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Porto de Galinhas preserva lendas de rituais indígenas

24 de agosto de 2018

Quem visita Porto de Galinhas não apenas se envolve com suas belezas naturais, como também mergulha em histórias e lendas do período pré-colonial. Uma delas espalhou-se pelo mais antigo morador desse destino turístico, Elpídio Arcebispo Chalaça. Esse senhor quase centenário é, de acordo com ele próprio, parente de Francisco Gomes da Silva – o emblemático “Chalaça”, político e amigo confidente de D. Pedro I. Sua família estabeleceu-se há mais de um século no Pontal de Maracaípe, que hoje é cercada por pousadas e restaurantes, algumas de propriedade dele e seus herdeiros.

Foto via Divulgação/Facebook @PgMemoriaViva

Foto via Divulgação/Facebook @PgMemoriaViva

O trecho é um estuário de reprodução dos cavalos-marinhos e destino dos visitantes que exploram o mangue durante o passeio de jangada, além de servir como refúgio para casais apaixonados que aguardam a chegada do por do sol para namorar. Mas, até o século 16, a região era densamente habitada pelos índios Caetés, da etnia Tupi-Guarani. “Até hoje encontramos pedaços de cerâmica indígena no solo”, revela Guilherme Belbert, paulista radicado na região, onde é dono de restaurantes e pousadas.

Foto via Divulgação/Porto de Galinhas CVB

Foto via Divulgação/Porto de Galinhas CVB

Os nativos que reproduzem a história de Elpídio contam que a tribo realizava rituais cercados de mistérios e superstições. De acordo com eles, os índios dirigiam-se para o rio Maracaípe – árvore que canta, na língua tupi – para praticar o xamanismo e promover celebrações, como funerais e casamentos. Sob a orientação e o rito de um pajé, os recém-casados consumavam a união em uma noite de núpcias à beira d’água.

Foto via Divulgação/Porto de Galinhas CVB

Foto via Divulgação/Porto de Galinhas CVB

A chegada das colonizações holandesa e portuguesa impactou na presença dos índios na região, mas a história foi perpetuada. Com o passar dos anos ela transformou-se em mito, segundo o qual casais que visitam o pontal recebem a benção do pajé e atraem sorte para o relacionamento.

“O local tem uma energia positiva e é ideal para passeios românticos”, explica Guilherme Belbert. As lendas misturam-se e dividem a opinião dos nativos. Mas, ao mesmo tempo, agregam mais significado à história de Porto de Galinhas e atiçam a curiosidade dos viajantes.

Texto por Agência com edição de Carolina Berlato

Imagem Destacada via Divulgação/Porto de Galinhas CVB

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