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Como lidar com o dinheiro em viagens internacionais

An arrangement of Euro notes, coins, passport and compass on slate.

Ao fazer uma viagem internacional é preciso se programar financeiramente. Porém, muitas dúvidas surgem nesse momento em relação a formas de pagamento, câmbio e taxas. Por isso, a blogueira de viagens Lala Rebelo (lalarebelo.com) separou algumas dicas úteis para quem vai visitar o exterior e deseja usar o dinheiro da melhor forma possível. Lala destaca que, ao escolher duas das alternativas abaixo, você diminui seus riscos de um perrengue e tem opções com mais chance de aceitação.

Com dinheiro vivo, a vantagem é que você sabe exatamente o quanto vai gastar e evita surpresas no fim da viagem. O processo para compra é bem simples e algumas lojas oferecem o serviço delivery, que entrega a moeda em casa ou no local de trabalho. Para garantir uma boa taxa, uma dica importante é programar as compras da moeda e realizá-las aos poucos até a data da viagem, assim você diminui os efeitos da variação da moeda e ganha na taxa média.

Foto por iStock / ismagilov

Já os cartões pré-pagos são cartões recarregáveis, nos quais você pode colocar diferentes tipos de moeda e ir gastando aos poucos. Geralmente têm bandeira Visa ou Mastercard e funcionam como um cartão de débito normal (com chip e senha). Tem as mesmas vantagens do dinheiro em relação ao controle dos gastos e à taxa fixa na hora da compra da moeda, porém é mais cômodo e seguro para levar. É uma ótima ferramenta para os intercambistas, já que o cartão pode ser facilmente recarregado pela internet ou aplicativo, dependendo da corretora. O cartão também te deixa mais protegido já que, em caso de perda, as empresas substituem o plástico e seu saldo se mantém. De negativo, só mesmo o IOF, que é o mais caro (6,38%, igual ao cartão de crédito).

Fazer transferências de dinheiro é o método menos conhecido, mas pode ser muito prático. Empresas como Western Union permitem que você envie para você mesmo e retire no seu país de destino. Você não precisa levar o dinheiro escondido e usa a remessa como um depósito, que pode retirar ao longo da viagem.

Ao usar o cartão de crédito, você deixa o sofrimento dos gastos para depois e até pode parcelar a fatura. Mas atenção, pois isso pode ser um perigo. Na verdade, para quem tem disciplina nos gastos, o cartão de crédito funciona como o de débito: se você tem o dinheiro, gasta, se não tem, aperta o cinto. Mesmo assim, é sempre bom ter um cartão a postos para qualquer gasto maior. O problema é que o cartão de crédito tem o IOF mais alto (6,38%) e uma taxa de câmbio geralmente variável (na maioria dos cartões, o câmbio só é fixado na hora de fechar a fatura), por isso pode ser a opção mais cara e arriscada de todas.

Na hora de trocar seu dinheiro por outra moeda, pense nos seus reais como uma “maçã”. Você chega a uma corretora de câmbio (aqui ou em outro país), vende suas maçãs e as corretoras pagam um preço X por isso. Aqui no Brasil, todo mundo consome maçã, então elas tem um preço melhor. Em lugares onde ninguém quer maçã e você tenta vender as suas, você tem que baixar muito o preço até conseguir um comprador. Portanto, se você quiser ter seu dinheiro com a melhor aceitação possível (e as melhores taxas de câmbio), leve as moedas que todos querem, como dólares e euros. Só compre moedas “exóticas” no seu destino final. Se você está indo para a Croácia, por exemplo, nem pense em comprar seus kunas no Brasil.

Dicas por: Lala Rebelo

Texto por: Lala Rebelo e agência com edição de Patrícia Chemin

Foto destaque por: iStock / spectrumblue

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