Ícone do site Qual Viagem

8 novos Patrimônios da UNESCO para conhecer ao redor do mundo

Foto por IStock/ Noppasin Wongchum

No meio do ano, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – atualizou sua lista de Patrimônios Mundiais e acrescentou 46 lugares ao conjunto que integra atrativos de acordo com seus atributos naturais ou valor cultural ao redor do mundo. São florestas, sítios arqueológicos, templos, cidades, parques, afrescos e conjuntos arquitetônicos ou artísticos que foram reconhecidos por sua importância à humanidade e assim intitulados como forma de preservação. A seguir, listamos oito deles, dispostos na Ásia, Europa e até no Brasil! Confira:

Sítio Burle Marx, Brasil

Foto por Marlon da Costa Souza

Legado do paisagista brasileiro que criou o conceito de jardim tropical moderno, o Sítio Roberto Burle Marx foi reconhecido como Patrimônio Mundial na categoria Paisagem Cultural. Localizado na Barra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), tem 405 mil metros quadrados de área e abriga uma coleção botânica com mais de 3.500 espécies de plantas tropicais e subtropicais, cultivada em viveiros e jardins. Além disso, sete edificações e seis lagos integram este espaço singular. A propriedade também guarda um acervo museológico de mais de três mil itens, que inclui um grande repertório da produção artística de Burle Marx, suas coleções de arte moderna, cuzquenha, pré-colombiana, sacra e popular brasileira, entre outros.

Farol de Cordouan, França

Foto por Istock/ Cloud-Mine-Amsterdam

Construído entre os séculos 16 e 17, no estuário de Gironde, o Farol de Cordouan é o mais antigo da França ainda em funcionamento. Com mais de 67 metros de altura, essa obra-prima da sinalização marítima foi inspirada em modelos antigos, no maneirismo renascentista e na linguagem arquitetônica específica da escola de engenharia francesa École des Ponts et Chaussées, se destacando, principalmente, pela presença de gárgulas, pilastras e colunas. Chamado de “rei dos Faróis”, Cordouan só é acessível por barco, portanto para visitá-lo é possível fazer um passeio marítimo que sai de Le Verdon-sur-Mer. Estando lá, é imperdível subir seus 301 degraus e conferir a vista para todo o estuário francês.

Quanzhou, China

Foto por IStock/ Ryan Whyte

Quanzhou é um destino que reflete toda a prosperidade do comércio marítimo na Ásia durante os períodos Song e Yuan, que correspondem aos séculos 10 a 14 d.C. Ali, é possível encontrar templos, pagodas e outros edifícios religiosos como a Mesquita Qingjing – um dos primeiros edifícios islâmicos na China. Há ainda diversos vestígios arqueológicos como edifícios administrativos, docas de pedra que eram importantes para o comércio e defesa, locais de cerâmica e produção de ferro e pontes antigas. Quanzhou abriga, também, uma escultura em pedra de Lao Zi, considerado o fundador do taoísmo filosófico e uma divindade no taoísmo religioso e nas religiões tradicionais chinesas.

Mathildenhöhe Darmstadt, Alemanha

Foto por IStock/ Teka77

AColônia de Artistas Mathildenhöhe, em Darmstadt, é apontada como precursora da Bauhaus e abriga um importante conjunto Art Nouveau. No passado, o lugar, que foi fundado em 1897 por Ernst Ludwig, foi um dos maiores centros de arte e arquitetura da Europa. Os edifícios da colônia foram criados por seus membros artistas como ambientes experimentais de vida e trabalho dos primeiros modernistas. E, hoje, ela oferece um testemunho do início da arquitetura moderna, planejamento urbano e projeto paisagístico, todos influenciados pelo movimento Arts and Crafts e pela Secessão de Viena. Destaque para a Hochzeitsturm (Torre do Casamento), que forma um elemento central do complexo como uma imponente obra de arte.

Ilha Amami Oshima, Japão

Foto por IStock/ tororo

Sétima maior ilha do Japão e a maior do Arquipélago Satsunano, localizado entre a região de Kyushu e Okinawa, na província de Kagoshima, faz parte do Parque Nacional Amami Gunto Quasi, que tem cerca de 95% de sua área coberta por áreas verdes preservadas e é lar da segunda maior floresta de manguezais do Japão. Amami Oshima é, também, pontilhada com praias de areia branca, água cristalina e longos trechos de recife com uma abundante vida marinha. A região oferece muitas atrações para amantes de atividades ao ar livre e subaquáticas. É possível alugar equipamentos e ter aulas de mergulho em vários locais em toda a ilha. Além disso, também é possível encontrar por lá: trilhas para caminhadas, ciclismo e passeios de caiaque pelos manguezais.

Templo Ramappa, Índia

Foto por Istock/ ePhotocorp

Construção que levou 40 anos para ser concluída, a partir de 1213, o templo é dedicado à Shiva e está localizado na vila de Palampet, na Índia. Feito em arenito, o Ramappa conta com vigas e pilares decorados de granito esculpido, além de esculturas que retratam danças regionais e a cultura Kakatiyan. O espaço fica no sopé de uma área florestal e em meio a campos agrícolas, próximo às margens do Ramappa Cheruvu, reservatório de água construído por Kakatiya. E, segundo a história, a escolha seguiu a ideologia e prática sancionada nos textos dhármicos de que os templos devem ser construídos para integrar um ambiente natural, incluindo colinas, florestas, nascentes, riachos, lagos, bacias hidrográficas e terras agrícolas.

Paseo del Prado e Buen Retiro, Espanha

Foto por Istock/ kasto80

Oconjunto composto pelo Paseo del Prado e os jardins de Buen Retiro, situado no coração de Madri, é um dos pontos mais importantes da capital espanhola. Integrando a avenida do Paseo del Prado e os mais de 120 hectares do parque, incluindo símbolos locais como a Plaza de Cibeles, a Fonte de Neptuno, o Palácio Buen Retiro, os museus do Prado, Rainha Sofia e Thyssen-Bornemisza e o Banco de Espanha, assim como diversas outras construções importantes para a história da cidade, o local ilustra a aspiração por uma sociedade utópica durante o auge do Império Espanhol. Além disso, também abriga o Real Jardim Botânico de Madri, que foi fundado por Fernando VI em 1755.

Sítios pré-históricos de Jomon, Japão

Foto por IStock/ fannrei

D istribuídos pelo norte do Japão, nas regiões de Hokkaido e Tohoku, estão localizados os sítios pré-históricos de Jomon. Com mais de 10 mil anos, eles remontam à rica história japonesa e ao período pré-histórico. São ao todo 17 áreas, que apresentam assentamentos, monumentos, cemitérios e objetos desenvolvidos com técnicas de cerâmica e formas de arte únicas remanescentes da época. Nos centros de orientação e museus da região, é possível aprender sobre os rituais e as atividades espirituais, conhecer os artefatos utilizados em diferentes períodos e a arte em estatuetas de argila. Para visitar os locais, é preciso primeiro escolher a região e a cidade mais próxima, tais como Aomori, Hokkaido, Iwate e Akita.

Texto por: Eliria Buso

Foto destaque por IStock/ Noppasin Wongchum

Comentários

Sair da versão mobile