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Bulgária: entre igrejas, ruínas e o mar Negro

Foto via iStock/ valio84sl

Nem de longe o lugar mais visitado no sudeste europeu, sendo uma rainha turística incompreendida, a Bulgária tem muito mais a oferecer do que se possa imaginar. Além de ser um dos lugares mais baratos da Europa para se visitar, existe uma diversidade de locais para se conhecer. São monastérios, ruínas medievais, igrejas, montanhas, cidades históricas, reservais naturais, parques e dez Patrimônios Culturais e Naturais tombados pela Unesco.

Sofia é capital da Bulgária e maior cidade do país. Antes de conquistar a Independência em 1879, a cidade passou por domínio de diversos povos, entre eles os romanos do Império Bizantino, macedônicos, otomanos e russos.

Andar por ali é como viajar no tempo, descobrir e aprender coisas novas. A capital possui um grande número de museus, muitos deles são históricos e vale a pena conhecer cada um deles. Outro ponto forte da cidade são as igrejas, a maioria ortodoxa.

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Um dos pontos mais visitados da capital é a Catedral de Alexander Nevsky. Ela foi construída em homenagem aos 200 mil soldados que perderam suas vidas ao lutar na Guerra Russo-Turca, enquanto buscavam se livrar do domínio dos otomanos. A igreja, além de ser um símbolo, é uma das construções mais bonitas do mundo e também uma das maiores igrejas ortodoxas da Europa. Dentro da cripta, há um museu com artefatos e relíquias da Igreja Ortodoxa da Bulgária, a entrada custa 6 leves por pessoa – a visitação da igreja, entretanto, é gratuita.

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Outro local de homenagem aos falecidos da Guerra Russo-Turca é o Jardim dos Doutores. A estrutura do parque parece ser bem simples, mas ao olhar de perto para as ruínas é possível ver os nomes de 531 médicos e enfermeiras que morreram ajudando na guerra.

O Monastério de Rila é o centro espiritual e literário mais famoso da Bulgária e foi instituído pelo eremita Ivan Rilsky, que decidiu morar nas montanhas de Rila. Lá, ele meditava, fazia jejum e orações. Com o tempo, acabou por se tornar um lugar onde os monges cuidavam dos livros e escrituras. Em 1983, foi tombado pela Unesco como um dos Patrimônios Culturais do Mundo.

Foto via iStock/ Kisa_Markiza

Hoje, o Monastério possui uma ampla biblioteca, com escrituras e livros antigos que retratam a vida búlgara, a história do monastério e escritos gregos e eslavos do século 19. Um museu tem um amplo acervo de objetos como armas, moedas, cetros, e o famoso Rafail’s Cross, o crucifixo de madeira, com entalhes minúsculos.

É possível pernoitar uma noite no monastério como um monge. Mas para isso, é preciso se adequar a todas as regras, inclusive ficar de jejum. A estadia começa quando o sol se põe e termina com o nascer do sol.

O povo trácio dificilmente é citado por aí. Os trácios na verdade foram um grupo de diversos povos com algumas similaridades entre sua cultura. Eles foram muito perseguidos ao tentar defender seu território, e ao estarem quase extintos, Alexandre, o Grande, acabou por expandir o território macedônico para as terras trácias. O Túmulo Trácio de Kazanlak sobreviveu ao longo dos anos e conta um pouquinho sobre a cultura daquele povo que por muitos é desconhecido. Dentro da cúpula existem diversas pinturas que mostram como poderiam ter sido as celebrações fúnebres.

Foto via iStock/ polux12

O Cavaleiro Madara é mais uma das imperdíveis atrações turísticas da Bulgária. A formação rochosa possui mais de 1.300 anos e atinge mais de 200 metros de altitude. Além da beleza em si, o penhasco possui entalhes que datam entre 700 e 800 d.C. Ele foi tombado com Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco e é um dos maiores orgulhos do povo búlgaro.

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Varna é a terceira maior cidade da Bulgária e por muito conhecida como a capital do porto. Localizada nas margens do Mar Negro, a cidade foi fundada por anciões gregos e mesmo sendo um local de apreciação do porto e do mar, existem diversos pontos atraentes ao redor. Bares, cafés e restaurantes, museus, discotecas, lojas e paisagens divertem e agradam a todas as idades.

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O Museu Arqueológico de Varna fica em um dos edifícios históricos da cidade, que foi construído pelos neorrenascentistas e possui uma coleção de ouro da época do povo trácio, o que significa que o ouro de Varna é uma das relíquias mais antigas do mundo. São inúmera peças de ouro, joias, itens decorativos e utensílios. Uma das tumbas dentro da necrópole, que provavelmente pertenceu a um chefe de estado, ou a um religioso, carrega cerca de 1,5 km em ouro.

Texto por Carolina Berlato

Imagem Destacada via iStock/ valio84sl

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