: Cláudio Lacerda Oliva

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