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Arouca reúne religiosidade e ecoturismo pertinho do Porto

A região metropolitana do Porto abriga destinos turísticos históricos e naturais de uma beleza ímpar e ainda pouco explorada pelos brasileiros. Um desses locais é a charmosa Arouca. Do Porto são menos de 50 minutos, e a cidade fica situada entre os rios Douro e Vouga.whatsapp-image-2019-08-30-at-16-05-18

Os rios correm com pressa por lá e o verde inunda a paisagem rochosa, detentora de uma beleza que nos tira o fôlego. Visitar aquela vila é quase como voltar ao tempo, ou pensar que estamos vivendo uma cena de teatro ou de belos filmes.  Explorar os encantos de Arouca é ao mesmo tempo realizar uma viagem onde a aventura está bem presente e onde todos os sentidos devem estar bem despertos. Histórica, natureza abundante, gastronomia e um centro histórico que mais parece um pequeno presépio.

A região abriga aldeias tradicionais que contam um pouco da história de quem ali vive, artesanato, esportes de aventura no rio Paiva e trilhas onde o ar puro, as árvores frondosas e as pequenas quedas d água são parceiras constantes.  Essa adrenalina pode ser experimentada nos quase 9 quilômetros de passarelas de madeira que foram construídas a beira do imponente rio, que se chama de Passadiços do Paiva. 

É bom realizar a caminhada logo pela manhã, bem depois do café, que recomendamos começar a visita. O percurso atravessa um autêntico santuário natural, passando pelas praias fluviais do Areinho, Espiunca e do Vau. Trata-se de uma viagem pela biologia, geologia e arqueologia. A escolha ideal para quem ama a natureza. E quem quer continuar a embrenhar-se pelo meio da paisagem deve seguir para a serra da Freita e procurar a Cascata da Frecha da Mizarela. É uma cascata alimentada pelas águas do rio Caima e tem cerca de 75 metros, sendo uma das quedas de água mais altas da Europa.

Podemos depois continuar a percorrer a serra da Freita e seguir para a Casa das Pedras Parideiras. É aqui que tentamos compreender um fenômeno que terá 300 milhões de anos e que é raro no mundo. São as pedras de origem granítica que, por ação da natureza geodinâmica, brotam de uma rocha-mãe. As pedras parideiras simbolizavam, na tradição ancestral da região, a fertilidade.

Para conhecer melhor a história e os costumes de Arouca vale também visitar uma das suas típicas aldeias, Paradinha, em Alvarenga. Ali, as casas são feitas de xisto e ardósia e estão ainda presentes. Podemos ainda encontrar, moinhos, carros de bois e muitos outros utensílios ligados à agricultura.

O centro da vila não pode ficar esquecido e temos obrigatoriamente que visitar o Mosteiro de Arouca. É lá que se encontra o túmulo de D. Mafalda, filha de D. Sancho I e beatificada em 1792. O interior do mosteiro abriga ainda o Museu de Arte Sacra, onde estão expostos vários objetos das religiosas que lá habitaram. Tratam-se de pinturas, esculturas, peças de ourivesaria, têxteis e mobiliário, que representam o que de melhor há a nível de arte em Portugal.

Outra atração para quem pretende ficar mais de dois dias por lá é conhecer o Arouca Geopark que oferece ao visitante um inventário geológico e do patrimônio natural dos mais completos.

Em Arouca, também na área central os visitantes são, também conquistados pela barriga. Um dos pratos de eleição é a vitela arouquesa, que é servida assada no forno. O cabrito é também outro dos pratos mais apreciados, assim como os bifes de Alvarenga.

Onde comer

Arouca tem tradição de ter um dos melhores e mais completos cardápios de doces conventuais.

O Casa Caetano é um restaurante que fica na freguesia de Alvarenga. Um dos destaques são os tenros bifes de gado uma tradição que nasceu desde 1954.  Outra pedida imperdível da casa é a vitela arouquesa, preparada com tempero á moda antiga e feita no fogão a lenha. A proprietária é um portuguesa gentil que chegou a morar por seis anos no Brasil, na cidade de São José dos Campos. Você se sente em casa.

Onde ficar

Para dormir, nada como descansar numa cada de campo, situada em Espiunca, a poucos metros do rio do Paiva. Esse alojamento é o resultado da recuperação de um edifício rural, baseado nos princípios da construção sustentável.

As paredes exteriores estão preservadas pois foram todas construídas com o xisto, pedra abundante na região que preserva o calor e ao mesmo tempo deixa a temperatura amena do ambiente.

Reservas casadopaul.worldpress.com

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Fotos: Sylvia Falseti

Os jornalistas viajaram a convite da Associação de Turismo do Porto e Norte e com a cobertura da GTA.

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